sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Está na hora de dar aquela mijadinha na árvore

Hoje o jornal Estado de São Paulo está noticiando uma possível transferência de Kleber ao Corinthians. Na verdade isto é uma notícia requentada, pois o "craque" Neto, amigo de Kleber, Pepinho e Andres Sanches, deixou no ar tal informação dias atrás. Se eu ouvisse essa notícia há seis meses, com certeza me incomodaria, mas neste momento não me traz qualquer sentimento. Se for mentira, será só mais uma plantada pelos soldados do Andres na mídia, que já bancaram Ganso, Seedorf, Teves e sei lá mais quem, mas se for verdade também não há problema, pois hoje não é possível esperar algo melhor de um jogador que faz questão de mostrar ao mundo que não quer mais ficar no Palmeiras.  Um único detalhe omitido na matéria, que também tem sido omitido em todas as especulações envolvendo jogadores no Corinthians é: O jogador tem contrato e há uma multa milionária envolvida.
O desrespeito a ética e as leis já não é novidade em nosso futebol, principalmente quando envolve uma figura com tanta força de bastidores, capaz de construir toda uma história para angariar recursos públicos para um estádio particular, mas até onde sei contratos são assinados para serem respeitados. Caso o Corinthians de fato tenha interesse em Kleber está no seu direito como também o jogador está no seu direito de querer sair, mas há de se pagar o valor da multa ou um valor que satisfaça a outra parte. É evidente que a partir de agora veremos um jogador sempre contundido, apático em campo e utilizando todas as artimanhas para forçar uma saída, mas cabe ao Palmeiras fazer valer seu direito e se impor na situação. Veja o patético caso do Teves no Manchester City, ele usou todos os recursos possíveis para forçar sua saída: já falou mal da cidade, do país, do time, do técnico, faltou a treinos e agora por último se negou entrar em campo. Provavelmente o caso vai parar na FIFA e se houver justiça interditarão o jogador, mas se nesse momento se o Manchester City recuar, só estará cedendo a chantagem do jogador e demonstrando fraqueza para os demais do elenco. O Palmeiras já demonstrou tal fraqueza inúmeras vezes e abriu esse precedente perigoso, mas sempre há a chance de se redimir.
Temos na natureza o exemplo dos animais que urinam em árvores para marcar seu território, mostram para o forasteiro: Aqui tem dono. Talvez chegou a hora do Palmeiras fazer isso, mostrar ao jogador e aos assediadores que se quiserem não terão vida fácil. Se o jogador forçar a barra, dificulte! Deixe-o treinando separado e use as medidas disciplinares que a lei permite. Exija o valor justo para negociá-lo, antes ter prejuízo pagando o salário de um cara que não joga, que ceder e amanhã outro do elenco fazer a mesma coisa. Agora se aceitarem pagar o valor que o Palmeiras pedir, ótimo! Venda e contrate outro.
Há pessoas comparando o caso Kleber ao Diego Souza, mas existem duas diferenças gigantes em ambos os casos. O Diego Souza passou por uma má fase técnica e a torcida pegou no pé, não me lembro de ele ter vindo à mídia xingar dirigente, falar de outra proposta ou algo do gênero, se falou foi internamente. A diretoria resolveu afastá-lo depois de uma desavença com torcedores, mas apesar do contrato com o Palmeiras o jogador pertencia a TRAFFIC e como bem se sabe a investidora tinha o poder de decidir o futuro do atleta e não o quis mais no Palmeiras. Na época o Palmeiras tinha débitos com a TRAFFIC e também atrasou o salário do jogador muitas vezes, que tirava a moral do Palmeiras em bater o pé, caso semelhante ao de Vagner Love.
O caso Kleber é diferente. O jogador já deu inúmeras demonstrações que não quer ficar no Palmeiras - como já tinha feito no Cruzeiro. Ele não vibra nos gols, não comemora junto com os companheiros, toma cartões bobos e não faz questão de dizer que quer ficar quando lhe é perguntado sobre o próximo ano. Não sei se o caso é reversível - pelo menos sem muita grana envolvida - também não sei se é válido gastar mais dinheiro do que já foi gasto com um jogador que não tem justificado o mérito em campo. Seu salário pelo que se sabe está em dia – se não estivesse o Perrone ou o Neto já tinha noticiado – dizem até que tem uma clausula no contrato que garante que atrasos não ocorram, sendo assim não há o que justifique uma quebra de contrato. 50% dos direitos federativos do jogador são do Palmeiras, que garante plena autonomia nas decisões a respeito de venda ou empréstimo.  Portanto neste caso o Palmeiras está com toda razão jurídica e moral. Outra coisa, jamais a torcida palmeirense cobrou o Kleber por maus resultados, mesmo na derrota para o Goiás o ano passado, ele sempre foi resguardado das manifestações, jogando bem ou não. Estive em um evento em que estava o Kleber, antes do caso Flamengo, o carinho da torcida com ele era algo absurdo, dado a pouquíssimos jogadores que já vestiram a camisa alviverde. As críticas da torcida vieram depois do caso Flamengo em que o jogador fez toda aquela palhaçada, e olha que por tudo que aconteceu e pelo histórico da torcida palmeirense, as críticas foram suaves.
Volto ao que eu disse no início do texto. Já não me surpreenderá qualquer atitude do Kleber no sentido de querer deixar o Palmeiras, nem me incomodaria o fato de ele ir para outro clube, só espero de verdade que a diretoria do Palmeiras não banque uma de trouxa mais uma vez e ceda as pressões do jogador e seu empresário. Uma atitude firme agora pode impedir que outros tenham a mesma atitude. Está na hora de marcar território.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O time em Loop

