segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O que pede esse momento?

Torcíamos pelo improvável mas aconteceu mesmo o mais óbvio. Seria muito difícil o Palmeiras sem técnico, com jogadores abalados e com o fator arbitragem conseguir vencer o Corinthians. Nos restava a esperança que em um clássico tudo pode ocorrer ou que de repente o Assunção acertasse uma falta, mas esse resultado já vinha se desenhando desde a derrota para o Atlético Mineiro em Minas, ali já foi possível flagrar o momento de alguns jogadores, depois veio o Vasco  e o acumulo dos resultados desfavoráveis que colaboraram com a entrada de vez no estado de desespero e na demissão do Felipão.

O jogo em não foi uma vitória incontestável do Corinthians, mas eles souberam aproveitar o momento do Palmeiras e numa falha amadora do Juninho, talvez o jogador que mais caiu de produção, Romarinho abriu o placar. Futebol tem dessas coisas, as vezes propicia a um babaca o momento de glória e o Romarinho aproveitou o dele, foi tirar uma com nossa torcida. Luan foi tirar satisfações, com isso já ficou marcado pelo juiz que estava louco para dar aquele empurrãozinho que faltava – só para justificar seu bicho. Na próxima jogada de Luan pronto, tomou o segundo amarelo sem ter merecido sequer o primeiro, a partir dali o Palmeiras estaria (de novo) com um jogador a menos contra o Corinthians e com o placar desfavorável.

Creio que não dá para falar que o time não tentou, mesmo com um a menos foi para cima e criou algumas chances a mais clara dela numa cabeçada de Valdivia cara a cara com o goleiro. João Vitor, que está no time dos que deveriam jogar com calção marrom, cometeu mais uma falha que deu origem ao segundo gol do Corinthians.

Nas arquibancadas tensão e o reflexo do que é o Palmeiras hoje, até a torcida está dividida e desorientada sobre o que fazer. Provavelmente o Palmeiras perderá alguns mandos de campo pelo que o árbitro relatou na súmula e não imagino que a diretoria fará esforço para reverter isso, pelo contrário, é possível que eles até prefiram mandar jogos no interior. Nesse momento é muito difícil dar uma opinião, porque cada um tem um modo de reagir, mas para mim jogar a merda no ventilador vai acabar com qualquer chance que o Palmeiras tenha de reverter a situação. Seria digno se o elenco se manifestasse através de um vídeo, pedindo a torcida uma trégua até o fim do campeonato, reassumindo seu compromisso e traçando uma meta. Não sei, pode ser inócuo, mas ainda são 13 jogos restantes e não se pode jogar no lixo a mínima chance que tiver de salvar o ano.   

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Pessimismo

Até ontem às 22:29h eu estava otimista quanto ao Palmeiras se livrar do rebaixamento, depois disso me bateu um desanimo e uma impressão que não vai dar. Não digo isso apenas pelo resultado, que diga-se de passagem foi péssimo, mas pela postura do time e algumas situações que nas entrelinhas soa estranho. Começamos pela escalação, estranhamente Felipão barrou Maikon Leite e Mazinho para optar pelo Vinicius e também manteve Roman no banco o configurando como o último reserva, pode ser uma opção meramente técnica do treinador, mas é engraçado notar que Mazinho por exemplo era titular até pouco tempo atrás, enquanto Vinicius chegou até ser rebaixado ao time de base. Mesmo com uma escalação fora do hipotético ideal o Palmeiras saiu na frente graças a um lance de sorte, pois Luan, que vestia a camisa 100 em homenagem ao 100º vestindo nosso manto, fez uma partida desastrosa que beirou muitas vezes ao ridículo. Em um time emocionalmente estável a tendência é que após sair na frente passe a controlar o jogo e sair em contrataques, mas no Palmeiras de hoje, um gol na frente é como se fosse uma batata quente a segurar. O time desorganizado, cometendo erros grosseiros de passes e posicionamento, permitiu que o Vasco rapidamente empatasse e vale ressaltar que o time vascaíno jogava mal demais. Depois disso o time até teve algumas jogadas perigosas, mas logo tomou a virada e a casa caiu. O que se tornou o jogo depois disso foi um festival de horrores para o palmeirense, erros esdrúxulos, substituições sem sentido, rostos num misto de desespero com desânimo e a certeza que sair do buraco é uma missão muito mais difícil que qualquer um imaginava.

Como chegamos a esse ponto? É a pergunta de todo palmeirense hoje. Ninguém imaginou uma campanha espetacular, mas não passava na cabeça a possibilidade de rebaixamento.

