terça-feira, 29 de novembro de 2011

O ídolo de níquel


Em minha modesta opinião Ronaldo "Fenômeno" ou Ronaldo Gordo, como mais lhe cabe, não foi esse craque que muitos falam. Alguns "especialistas" o colocam só abaixo do Pelé, mas Ronaldo não chega nem ao patamar de Romário. A análise é simples, Romário marcou muito mais gols que Ronaldo e foi muito mais importante para os clubes que jogou. Mas a quem diga: Mas Ronaldo é o artilheiro das copas. E eu respondo: Se Romário tivesse jogado o número de copas que jogou Ronaldo, seria de longe mais artilheiro. Na verdade Ronaldo jogou em alto nível por uns 5 ou 6 anos, no restante de sua carreira sustentou-se no seu "legado" e em algumas jogadas pontuais. Não estou dizendo aqui que ele foi um jogador mediano, mas que em minha opinião não foi o "fenômeno" que a mídia prega.

A grande vantagem de Ronaldo para Romário é que ele foi o primeiro craque da era moderna, na era onde as habilidades nas propagandas de material esportivo e videogame são mais importantes que o o feito em campo. Ronaldo soube como nenhum outro jogador capitalizar seu talento, trabalhar o marketing pessoal e através disso recebeu status sobre-humano. Muitos falam com propriedade sobre seu talento mesmo tendo acompanhado pouco sua carreira, mas por ter ouvido falar... sabe como é... o tal do Buzz Marketing. Hoje muitas pessoas acompanham os campeonatos europeus através da TV fechada, mas convenhamos que há 15 anos atrás o número era menor, tendo Ronaldo vivido grande parte de sua carreira na Europa, como tanta gente tem propriedade para elegê-lo como fenomenal? É evidente que a maioria só assistiu os gols, as premiações e a tonelada de matérias especiais sobre suas superações milagrosas, ascensão fantástica, habilidade incrível, etc. Romário já foi o contrário, nunca soube trabalhar seu marketing pessoal, alias, nunca fez questão alguma de ser querido. Bateu de frente com treinadores, repórteres, ídolos nacionais e companheiros de time. Trocou por opção a Europa pelo Brasil, na época em que os salários eram absurdamente diferentes. Socou um torcedor durante um treino, falava abertamente que detestava treinamento, mas com um porém, Romário jogava muito mais que ficava no departamento médico, prova disso é que tem tantos gols na carreira. Foi para Copa do Mundo de 1994 passando quadrado pela goela do técnico e ganhou praticamente sozinho a bagaça. Deu azar de na edição seguinte estar machucado e de não ter "tanto" prestígio assim com a CBF, tanto é que na Copa de 2003, Ronaldo e Adriano foram convocados mesmo sem condições físicas de jogar.  

Mas a intenção aqui não é comparar Ronaldo com Romário, apenas tentei explicar o porquê que nunca tive essa idolatria que o povo brasileiro tem pelo Ronaldo, mas sou voto vencido, porque de cada 10 brasileiros, 9 amam o Ronaldo, principalmente porque grande parte do povo só curte futebol (e o país) na época da Copa do Mundo. São os discípulos de Galvão. O fato é que Ronaldo Gordo com toda fama construída mundialmente ganhou muito dinheiro, muito mais que Romário inclusive. Ronaldo ganhou tanto dinheiro que poderia hoje fazer e falar o que quisesse, sem ter que bajular ninguém. Mas o caminho que ele escolheu não foi esse, ele quer poder, quer fazer parte desse grupo imundo que toma conta de nosso futebol. Um sinal muito claro disso foi quando optou pelo Corinthians ao Flamengo, time de seu coração, Ronaldo sabia que no Corinthians poderia alcançar seu objetivo, sabia que poderia virar praticamente sócio do presidente e dali galgar passos maiores fora do campo. Quando Ronaldo deu aquela entrevista patética, atribuindo sua má forma física a um problema de tireóide e que queria continuar mas não consegue, muita gente se comoveu, eu ri, pelo teatro armado. Quando ele disse que virou corintiano, aí sim acreditei, pois o amor do Ronaldo é igual o amor de suas ex-esposas por ele. O Ronaldo hoje é um das figuras que mais me enojam, um cara que podia usar sua imagem para contribuir com a limpeza no futebol, mas a vende para torná-lo ainda mais podre, encobrindo canalhas como o atual presidente da CBF Ricardo Teixeira e o possível futuro presidente da entidade, seu amigo e parceiro Andres Sanches. Hoje ele é a bola da vez nos bastidores de nosso futebol (e política), pois está provado que uma imagem carismática sobrepõe qualquer má conduta, colocar ele a frente da Copa do Mundo é receber o endosso do "sábio" povo brasileiro para se fazer qualquer coisa – afinal ele é um ídolo não é mesmo!    

