quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jogando merda na história

Não curto muito comentar as especulações de fim de temporada, principalmente porque o que mais tem é notícia ventilada na imprensa para valorizar passe de fulano ou cicrano. Mas o que o presidente Arnaldo Tirone tem feito com o Palmeiras tem me tirado do sério e não possuo outro meio de manifestar senão por este blog.

Cada vez que o presidente do Palmeiras fala à imprensa me sinto tão envergonhado que imploro para que a entrevista acabe o quanto antes. Antes ele falasse errado, comendo plurais ou conjugações, mas não é isso, seu discurso como representante de uma instituição tradicionalíssima é de submissão e humilhação. A retórica é um dom e é evidente que Arnaldo Tirone não a possui, só uma configuração política tão absurda quanto a do Palmeiras seria capaz de eleger um líder que nem ao menos tem capacidade de argumentação diante aos microfones. Nem quando ele quer forjar um sentimento de indignação ou de firmeza ele convence, parece um Poodle tentando se passar por Pitt Bull.

Outra qualidade que Tirone parece não possuir é a auto-crítica, pois se tivesse ao menos um pouco, evitaria se expor diante aos microfones, principalmente de veículos inimigos, que já nem tentam esconder uma posição de denegridores do Palmeiras, caso de Jovem Pan e TV Bandeirantes. Mas não, Tirone faz questão de falar, falar e falar muita bosta, como se quisesse enterrar a história do Palmeiras em um monte de merda. Darei abaixo só alguns exemplos recentes:

- O Douglas quer mesmo jogar no Corinthians, mas o Corinthians não o quer.   

Cara. Juro que me deu uma vontade imensa de obrigá-lo a colocar a língua entre os dentes e dar um soco no seu queixo, fazendo com que ele perdesse ao menos parte da língua. Primeiro que se houvesse algum resquício de orgulho o Douglas não deveria sequer ser procurado – até porque é um jogador comum e é gambá. Mas tendo o procurado e sentido que ele pediu um salário para não pegar, fique quieto e finja que nem o consultou. Imagina se um cara desses vem jogar no Palmeiras ganhando essa grana e ficasse com aquela palhaçada de não comemorar contra os Gambás?

- É uma pena que não acertamos com Dagoberto, mas ele preferiu o Sul.

Acho que o Tirone tem alguma espécie de tara sexual pelo Dagoberto, não é possível. O Dagoberto é um mala do caralho e está na cara que ele não quis o Palmeiras, por um motivo óbvio, nossa diretoria conseguiu tornar o Palmeiras a última opção. Esse tipo de lamentação pública só serve para dificultar mais as coisas, pois essa raça maldita que se chama empresário dobra o preço a qualquer consulta do Palmeiras.

- Não acho que o Palmeiras tenha um time ruim. Todo mundo falava isso esse ano e surpreendemos todo mundo. O Palmeiras é sempre superior na posse de bola, parece um time estrangeiro que recentemente ganhou de um time brasileiro.

Presidente... presidente.... guarde seus comentários patéticos para sua roda de amigos. Se esse time que o senhor citou seja o Barcelona (como ao que tudo indica), só pode ser uma piada com nós torcedores do Palmeiras. Concordo que o time do Palmeiras não seja essa desgraça que todos pintam, mas a campanha de 2011 foi terrível, péssima. Tentar comprar esse time do Palmeiras ao time atual do Barcelona é coisa de lunático ou idiota, creio que o senhor encaixa-se melhor na segunda opção. Poupe-nos de sua imbecilidade.

- É uma pena que a FIAT tenha saído do Palmeiras, mas quem tem a perder é ela.

Não presidente, quem tem a perder somos nós. A FIAT prosseguirá vendendo bem no Brasil, mas o Palmeiras segue sem patrocínio e irá ter de pedir o penico para as possíveis interessadas. O senhor comanda um time que detêm a 4ª maior torcida do país e o 2º que mais se televisiona jogos e mesmo assim corre o risco de iniciar o ano sem patrocínio ou ter de baixar os valores, contra-mão do que vem ocorrendo com outros times. Sua diretoria de marketing foi desprofissionalizada e serviu como cabide de emprego a aliados políticos, dentre eles o filho do Marco Polo Del Nero - aquele que cantou o hino do Corinthians e escalou o PCO na semi-final do Paulista – e até agora foi inerte, correndo o risco de ficar atrás até mesmo do Santos em valor de patrocínio.

 

Felipão

Outro que já me deu no saco é o Felipão. Na boa, o técnico já passou do limite com suas pirracinhas. Se é para ficar com um técnico que só quer trabalhar com jogadores que ele indica,  vive reclamando na mídia, até agora não ganhou porra nenhuma e faz questão de jogadores incompatíveis com a torcida palmeirense, contrata um técnico mais barato e menos vaidoso.

Já foi um abuso praticamente expulsar o Pierre, que sempre fez questão de ficar no Palmeiras, agora querer em sua troca o Richarlyson é de foder, isso é bater de frente com os anseios e orgulho dos palmeirenses. Não é questão de o cara aparentar ser homossexual, quanto a isso que se dane, mas não da para aceitar a contratação de um jogador que outrora fez exames médicos no Palmeiras de manhã e apresentou-se no São Paulo à tarde. Só de ventilar a contratação de um cara que fez isso já merecia justa causa, mas insistir na sua contratação é demais. Dizem por aí também que ele barrou Suazo e algum tempo atrás até Ricardo Oliveira, em compensação insiste em nomes como Tardelli (será que não aprendeu nada com Kleber?).

Essa declaração infame de que estava cansado de arroz feijão e agora queria comer camarão, teve duas conseqüências, alertou os empresários que o Palmeiras sairia babando atrás de jogadores, inflacionando o mercado; e desvalorizou o elenco do Palmeiras, que dentro do que se fala por aí, não é tão inferior assim. Ou alguém acha que Douglas, tanto dentro de campo como fora, é melhor que Valdivia?  Que Richalyson é melhor que Marcio Araujo ou Pierre? Que aquele Edson Silva é melhor que Leandro Amaro? Esse tipo de analogia é um prato cheio para imprensa que agora insiste no trocadilho para ridicularizar o Palmeiras.

Na boa, entendo as vezes as reclamações do Felipão, me parece um cara profissional, trabalhador e honesto, mas não da para o Palmeiras ficar a mercê de suas vontades e suas pirraças.

 

Maicon Leite

Esse é outro que tem me irritado. Na boa velho, ta arrependido de sair do Santos, se joga da ponte malandro, o dinheirinho ta na conta não tá? Porra, não da para o cara jogar no Palmeiras e toda vez se portar como se tivesse abandonado sua grande paixão. Esse bando de acéfalos tem de entender que o futebol vive de torcida e se hoje ele está no Palmeiras, tem de demonstrar dedicação pelo Palmeiras. Fora que ta na hora de jogar bola também, jogadorzinho medíocre, um Basílio com grife que até agora só pipocou. Por que ele não pede para o Laor o recontratar?           