Segunda-feira retrasada eu estava falando sobre o Palmeiras em um programa de rádio virtual, quando um palmeirense - menos amargo que eu - mandou um e-mail pro programa me criticando. Disse que eu não estava apoiando o time e enxergando as coisas positivas, que eu não conhecia de bastidores e que deveriam todos palmeirenses apoiar o time incondicionalmente. Admito que cheguei a refletir a respeito e me questionei se não estaria eu muito catastrófico e amargo, fiquei até um tempo sem falar nada do Palmeiras para não disseminar esse meu pessimismo, mas só não consegui deixar de assistir aos jogos. Veio a partida contra o Ceará e um magro 1 x 0; em seguida a partida de domingo e o bizonho empate, que de tão esdrúxulo e vergonhoso deu dó de mim, dó de meu pai que estava ao meu lado frustrado, dó de todos meus amigos palmeirenses e dó de todos aqueles que viajaram para Goiás e presenciaram 11 jogadores jogando mais uma pá de merda na história do Palmeiras.

Tornou-se irrelevante comentar sobre jogos do Palmeiras, porque a trama muda mais o final é previsível. Tentei então encontrar uma causa, ouvi de alguns que era uma trama da diretoria com alguns jogadores para derrubar o técnico, mas tive a impressão de ter escutado algo do gênero em 2010 na queda do Murici e em 2009 na queda do Luxemburgo. Então recorri a minha memória para tentar encontrar alguma explicação e notei que há 12 anos são os mesmos problemas, as mesmas tentativas de solução e os mesmos nomes que orbitam em torno disso tudo. Resumidamente lembrei:

1999 – O último grande ano do Palmeiras, após a perda do Mundial Interclubes a parceria com a Parmalat enfraqueceu, além dos desgastes com a diretoria da época a empresa começou enfrentar sérias dificuldades financeiras e parou de contratar jogadores. A torcida começou a pedir a saída da Parmalat e o então presidente do Palmeiras, Mustafa Contursi, dizia aos quatro cantos que o time já tinha um bom caixa e poderia andar com as próprias pernas. Em 2000 o time ainda conseguiu chegar a uma final de Libertadores.

 2001 – Terminava a "era Parmalat" e começava a "era do bom e barato". Os poucos jogadores que pertenciam à parceira começaram ser negociados e a diretoria começou apostar em jogadores de times pequenos. Na época o mesmo Mustafá se gabava, afirmando que essa seria a nova realidade do futebol brasileiro. Alguns até deram razão no começo, pois no primeiro semestre o Palmeiras chegou a uma semifinal contra o Boca e antes venceu o Corinthians nas quartas de finais, mas depois disso em 2002 pagamos o preço do "Bom e Barato" e o time caiu para segunda divisão.

2002 – O Palmeiras havia feito uma campanha medíocre no brasileiro de 2001 e a tal fato fez com que Mustafá trouxesse de volta Wanderley Luxemburgo – note que é recorrente na história recente do Palmeiras a tentativa de contratação de vitoriosos do passado e que quase sempre termina mal – logo de cara o técnico dispensou alguns atletas, alguns que vinha bem como o volante Magrão. O Palmeiras foi eliminado pelo Asa de Arapiraca na Copa do Brasil em pleno Palestra Itália. Logo no início do Campeonato Brasileiro o técnico deixou o Palmeiras e foi para o Cruzeiro. Tentaram remendar as coisas às pressas e contrataram o técnico Levi Culpi e uma série de jogadores, mas o time não engrenou e protagonizou o maior vexame da história do Palmeiras – o rebaixamento para série B. O lamentável foi que alguns jogadores de história no clube ficaram com essa mácula, como Arce, Zinho e Marcos.

2003/2004 – Mustafá prosseguiu no Palmeiras com a missão dada por si a si mesmo, de tirar o time de onde ele colocou. O Palmeiras montou um time com jovens para disputar a série B, dentre eles Alceu, Diego Souza (da base), Edmilson e Vagner Love, além da volta de Magrão e da contratação de Lúcio na lateral. O time cumpriu a obrigação na série B e conquistou com facilidade. Em 2004 o time sofreu uma eliminação vexatória (mais uma) para o Santo André na Copa do Brasil e o técnico da ascensão, Jair Picerni, foi mandado embora, no Brasileiro ia bem, quando Mustafá resolveu vender Vagner Love e Edmilson. Vagner Love vinha sendo o principal centroavante do Brasil naquela época e ainda muito jovem foi vendido por cerca de R$10 milhões para o CSKA, na primeira proposta que apareceu, esse valor não é nem ¼ do que valeria o Leandro Damião hoje. O time prosseguiu o Brasileiro de forma medíocre, apenas conquistando uma vaga na Libertadores de 2005.