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Know your enemy


Quando eu jogava truco no bar, sempre ao termino de uma rodada quando se discutia o que deveria ter sido feito, tinha um senhor que sempre falava: Se eu tivesse um pé de "se" eu estava rico. E ele tinha razão! Mas no caso do Palmeiras esse ano, creio que o "se" tem grande valia, pois através dele podemos tirar valiosas lições e ter uma visão com menos neblina do que é preciso para 2012.
Ontem o Palmeiras venceu bem o jogo contra o São Paulo. Para quem só viu os melhores momentos pode ter tido a impressão que foi um jogo equilibrado, mas acompanhando o jogo na integra o Palmeiras foi muito superior ao São Paulo em todo jogo, com exceção de algumas chances de gol adversárias que causou certo susto. Para variar os bambis tiveram uma ajudinha do árbitro no primeiro tempo, pois o volante Wellington tinha acabado de levar um amarelo quando derrubou o Valdivia entrando na área com chance clara de ir para o gol, o irmão metralha resolveu fazer vista grossa à falta, pois sabia que se marcasse teria de expulsar o jogador. Alias, Valdivia ontem jogou muita bola, a partir daqui começamos os "se".
O Palmeiras no início do ano, mesmo sem contar com o chileno, era um time duro de ser batido. Longe de ser brilhante o time era muito regular, tanto que na época muitos comentaristas elogiavam o Felipão. É fato que após a proposta do Flamengo para o Kleber o ambiente azedou. Talvez se naquele momento a coisa tivesse sido mais bem resolvida, estaríamos hoje no mínimo disputando uma das vagas para Libertadores. Se na teoria Valdivia - que junto ao Kleber eram as grandes apostas do ano - tivesse feito no mínimo 70% das partidas no nível de ontem, empates medíocres que tivemos poderiam ter sido vitórias. No segundo tempo do jogo de ontem o Palmeiras fez ótima tabelas, na maioria delas com a participação do Valdivia, que só não resultaram em gol por incompetência na hora de finalizar. Há tempos eu não via o time criar assim. Isso não consola, ainda assim passamos mais um ano conturbado longe de títulos, mas podemos de repente sonhar com um 2012 melhor, pois há poucas rodadas a impressão que dava é que precisaríamos de um time todo novo. Quem sabe uma Copa do Brasil não motive o Palmeiras tal fez com o Vasco?
Agora a história impôs ao Palmeiras mais uma vez a honra de defender o bem do futebol. Não digo isso como mero maniqueísmo, mas o Corinthians de fato hoje representa tudo que há de mais sujo, asqueroso e maléfico para o futebol brasileiro. Mesmo se o Corinthians fosse aquele dos velhos tempos, onde ainda era só um time popular e não populista, a rivalidade justificaria todo esforço para impedir sua conquista, mas agora a causa não é mais nossa apenas, está em jogo aqui a putrefação completa do nosso futebol, um processo que está em estágio avançado sob liderança de políticos, empresários, mafiosos e de um falso ídolo que usa sua imagem para que o povo siga acompanhando sorridente a venda de nosso futebol. Infelizmente as chances do Corinthians são grandes, pois do outro lado nosso co-irmão Vasco da Gama também enfrenta batalha semelhante, contra outro time-símbolo dessa desgraça toda e só uma combinação perfeita, de Palmeiras e Vasco ganhar, impediria que o time da alienação conquistasse esse campeonato, que vale ressaltar, foi formulado para conquista de Corinthians ou Flamengo, pois ambos foram favorecidos pela tabela em relação aos seus rivais, que fazem 2 clássicos na seqüência. Apesar de todo perrengue, de todo nervoso, fico feliz e orgulhoso de estar desse lado. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Alívio!