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

This is The End

Essa é uma época do ano no futebol em que não há muito que se comentar, porque também não há futebol, apenas uma série de especulações sobre contratações, patrocínios, parecerias, etc. Por este motivo este também é meu último texto do ano. Há os que gostam dessa temporada e acompanham atentamente a montagem do time para o próximo ano, confesso que me informo todos os dias, mas já fui de gostar mais. O que tem me impressionado muito, e não é de hoje, são os valores que envolvem essas negociações hoje em dia e isso não só no Brasil, e pior ainda, números absurdos para jogadores abaixo do medíocre. Eu acho que em pouco tempo o futebol vai se tornar impagável, que obrigará uma mudança drástica no comportamento financeiros dos clubes e conseqüentemente dos jogadores. Há uma bolha imensa que não tem mais para onde crescer e o nível do futebol tem caído na inversa proporção que essa infla.
No futebol europeu, por exemplo, há uma epidemia de times sendo vendidos para milionários excêntricos que os usam ou como um brinquedo ou como uma grande máquina de lavar dinheiro. Isso ocorre porque o processo inflacionário por lá se iniciou muito antes do Brasil, junto com uma praga chamada marketing esportivo. Times menos poderosos que não conseguiram acompanhar essa nova realidade perderam condições de se manter sozinhos, sendo alvo fácil desses aventureiros, a coisa agora começa chegar até em times de porte com situação financeira complicada. Os números que envolvem a transferência de atletas medianos entre times europeus chegam ao irreal, valores que antes só fazia parte do mundo dos negócios. O Manchester City por exemplo, que tem como dono um sheik árabe, gastou só com salários nesta temporada o equivalente a R$500 milhões, isso tudo para ser eliminado da Liga dos Campeões dando lugar ao Napoli (chupa!). As dívidas de clubes como Reais Madri e Barcelona assustariam até o Eike Batista, mas há quem diga: Mas esses clubes têm dinheiro para pagá-la! Tudo isso é calculado e as receitas do marketing cobrem. Ok! Mas quando essas "receitas de marketing" não cobrirem mais todos esses custos, principalmente em um momento em que países como Espanha e Itália estão no olho do furacão de uma crise européia? Será que estes clubes se manterão como ilhas alheias aos efeitos da recessão? Já há um movimento na UEFA no sentido de delimitar os gastos das equipes, o chamado fair play econômico. O mais interessante é que mesmo todo esse dinheiro não garante boas equipes, o Milan, por exemplo, tradicionalmente o time que mais investe na Itália, tem um elenco pífio, formado por uma legião de jogadores velhos ou promessas que não se concretizaram (Pato, Robinho...). Atualmente o líder da competição é a Juventus com um elenco muito mais barato.
Com a saturação do principal mercado europeu essa bolha agora se desloca para os mercados emergentes do futebol, como Japão, os países do leste europeu, Arábia e agora o Brasil, que até então é o principal exportador de jogadores, mas começa reverter o quadro pagando mais por jogadores medíocres que qualquer outro time do mundo está disposto a pagar. Os dirigentes e empresários por aqui estão eufóricos pela grana que começa circular no meio do futebol e ainda tem a copa do mundo como mote desse "milagre econômico".  As cotas de TV, valores de patrocínio e investimento de grandes grupos no futebol cresceram absurdamente em todos os times nos últimos anos e conseqüentemente qualquer atleta e empresário hoje se acha digno de uma fortuna a cada negociação. O país tem sido um ótimo local para jogadores consagrados em fim de carreira ou "quase craques" de outros países da América do Sul vir ganhar dinheiro. Os jovens talentos que não são negociados no útero da mãe, na primeira oportunidade são fatiados e leiloados entre os times brasileiros, que rastejam implorando para que eles aceitem sua oferta.
Essa nova realidade ainda me assusta, mas assusta ainda mais – apavora - quando vejo que o Avaí está pedindo mais de R$7 milhões pelo Willian Batoré. Se ele ainda fosse um jovem que teve uma má fase no Santos e se recuperou no Avaí, tentaríamos entender, mas o cara já rodou o Brasil inteiro e nunca se consagrou e quando foi artilheiro em um time rebaixado, pedem o mesmo preço pelo qual o Palmeiras vendeu o Kleber. Nessas horas eu me lembro daquela música do Marvin Gaye – What's going on! O nível do futebol brasileiro está tão baixo e a receita dos times aumentou tanto, que nos deparamos com bizarrices como esta. Nessa temporada de contratações, todos os times com desempenho pífios estão atrás dos mesmos jogadores e os empresários estão aproveitando para pedir preço de ouro por latão. A situação do Palmeiras é ainda pior, pois é explícito que o time está desesperado atrás de peças e a situação política do clube o torna alvo de malhação de toda imprensa, desse modo é normal que os jogadores peçam um $$$ adicional para acertar. Dizem que o Tardelli pede salário milionário, fora a rescisão com o Anzhi, que especulasse R$14 milhões, não estamos falando de Leandro Damião, falamos de Tardeli que só emplacou no Atlético/MG.  Ainda não da para saber o que tem de verdade ou mentira nas histórias, mas os números e nomes que surgem nos fazem pensar que estamos na merda. Há algum tempo atrás os times do interior abasteciam de bons jogadores os grandes clubes, hoje esses times estão falidos e cheio de refugos, ou então alugados para algum empresário expor sua mercadoria.
O investimento em base é cada vez mais caro e improdutivo, quando se colhe qualquer coisa que parece que presta, logo esse jogador trata de arrumar um bom empresário e forçar o clube a vendê-lo ou transformá-lo em milionário. Os clubes fazem centros de treinamentos, bons alojamentos, pagam escola, dentista, fisiologistas e vez ou outra conseguem revelar algum bom jogador, coisa que nunca acontece com o Palmeiras, que aparentemente também tem essa estrutura, mas por ali contamos no dedo revelações: Wagner Love, Wagner Love, Wagner Love...
A impressão que tenho é que apesar do aumento das receitas, o aumento das despesas cresce desproporcionalmente e os times com gestões mais incompetentes – caso do Palmeiras – sofrerão cada dia mais para sobreviver competitivo nesse meio. Já ouve aqui algo semelhante ao que acontece naqueles times europeus que citei acima, quando o Corinthians foi praticamente comprado pela MSI, não se sabe até hoje se esse contrato foi mesmo rescindido, mas não duvido que em algum tempo outros casos semelhantes apareçam. Aí sim seria o início do fim. Onde será que vai parar tudo isso?                        

  

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meus pesares

Um campeonato que teve o fim que a maioria queria. O Corinthians campeão é rentável para emissora que detêm os direitos de transmissão, para políticos populistas e para empresários e mafiosos do futebol. Saiu tudo dentro do script para eles, o teatro armado para legitimizar a doação de dinheiro do Estado para construção de um estádio; a abertura da Copa alinhada muito antes do anunciado; a cota diferenciada de transmissão de televisão; a imbecilização total de sua torcida, estimulada por campanhas de marketing a repetir frases feitas, dignas de livros baratos de auto-ajuda; as valiosas ajudas da arbitragem em seus jogos durante o campeonato, que na dúvida sempre foram pró-corinthians; e por fim a conquista de um campeonato modorrento, que nivela ao mesmo peso um clássico ou um jogo contra o Avaí. Porem a tentativa da CBF de dar mais emoção ao campeonato - que desde que mudou de fórmula fatalmente perdeu espaço para competições mata-mata – colocando clássicos tradicionais na última rodada, deu um ar meio amarelo a esse conquista, pois ficou claro que apesar de todos os artifícios, o Corinthians seria incapaz de vencer um jogo que realmente exige alma. Até as tradicionais brincadeirinhas ficaram no vácuo, pois o Corinthians não ganhou o título do Palmeiras, ele apenas conseguiu não perder para o Palmeiras, que é muito pequeno para um time campeão. O time do Palmeiras está longe do que o seu padrão histórico exige, mesmo assim arrisco a dizer que nem se houvesse dez jogos contra esse Palmeiras o Corinthians não ganharia um, nem mesmo com a vantagem numérica de jogadores que os juízes sempre lhes proporcionam. O que se viu ontem foi uma reprise do que aconteceu no campeonato Paulista, o Corinthians foi covarde e se beneficiou do regulamento e da predisposição da arbitragem.

Não tenho muito a dizer hoje, não vou ficar com esse discurso hipócrita e polido de parabenizar o vencedor, de que venceu o melhor, e coisa e tal. Se Para mim venceu o pior, o mais sujo, o mais nefasto ao futebol brasileiro.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O ídolo de níquel


Em minha modesta opinião Ronaldo "Fenômeno" ou Ronaldo Gordo, como mais lhe cabe, não foi esse craque que muitos falam. Alguns "especialistas" o colocam só abaixo do Pelé, mas Ronaldo não chega nem ao patamar de Romário. A análise é simples, Romário marcou muito mais gols que Ronaldo e foi muito mais importante para os clubes que jogou. Mas a quem diga: Mas Ronaldo é o artilheiro das copas. E eu respondo: Se Romário tivesse jogado o número de copas que jogou Ronaldo, seria de longe mais artilheiro. Na verdade Ronaldo jogou em alto nível por uns 5 ou 6 anos, no restante de sua carreira sustentou-se no seu "legado" e em algumas jogadas pontuais. Não estou dizendo aqui que ele foi um jogador mediano, mas que em minha opinião não foi o "fenômeno" que a mídia prega.

A grande vantagem de Ronaldo para Romário é que ele foi o primeiro craque da era moderna, na era onde as habilidades nas propagandas de material esportivo e videogame são mais importantes que o o feito em campo. Ronaldo soube como nenhum outro jogador capitalizar seu talento, trabalhar o marketing pessoal e através disso recebeu status sobre-humano. Muitos falam com propriedade sobre seu talento mesmo tendo acompanhado pouco sua carreira, mas por ter ouvido falar... sabe como é... o tal do Buzz Marketing. Hoje muitas pessoas acompanham os campeonatos europeus através da TV fechada, mas convenhamos que há 15 anos atrás o número era menor, tendo Ronaldo vivido grande parte de sua carreira na Europa, como tanta gente tem propriedade para elegê-lo como fenomenal? É evidente que a maioria só assistiu os gols, as premiações e a tonelada de matérias especiais sobre suas superações milagrosas, ascensão fantástica, habilidade incrível, etc. Romário já foi o contrário, nunca soube trabalhar seu marketing pessoal, alias, nunca fez questão alguma de ser querido. Bateu de frente com treinadores, repórteres, ídolos nacionais e companheiros de time. Trocou por opção a Europa pelo Brasil, na época em que os salários eram absurdamente diferentes. Socou um torcedor durante um treino, falava abertamente que detestava treinamento, mas com um porém, Romário jogava muito mais que ficava no departamento médico, prova disso é que tem tantos gols na carreira. Foi para Copa do Mundo de 1994 passando quadrado pela goela do técnico e ganhou praticamente sozinho a bagaça. Deu azar de na edição seguinte estar machucado e de não ter "tanto" prestígio assim com a CBF, tanto é que na Copa de 2003, Ronaldo e Adriano foram convocados mesmo sem condições físicas de jogar.  

Mas a intenção aqui não é comparar Ronaldo com Romário, apenas tentei explicar o porquê que nunca tive essa idolatria que o povo brasileiro tem pelo Ronaldo, mas sou voto vencido, porque de cada 10 brasileiros, 9 amam o Ronaldo, principalmente porque grande parte do povo só curte futebol (e o país) na época da Copa do Mundo. São os discípulos de Galvão. O fato é que Ronaldo Gordo com toda fama construída mundialmente ganhou muito dinheiro, muito mais que Romário inclusive. Ronaldo ganhou tanto dinheiro que poderia hoje fazer e falar o que quisesse, sem ter que bajular ninguém. Mas o caminho que ele escolheu não foi esse, ele quer poder, quer fazer parte desse grupo imundo que toma conta de nosso futebol. Um sinal muito claro disso foi quando optou pelo Corinthians ao Flamengo, time de seu coração, Ronaldo sabia que no Corinthians poderia alcançar seu objetivo, sabia que poderia virar praticamente sócio do presidente e dali galgar passos maiores fora do campo. Quando Ronaldo deu aquela entrevista patética, atribuindo sua má forma física a um problema de tireóide e que queria continuar mas não consegue, muita gente se comoveu, eu ri, pelo teatro armado. Quando ele disse que virou corintiano, aí sim acreditei, pois o amor do Ronaldo é igual o amor de suas ex-esposas por ele. O Ronaldo hoje é um das figuras que mais me enojam, um cara que podia usar sua imagem para contribuir com a limpeza no futebol, mas a vende para torná-lo ainda mais podre, encobrindo canalhas como o atual presidente da CBF Ricardo Teixeira e o possível futuro presidente da entidade, seu amigo e parceiro Andres Sanches. Hoje ele é a bola da vez nos bastidores de nosso futebol (e política), pois está provado que uma imagem carismática sobrepõe qualquer má conduta, colocar ele a frente da Copa do Mundo é receber o endosso do "sábio" povo brasileiro para se fazer qualquer coisa – afinal ele é um ídolo não é mesmo!    