2005 – Mustafá sai da presidência depois de 12 anos e elege Afonso Della Monica, que convoca Palaia como diretor de futebol. O Palmeiras nesse ano aposta em veteranos como Juninho Paulista, Baiano e Gamarra, além de jogadores almejados por outros clubes como Marcinho. Essa foi a época de Gioino também... lembram? Tinham também os eternos contundidos Munhoz e Pedrinho. O time começou empolgando e terminou desanimando. No mesmo ano o time seria eliminado pelo São Paulo na Libertadores da América e cairia o técnico Bonamigo e entrou Leão. No brasileiro mais sujo da história o Palmeiras terminou em 4º e foi para Libertadores novamente.

2006 – Mais um ano de merda para o Palmeiras. Começou voando e terminou rastejando. O técnico Emerson Leão foi mandado embora nas vésperas de mais um jogo contra o São Paulo na Libertadores e assumiu o interino, mais uma derrota que anunciara tempos mais difíceis. O Brasileirão foi terrível, quase o Palmeiras cai de novo. Mais uma vez o Palmeiras contratou um ex-ídolo Edmundo, que também acabou passando por momentos antagônicos aos que já tinha vivido. Nessa época também o Palaia contratou um tal chileno conhecido por lá como Mago, chegou discreto no Palmeiras e não foi aproveitado pelo técnico Leão. O time até melhorou quando assumiu o Tite, mas terminou o campeonato cambaleante e ainda por cima com uma briga pública entre o fanfarrão Palaia e o técnico Tite, que culminou com a saída do treinador. Esse foi o ano da auto-entrevista também, que está no hall das escrotice da história do futebol, que só já bastaria para Palaia jamais ter o nome citado no Palmeiras de novo – mas teve.

2007 – Com pouca grana o Palmeiras contrata o técnico Caio Junior, que havia feito boa campanha com o Paraná no ano anterior. Esse foi um ano muito comemorado pelos Palmeirenses a despeito de título, pois o Della Monica rompeu com o Mustafá e se aliou com a chapa Muda Palmeiras - esperança de tempos melhores e mais modernos no Palmeiras. As contratações não foram grande coisa, mas no meio do pacotão veio o Pierre e o técnico Caio Junior soube aproveitar o tal Chileno que estava encostado e Valdivia acabou se tornando o grande jogador daquela temporada. Edmundo ainda estava no time. Nesse elenco tinha ainda Florentin, Paulo Baier e figuras grotescas como o zagueiro Edmilson. Para variar mais um vexame na Copa do Brasil sendo eliminado pelo Ipatinga, mas o rompimento com Mustafá deu alguma tranqüilidade para o início do Brasileiro. Mais um campeonato de altos e baixos em que o Palmeiras terminou o Brasileiro em posição intermediária, perdendo a chance de ir para Libertadores com uma derrota por 3 x 1 contra o Atlético Mineiro no último jogo. Caio Junior saiu no final do ano.

2008 – O ano da esperança palmeirense. Tudo parecia conspirar para uma nova grande Era. Uma nova parceria era feita e uma série de revelações do Campeonato Brasileiro começaram ser contratadas, dentre elas, Cleiton Xavier (Figueirense), Diego Souza (Grêmio), Henrique (Coritiba), além da repatriação de Kleber, que estava escondido na Ucrânia e a contratação de Alex Mineiro (o tal camisa 9). Para arrematar o candidato a presidência Beluzzo conseguiu a contratação de Wanderley Luxemburgo, fascinado pelo projeto Traffic. Logo em seguida todos palmeirenses acompanharam com expectativa a eleição que culminaria com a vitória tão esperada de Luis Gonzaga Beluzzo. Eu mesmo no dia seguinte amanheci convicto que o Palmeiras enfim voltaria às glorias, com um palmeirense brilhante no comando, economista renomado e progressista. O Campeonato Paulista daquele ano parecia ser apenas um aperitivo para muito mais que viria. Mas esse time e esse técnico custavam realmente caro. Mais uma vez o Palmeiras decepcionou na Copa do Brasil sendo eliminado pelo Sport Recife de forma patética, mas logo em seguida veio a conquista do Paulista para compensar. Após esta conquista a diretoria resolveu vender Valdivia para o mundo Árabe por cerca de R$ 8 milhões, Henrique também saiu precipitadamente, sendo o jogador da Traffic o Palmeiras nada recebeu – aí começou a desconfiança com a tal parceira. No campeonato brasileiro o time não conseguiu superar a ausência de Valdivia e o rendimento caiu drasticamente, Alex Mineiro que cansou de fazer gols no Paulista, ficou inúmeras partidas sem marcar. O time terminou a campanha sem brilho, perdendo do Botafogo e conseguindo apenas uma vaga para Pré-Libertadores, graças ao tropeço do Flamengo. Nesse ano já começou surgir boatos de atrasos de salários e problemas financeiros.