A tendência natural é especularmos hipóteses, como a de que o elenco está rachado com o técnico ou que o time se desgastou demais na Copa do Brasil. Eu creio que o título Copa do Brasil ludibriou a todos, fazendo crer que o elenco era mais forte do que realmente é, que a diretoria havia acertado em algumas apostas e que a partir daquela conquista o time ganharia moral e só isso bastaria para motivar o resto do ano. Erro fatal! Me incluo nessa, o êxtase da vitória nos entorpeceu a ponto de esquecermos que alguns erros de hoje já ocorriam, alguns jogadores que aí estão já não funcionavam e o time jogava mal. Temos também nossa parcela de culpa por supervalorizar uma conquista que para um time de tradição como o nosso deveria ser mais comum. Nem tenho mais ânimo de criticar a diretoria mais do que já critiquei, alias, o Tirone nem está aqui para criticá-lo, tirou férias em meio a fase mais crítica do ano. Também nem tenho mais preferência política no Palmeiras, política é nojenta em todas esferas, como diz o ditado Russo: "Quando o czar te da o ovo, lhe toma a galinha".  Nos tomaram a "galinha" faz tempo e fulanizaram a política palmeirense, qualquer um que estiver ali, só será mais um sem autonomia de nada, refém de suas alianças políticas e das dívidas estratosféricas. Depois da era Parmalat o Palmeiras já caiu uma vez e já esteve com risco de queda em mais uma porção de oportunidades, isso na gestão Mustafá, Della Monica, Beluzzo e agora Tirone.

Quanto ao futuro do Felipão é outra incógnita. Gosto muito do Felipão e para mim nada apagará a honra com que ele defendeu o Palmeiras, mas não sei se hoje ficar é interessante para ele e para o próprio Palmeiras, não sei se ele terá condições de reerguer esse time, até porque ele também tem sua parcela de culpa. Por outro lado quando ouço alguns nomes que a imprensa cogita chega me dar desespero.

Hoje é um dia péssimo para o palmeirense. Estou pessimista.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O direito de não ser parte

Hoje pela manhã um amigo do serviço me perguntou super entusiasmado se eu tinha visto o jogo da seleção. Demorei um pouco para responder, talvez pelo horário da manhã meu cérebro ainda não estava conectando muito bem as informações de memória, foi então que me deparei com uma condição paradoxal, sei de tudo que está acontecendo no futebol nacional mas ignoro totalmente o que acontece com a seleção do país. Antes que venha algum pachequinho acusar-me de antipatriota, esse desinteresse não é aversão ao país, mas à seleção brasileira. Há quem chegue até torcer contra, que não é meu caso, pois minha indiferença é tão grande que pouco me afeta se ganha de dez da Antuérpia, se empata com o Guiné Equatorial ou se perde do Laos, sou tão submerso ao tema que na maioria das vezes nem sei se jogou e quando está passando na TV prefiro assistir algum documentário, campeonato da série C e até programa eleitoral se tiver passando.

Eu tenho uma teoria de que em Estados (ou entre torcidas) onde há mais rivalidade entre os clubes, menos se gosta da seleção. Eu por exemplo assumo tranquilamente minha intransigência, mas não sou capaz de torcer por jogadores ou figuras relacionadas a times que eu não gosto, só isso já bastaria para justificar o porquê de muita coisa, mas aliado a isso em minha mente eu relaciono a seleção a um pacotão populista que mistura futebol, mídia, política e corrupção. Porque eu torceria por uma imagem de nação da qual eu não compartilho? Não tenho o poder de contestar ou mudar e até sou obrigado a financiar indiretamente algumas coisas, mas me reservo o direito de não fazer parte, de não me sentir parte, ou melhor, querer que se foda tudo que envolve seleção brasileira, amistosos caça-níqueis, convocações com influencia de empresário, etc e tal. Por isso não assisti e nem li a respeito do jogo contra a África do Sul, contra a China e muito menos parei para ler a lista de convocados, me interesso tanto quanto pela seleção de badminton do Sri Lanca. Alias, já dediquei linhas demais a esse assunto.

Quero mesmo é saber do Palmeiras e de sair logo dessa zona incomoda.

 

Sul-americana

 

Sou contra abrir mão da Sul-americana, tal qual eu era contra abrir mão do Brasileiro quando o foco era a Copa do Brasil. Creio que o sucesso do Palmeiras na competição trará mais benefícios que prejuízos, uma vez que pode servir para manter a boa autoestima do grupo. Lógico que a prioridade é sair do rebaixamento, mas nada impede de que o time que entre em campo pela outra competição, entre para ganhar.

 

Paciência e perseverança

 

Hoje fiz mais um simulado dos jogos do Palmeiras. Creio que ainda levará algumas rodadas para sairmos da zona de rebaixamento, não se mudam as coisas do dia para noite. Lógico que seria legal em três rodadas já estarmos fora, mas temos de considerar a hipótese de o time ainda sofrer reveses e os adversários diretos terem sucesso. Portanto o processo será longo e cabe a nós e aos jogadores não nos afobarmos, nem deixar que o bombardeio de notícias depreciativas nos abalem. O Sampaio ta certo, não tem que ter clima de série B, o clima é de recuperação no campeonato Brasileiro.  