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Know your enemy


Quando eu jogava truco no bar, sempre ao termino de uma rodada quando se discutia o que deveria ter sido feito, tinha um senhor que sempre falava: Se eu tivesse um pé de "se" eu estava rico. E ele tinha razão! Mas no caso do Palmeiras esse ano, creio que o "se" tem grande valia, pois através dele podemos tirar valiosas lições e ter uma visão com menos neblina do que é preciso para 2012.
Ontem o Palmeiras venceu bem o jogo contra o São Paulo. Para quem só viu os melhores momentos pode ter tido a impressão que foi um jogo equilibrado, mas acompanhando o jogo na integra o Palmeiras foi muito superior ao São Paulo em todo jogo, com exceção de algumas chances de gol adversárias que causou certo susto. Para variar os bambis tiveram uma ajudinha do árbitro no primeiro tempo, pois o volante Wellington tinha acabado de levar um amarelo quando derrubou o Valdivia entrando na área com chance clara de ir para o gol, o irmão metralha resolveu fazer vista grossa à falta, pois sabia que se marcasse teria de expulsar o jogador. Alias, Valdivia ontem jogou muita bola, a partir daqui começamos os "se".
O Palmeiras no início do ano, mesmo sem contar com o chileno, era um time duro de ser batido. Longe de ser brilhante o time era muito regular, tanto que na época muitos comentaristas elogiavam o Felipão. É fato que após a proposta do Flamengo para o Kleber o ambiente azedou. Talvez se naquele momento a coisa tivesse sido mais bem resolvida, estaríamos hoje no mínimo disputando uma das vagas para Libertadores. Se na teoria Valdivia - que junto ao Kleber eram as grandes apostas do ano - tivesse feito no mínimo 70% das partidas no nível de ontem, empates medíocres que tivemos poderiam ter sido vitórias. No segundo tempo do jogo de ontem o Palmeiras fez ótima tabelas, na maioria delas com a participação do Valdivia, que só não resultaram em gol por incompetência na hora de finalizar. Há tempos eu não via o time criar assim. Isso não consola, ainda assim passamos mais um ano conturbado longe de títulos, mas podemos de repente sonhar com um 2012 melhor, pois há poucas rodadas a impressão que dava é que precisaríamos de um time todo novo. Quem sabe uma Copa do Brasil não motive o Palmeiras tal fez com o Vasco?
Agora a história impôs ao Palmeiras mais uma vez a honra de defender o bem do futebol. Não digo isso como mero maniqueísmo, mas o Corinthians de fato hoje representa tudo que há de mais sujo, asqueroso e maléfico para o futebol brasileiro. Mesmo se o Corinthians fosse aquele dos velhos tempos, onde ainda era só um time popular e não populista, a rivalidade justificaria todo esforço para impedir sua conquista, mas agora a causa não é mais nossa apenas, está em jogo aqui a putrefação completa do nosso futebol, um processo que está em estágio avançado sob liderança de políticos, empresários, mafiosos e de um falso ídolo que usa sua imagem para que o povo siga acompanhando sorridente a venda de nosso futebol. Infelizmente as chances do Corinthians são grandes, pois do outro lado nosso co-irmão Vasco da Gama também enfrenta batalha semelhante, contra outro time-símbolo dessa desgraça toda e só uma combinação perfeita, de Palmeiras e Vasco ganhar, impediria que o time da alienação conquistasse esse campeonato, que vale ressaltar, foi formulado para conquista de Corinthians ou Flamengo, pois ambos foram favorecidos pela tabela em relação aos seus rivais, que fazem 2 clássicos na seqüência. Apesar de todo perrengue, de todo nervoso, fico feliz e orgulhoso de estar desse lado. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Alívio!

Alívio! Essa é a sensação após a vitória de ontem contra o Bahia. Não só pelo fato de ter espantado de vez as chances de rebaixamento, mas também por voltar a ver o time com vontade de vencer e as coisas dando certo. Há quanto tempo não víamos o Valdivia fazer uma boa partida? Há quanto não o víamos comemorações tão efusivas de um gol de todo grupo? Pudemos constatar que havia sim algo de errado, pois por mais limitado que seja o elenco palmeirense, não era de justificar partidas tão pífias. Talvez se as coisas tivessem sido colocadas no eixo antes, estaríamos brigando pela Libertadores a essa altura. Quando vemos um time em campo brigando, jogadores vibrando, mesmo com todos os problemas temos esperança de dias melhores.

Fazendo um balanço desse ano é lógico que a culpa principal de todos os reveses é da diretoria, que demorou para contratar um gerente de futebol remunerado e não soube lidar com os problemas do elenco, mas é evidente que Kleber também teve um papel importante no fracasso  do time. Uma liderança negativa dentro de um grupo pode atrapalhar até grandes elencos. A maioria dos jogadores tem cérebro de peixe, agem como cardume, basta um aparecer um com um pouco mais de personalidade e os outros o seguem fácil. Podem pegar as gravações, notem que nos gols do Palmeiras apenas parte dos atletas comemoravam, principalmente quando quem marcava era o Luan. O Kleber nem esboçava reação. Outra coisa notável também era o número de cartões por reclamação que Kleber e Valdivia tomavam, o último obviamente influenciado pelo primeiro. Com o afastamento definitivo de Kleber houve espaço para o Cesar Sampaio fazer o trabalho de reaproximação do elenco com o técnico, foi uma grata surpresa para mim a atuação dele de forma tão assertiva. Creio também (e espero estar certo), que Sampaio aproveitou a má fase que passa Valdivia para convencê-lo que ele precisa mudar seu comportamento. Nesse momento Valdivia precisa tanto do Palmeiras quanto ao contrário, tudo que o chileno poderia ter feito de errado ele fez, perdeu até mesmo seu espaço na seleção chilena, se lhe sobrar um pouco de inteligência vai perceber que em 2012 ou ele da a volta por cima dentro de campo, ou terá fim parecido com o de Carlos Alberto que hoje defende o Bahia.  

Marcos Assunção

Honestamente nunca entendi o porquê a Mancha Verde pegava tanto no pé do Assunção. Entendo que a torcida tem mais informações que eu sobre o comportamento do atleta, mas dentro de campo eu nunca vi uma atitude que justificasse tal perseguição. Tirando o fato de muitos gols saírem de suas faltas ou cruzamentos, Assunção sempre se mostrou preocupado com o Palmeiras e um cara diferenciado nas suas declarações e relacionamento com o técnico. Ontem gostei da postura de ele se desculpar com a torcida.

Perspectivas

Todo fim de ano, principalmente depois de uma temporada patética como essa, muitas especulações surgem para o ano seguinte e ta pipocando muitas coisas a respeito do Palmeiras. Dizem que o novo patrocinador será a Hyundai e que haverá um amistoso contra o Ajax em janeiro, prenuncio de uma parceria com uma empresa inglesa de marketing esportivo, que promete inclusive um aporte para contratações. Também são citados nomes de jogadores que interessam ao Palmeiras, além de a folha de pagamento ter sido enxugada com a venda de Kleber e outros jogadores caros durante a temporada. Podemos sonhar com três cenários, um otimista, um pessimista e um misto.

No otimista: O Palmeiras traria novas receitas de patrocínio e parcerias e com isso contrataria bons jogadores no perfil determinado pelo técnico e o gerente de futebol. O ambiente automaticamente mudaria e talvez um título como uma Copa do Brasil daria mais confiança a torcida, como aconteceu com o Vasco da Gama. Pierre voltaria com moral e Valdivia a jogar bola, automaticamente alguns jogadores passariam a render mais.

No pessimista: Apesar das promessas as contratações não passariam de jogadores medianos incapazes de mudar o futebol do time. Não viria parceiro algum e a política palmeirense voltaria a corroer o ambiente, dificultando em novas contratações, novos patrocínios e na confiança do elenco.

No misto: Pegue elementos otimista e pessimista e misture e vamos ver no que vai dar.

Uma verdade inconveniente

Caso os gambás ganharem o brasileiro, somarão 5 títulos, sendo que até 1990 não tinha um sequer. Considerando apenas os campeonatos antes da unificação a incompetência de nossa diretoria nos últimos 30 anos vem minando uma grande vantagem de título que tínhamos ante aos nossos rivais.  

No início dos anos 80

Palmeiras 2 títulos brasileiros

São Paulo 1 título brasileiro

Corinthians e Santos 0

No início dos anos 90

Palmeiras 2 títulos brasileiros

São Paulo 2 títulos brasileiros

Corinthians e Santos 0

No início dos anos 2000

Palmeiras 4 títulos

São Paulo 3 títulos

Corinthians 1 título

Santos 0

Dias atuais (imaginando que o Corinthians seja campeão)

São Paulo 6 títulos

Corinthians 5 títulos

Palmeiras 4 títulos

Santos 2 títulos

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rede Band Errantes

Sempre guardei um certo respeito pela Bandeirantes, principalmente por seu time de rádio formado por José Silvério Mauro Betting e Alex Muller nas reportagens, porem, de uns anos para cá o grupo tomou uma decisão muito equivocada em busca de mais audiência ou dinheiro vindo de outras fontes. O canal passou a apostar em figuras caricatas e polêmicas como Milton Neves, Dr. Osmar, entre outros e o nível caiu muito, contrastando com a seriedade de outros profissionais da emissora. A coisa realmente ficou feia quando a Bandeirantes apostou em Neto como comentarista. Só para resumir o currículo do cara, Neto já foi dixavado no ar pelo goleiro Marcos, conhecido por ser um dos jogadores mais boa praça do futebol, o goleiro o chamou de mau caráter e disse que não fazia questão de ter amizade com pessoas do tipo. Outro que também se indispôs no ar com o tal "craque" foi o narrador Luciano do Vale, que incomodado com a postura do ex-jogador contra a torcida do Sport Recife em partida ante o Corinthians, disse que ele não tinha responsabilidade e que nem jornalista era. Da para conferir tudo no youtube. Parece que Luciano do Vale e Marcos já previam o que viraria a Bandeirantes.