2009 – Acabando o contrato de empréstimo de Kleber com o Palmeiras, o Cruzeiro se acertou com o Dinamo e comprou o jogador. Alex Mineiro também deixou o time, mas a Traffic trouxe ao Palmeiras a então revelação nacional: Keirrison do Coritiba. O time passou da pré-libertadores (pelo menos esse vexame não passamos..rs) e iniciou a disputa do Paulista com o tal Keirrison marcando muitos gols, parecia ser o centroavante que o palmeiras tanto buscava desde Vagner Love. Mas as coisas na Libertadores não iam muito bem, por coincidência o Sport de Recife – algoz do ano anterior – caiu no grupo do Palmeiras. Keirrison já começava se demonstrar pipoqueiro nos jogos mais importantes e totalmente sem empatia com a torcida. A classificação veio de forma heróica contra o Colo Colo no Chile, com o golaço de Cleiton Xavier aos 44 do segundo tempo. Parecia que agora ia! Na seqüência o Palmeiras enfrentou o Sport nas oitavas de final - venceu o confronto e tirou a zica. Porém nas quartas o time caiu diante do Nacional de forma melancólica. Nessa altura Keirrison já ganhara o apelido de pipokeirrison. A coisa estava quente no ambiente do Palmeiras para variar e o time também foi desclassificado na semi-final do Paulistão, depois te ter terminado em primeiro na classificação. A casa caiu mais uma vez e Beluzzo fez criticas publicas a Keirrison. Começou o Brasileiro e a tensão entre diretoria e Luxemburgo também estava alta.  O técnico custava caro e trouxe um monte de lixo para o time, inflacionando demais a folha de pagamento. O Palmeiras oscilava no Brasileiro e a lavação de roupa suja via imprensa estava pegando fogo, até que veio o episódio Keirrison. O atacante já estava negociando com o Bracelona e sem dar satisfação ao técnico e ao elenco ele simplesmente viajou e sumiu dos treinos. Luxemburgo ficou puto e disse que com ele no comando o atacante não jogaria mais, mesmo fracassando a negociação. Beluzzo e a diretoria composta por Cipullo e CIA, não gostaram da "ingerência" de Luxemburgo, uma vez que segundo eles, quem teria de decidir sobre o afastamento ou não do atleta era a diretoria – na verdade a Palmeiras não tinha o que fazer sendo o jogador da Traffic. Keirrison saiu sem sequer despedir-se do elenco e pouco tempo depois foi a vez de Luxemburgo ser demitido. Coincidência ou não a partir da saída de ambos, Jorginho que era da base subiu para comandar o time e o Palmeiras deslanchou no Campeonato, com atuações exuberantes de Diego Souza e Pierre o time tornou-se líder e distanciou-se dos concorrentes, parecia que nada impediria dessa vez o título. Murici acabara de ser demitido do São Paulo e Beluzzo nunca escondeu o sonho de contratar o técnico tri-campeão brasileiro na época, para diretoria do Palmeiras Jorginho não ia segurar a bronca e queriam um técnico de peso. O "boca murcha" fez cú doce, disse que queria férias e pediu uma fortuna, mas o Palmeiras aceitou e o contratou. Nessa altura atrasos de salários eram freqüentes. Diego Souza, Pierre e Cleiton Xavier receberam propostas de fora, mas Beluzzo não só segurou como pediu para Traffic não vender e comprou parte do passe de alguns atletas pertencentes à investidora, ele não queria desmontar o time nem que fosse para cortar da própria carne. Logo em seguida conseguiu repatriar Vagner Love por empréstimo (notem - mais uma volta). Mas o que parecia impossível aconteceu: depois que Jorginho deixou o comando e Murici assumiu e que Vagner Love reassumiu a camisa 9 do Palmeiras, o time decaiu. O Palmeiras foi acumulando maus resultados, mas dava sorte de seus concorrentes não o passarem, na época até se falava que ninguém queria ganhar o campeonato. Mas uma hora a sorte acabou e o Palmeiras foi passado e chegou à última rodada brigando apenas por uma vaga na pré-libertadores - que não veio. A decepção era tão grande que ninguém conseguia explicar o que havia acontecido. Cogitaram-se problemas de vaidade do elenco, atrasos de bichos e racha dos jogadores com o técnico e de Diego Souza com Vagner Love.