Alívio! Essa é a sensação após a vitória de ontem contra o Bahia. Não só pelo fato de ter espantado de vez as chances de rebaixamento, mas também por voltar a ver o time com vontade de vencer e as coisas dando certo. Há quanto tempo não víamos o Valdivia fazer uma boa partida? Há quanto não o víamos comemorações tão efusivas de um gol de todo grupo? Pudemos constatar que havia sim algo de errado, pois por mais limitado que seja o elenco palmeirense, não era de justificar partidas tão pífias. Talvez se as coisas tivessem sido colocadas no eixo antes, estaríamos brigando pela Libertadores a essa altura. Quando vemos um time em campo brigando, jogadores vibrando, mesmo com todos os problemas temos esperança de dias melhores.

Fazendo um balanço desse ano é lógico que a culpa principal de todos os reveses é da diretoria, que demorou para contratar um gerente de futebol remunerado e não soube lidar com os problemas do elenco, mas é evidente que Kleber também teve um papel importante no fracasso  do time. Uma liderança negativa dentro de um grupo pode atrapalhar até grandes elencos. A maioria dos jogadores tem cérebro de peixe, agem como cardume, basta um aparecer um com um pouco mais de personalidade e os outros o seguem fácil. Podem pegar as gravações, notem que nos gols do Palmeiras apenas parte dos atletas comemoravam, principalmente quando quem marcava era o Luan. O Kleber nem esboçava reação. Outra coisa notável também era o número de cartões por reclamação que Kleber e Valdivia tomavam, o último obviamente influenciado pelo primeiro. Com o afastamento definitivo de Kleber houve espaço para o Cesar Sampaio fazer o trabalho de reaproximação do elenco com o técnico, foi uma grata surpresa para mim a atuação dele de forma tão assertiva. Creio também (e espero estar certo), que Sampaio aproveitou a má fase que passa Valdivia para convencê-lo que ele precisa mudar seu comportamento. Nesse momento Valdivia precisa tanto do Palmeiras quanto ao contrário, tudo que o chileno poderia ter feito de errado ele fez, perdeu até mesmo seu espaço na seleção chilena, se lhe sobrar um pouco de inteligência vai perceber que em 2012 ou ele da a volta por cima dentro de campo, ou terá fim parecido com o de Carlos Alberto que hoje defende o Bahia.  

Marcos Assunção

Honestamente nunca entendi o porquê a Mancha Verde pegava tanto no pé do Assunção. Entendo que a torcida tem mais informações que eu sobre o comportamento do atleta, mas dentro de campo eu nunca vi uma atitude que justificasse tal perseguição. Tirando o fato de muitos gols saírem de suas faltas ou cruzamentos, Assunção sempre se mostrou preocupado com o Palmeiras e um cara diferenciado nas suas declarações e relacionamento com o técnico. Ontem gostei da postura de ele se desculpar com a torcida.

Perspectivas

Todo fim de ano, principalmente depois de uma temporada patética como essa, muitas especulações surgem para o ano seguinte e ta pipocando muitas coisas a respeito do Palmeiras. Dizem que o novo patrocinador será a Hyundai e que haverá um amistoso contra o Ajax em janeiro, prenuncio de uma parceria com uma empresa inglesa de marketing esportivo, que promete inclusive um aporte para contratações. Também são citados nomes de jogadores que interessam ao Palmeiras, além de a folha de pagamento ter sido enxugada com a venda de Kleber e outros jogadores caros durante a temporada. Podemos sonhar com três cenários, um otimista, um pessimista e um misto.

No otimista: O Palmeiras traria novas receitas de patrocínio e parcerias e com isso contrataria bons jogadores no perfil determinado pelo técnico e o gerente de futebol. O ambiente automaticamente mudaria e talvez um título como uma Copa do Brasil daria mais confiança a torcida, como aconteceu com o Vasco da Gama. Pierre voltaria com moral e Valdivia a jogar bola, automaticamente alguns jogadores passariam a render mais.