Coincidência ou não, Neto começou ganhar mais espaço no período em que Andrés Sanches virou presidente do Corinthians. Neto é um defensor e amigo declarado do presidente corintiano. Junto com o outro corintiano Datena, fez uma dobradinha terrível no horário do almoço da Bandeirantes. A partir daí sua imagem na emissora é quase onipresente. Diz a lenda que Neto estava meio quebrado de grana e Andrés o ajudou e como nesse mundo uma mão lava a outra, sempre que o presidente corintiano precisa lançar alguma especulação na imprensa, como foi a "contratação" de Seedorf, Ganso, Teves e Kleber, Neto é o interlocutor. Faz o estilo "caipirão", fala errado, desafina e não faz questão alguma de se mostrar imparcial, fala bem de jogadores amigos e mal de jogadores que não se relaciona bem. Adotou as discussões fake com Datena e agora Milton Neves para tirar o foco da seus péssimos comentários, pois se alguém considera  aquilo que ele faz análise de futebol ou é louco ou não entende merda nenhuma do assunto. Enquanto alguns profissionais da imprensa esportiva tentam não se relacionar com empresários ou jogadores para não influenciar em seu trabalho, Neto é a contramão, e como nunca escondeu, possui grande amizade com Kleber e seu empresário Pepinho. Infelizmente a Bandeirantes fez mais uma grande cagada e contratou Neto para sua equipe de rádio, que até então tinha certa qualidade.

 A Bandeirantes já vende seu horário nobre para a igreja do pastor R.R. Soares, será que seu horário do almoço também é vendido? Na última segunda-feira o programa de Neto armou um circo para defender Kleber e atacar Felipão. O atacante aguardou seu acerto com o Grêmio para no alto de seu caráter disparar contra o técnico e o Palmeiras e teve ajuda do anfitrião do programa. Conforme eu mesmo já expus aqui, não creio que Luis Felipe seja algum tipo de santo e que acertou em tudo, mas o modo como o tema foi tratado pela emissora é incabível para qualquer órgão que queira ser chamado de imprensa, pois ali Felipão foi julgado, condenado e a pena paga pelo Palmeiras. Não é novidade que Kleber é dissimulado e vingativo e era esperado algum pronunciamento do tipo, o surpreendente foi o espaço dado e as menções de apoio. Hoje se noticiou que a comissão técnica do Palmeiras já demonstrou sua insatisfação, colando na sala de imprensa uma matéria contra a emissora, que por sua vez deve também se manifestar em seu "nobre" horário esportivo. O que fica claro é que a Rede Bandeirantes se colocou nesse episódio não só contra o técnico Luis Felipe, mas contra a instituição Palmeiras e toda sua torcida. Se o preço que eles se dispuseram a pagar foi esse, que seja. É só lamentável que a diretoria da Bandeirantes que prontamente afastou o comediante Rafinha Bastos por uma mera piada que fez com a Vanessa Camargo, permita um desrespeito tão grande com milhões de torcedores palmeirenses.  

  

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Escolha o opção certa.

De quem é essa frase: "Sou amigo de todo mundo":

a-      Tink Wink dos Teletubies

b-      Ursinho Puff

c-       Uniqua dos Backyardigans

d-      Arnaldo Tirone

e-      Todas alternativas anteriores

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Errata!

Kleber vai mesmo para o Grêmio. Seu empresário e puxa-saco acabou de colocar uma frase alusiva do seu Twitter - Em preocesso de imortalização - Portanto, creio que acabou o mistério.
Desejo todo azar do mundo a todos envolvidos. Que nunca mais se ouça o nome Kleber na história do Palmeiras. Que isso sirva de lição para nós palmeirenses e para diretoria.

Quem é o roteirista desta merda?

Domingo, dia 13 de novembro de 2011 às 17h. No estádio Olímpico em Porto Alegre joga Grêmio x Palmeiras enquanto no Pacaembu Corinthians x Atlético/PR. Dois rivais vivendo realidades bem distintas.

De um lado do Corinthians, onde tudo da certo. Mesmo o time perdendo jogos absurdos, consegue manter-se líder do campeonato, pois os rivais nas chances que tem de passá-lo, também tropeça em jogos bobos. O time é a bola da vez, não tem dificuldade para contratar, a imprensa puxa o saco, o governo ajuda construir o estádio onde será a abertura da Copa, vence o braço de ferro com o Clube dos 13 e recebe a maior cota da televisão e ainda por cima pode contratar com certa facilidade o outrora principal jogador de seu arqui-rival.  No jogo do último domingo, fez dois gols em poucos minutos, mas ninguém contava que o seu adversário no segundo tempo, viesse para matar e logo de início diminuiria a vantagem. O Corinthians foi sufocado desde os 15 minutos do segundo tempo, tomou duas bolas na trave, mas ao final segurou o empate e contou com a derrota de Flamengo e Fluminense no fim de semana.

Do outro lado o Palmeiras, onde absolutamente tudo da errado. O time que terminou o primeiro turno com chances até de título, tenta agora ao menos uma vitória para se livrar da chance de rebaixamento. As notícias co Palmeiras já rivalizam com do Iraque em desgraça, é diretor que briga com técnico, é conselheiro que vaza notícia confidencial para imprensa, jogador que troca ofensas com diretor e técnico, jogador caro que vive bêbado e machucado, "ídolo" que é afastado e quer jogar no arqui-rival, jogador meia boca que despreza interesse de ser contratado e é presidente que está sempre viajando quando estoura alguma bomba. Como se já não bastasse tudo isso, quando o time enfim está ganhando um jogo importante, algum jogador inexpressivo do adversário acerta um chute ou jogada fenomenal no final do jogo, frustrando toda torcida. Foi assim contra Vasco, Inter e agora contra o Grêmio.

Esse tipo de situação é tão irreal que parece uma comédia barata, do tipo em que tudo da certo a um vizinho enquanto o outro até os cachorros mijam na perna. Tem horas que custo a acreditar que tudo isso está acontecendo. Ontem mesmo ao final do jogo não sabia qual reação ter, foi aquela desgraça cinematográfica, clichezão mesmo. Chego a pensar que há um roteirista escrevendo tudo isso e queria muito saber quem é esse filho da puta.


A saga Kleber: Novos capítulos


Parecia estar tudo caminhando para o fim. Já anunciavam na imprensa que Kleber era do Grêmio, mas de repente o rumo das coisas mudou e parece que haverá ainda muitas emoções. Era de se esperar que a coisa não seria simples assim, Kleber e Pepinho quietos definindo as coisas de forma relativamente pacífica? Não seria um final a altura dos envolvidos.

Enfim hoje Kleber jogou mais merda no ventilador. Utilizando a mesma tática de outras vezes, usar aliados do empresário na mídia, Kleber detonou Felipão e expos uma série de desavenças do técnico com o elenco. Agora resta aguardar as próximas cenas. Pressinto que podemos ter um final inesperado, do tipo Felipão sair fora e Kleber ser reintegrado. Para mim ambos poderiam vazar. Vamos aguardar. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A ida dos que não voltaram

Enfim parece que o futuro de Kleber foi definido. Segundo informam todos os jornais o Grêmio se acertou com o Palmeiras e deve ser o próximo time ao qual o jogador deve demonstrar seu "amor". Já dediquei a esse jogador muito espaço em meu blog, tal como todos palmeirenses dedicaram apoio demais a esse jogador mediano que se destaca pela garra e certa habilidade para proteger a bola. Não se trata de dizer agora que ele não presta como jogador, que é grosso coisa e tal, pelo contrário, em comparação aos demais atacantes do elenco do Palmeiras, Kleber está um nível acima, mas é fato também que está distante de ser um jogador diferenciado.

Não há dúvidas que a fama que o atacante tem deve ao Palmeiras, inclusive seu apelido de Gladiador que seu empresário chupassaquisticamente vira e mexe assim o chama, foi dado pela torcida palmeirense. Graças a essa idolatria Kleber chegou até ser cogitado para seleção, situação semelhante a do volante Magrão, que também foi acolhido como ídolo palmeirense devido a sua raça (mais que pela sua técnica) e chegou a ser convocado. A torcida do Palmeiras tem essa característica de prestigiar o jogador mais pela dedicação do que pelo talento, o que é bacana, só erra quando confunde dedicação com falsas declarações de amor a camisa. Quando Kleber veio da Ucrânia para o Palmeiras, ele tinha de provar quem era e se reapresentar para o torcedor brasileiro que já nem lembrava mais de sua existência. Dentro daquele elenco de 2008, Kleber era discreto em meio a jogadores mais badalados como Diego Souza, Valdivia e Alex Mineiro, ganhou destaque mesmo nos jogos contra o São Paulo que além de fazer gols decisivos, encarou o zagueiro André Dias e o lateral Zé Luis e ainda saiu disparando uma série de declarações pós-jogo. A partir dali a moral dele com a torcida foi às estrelas (talvez tenha feito tudo aquilo mais como uma vingança pessoal do que amor ao Palmeiras).  Depois do campeonato paulista Valdivia foi embora, o encanto de Alex Mineiro acabou e Kleber sobrou como centro das atenções. Ao final daquele ano a diretoria do Palmeiras não tinha dinheiro para contratá-lo em definitivo e Kleber foi para o Cruzeiro. Provavelmente ele deve ter sentido uma grande diferença entre a exposição dos times e entre as duas capitais, que lhe rendeu certa saudade. Sabia que em São Paulo era muito querido pela torcida do Palmeiras e que a diretoria alviverde talvez fosse a única disposta a pagar um preço alto para tê-lo de volta. Em sua passagem pelo Cruzeiro não foram raras as oportunidades que ele declarou seu desejo de voltar. Pressionado por uma campanha horrorosa o então presidente Beluzzo resolveu fazer uma loucura usando a grana da futura patrocinadora de camisa, comprou 50% do passe de Kleber por quase R$ 10 milhões. A torcida vibrou as finanças nem tanto.