2010 – O reflexo de 2009 comprometeu 2010. O ano começou quente com as constantes notícias na imprensa de atrasos de salário, dívidas, negociações mal sucedidas, escândalos envolvendo Cippulo e outros diretores, além de problemas com a Arena (ainda teve essa). Iniciou-se a campanha "taca pedra na Geni" e Beluzzo que era tratado como professor pela imprensa começou ser achincalhado e chamado de fraco, incompetente e destemperado. O Palmeiras foi exposto até suas entranhas, jornalistas tinham acesso a conteúdos inimagináveis – verídicos ou não. Foram tantas polêmicas logo no 1º semestre que superaram os anos anteriores. Houve um rompimento frio com a Traffic, que rendeu dívidas e atritos. De cara a torcida protestou contra Vagner Love e Diego Souza. O primeiro saiu, mesmo estando emprestado pelo CSKA (olha só as coisas que acontecem no Palmeiras), e foi para o Flamengo, alegando ter sido agredido por torcedores na porta de uma agência bancária. Diego Souza deixou o Palmeiras pouco tempo depois, num episódio onde vaiado mostrou o dedo para torcida, foi afastado e saiu do time (hoje brilha no Vasco). Murici também se desentendeu com a diretoria durante o Campeonato Paulista e depois de uma derrota para o São Caetano acabou sendo demitido – o Palmeiras ainda pagava salários de Luxemburgo e agora o de Murici - assumiu Antonio Carlos e foi lastimável, durou pouco tempo. O Palmeiras foi eliminado nos pênaltis pelo Atlético de Goiás, numa disputa onde os palmeirenses erraram TODAS as cobranças. Beluzzo rompeu de forma antiética com a patrocinadora Master, Samsung, e assinou voltou a FIAT. Com a grana do novo patrocínio o então presidente arriscou suas últimas cartadas - um All In sem grana - comprou Kleber do Cruzeiro por EU$3 milhões (50% do passe), trouxe de volta o técnico dos sonhos da torcida Luis Felipe Scolari e fez uma composição financeira para repatriar Valdivia, por praticamente o mesmo preço que tinha vendido em 2008. Veio a Copa do Mundo e depois do torneio parecia que tudo seria diferente. Mas as coisas não aconteceram como previsto, Valdivia voltou com problemas físicos e demorou a estrear. Apesar de Kleber o elenco era fraco e oscilava muito, mas estava conseguindo bons resultados na Sulamericana, que no ano em questão daria vaga à Copa Libertadores da America. Beluzzo teve um problema cardíaco e precisou se afastar, membros da situação deram um golpe liderado por Palaia (o mesmo da auto-entrevista) e formaram um Conselho gestor, tirando Cipullo, Genaro e Savério da diretoria de futebol, que passou a ser encabeçada por Percarmona. Valdivia voltou a campo, mas logo se contundiu novamente. Sem chances no Brasileiro o time focou da Sulamericana e chegou na semi-final contra o Goiás, já rebaixado no Brasileiro. O Palmeiras ganhou a primeira partida fora por 1x0 e só precisa de um empate em casa. Com o Pacaembu lotado o time conseguiu perder por 2 x1 – uma tragédia que nem o mais pessimista imaginaria. Mais uma ano que terminaria triste para o palmeirense e dessa vez as conseqüências eram ainda piores, era o fim decadente de uma gestão que todo torcedor apostou, mas que deixou dívidas imensas e um time estigmatizado pelo fracasso.

2011 – Arnaldo Tirone foi eleito com ampla maioria dos votos, com os apoios de Mustafá e Della Mônica (que tinha rompido com Mustafá – vai entender). Roberto Frizzo assumiu como Vice de Futebol e todas as outras áreas foram divididas para aqueles que apoiaram Tirone na eleição, na maioria políticos ligados a Mustafá. Começou então o trabalho de desconstrução da gestão anterior, jogando-se sal na terra, tal qual Roma fez a Cartago. Simultaneamente deu início ao processo de desprofissionalização da gestão, parecido com que acontece nos comandos das estatais brasileiras, cargos começaram a ser distribuídos a filho de fulano, neto de cicrano amiguinho de beltrano, mas essa desprofissionalização estava muito lenta para o gosto de Mustafá e ele começou pressionar por mudanças drásticas, principalmente no comando do futebol e tem usado todo seu arsenal de mídia para divulgar fofocas de bastidores. A união da então situação durou pouco, hoje as coisas estão tão confusas que já não da mais para saber quem está do lado de quem ou contra quem, nesse cenário temos de conviver com a aparição de figuras nojentas como Gito Avalone, Piraci Oliveira, Mustafá, Pepe Diogardi (empresário e especulador de Kleber), entre outros. Tirone que parece até ser um cara do bem, é covarde feito aquele leão do Mágico de Oz, se esconde e tenta colocar panos quentes em tudo. Dentro de campo o time começou bem, mas fracassou na Copa do Brasil após um vexame em Coritiba, no Paulista diante do Corinthians, na Sulamericana para o Vasco e começa cambalear no Brasileiro. Valdivia e Kleber contratados a peso de craque vivem arrumando confusão com a diretoria e expondo problemas na mídia – conseguiram destruir toda imagem construída em 2008. Felipão já se mostra cansado e abatido em um ambiente onde tentam fritá-lo vivo. Fora isso a tão divulgada reestruturação financeira parece não ter saído do papel, pois o time continua acumulando déficit – e o pior – se apequenando no cenário do futebol, sendo desrespeitado pela imprensa, federações, arbitragem e torcedores rivais.