No pessimista: Apesar das promessas as contratações não passariam de jogadores medianos incapazes de mudar o futebol do time. Não viria parceiro algum e a política palmeirense voltaria a corroer o ambiente, dificultando em novas contratações, novos patrocínios e na confiança do elenco.

No misto: Pegue elementos otimista e pessimista e misture e vamos ver no que vai dar.

Uma verdade inconveniente

Caso os gambás ganharem o brasileiro, somarão 5 títulos, sendo que até 1990 não tinha um sequer. Considerando apenas os campeonatos antes da unificação a incompetência de nossa diretoria nos últimos 30 anos vem minando uma grande vantagem de título que tínhamos ante aos nossos rivais.  

No início dos anos 80

Palmeiras 2 títulos brasileiros

São Paulo 1 título brasileiro

Corinthians e Santos 0

No início dos anos 90

Palmeiras 2 títulos brasileiros

São Paulo 2 títulos brasileiros

Corinthians e Santos 0

No início dos anos 2000

Palmeiras 4 títulos

São Paulo 3 títulos

Corinthians 1 título

Santos 0

Dias atuais (imaginando que o Corinthians seja campeão)

São Paulo 6 títulos

Corinthians 5 títulos

Palmeiras 4 títulos

Santos 2 títulos

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rede Band Errantes

Sempre guardei um certo respeito pela Bandeirantes, principalmente por seu time de rádio formado por José Silvério Mauro Betting e Alex Muller nas reportagens, porem, de uns anos para cá o grupo tomou uma decisão muito equivocada em busca de mais audiência ou dinheiro vindo de outras fontes. O canal passou a apostar em figuras caricatas e polêmicas como Milton Neves, Dr. Osmar, entre outros e o nível caiu muito, contrastando com a seriedade de outros profissionais da emissora. A coisa realmente ficou feia quando a Bandeirantes apostou em Neto como comentarista. Só para resumir o currículo do cara, Neto já foi dixavado no ar pelo goleiro Marcos, conhecido por ser um dos jogadores mais boa praça do futebol, o goleiro o chamou de mau caráter e disse que não fazia questão de ter amizade com pessoas do tipo. Outro que também se indispôs no ar com o tal "craque" foi o narrador Luciano do Vale, que incomodado com a postura do ex-jogador contra a torcida do Sport Recife em partida ante o Corinthians, disse que ele não tinha responsabilidade e que nem jornalista era. Da para conferir tudo no youtube. Parece que Luciano do Vale e Marcos já previam o que viraria a Bandeirantes.

Coincidência ou não, Neto começou ganhar mais espaço no período em que Andrés Sanches virou presidente do Corinthians. Neto é um defensor e amigo declarado do presidente corintiano. Junto com o outro corintiano Datena, fez uma dobradinha terrível no horário do almoço da Bandeirantes. A partir daí sua imagem na emissora é quase onipresente. Diz a lenda que Neto estava meio quebrado de grana e Andrés o ajudou e como nesse mundo uma mão lava a outra, sempre que o presidente corintiano precisa lançar alguma especulação na imprensa, como foi a "contratação" de Seedorf, Ganso, Teves e Kleber, Neto é o interlocutor. Faz o estilo "caipirão", fala errado, desafina e não faz questão alguma de se mostrar imparcial, fala bem de jogadores amigos e mal de jogadores que não se relaciona bem. Adotou as discussões fake com Datena e agora Milton Neves para tirar o foco da seus péssimos comentários, pois se alguém considera  aquilo que ele faz análise de futebol ou é louco ou não entende merda nenhuma do assunto. Enquanto alguns profissionais da imprensa esportiva tentam não se relacionar com empresários ou jogadores para não influenciar em seu trabalho, Neto é a contramão, e como nunca escondeu, possui grande amizade com Kleber e seu empresário Pepinho. Infelizmente a Bandeirantes fez mais uma grande cagada e contratou Neto para sua equipe de rádio, que até então tinha certa qualidade.