 Dessa vez Kleber voltou como ídolo e teve uma apresentação de gala. A campanha do Palmeiras em 2010 foi mais uma vez lamentável e Kleber não se mostrou nenhum salvador da pátria. Continuava sendo um jogador de muita raça, mas estava claro que com um time limitado ele também não rendia. O presidente prosseguiu fazendo suas loucuras financeiras tentando de todo jeito arrumar o time e trouxe Valdivia e Felipão após a Copa do Mundo. Apesar da enorme esperança da torcida o time continuou pífio e perdeu aquela semifinal incrível para o Goiás. Salários atrasados, cobrança da torcida, polêmicas da diretoria, tudo isso acabou desmotivando Kleber, além da clara relação conturbada entre ele e Felipão.

Mudou o ano, mudou a diretoria, mas os problemas prosseguiram os mesmos. Nova derrota no Paulista, Copa do Brasil e um começo de brasileiro relativamente bom, eis que surge a tal proposta do Flamengo por Kleber. Aí não ficou muito claro até hoje se o Flamengo procurou o jogador espontaneamente ou se "alguém" foi falar para diretoria flamenguista que ele queria sair. Até aí juro por Deus que não condeno Kleber, ele errou ao ficar declarando amor pelo time, mas reconheçamos que as coisas no palmeiras também não estavam muito agradáveis principalmente para ele. Desde que entrou a diretoria nova, freqüentemente expunham seu salário e o apontavam como um grande problema para os cofres, Felipão também não deve ser uma pessoa fácil no dia-a-dia e Frizzo muito menos, tinha de jogar como centroavante e esperar jogadas do Luan, pensem: não é fácil. O que pegou forte mesmo foi o modo como Kleber conduziu tudo, fingindo contusão para não fazer a 7ª partida e fazendo de tudo para gerar um mal-estar entre ele e diretoria. Depois do episódio do Flamengo nem mesmo raça o jogador demonstrava e o elenco também parece ter sido afetado por tudo isso. A crise que gerou o caso João Vitor foi só o meio encontrado para que ele pudesse endossar sua saída. E agora vai de forma melancólica, antagônica a festa de sua chegada.

Confesso que já tive muito mais bronca de Kleber que agora, pois hoje tenho uma opinião que com certeza é contrária a da maioria dos palmeirenses. Kleber está indo para o Grêmio, pois não agüentava mais ficar no Palmeiras. É óbvio que o Grêmio não é o grande sonho de um jogador, até porque jogar em Porto Alegre não difere muito de Belo Horizonte em relação à exposição. Eu não duvido que quando retornou ao Palmeiras ele realmente estava feliz de voltar, mas é fato que o ambiente que ele encontrou não poderia ser mais inóspito. Todo jogador tem sua ambição e imagino que é difícil ter esperança tendo como presidente um dos maiores bananas que já dirigiram qualquer clube no Brasil. A relação com o técnico também não deve ter ajudado, inúmeras vezes Kleber disse que não gostava de jogar como centroavante, mas Felipão insistia em escalá-lo ali e quando ele teima com alguma coisa é foda, vide Rivaldo genérico. Ofende-me o modo como tudo foi exposto, mas consigo admitir, tirando minha paixão clubística, que as coisas que acontecem no Palmeiras desanimam qualquer um. Desanimaram Diego Souza, desanimaram Vagner Love, tem desanimado Valdivia e continuará desanimando jogadores que tem mercado enquanto as coisas não mudarem. E vamos parar como essa história de jogador palmeirense, pois isso só tem um, que de tão desanimado já nem pensa em prosseguir a carreira.  Aproveitemos esse momento para um mea culpa.      

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Infelizmente nessa Felipão perdeu

Até o jogo contra o Curitiba eu também achava muito improvável o rebaixamento, mas depois desse domingo eu começo crer o contrário, que se depender do Palmeiras ele cai. Nossa esperança é a inoperância dos outros candidatos. O time parece um avião em queda livre sem controle, onde o piloto já não tem comando sobre os instrumentos. A queda de rendimento do time foi clara, principalmente após o episódio Kleber e João Vitor. Até o jogo contra o Flamengo no primeiro turno o Palmeiras apesar de burocrático, vinha sendo um time extremamente regular e praticamente imbatível dentro de casa, após a primeira confusão envolvendo a transferência de Kleber o time iniciou uma seqüência grande de empates que minaram as chances de título e Libertadores - até aí ninguém ainda poderia imaginar risco de rebaixamento – foi então que veio a briga entre João Vitor e torcedores, que culminou no afastamento de Kleber e uma tentativa de motim do elenco. Desde então o que vimos é um time sem rumo, desorganizado, desesperado, tomando gols absurdos, totalmente nulo na parte ofensiva e que hoje perderia para qualquer time do campeonato em casa ou fora dela. A torcida acompanha sem ter o que fazer a agonia de um time com uma história grandiosa, um presente patético e um futuro obscuro. Não sabemos qual reação ter, se xingamos ou nos calamos e esperamos. Qual teria hoje a pior conseqüência?   

É impossível até para um torcedor que acompanha todos os dias os noticiários sobre seu time, saber exatamente o que acontece dentro de um elenco. Até é possível relacionar, como fiz acima, a queda de rendimento a episódios específicos, mas com certeza, antes mesmo de tudo isso, muitas coisas deviam estar rolando. Apesar da brilhante história e de eu pessoalmente achá-lo mais vitima que vilão, começo acreditar que hoje a melhor alternativa para o Palmeiras seria a saída de Felipão. Sei que muitos palmeirenses a despeito dos péssimos resultados ainda gostam do técnico, principalmente por sua aparente retidão de caráter e respeito pelo clube, mas está evidente que o elenco não suporta mais o cara. Muitas coisas mudaram no futebol em pouco tempo e os jogadores de hoje são diferentes dos de 10 anos atrás. Nenhum técnico linha dura funciona mais, pois os jogadores se comportam como se seus anseios estivessem acima dos do clube e não aceitam imposições nem cobranças públicas. Parece-me que infelizmente isso é irreversível no futebol é aí que esbarra o Felipão, principalmente no Palmeiras onde a diretoria não assume a tarefa de defender a instituição. Se Felipão ficar, como dizem que ficará, será necessário uma troca total do elenco e a diretoria já se mostrou fraca para contratar e negociar, com o agravo de que o Palmeiras já não é tão atrativo como antes. Teoricamente não era para o Palmeiras ter de começar do ZERO o ano de 2012, pois ao menos uma base já deveria ter, fora que os jogadores que ainda jogam esse campeonato ficam mais desinteressados ainda, sabendo que ano que vem provavelmente estarão em outro time e pouco importa se o Palmeiras será rebaixado, disputará sul-americana ou sei lá o que. Portanto lamentavelmente o melhor para o Palmeiras agora (ou menos pior), na minha opinião, seria a saída de Felipão.

Cezar Sampaio

Não acho uma má idéia um novo gerente de futebol, mas tenho minhas dúvidas se um ex-jogador de sucesso no clube não cairá naquele mesmo círculo de retornos desastrosos. Todos regressos recentes foram trágicos – Kleber, Valdivia, Felipão, Vagner Love, Luxemburgo, Henrique – em todos casos o passado glorioso foi manchado por fracassos. Desconheço o trabalho do Cezar Sampaio como dirigente e também pode ser que nessa função específica a coisa seja menos traumática quanto nos casos anteriores, mas é um risco que se corre, vejam o caso do Zico no Flamengo por exemplo. Espero de verdade que o Cezar Sampaio consiga contribuir com uma melhora no futebol do Palmeiras e seja poupado da áurea de incompetência que cerca nossos dirigentes, mas para isso terá de ser blindado da corja de conselheiros e ter condições de exercer seu trabalho. Sou contra regresso,  mas tento manter a esperança que uma hora dê certo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Vale à pena gostar de futebol?

Antes das redes sociais eu acreditava conhecer (pessoalmente) uma meia dúzia de idiotas e reconhecer na mídia mais umas duas dúzias de babacas, depois das redes sociais descobri que conheço muitos babacas e na imprensa então esse número é absurdo. Infelizmente grande parte do pacote de merda que esse pessoal fala todo dia está relacionada ao futebol e isso está criando em mim certa aversão. É lógico que as redes sociais não são a doença, mas apenas um diagnóstico, toda essa cretinice sempre existiu porem não tinha como atingir tanta gente. É nas redes sociais que os babacas resolvem sair do armário.

