quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Adeus ano velho

Eu não iria escrever nada até o início de 2013, pois como eu imaginava, não iria acontecer muita coisa no Palmeiras além de especulações. Era previsível que essa gestão seria incapaz, principalmente em fim de mandato, de reformular o elenco ou mesmo de conduzir uma transição de modo digno, esse final de era Tirone que vem se arrastando tem sido tão infame quanto a própria figura, um eco, um vácuo, uma inércia, que as vezes só se rompe com alguma especulação absurda do tipo Riquelme. Para os palmeirenses não bastou 2012 ser um dos piores anos da história, ainda nos resta a falta de perspectiva para o ano seguinte. Nem ouso a nos comparar no momento aos times que estão anunciando grandes nomes e investimentos, até porque infelizmente a série B e o caos administrativo nos tirou do páreo na disputa por atletas cobiçados, mas o mínimo que os palmeirenses queriam era uma movimentação mais intensa no planejamento do ano que vem e não o ócio total. É fato que as eleições no Palmeiras ocorrem na pior época possível, principalmente tendo em conta que nesse caso não existe mais situação. O COF acabou de praticamente interditar o presidente Tirone, que acatou para não sofrer um processo de impeachment - caso isso ocorresse perderia sua vaga cativa no COF – mais uma vez um final de mandato no Palmeiras será tocado por uma espécie de "conselho gestor" tendo em vista que as decisões do presidente precisarão de um crivo, vale lembrar que ao término da gestão Belluzzo, devido ao afastamento do presidente por problemas cardíacos, Salvador Hugo Palaia assumiu e todos lembram no que deu, em pouco tempo ele fragmentou totalmente a então situação e deixou um terreno fértil para a eleição de Tirone: o pior presidente da história.
A única atitude digna que o atual presidente Tirone poderia ter tomado era a de ter renunciado em dezembro afim de convocar novas eleições, mas por trás daquele rosto boçal há um sujeito vaidoso que no fundo ainda almeja (ou almejava) alguma coisa.  O que me assusta é que a opinião de que é preciso mudar a data das eleições é unanime, mas passam-se os anos e a coisa segue igual. Aquela chama de mudança que irrompeu após o decreto da queda do Palmeiras parece estar fraquinha e tudo se encaminha para que as mesmas coisas se acomodem nos mesmos lugares, os engavetamentos, as procrastinações, as barganhas por cargos de segundo escalão, os sobrenomes, as rinchas, as mesquinhezas a perpetuação da desgraça.            
Independente de tudo isso rezo para o imponderável, que a mística da camisa e da história seja forte o bastante para resistir a tudo isso e nos dar um 2013 melhor, que os jogadores que entrarem em campo a despeito dos nomes, se multipliquem e superem essa sujeira que vem dos esgotos da Turiaçú.
Um feliz 2013 a nós palmeirenses.