Sei que escrevi demais e não tenho habilidade para conduzir um texto grande com muita harmonia, mas é mais um desabafo de um palmeirense que ama o time e não consegue mais vislumbrar uma saída para isso tudo. Podemos perceber nessa breve história recente de fracassos, que algumas coisas são recorrentes e quase sempre acabam mal. Não dá certo esse negócio de trazer de volta jogadores que tiveram boa passagem pelo time. O Palmeiras negocia mal e depois quer trazer o cara de volta. Vejam os exemplos de Vagner Love, Kleber, Valdivia, Henrique, Zinho, Roque Junior e Edmundo, todos tiveram desempenho abaixo do esperado em seu retorno e no caso de Vagner Love, Valdivia e Kleber ainda mancharam sua história. Outra coisa, com técnico funciona a mesma coisa, não que Luxemburgo e Felipão desaprenderam, mas em suas épocas de glória pegaram bons elencos. Da para notar também que o Palmeiras vira e mexe começa bem e termina rastejando, isso é reflexo do ambiente péssimo que vai contagiando o cara, parece que o clima é degradante e afeta elenco e torcida. Além disso tudo, são sempre os mesmos personagens, as mesmas atitudes impulsivas tanto para venda ou compra de jogadores, as mesmas pressões em jogos decisivos e os mesmo artifícios de expor o time na imprensa para se alcançar objetivos políticos. Enquanto vivermos nesse ciclo a coisa realmente não mudará.

Nem sei mais se terei condições de escrever mais algo sobre o Palmeiras, estou de saco cheio de todas essas coisas e minha única vontade era que tudo fosse destruído para se começar um Palmeiras do zero, pois hoje o que temos é um rompimento total do time com a torcida. Esse Palmeiras já não representa mais sua torcida e a culpa é dessa cambada de filhos da puta que seguem por lá anos a fio.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Enfim uma ajuda do árbitro!

Para nós palmeirenses que reclamávamos da interferência dos árbitros contra, dessa vez foi o contrário, contamos com o auxílio do senhor Evandro Roman para consertar a besteira que fez o Felipão. E não adianta o técnico esbravejar depois da partida, acusando o árbitro de falta de critério, pois a falta de critério dessa vez foi do nosso técnico que começou o jogo com Rivaldo na equipe titular. Discordo dos palmeirenses que não viram razões para expulsão do acéfalo, que fez duas faltas duras no fraco ataque do Avaí. Ruim com 1 jogador a menos, mas pior com o Rivaldo em campo e milagrosamente depois de sua saída o time melhorou.

O grande problema é que no elenco do Palmeiras os acéfalos são muitos e o Gerley que entrou no lugar do Fernandão conseguiu o absurdo, ser expulso em uma jogada besta quase no meio campo. Mesmo com 2 a menos o Palmeiras manteve-se melhor que o Avaí, talvez não por competência, mas por a falta desse quesito ao adversário. Ainda o juiz arrumou uma expulsão a nosso a favor para tentar deixar o jogo mais equilibrado numericamente, mas não teve jeito,  mais um resultado medíocre do Palmeiras!

No final do jogo Felipão foi vaiado e em uma atitude imbecil retribuiu as ofensas a torcida. Gosto do Felipão, mas ele fez cagada na escalação e tem se tornado excessivamente arrogante, avesso a qualquer tipo de crítica. Ele tem que entender que se por um lado ele sofre pressões internas naquela merda de ambiente do Palmeiras, a torcida tem sofrido ainda mais, se locomovendo grandes distâncias para apoiar o time, gastando dinheiro, sendo mal tratada e ainda sendo obrigada a ver em campo jogadores ridículos.

Henrique

O zagueiro está mal e cometendo muitas falhas. Mais um de 2008 que voltou e não tem correspondido em campo, arrisco-me a dizer que a zaga com Thiago Heleno e Mauricio Ramos estava mais segura. Creio que ele merece tempo, mas que as falhas tem sido recorrentes, tem sido sim.

Vasco da Gama

O futebol é mesmo impressionante. Se uma coisa pode dar esperanças ao torcedor palmeirense é a situação do Vasco da Gama. O time carioca já vinha sendo considerado carta fora do baralho faz um tempo, com uma política quase tão conturbada quanto a nossa o time amargava posições medíocres em campeonatos nacionais e regionais. Eis que em mais um ano onde todos o apontavam como coadjuvante o time vende uma Copa do Brasil e entra com uma moral absurda no brasileiro. Não sei se o Vasco conseguirá ser campeão, gostaria muito, de qualquer forma serve como exemplo de que como um título de expressão da força a um time. Lembrando que o Vasco está a algumas rodadas sem treinador devido ao AVC de Ricardo Gomes. Quem sabe uma hora dessas o Palmeiras não encaixa um título e as coisas comecem a dar certo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Digno da má sorte

Mais um domingo de tristeza para os palmeirenses, em pleno Pacaembu o time tomou de 3 x 0 do Internacional/RS. Há quem diga que o Palmeiras não mereceu a derrota pois teve mais volume de jogo, há quem diga também que o Palmeiras não tem merecido tantos resultados ruins, mas eu depois desse último domingo – discordo!