Lembro que antigamente eram limitadas as figuras no futebol. Havia os clubes, os dirigentes e os jogadores, com o advento da Lei Pelé entrou no circuito os empresários também e posteriormente os detentores de direitos federativos. Toda baboseira dita por esse pessoal chegava à imprensa e a partir daí recebia o filtro geográfico, ou seja, dependendo da merda que era não repercutia além de uma cidade ou região. Com o avanço da internet essas babozeiras passaram a ter mais abrangência, e o pior, esse pessoal começou a se manifestar diretamente via páginas pessoais ou perfis. Agora mesmo um empresário chamado Marcelo Goldfarb, que agencia o jogador Douglas, virou notícia após menosprezar a história do Palmeiras. Lógico que em seguida soltou uma nota desculpando-se, afinal, mais do que gostar do Corinthians o cara gosta do dinheiro e sabe que fechar as portas de um clube como o Palmeiras é mau negócio. Em outros tempos, nem teríamos o desprazer de ouvir um desaforo desses ou sequer tomar conhecimento da existência deste cara, agora vira notícia em todos portais. O grande problema é que este é só um exemplo, pois declarações infelizes como está tem sido freqüentes e não só por empresários, como por diretores, jogadores, parentes de jogadores, torcedores famosos, jornalistas, entre outros, via Facebook ou Twitter. Tivemos recentemente o caso Kleber que nos escancarou a qualidade moral das pessoas envolvidas no futebol. Para completar temos os fanfarrões virais, como Andrés Sanches, Rosemberg ou Marco Aurélio Cunha, que sempre soltam alguma polêmica ou frase feita que toma conta das redes sociais com rapidez impressionante. Isto tudo só me faz perceber quantos idiotas o futebol financia. Imaginem se por acaso desse certo a vinda de Douglas para o Palmeiras, este Marcelo Goldfarb ganharia um bom dinheiro e o jogador – que já assumiu publicamente que é corintiano – também. Provavelmente depois de um tempo começaria dar problema, arrumaria confusão com a torcida e diretoria e sairia pelas portas do fundo com a consciência tranqüila.

Honestamente as vezes me questiono se não valeria a pena eu deixar de lado o futebol e parar de ajudar a financiar esse monte de merda.  

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Canindé nunca mais!


Sou adepto ao pensamento que a vida sempre lhe cobra uma hora ou outra de alguma coisa, como diz o ditado cristão: "o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória". O Palmeiras fez sua última partida oficial no Palestra Itália no dia 22 de maio de 2010 conquistando uma bela vitória sobre o Grêmio por 4 x 2, de lá para cá muitos imbróglios envolvendo documentos, licenças municipais, brigas políticas, ações judiciais e discussões banais fizeram com que as obras de fato engrenassem com 1 ano de atraso. Sem estádio a opção óbvia seria levar os jogos ao Pacaembu, afinal, além de mais próximo a casa oficial do Palmeiras também é um estádio acostumado a receber grandes clubes. Mas nossa atual gestão decidiu inovar e encontrar uma opção genérica. Cercada de argumentos supersticiosos encobrindo motivos puramente econômicos, foi então eleito o Canindé como casa provisória do Palmeiras criando uma amizade entre as diretorias do Palmeiras e Portuguesa. Lembrando que a Portuguesa não está na merda que está por acaso, o time do Canindé já jogou duro com o Palmeiras em diversas tentativas de negócios entre os clubes e sua diretoria sempre foi conhecida pelas trapalhadas. Essa "parceria" é como diz outro ditado, da galinha com o porco para fornecer ovos mexidos com bacon, a galinha dá os ovos e o porco o bacon. O Palmeiras nunca teve, não tem e não vira a ter algo a ganhar com a Portuguesa, mas os resultados iniciais do time no estádio do Canindé fizeram com que a diretoria se empolgasse ainda mais com a idéia. Segundo eles o Pacaembu dava azar, pois era casa do Corinthians, já no Canindé o time sentia-se em casa e tinha sorte.

Pois bem, o tempo passou e a breve curva de ascensão que o Palmeiras estava tendo mudou bruscamente de sentido, por motivos muito mais sérios que a própria escolha de estádio, mas originados do mesmo embrião. O time desandou, desanimou e se antes superava algumas limitações com a vontade, agora a falta dela escancaram as deficiências. Concordo que o futebol do time do Palmeiras de hoje caberia até na Javari, mas a torcida poderia estar sendo poupada de algumas humilhações se ao menos a diretoria tivesse a dignidade de mandar os jogos para um estádio mais digno da história do Palmeiras. Sábado a torcida lusitana empolgada com o acesso à primeira divisão teve a audácia de tirar uma onda dos palmeirenses que deixavam o Canindé e houve o inevitável quebra-pau. Vejam só a que nível nós fomos submetidos! Depois do ocorrido o gerente de futebol Sérgio Prado cogitou de não mandar mais jogos ao Canindé! Parece que a amizade ficou abalada.   

 Meu amigo! Não era nem para ter começado mandar jogos no Canindé! Vocês ainda vão estudar se não mandam mais jogos lá? Por favor, ao menos uma vez aja com culhão e nunca mais mande jogos do Palmeiras naquela budega.

Tem hora que é difícil viu!

O futebol

O Palmeiras de fato não tem um bom elenco, mas também não podemos dizer que tem um péssimo elenco. Quando o time estava focado, antes das polêmicas se acentuarem tanto, o Palmeiras conseguia um nível mediano no campeonato e chegou a ser um time dificílimo de ser batido. Claro que nunca houve de fato um futebol efetivo digno de um time campeão, mas confesso que cheguei até a ter esperança de título me baseando naquela coisa de união do grupo e abdicação nos jogos. Não da para afirmar em que ponto a coisa desandou, se foi quando o Kleber recebeu aquela proposta do Flamengo ou quando o Felipão começou a falar mal do time para imprensa, mas o fato é que a coisa desandou muito e alguns começam até temer o rebaixamento. Lógico que isso reflete uma série de coisa que nem conhecemos que extrapolam time e técnico, mas ao que aparenta o elenco não responde mais o comando do Felipão e não da para saber qual é a atitude que a diretoria irá tomar, principalmente sabendo-se que o presidente é um banana do caralho. Como eu disse há alguns posts atrás, grande parte desses jogadores atingiram o ponto máximo na carreira ao jogar no Palmeiras e já sentem que ano que vem devem voltar a defender algum time médio ou pequeno. A reformulação total já não é mais questão de aprimoramento de elenco, mas sim de ter um elenco. Já vejo alguns torcedores questionando se com Felipão a coisa não irá piorar. Também acho que o técnico tem sua parcela de culpa, mas nos últimos anos todos técnicos tiveram a validade curta no Palmeiras, parece que o processo de fritura ali é mais acelerado e creio que a demissão de Felipão só serviria de prêmio a esses vagabundos que tem feito corpo mole. Agora é ficar na torcida para que ao menos vença o Atlético Mineiro fora de casa e espante o fantasma do rebaixamento e ano que vem vamos ver o que irá acontecer.

 

Diretas no Palmeiras

Hoje é um dia muito importante para a vida política palmeirense, sentiremos se ainda há esperança de uma conciliação entre torcida e política do clube ou se haverá o rompimento total e aqueles que hoje estão no poder ignorarão o anseio de 100% dos que amam o Palmeiras.

Não sou sócio do Palmeiras e nem serei, moro longe das dependências do clube e seria impraticável. Sabemos que o Palmeiras tem um belo clube e muitos sócios não são palmeirenses ou nem amantes de futebol - pois isso também não deve ser uma obrigação - mas sei também que há uma quantidade muito grande de sócios que são ótimos palmeirenses e discordam do sistema político que rege atualmente o clube e as eleições diretas para presidente já seria um grande avanço ao ideal. É incabível que um time com uma torcida tão fanática em todo território brasileiro, tenha seu destino partilhado apenas a uma meia dúzia que se perpetuam e legislam pela perpetuação.

Espero que seja implementada eleições diretas no Palmeiras, refutado o conselho gestor e que criem mecanismos para que esse novo modelo não crie vícios e represente o torcedor palmeirense.    

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O que o Kadafi nos ensina

Hoje foi anunciada a morte de Muamar Kadafi. As fotos que circulam na internet mostram um corpo machucado, sujo e morto sem as pompas que outrora ostentou. Por mais de 40 governou a Líbia sob um estado totalitário e nesse período acumulou uma fortuna inimaginável, amigos poderosos e extravagâncias que beiravam a loucura. Parece que essa história é meio clichê quando falamos de ditadores. Recentemente tivemos o final de vida pouco glorioso de Saddan Hussein que se escondia num buraco e fora condenado ao enforcamento pelos crimes de sua ditadura. Final trágico também foi o de Benito Mussolini, que ostentava suas avantajadas bochechas, seu olhar sempre de cima, uma farda impecável negra e seus trejeitos pitorescos que fizeram escola, levou a Itália a uma guerra que não podia ao lado de um aliado tão ou mais megalomaníaco e foi responsável pela morte de milhões de civis, morreu pelas mãos do próprio povo que antes o aplaudira e seu corpo pendurado pelos pés em praça pública para execração. Relatos dizem que seu egocentrismo era tão grande que pediu para que atirassem em seu peito, para não deformarem sua figura.

Em todos os casos esses ditadores possuíam uma quantia tão grande de dinheiro que se quisessem poderiam no meio da história terem fugido e terminar em o resto de suas vidas usufruindo de conforto que a riqueza pode fornecer. Quantas chances Kadafi teve de renunciar quando a revolta ainda não tinha ganho apoio das nações poderosas? Todos sabem que ele era amigo pessoal de Berlusconi e não seria difícil ter conseguido exilo político na Itália e ter prosseguido sua vida praticando seus "Unga Bungas" livremente. Mas existe algo que tem muito mais poder de atração ao ser humano, sobrepondo fortuna, mulheres e conforto – o poder – e esses caras experimentaram o sabor deste poder em doses cavalares e preferiram morrer do que aceitar a perda dele. Nos filmes "Os bons companheiros" de Martin Scorsese têm uma cena que ilustra muito bem isso, quem assistiu sabe do que estou falando, num momento em que o narrado da história (que era gangster), chega com uma mulher em uma boate lotada e consegue entrar pela cozinha do local e o arrumam uma mesa em frente ao palco que haveria um concorrido show. Quando se tem um título de líder, de qualquer categoria, desde dono de boca até presidente dos EUA, há muitos bajuladores, mulheres, ofertas e poder e isso faz com que o sujeito comece acreditar que ele é realmente fodão, começam aí as excentricidades, o culto a si mesmo e a defesa a qualquer custa daquele posto.