 A Bandeirantes já vende seu horário nobre para a igreja do pastor R.R. Soares, será que seu horário do almoço também é vendido? Na última segunda-feira o programa de Neto armou um circo para defender Kleber e atacar Felipão. O atacante aguardou seu acerto com o Grêmio para no alto de seu caráter disparar contra o técnico e o Palmeiras e teve ajuda do anfitrião do programa. Conforme eu mesmo já expus aqui, não creio que Luis Felipe seja algum tipo de santo e que acertou em tudo, mas o modo como o tema foi tratado pela emissora é incabível para qualquer órgão que queira ser chamado de imprensa, pois ali Felipão foi julgado, condenado e a pena paga pelo Palmeiras. Não é novidade que Kleber é dissimulado e vingativo e era esperado algum pronunciamento do tipo, o surpreendente foi o espaço dado e as menções de apoio. Hoje se noticiou que a comissão técnica do Palmeiras já demonstrou sua insatisfação, colando na sala de imprensa uma matéria contra a emissora, que por sua vez deve também se manifestar em seu "nobre" horário esportivo. O que fica claro é que a Rede Bandeirantes se colocou nesse episódio não só contra o técnico Luis Felipe, mas contra a instituição Palmeiras e toda sua torcida. Se o preço que eles se dispuseram a pagar foi esse, que seja. É só lamentável que a diretoria da Bandeirantes que prontamente afastou o comediante Rafinha Bastos por uma mera piada que fez com a Vanessa Camargo, permita um desrespeito tão grande com milhões de torcedores palmeirenses.  

  

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Escolha o opção certa.

De quem é essa frase: "Sou amigo de todo mundo":

a-      Tink Wink dos Teletubies

b-      Ursinho Puff

c-       Uniqua dos Backyardigans

d-      Arnaldo Tirone

e-      Todas alternativas anteriores

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Errata!

Kleber vai mesmo para o Grêmio. Seu empresário e puxa-saco acabou de colocar uma frase alusiva do seu Twitter - Em preocesso de imortalização - Portanto, creio que acabou o mistério.
Desejo todo azar do mundo a todos envolvidos. Que nunca mais se ouça o nome Kleber na história do Palmeiras. Que isso sirva de lição para nós palmeirenses e para diretoria.

Quem é o roteirista desta merda?

Domingo, dia 13 de novembro de 2011 às 17h. No estádio Olímpico em Porto Alegre joga Grêmio x Palmeiras enquanto no Pacaembu Corinthians x Atlético/PR. Dois rivais vivendo realidades bem distintas.

De um lado do Corinthians, onde tudo da certo. Mesmo o time perdendo jogos absurdos, consegue manter-se líder do campeonato, pois os rivais nas chances que tem de passá-lo, também tropeça em jogos bobos. O time é a bola da vez, não tem dificuldade para contratar, a imprensa puxa o saco, o governo ajuda construir o estádio onde será a abertura da Copa, vence o braço de ferro com o Clube dos 13 e recebe a maior cota da televisão e ainda por cima pode contratar com certa facilidade o outrora principal jogador de seu arqui-rival.  No jogo do último domingo, fez dois gols em poucos minutos, mas ninguém contava que o seu adversário no segundo tempo, viesse para matar e logo de início diminuiria a vantagem. O Corinthians foi sufocado desde os 15 minutos do segundo tempo, tomou duas bolas na trave, mas ao final segurou o empate e contou com a derrota de Flamengo e Fluminense no fim de semana.

Do outro lado o Palmeiras, onde absolutamente tudo da errado. O time que terminou o primeiro turno com chances até de título, tenta agora ao menos uma vitória para se livrar da chance de rebaixamento. As notícias co Palmeiras já rivalizam com do Iraque em desgraça, é diretor que briga com técnico, é conselheiro que vaza notícia confidencial para imprensa, jogador que troca ofensas com diretor e técnico, jogador caro que vive bêbado e machucado, "ídolo" que é afastado e quer jogar no arqui-rival, jogador meia boca que despreza interesse de ser contratado e é presidente que está sempre viajando quando estoura alguma bomba. Como se já não bastasse tudo isso, quando o time enfim está ganhando um jogo importante, algum jogador inexpressivo do adversário acerta um chute ou jogada fenomenal no final do jogo, frustrando toda torcida. Foi assim contra Vasco, Inter e agora contra o Grêmio.