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Façamos nossa parte e discutimos depois.

Ao término do jogo de ontem fiquei puto, muito provavelmente se fosse escrever esta opinião seria um festival de xingamento a jogadores e diretoria. Mas de ontem para hoje deu tempo de maturar uma opinião e chegar a conclusão que não dava para cobrar uma vitória deste jogo em específico.

O torcedor sempre acredita, mesmo quando há mais razões para o contrário, na mente de muito palmeirense com um eventual placar favorável fora de casa contra o Atlético Mineiro e as derrotas de Coritiba e Bahia hoje estaríamos fora do G4, no entanto se pegássemos os jogos da tabela poucos contariam com esses pontos em Minas. O que assusta é que outros times que beiram a zona da desgraça conseguiram placares contundentes e no caso do Bahia, fora de casa, contra um time que briga no G4 de cima. O vento realmente não está soprando a nosso favor, como não esteve soprando desde o início do ano e o time sente isso. Ontem por exemplo o Palmeiras jogou bem, mas em bolas decisivas pesou tudo que envolvia o jogo e nessas falhas que se desenhou esse placar. A situação desgraçada não nasceu ontem com esses 3 x 0, é fruto da displicência do início do campeonato, da euforia desmedida do elenco e da diretoria com o título da Copa do Brasil, da omissão em repor peças essenciais na janela do meio do ano e da campanha desastrosa contra times menores. Tudo isso vale ser lembrado mas não vem ao caso esse momento, pois o mais importante é tentar reverter a situação.

Com os placares desse fim de semana ficou claro que não basta ganhar dos pequenos, ou apenas fazer resultados em casa, o Palmeiras tem que ganhar o que for possível, sem pensar em contas ou percentual de chances de se salvar. Contra o Vasco no RJ por exemplo o Palmeiras tem que trazer três pontos, pois depois o jogo em casa é contra o Corinthians e aí qualquer placar é possível.  

Ao torcedor palmeirense resta apoiar e passar confiança aos jogadores, pois a tendência é que um jogador, principalmente limitado, se abata mais quando vaiado. É difícil para mim e creio ser difícil para todos conter a indignação de ver o Palmeiras nessa situação, mas essa é a realidade atual e o que não tem remédio remediado está, façamos nossa parte e discutimos depois.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Assim que as coisas são

No sábado contra o Grêmio mais uma vez o Palmeiras mandou no jogo, pressionou insistentemente, mas o nervosismo e a ziquizira impediu que as chances criadas fossem concluídas. De certo modo é compreensível que o peso do rebaixamento interfira na hora de fazer um último passe ou de finalizar, infelizmente o Palmeiras chegou a uma situação dramática em que uma só vitória não basta para dar alívio, é preciso ao menos de umas 3 vitórias consecutivas para que esse peso alivie um pouco. Quinta-feira contra o Sport é um jogo chave para tentar mudar essa maré. Sabemos que agora é hora de apoio incondicional pois em nada ajudará perder a confiança e nos deixar influenciar por menosprezos ou previsões negativas, creio também que esse elenco não é compatível com a posição na tabela. Imagino que por si só essa posição inglória deve mexer com o brio dos jogadores, afinal, independente de gostar ou não do time uma queda é uma mácula na carreira de qualquer um. É nesse ponto que discordo de algo que vem sendo comentado, que em minha opinião trata-se de um absurdo.

Comenta-se por aí que o Palmeiras turbinou o bicho dos jogadores para tentar reverter a situação que se encontra. Sei que no mundo real é assim que as coisas são, não tem jeito, o futebol virou essa coisa podre em que tudo gira em torno do dinheiro, quer dizer, além de bônus por conquista temos também o bônus por não vexame, um fulano que ganha salário de time grande, permite que o time chegar no limbo para depois ganhar um dinherinho adicional para tirar o time dessa situação. Volto a dizer, sei que nesse momento vale qualquer cartada e é assim que o futebol funciona, mas é lamentável para um torcedor imaginar que é preciso pagar a mais para um sujeito se motivar a tirar o time em que joga da zona de rebaixamento. Seria digno se o grupo se manifestasse no sentido a recusar uma proposta de bicho para esse fim, pois se trata de uma premiação amarga, um prêmio por sair de uma situação que eles se colocaram. É uma questão de orgulho.

Mas esse é o futebol "profissional", que transformou amor a camisa apenas em um slogam e indexou o comprometimento à quantidade de casas decimais que se pode ganhar. O que nos resta é o amor ao nosso time independente das peças que estão vestindo nossa camisa, fica mais fácil lidar com as coisas desse jeito e não se passar como idiota, defendendo um fulano que nos microfones diz amar o Palmeiras, mas que numa mesa de negociação está sempre pronto para meter a faca no pescoço dos dirigentes.