Mas que porra isso tem haver com o Palmeiras?

Tem muita coisa, pois há muito cara lá dentro que já teve sua oportunidade de comandar, fracassou, mas não admite ser excluído das decisões. Quando nós torcedores pedimos união e abdicação dos anseios pessoais, para o bem do time, não temos idéia de o quão isso é impossível na mente desses doentes. É evidente que a instituição Palmeiras está agonizando, clamando por renovação, por trégua, por abdicação, mesmo os dirigentes em seu lado racional reconhecem que as coisas passaram do limite e que algo tem que mudar, mas qualquer movimento no sentido em tirar ou distribuir o poder é refutado com veemência. Vejam que coisa mais patética que é essa história de conselheiro vitalício, o que leva um senhor de mais de 80 anos ainda querer dar ordens no futebol? O Mustafá talvez seja o ícone maior dessa doença, ele já foi presidente por mais de 10 anos, não conseguiu nada que presta, é odiado pela torcida, tem dinheiro para viver de outra coisa, mas insiste em tomar o poder para si novamente. Tudo em suas devidas proporções e algo que aconteceu em um país não pode ser comparado com exatidão ao que aconteceria em uma clube, mas está na hora desses caras pegarem o exemplo do Kadafi e cai na real que a paixão extrema pelo poder jamais acaba bem, nesse caso para o torcedor, para o Palmeiras e talvez para os próprios políticos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Figurantes


Nada tenho a acrescentar a essa derrota para o Fluminense do que já foi dito. Já é redundante falar da incompetência da administração, da covardia de nosso presidente, da nojeira que é nossa política, da falta de comprometimento dos jogadores, da falta de qualidade do elenco, da distância entre time e torcida, das contratações erradas, das demissões erradas também, ou seja, tudo que estamos passando em outubro deste ano já passamos em vários outubros passados.

Solução existe o duro é que não enxergamos capacidade de encontrá-las por parte de nosso presidente. É patético o modo como Tirone se expressa, não pelo mau português, mas pela fraqueza de suas afirmações e das constantes mudanças de lado em um curto período. Lembro-me bem do dia em que ele foi eleito Presidente, em sua primeira entrevista a rádio Bandeirantes ele disse: Sou um católico fervoroso e acredito que Deus me ajudará nessa missão.  Honestamente, estava na cara por essa declaração que ele não tinha idéia do que faria como Presidente, tanto que por uns 3 meses a desculpa mais usada por ele nas entrevistas era que ainda não estava a par da situação real do Palmeiras, que só após uma auditoria nas finanças ele se pronunciaria. Nunca ficamos sabendo se ele era a favor ou contra a Arena, se era ou não a favor de Felipão, qual a opinião dele sobre as quotas dos direitos de transmissão de televisão, qual posição dele sobre a possível venda de Kleber, ou seja, Tirone jamais desceu do muro nem para cagar. Respeitaria até mesmo se ele tivesse posições que eu discordasse, mas ele não tem posição para discordar, apenas acompanha a tendência. Olha só no caso das quotas de TV. O São Paulo se posicionou contra a rede Globo, já o Corinthians a favor, o Palmeiras se absteve de opinar. Na hora do vamos ver a Globo ganhou e o Corinthians conseqüentemente conseguiu a maior fatia do bolo, o São Paulo que se posicionou contra foi boicotado nas transmissões, mas posteriormente negociou valor semelhante ao do Palmeiras - alguns dizem que até maior - já o Palmeiras se conformou com uma quantia menor que o Corinthians e Flamengo (mesmo tendo mais jogos televisionados que o Flamengo) e ainda saiu no papel de coadjuvante e freqüentemente é desrespeitado pela rede Globo. Caralho! Somos o maior campeão nacional, não cabe a nós papel secundário muito menos figuração, mas a isso que fomos rebaixados e esse foi o pior dos rebaixamentos.

Espero que Tirone prossiga rezando, mas reze muito, quem sabe um dia desses Deus o escute e mande ao comando do Palmeiras um líder de verdade, que se posicione, que imponha respeito, pois ai talvez voltemos ao papel principal do futebol nacional, do qual jamais deveríamos ter saído.  

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Separando o joio do trigo

Sobre o jogo de ontem não tem muito a se dizer, se não fosse o 14º empate do Palmeiras no campeonato e não tivéssemos vindo de uma seqüência tão ruim, poderíamos considerar que foi um bom resultado. Mas o jogo em si ficou em 12º plano mais uma vez devido ao salseiro criado na semana.

João Vitor

O padrão da imprensa é julgar o torcedor como acéfalo e violento e o jogador como uma vítima sempre inocente em qualquer ocasião, principalmente se tratando de Palmeiras. Temos de entender que a relação de um torcedor com o time é diferente do jogador, jornalista ou diretor, pois os últimos ganham dinheiro com isso, já o torcedor não, ele ama o time e o financia. O jogador só pode andar com sua X5 branca porque o torcedor compra camisa e produtos, vai a jogos, entre outras coisas, portanto é normal também que esse torcedor cobre o jogador quando o time está mal – é o único ônus da profissão. Não adianta o jogador querer se considerar apenas um profissional, pois a força motriz do futebol não é uma relação de empresa x consumidor, graças a essa peculiaridade que um sujeito medíocre, que não acresce porra alguma a sociedade tenha um salário astronômico, não conheço, por exemplo, um profissional que ganhe R$300 mil por mês. Claro que a cobrança não inclui agressão física, pois a partir daí se torna algo ilegal e um ônus muito pesado para qualquer um arcar, mas do mesmo jeito que há a idolatria quando o time está bem o contrário também ocorre quando o time vai mal.

Até agora ninguém sabe o que aconteceu no caso João Vitor, nem mesmo o jogador se pronunciou, a versão que temos é da imprensa carniceira e de oportunistas de plantão, além de palpiteiros famosos, que se acham aptos a julgar qualquer coisa, como Ronaldo, Alex, etc. Mesmo Felipão, que já peitou a torcida para defender o Luan e o Marcos Assunção ficou reticente a defender o jogador, lidando com a possibilidade de ele ter começado a confusão. O fato é que independente de quem foi o culpado, já há o julgamento e para variar o Palmeiras saiu como vilão até para seus próprios torcedores (o que é lamentável) e os jogadores como mocinhos inocentes, vitimas indefesas de tudo. A diretoria foi sentenciada por omissão, pelo "absurdo" de preferir que os fatos sejam apurados para depois se pronunciar e por querer que os jogadores se mantivessem concentrados para o jogo e entrassem em campo. Felipão também já teve o veredicto, CULPADO por querer entrar em campo contra o Flamengo e não perder por W.O, afinal, o campeonato é de menos não é mesmo? Também recebeu a culpa pela violência da torcida, pois teve a ousadia de dizer que o elenco precisava de reforços. Agora o papel de herói da história também já foi dado pela imprensa – Kleber – ele mesmo, mas desse falarei a seguir.

Essa história toda me lembrou da final da Copa São Paulo de juniores de 2003. Eu estava no Pacaembu nesse dia. O Palmeiras tinha acabado de ser rebaixado e chegou à final da Copa contra o Santo André. Depois de sair ganhando o time cedeu o empate e o jogo foi para os pênaltis. O Santo André venceu e os jogadores na comemoração foram imitar porco na frente da torcida do Palmeiras. Não deu outra, todo mundo já estava de cabeça quente e aqueles putos ficaram tirando onda, na hora a galera foi querer derrubar o alambrado para pegar os caras. Foi uma confusão do cassete graças aqueles FILHOS DA PUTA que foram provocar. Depois a imprensa saiu condenando mais uma vez a uniformizada, organização do Pacaembu, Federação, os únicos que saíram imunes foram os jogadores do Santo André, que começaram tudo.

Kleber

Para quem busca motivos até o dos outros serve. Não é de hoje que o Kleber busca algo para justificar sua saída, qualquer coisa ta valendo, uma declaração do técnico, de dirigente, torcida, qualquer coisa. Acontece que até então a diretoria do Palmeiras fugia do confronto direto sabendo dos reais motivos do jogador. Quando ficou sabendo do que aconteceu com João Vitor foi a oportunidade de azedar de vez a relação com técnico, diretoria e torcida, criando um ambiente insustentável a ponto de ser liberado para negociação.

A tropa de Kleber já começou a trabalhar a seu favor, afinal, sair como vitima é muito melhor financeiramente do que como vilão. O ex-jogador Neto, que hoje, sabe lá Deus como, é onipresente na programação esportiva da Bandeirantes é o principal defensor de Kleber. Chegou a dizer que o jogador foi o único homem da história e que o técnico Luis Felipe Scolari é o culpado de tudo. É certeza que dessa cumbuca ainda sairá muita coisa, falta ainda Kleber se pronunciar e pela "grandeza de caráter" do cara vocês já imaginam o "alto nível" que chegará. Ainda tem o fator Valdivia, que ficou meio alheio da história, mas todos sabem da proximidade dele com Kleber e Pepinho.

A proposta de não entrar em campo contra o Flamengo era totalmente absurda, mesmo considerando João Vitor vítima disso tudo. Os jogadores defendem o Palmeiras e recebem bem por isso e pelo que me consta dentro do clube nada aconteceu que serviria como justificativa para prejudicar o time. Com exceção de 2 ou 3, o Palmeiras é o ponto máximo que esse jogadores vão chegar, ou alguém imagina o Ricardo Bueno jogando no Milan? Quando o Kleber sugeriu isso, apesar de tudo, ele ainda tem mercado, mas e os outros que o seguiram, será que conseguiriam algum time de expressão para jogar?    