O Palmeiras merece sim a posição medíocre no campeonato, tanto quanto mereceu perder do Inter, Grêmio, Botafogo e Vasco. É dolorido para nós torcedores, mas temos de admitir que com a receita de um time vitorioso e competitivo nossa diretoria limpa a bunda. Seria injusto um presidente boçal como é o Tirone estar disputando as primeiras colocações; seria incabível um time cuja política é dividida em centenas de fragmentos, cada um apontando um lado e fazendo de tudo (até prejudicar o próprio time) para impor sua vontade, estar ganhando e convencendo; era inconsistente dar o rótulo de "melhor defesa do campeonato" para uma zaga que toma gols bestas em todo momento que precisa segurar um placar; surpreenderia o Palmeiras ter um time competitivo quando suas maiores apostas têm demonstrado uma displicência enorme em relação ao time.

Sejamos honestos amigos palmeirenses, mesmo sendo esse campeonato um dos mais ridículos da história, sabemos que não dá e nunca deu. Que nos mantinha esperançosos era somente nosso lado torcedor, mais nada. Desde o início do ano, na verdade desde 2009 quando perdemos aquele campeonato ganho, as coisas no Palmeiras têm caminhado de modo vulgar, patético e absurdo. Há um escrachamento diário da imprensa que é munida de informações por próprios membros da diretoria - notem que nem é mais da oposição, é da situação mesmo. O Palmeiras chegou ao ponto de ter jornalista exclusivo para expor fofocas, nem há mais o cuidado de dar nomes ou apresentar provas, a coisa é jogada aos quatro ventos sem que nenhum filho da puta da diretoria se manifeste. Luans, Rivaldos, Tingas, são só pequenos problemas perto do todo, podemos trocar o time inteiro o ano que vem inclusive o técnico, tragam o Mourinho se quiser, tudo continuará igual.

Nem sei mais o que serviria para mudar, talvez o câncer que tem o Palmeiras já se espalhou e não existe mais tratamento para regredir. Seria necessário que absolutamente "tudo" fosse destruído para se reconstruir, nem mesmo os entulhos dessa política podre do Palmeiras serviria para alguma coisa. A única coisa que ainda faz o Palmeiras ser digno de algum respeito como time grande é sua torcida, pois politicamente mereceria posição pior do que já está.

Fora cambada de filhos da puta!    

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Às vezes me envergonho de certos palmeirenses

Hoje não pretendo comentar sobre mais um empate inglório do Palmeiras, mais uma vez eu ficaria aqui tentando achar as razões dos vacilos que dá o Palmeiras: azar, cagaço, falta de qualidade, macumba, ou sei lá mais o que. O fato é que nossa defesa é cirúrgica, absurdamente precisa, ela leva poucos gols, mas exatamente nas horas mais impróprias. Parece que o desânimo tomou conta de vez da torcida e dos jogadores do Palmeiras.

Mas a despeito de mais esse tropeço o assunto que toma conta dos noticiários sobre o Palmeiras é a possível venda do Valdivia para o futebol árabe. Mais uma polêmica que envolve o chileno, que desde que voltou ao Palmeiras nada mais fez senão polemizar, machucar, reclamar e onerar. É preciso haver um limite entre a idolatria e "idiotria", eu também fui um admirador do futebol do Valdivia na primeira passagem pelo Palmeiras e confesso ter ficado feliz com sua volta, mas hoje é impossível negar que foi um erro enorme e que o jogador só trouxe coisas negativas ao time desde que voltou.  Concordo também com aqueles que dizem que não temos um substituto a altura, mas hoje não há o que substituir, pois o Valdivia não joga e parece não querer jogar. Tenho certeza absoluta que se fosse ele um sujeito com vontade de jogar pelo Palmeiras, que não tivesse feito corpo mole para voltar, o Felipão estaria colocando-se contra a transação, mas para o técnico não se opor a venda mesmo não contando hoje com um substituto, alguma coisa tem.  

Uma prova do que estou dizendo é evidente e não foi plantada pela imprensa, Valdivia está cavando sua saída e já deu indícios em sua própria conta do Twitter. O fato de ele dar um retweet em frases de palmeirenses pedindo sua saída deixa claro que ele já está procurando alguma justificativa para tal e não adianta aquele monte de palmeirenses ficarem pedindo #ficavaldivia e o caralho a quatro, que soa como aquele corno que não quer que a mulher o deixe por outro. Mas parece que tem torcedor que prefere não enxergar e fica atribuindo a culpa exclusivamente a diretoria e a sei lá mais o que. Caiam na real – O Valdivia ta cagando e andando para o Palmeiras e ta afim é de cair fora!

Há quem dica que o jogador esta desanimado com a falta de competitividade do time palmeirense, mas se essa justificativa fosse dada por qualquer outro que entra em campo, eu até tentaria entender, mas o Valdivia foi contratado justamente para reforçar a equipe e era com ele que contávamos para o time ser competitivo, discurso absurdo de um cara que veio do Al Ain e deve ir para o Al Saad. Apesar de todo o asco que tenho em relação ao Luxemburgo, teve uma frase dita por ele na época em que Valdivia negociava sua primeira saída, na época o chileno vinha na imprensa e dizia não querer e o Luxemburgo figurava como grande vilão foi então que o Madureira disse: "O jogador fala uma coisa aqui nos microfones, mas dentro da sala de reunião o discurso é outro." Eu não duvido!