Esse tipo de situação é tão irreal que parece uma comédia barata, do tipo em que tudo da certo a um vizinho enquanto o outro até os cachorros mijam na perna. Tem horas que custo a acreditar que tudo isso está acontecendo. Ontem mesmo ao final do jogo não sabia qual reação ter, foi aquela desgraça cinematográfica, clichezão mesmo. Chego a pensar que há um roteirista escrevendo tudo isso e queria muito saber quem é esse filho da puta.


A saga Kleber: Novos capítulos


Parecia estar tudo caminhando para o fim. Já anunciavam na imprensa que Kleber era do Grêmio, mas de repente o rumo das coisas mudou e parece que haverá ainda muitas emoções. Era de se esperar que a coisa não seria simples assim, Kleber e Pepinho quietos definindo as coisas de forma relativamente pacífica? Não seria um final a altura dos envolvidos.

Enfim hoje Kleber jogou mais merda no ventilador. Utilizando a mesma tática de outras vezes, usar aliados do empresário na mídia, Kleber detonou Felipão e expos uma série de desavenças do técnico com o elenco. Agora resta aguardar as próximas cenas. Pressinto que podemos ter um final inesperado, do tipo Felipão sair fora e Kleber ser reintegrado. Para mim ambos poderiam vazar. Vamos aguardar. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A ida dos que não voltaram

Enfim parece que o futuro de Kleber foi definido. Segundo informam todos os jornais o Grêmio se acertou com o Palmeiras e deve ser o próximo time ao qual o jogador deve demonstrar seu "amor". Já dediquei a esse jogador muito espaço em meu blog, tal como todos palmeirenses dedicaram apoio demais a esse jogador mediano que se destaca pela garra e certa habilidade para proteger a bola. Não se trata de dizer agora que ele não presta como jogador, que é grosso coisa e tal, pelo contrário, em comparação aos demais atacantes do elenco do Palmeiras, Kleber está um nível acima, mas é fato também que está distante de ser um jogador diferenciado.

Não há dúvidas que a fama que o atacante tem deve ao Palmeiras, inclusive seu apelido de Gladiador que seu empresário chupassaquisticamente vira e mexe assim o chama, foi dado pela torcida palmeirense. Graças a essa idolatria Kleber chegou até ser cogitado para seleção, situação semelhante a do volante Magrão, que também foi acolhido como ídolo palmeirense devido a sua raça (mais que pela sua técnica) e chegou a ser convocado. A torcida do Palmeiras tem essa característica de prestigiar o jogador mais pela dedicação do que pelo talento, o que é bacana, só erra quando confunde dedicação com falsas declarações de amor a camisa. Quando Kleber veio da Ucrânia para o Palmeiras, ele tinha de provar quem era e se reapresentar para o torcedor brasileiro que já nem lembrava mais de sua existência. Dentro daquele elenco de 2008, Kleber era discreto em meio a jogadores mais badalados como Diego Souza, Valdivia e Alex Mineiro, ganhou destaque mesmo nos jogos contra o São Paulo que além de fazer gols decisivos, encarou o zagueiro André Dias e o lateral Zé Luis e ainda saiu disparando uma série de declarações pós-jogo. A partir dali a moral dele com a torcida foi às estrelas (talvez tenha feito tudo aquilo mais como uma vingança pessoal do que amor ao Palmeiras).  Depois do campeonato paulista Valdivia foi embora, o encanto de Alex Mineiro acabou e Kleber sobrou como centro das atenções. Ao final daquele ano a diretoria do Palmeiras não tinha dinheiro para contratá-lo em definitivo e Kleber foi para o Cruzeiro. Provavelmente ele deve ter sentido uma grande diferença entre a exposição dos times e entre as duas capitais, que lhe rendeu certa saudade. Sabia que em São Paulo era muito querido pela torcida do Palmeiras e que a diretoria alviverde talvez fosse a única disposta a pagar um preço alto para tê-lo de volta. Em sua passagem pelo Cruzeiro não foram raras as oportunidades que ele declarou seu desejo de voltar. Pressionado por uma campanha horrorosa o então presidente Beluzzo resolveu fazer uma loucura usando a grana da futura patrocinadora de camisa, comprou 50% do passe de Kleber por quase R$ 10 milhões. A torcida vibrou as finanças nem tanto.