 Em minha opinião a diretoria agiu certo de não entrar na pilha dos jogadores e tem mesmo que afastar quem estiver causando intriga no elenco.

Felipão

Pode falar o que quiser do cara, tem seus defeitos, erra como todo técnico erra, mas que ele defende o Palmeiras ele defende. Luis Felipe Scolari é um cara de caráter e honra quem paga seu salário, ele podia muito bem dar uma de sabonete e sair do foco nessa ocasião, como muitos fazem, porem assumiu as dores do Palmeiras e peitou os revoltadinhos. Óbvio que a imprensa o malhará, mas sabemos que ele não se importa tanto com isso.

Elenco

Fica evidente a má vontade de alguns jogadores com o técnico, porem isso tende a acabar a partir do momento que a diretoria der força a Felipão. Grande parte do elenco do Palmeiras é composta por jogadores medianos que estão tendo chance em um time grande agora. Mesmo Kleber e Valdivia, foram valorizados graças ao Palmeiras, mas não possuem carreiras brilhantes. Li na imprensa que teriam alguns jogadores tomado o lado de Kleber, mas duvido que sem a influência do mais famoso manterão o topete, afinal, ou agarram a oportunidade ou ano que vem defenderão Sport Recife, Gremio Barueri, Figueirense, entre outros. Alias... alguém tem ouvido falar de Lincoln ou Wellington Paulista?

 

Desabafo
 
Motim de cu é rola!. Ganha dinheiro pra caralho, joga em um time grande que tem jogos televisionados quase todo fim de semana, come e bebe do melhor, tem toda estrutura pra treinar, erram passe de 2 metros, perdem gol, saem na balada e enchem a boca para falar que é jogador do Palmeiras e vem querer fazer rebeliãozinha. Vai pra puta que o pariu! Joga bola nessa porra e honra a camisa! Muitas ali se não fosse o Palmeiras estariam rodando pelos timinhos do interior do Brasil. Motim de perna de pau não da né.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Fair Play é o Catzo – Os Trapalhões

O jogo de ontem nem merece comentário. O time do Palmeiras está tão desanimador que contagiou sua torcida com apatia; a reação a um gol sofrido, uma derrota ou mais um empate é a mesma, não há mais o que falar ou o que xingar. Valdivia jogou muito – pela seleção chilena.  

O que mais me admira nesse time do Palmeiras é que além da extrema falta de criatividade e qualidade os jogadores são inocentes, burros e sem audácia e isso é imperdoável. Eu já comentei aqui qual minha opinião sobre Fair Play, essa prática inútil que vem sendo usada, principalmente no Brasil, para parar o ataque adversário ou esfriar o jogo. Ontem foram duas jogadas que os otários vestidos com a camisa do Palmeiras pararam o jogo para atender o fingimento dos santistas. A primeira vez foi uma bola na intermediária do ataque, que o Palmeiras chutou para lateral para o atendimento de Ibson, que simulou um tapa na cara depois de uma tentativa de rolinho mal sucedida.  Na devolução o Santos mandou a bola lá para o goleiro Deola. A segunda e fatal, Danilo caiu numa disputa na linha de fundo e a bola sobrou com Leo, o lateral deu a entender que pararia o jogo para o atendimento, mas seguiu com a bola, cruzou e Borges cabeceou sozinho. O sistema defensivo do Palmeiras ao invés de tirar a bola para depois pensar no atendimento, se distraiu e tomou mais um gol de bola aérea. Parecia aquelas brincadeiras babacas do Didi dos Trapalhões, que balança o pé, diz para o sujeito olhar e depois da um tapa na cara. No caso o bobo, ou o escada, era o Palmeiras e Leo o Didi Mocó.

Se o Palmeiras já não é capaz de mercar gols mesmo quando sai na frente, imagina após tomar um gol na etapa final de jogo. Creio que nem Felipão acreditava em uma reação, principalmente ao olhar para o banco e ver Patrik, Tinga, Vinicius, etc. Na teoria o Palmeiras tinha chances de se classificar para Libertadores, mas na prática, se não fosse a pontuação adquirida no primeiro turno, esse time está com mais cara de quem luta para não cair. Não sei o que tem que mudar e se essas mudanças são plausíveis de acontecer, mas ao que parece isso não será rápido. Torço apenas, de verdade, que os palmeirenses da nova geração tenham a oportunidade de se orgulhar de sua diretoria; que vivenciem uma nova fase de gente comprometida, competente e que pensa no clube acima de tudo; que sejam os gozadores da vez e comemorem um título atrás de outro; que se preocupem com grandes projetos e não com picuinhas de clube, do tipo onde instalarão a sauna ou sobre vagas exclusivas de estacionamento para diretores; e acima de tudo que consigam ver em campo grandes jogadores vestindo nossa camisa e não escadas de uma comédia sem graça.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Atitude inteligente

A mídia tem divulgado que torcedores do Palmeiras fizeram uma manifestação em frente ao condomínio onde Kleber mora em Osasco. A Mancha Verde já se pronunciou afirmando que não tem relação alguma com tais protestos – o que é inteligente. Também até agora não se sabe se estes protestos de fato existem ou se estão sendo armados, pois o que vimos até agora foram fotos de muros pichados, algo que qualquer um com uma lata de spray consegue fazer. No caso do suposto protesto em frente ao condomínio não há sequer uma foto dessa manifestação, algo que nos dias de hoje em que qualquer celular de R$100,00 tira foto, este é um caso raríssimo.
Acreditar em imprensa livre, principalmente no meio futebolístico, é tão ou mais fantasioso que crer em Coelho da Páscoa, Fada do Dente ou algo do gênero. Principalmente nós palmeirenses sabemos que existem inúmeros comentaristas e até mesmo meios de comunicação que trabalham a serviço de um empresário ou político de clube, também é de nosso conhecimento que o caso Vagner Love abriu um precedente complicado onde um jogador pode exigir uma rescisão de contrato na justiça alegando falta de segurança para exercer seu trabalho. E tal empresário de Kleber, é um cara muito bem relacionado com figuras do meio esportivo e também já se mostrou disposto a muitas artimanhas para beneficiar seu cliente. Aquela entrevista à Globo, na época do caso Flamengo, onde Kleber descascou a lenha em cima do Frizzo não pareceu algo tão espontâneo assim, tanto o jogador quanto seu empresário sempre souberam que o contrato com o Palmeiras não tem brecha e dificilmente um time pagaria a multa rescisória que nele reza, restando apenas a opção de negociar com a diretoria e é sempre melhor negociar com uma "faca na garganta do outro".
Sendo assim nós palmeirenses podemos esperar que Kleber e seu empresário intensifiquem a busca por um "mal estar" com a diretoria e torcida, para tentarem assim coagir o Palmeiras a negociá-lo por um valor baixo ou até de graça. Cabe a nós palmeirenses não entrarmos nesse jogo. A atitude mais inteligente no momento é não protestar, principalmente de maneira ostensiva, isso só prejudicará o Palmeiras numa futura negociação. Sei que tem muitos decepcionados, sentindo-se traídos, mas absorva isso como aprendizado e aja de modo recíproco, com frieza e inteligência.

Mãe Dinah do jornalismo

Todo fim de ano temos as previsões feitas por adivinhos para o ano seguinte. É sempre a mesma coisa: um famoso jovem irá morrer num grave acidente, time tal será campeão um grande prédio pegará fogo, etc. Quem erra simplesmente é ignorado e no ano seguinte tentará a sorte novamente, já quem acerta reivindica o mérito do acerto, o tal do: eu disse! Nessa onda ficou muito famosa a Mão Dinah, uma senhora que erra em 90% de suas previsões, mas deu a sorte de acertar (ou dar a entender) que os Mamonas Assassinas morreriam. É como um tiro de calibre 12 em um mosquito, muitos chumbos passarão longe, mas um provavelmente acertará.
Para quem acha que essa artimanha é usada só por esotéricos, está muito enganado, nossa imprensa está cheia de adivinhadores especulando a cada momento. Quando erram, logo as pessoas esquecem, mas quando acertam repetem como papagaio: eu antecipei, eu antecipei! Geralmente esses "adivinhões" possuem fontes com sujeito oculto: disseram-me, ouvi dizer, dizem que ele tem um pré-contrato... Há também o uso do sujeito indeterminado: Uma pessoa de dentro do clube me garantiu, um conselheiro muito influente me adiantou... No caso do Palmeiras há milhões de sujeitos ocultos, indeterminados e também ratazanas. Todo dia surge um tiro novo esperando acertar o alvo.
Ontem o motorista aqui da empresa veio falar para mim: O Felipão saiu fora heim! Já acertou com o time da Rússia em que joga o Roberto Carlos por $6 milhões por ano (não se falou em que moeda). Fiquei espantado! Acompanho o todo dia os noticiários e não tinha lido isso. Corri logo para internet para ver se achava algo em sites ou no Twitter. Nada! Nada de Anzhi, nada de Russia e nada de o Felipão sair. O motorista jurou-me de pé junto que ouviu na rádio - logo imaginei em que rádio - mas nem perguntei.  Hoje surgiu a do Felipão no São Paulo, dada pela colunista Monica Racy do Estadão. Inclusive ela bancou até um pré-contrato já para 2012, mesmo tendo o atual contrato do treinador com o Palmeiras validade até o final de 2012. A linha foi à mesma: representantes de X reunidos com representantes de Y. Se no ano que vem Felipão seguir no Palmeiras ou for para outro clube que não o São Paulo, esquecerão a notícia, mas se por um acaso ela der a sorte de acertar, teremos mais uma Mãe Dinah. Lembrando que anos atrás Juca Kfouri Bancou Valdivia no São Paulo.