Então eu peço a vocês palmeirenses tietes do Valdivia: Parem de defender o cara! Assumam a vos mesmos que ele não merece nossa idolatria nem mesmo nossa compreensão. Parem de criar comunidades de apoio, sites e hashtags #ficavaldivia, deixem o cara ir para o quinto dos infernos, pois não será ele que mudará o futebol do Palmeiras, pelo contrário, neste momento precisamos de caras que queiram ficar, que queiram honrar e não de demagogos que usam o carinho da torcida em seu favor. Vamos respeitar nossa camisa e exigir esse respeito de quem a veste!  

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A decisão sumária de Del Nero

Estava eu aqui pensando e gostaria de compartilhar isto no blog. Claro que pode ser apenas uma "mania de perseguição" já que nós palmeirenses, segundo a imprensa, temos essa mania, mas insisto mesmo assim em dividir essa questão.

A Mancha Verde foi sumariamente afastada dos estádios paulistas pelo nosso digníssimo Presidente da Federação Paulista – Marco Polo Del Nero – este palmeirense alias. Pois bem, sua justificativa foi à confusão entre a torcida e a PM na entrada do jogo em Presidente Prudente onde dois palmeirenses foram baleados. Ainda não se sabe a causa do tumulto e de quem foi à culpa, fato é que a própria PM admitiu a hipótese de os disparos terem partido da polícia e que o porte de arma de fogo naquela situação foi um erro, mesmo com esses argumentos Del Nero preferiu afastar "apenas" a Mancha Verde. O próprio presidente da FPF disse que a decisão em nada tem haver com a morte do corintiano no sábado, pois ainda não se sabe o que aconteceu. Outro fato curioso é que todas torcidas organizadas já entraram em enfrentamento com a PM em algum momento, mas nunca a FPF se posicionou de maneira tão rápida e condenatória, porque será que esse traço inquisitório surgiu tão rápido.

No fatídico jogo a Mancha Verde criou na arquibancada um enorme mosaico com a bandeira do Brasil, onde ao invés de "Ordem e Progresso" estava "Fora Ricardo Teixeira". Quase todas organizadas se comprometeram com o protesto – exceção feita às beneficiadas – mas a que mais chamou atenção foi a Mancha Verde. Sabendo que a FPF é aliada da CBF e que Marco Polo Del Nero pode se beneficiar demonstrando subserviência, não poderia ser esse afastamento sumário da Mancha Verde um ato político?

É de se pensar....

Revival

Honestamente não tenho tido muito ânimo de comentar sobre jogos do Palmeiras. A vitória sobre o Corinthians, como é para ser ante ao maior rival, nos trouxe alguma esperança, mas logo na seqüência voltamos à mediocridade que já nos é de costume. O empate contra o Cruzeiro entrará na vala comum de nossa história recente, como mais um resultado que esteve em nossas mãos e escapou por algum lance fortuito ou alguma infelicidade.

O Marcos Assunção tem sido um dos poucos jogadores estáveis dentro do elenco, mas mesmo assim pipocou na hora do pênalti, nem sendo possível atribuir méritos ao goleiro, que conseguiu defender mesmo pulando errado. Cada dia mais nossa história nos remete a década de 80 e essa realidade incômoda já começa parecer o default ao invés da exceção.

Tenho tido uma opinião a respeito de alguns jogadores do Palmeiras que tenho certeza não ser compartilhada pela maioria dos palmeirenses. Lógico que ninguém erra por intenção (ou erra?), principalmente quando a aposta envolve jogadores com boa passagem pelo clube, mas definitivamente Kleber e Valdivia não têm rendido que esperávamos. Sei que ninguém joga sozinho, mas pelo dinheiro e expectativa envolvidos era esperado no mínimo mais participação. Algumas coisas do passado devem ficar do jeito que está. É muito raro um jogador na segunda passagem pelo time repetir a primeira. O Valdivia pelo visto se machucou de novo e deve ficar fora mais alguns jogos, já não me incomodaria tanto se a diretoria o vendesse, afinal, nunca podemos contar com ele, quando se recupera, vai para a seleção e se contunde de novo. O Kleber, mesmo antes da tal proposta do Flamengo, vem demonstrando falta de tesão em jogar pelo Palmeiras, o jogador que virou ídolo pela sua abdicação em campo e pela demonstração de carinho pelo clube, tem se portado apenas de forma discreta em campo e fora dele freqüentemente dando declarações polêmicas que antagoniza com a postura que esperávamos. Também é outro que não protestaria se o Palmeiras o negociasse desde que a negociação trouxesse benefícios ao Palmeiras. Por exemplo, não dizem que o Kleber é corintiano e que o Alex do Corinthians é palmeirense? Pois bem, não seria uma má idéia uma troca sem ônus.