 Dessa vez Kleber voltou como ídolo e teve uma apresentação de gala. A campanha do Palmeiras em 2010 foi mais uma vez lamentável e Kleber não se mostrou nenhum salvador da pátria. Continuava sendo um jogador de muita raça, mas estava claro que com um time limitado ele também não rendia. O presidente prosseguiu fazendo suas loucuras financeiras tentando de todo jeito arrumar o time e trouxe Valdivia e Felipão após a Copa do Mundo. Apesar da enorme esperança da torcida o time continuou pífio e perdeu aquela semifinal incrível para o Goiás. Salários atrasados, cobrança da torcida, polêmicas da diretoria, tudo isso acabou desmotivando Kleber, além da clara relação conturbada entre ele e Felipão.

Mudou o ano, mudou a diretoria, mas os problemas prosseguiram os mesmos. Nova derrota no Paulista, Copa do Brasil e um começo de brasileiro relativamente bom, eis que surge a tal proposta do Flamengo por Kleber. Aí não ficou muito claro até hoje se o Flamengo procurou o jogador espontaneamente ou se "alguém" foi falar para diretoria flamenguista que ele queria sair. Até aí juro por Deus que não condeno Kleber, ele errou ao ficar declarando amor pelo time, mas reconheçamos que as coisas no palmeiras também não estavam muito agradáveis principalmente para ele. Desde que entrou a diretoria nova, freqüentemente expunham seu salário e o apontavam como um grande problema para os cofres, Felipão também não deve ser uma pessoa fácil no dia-a-dia e Frizzo muito menos, tinha de jogar como centroavante e esperar jogadas do Luan, pensem: não é fácil. O que pegou forte mesmo foi o modo como Kleber conduziu tudo, fingindo contusão para não fazer a 7ª partida e fazendo de tudo para gerar um mal-estar entre ele e diretoria. Depois do episódio do Flamengo nem mesmo raça o jogador demonstrava e o elenco também parece ter sido afetado por tudo isso. A crise que gerou o caso João Vitor foi só o meio encontrado para que ele pudesse endossar sua saída. E agora vai de forma melancólica, antagônica a festa de sua chegada.

Confesso que já tive muito mais bronca de Kleber que agora, pois hoje tenho uma opinião que com certeza é contrária a da maioria dos palmeirenses. Kleber está indo para o Grêmio, pois não agüentava mais ficar no Palmeiras. É óbvio que o Grêmio não é o grande sonho de um jogador, até porque jogar em Porto Alegre não difere muito de Belo Horizonte em relação à exposição. Eu não duvido que quando retornou ao Palmeiras ele realmente estava feliz de voltar, mas é fato que o ambiente que ele encontrou não poderia ser mais inóspito. Todo jogador tem sua ambição e imagino que é difícil ter esperança tendo como presidente um dos maiores bananas que já dirigiram qualquer clube no Brasil. A relação com o técnico também não deve ter ajudado, inúmeras vezes Kleber disse que não gostava de jogar como centroavante, mas Felipão insistia em escalá-lo ali e quando ele teima com alguma coisa é foda, vide Rivaldo genérico. Ofende-me o modo como tudo foi exposto, mas consigo admitir, tirando minha paixão clubística, que as coisas que acontecem no Palmeiras desanimam qualquer um. Desanimaram Diego Souza, desanimaram Vagner Love, tem desanimado Valdivia e continuará desanimando jogadores que tem mercado enquanto as coisas não mudarem. E vamos parar como essa história de jogador palmeirense, pois isso só tem um, que de tão desanimado já nem pensa em prosseguir a carreira.  Aproveitemos esse momento para um mea culpa.      

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Infelizmente nessa Felipão perdeu

Até o jogo contra o Curitiba eu também achava muito improvável o rebaixamento, mas depois desse domingo eu começo crer o contrário, que se depender do Palmeiras ele cai. Nossa esperança é a inoperância dos outros candidatos. O time parece um avião em queda livre sem controle, onde o piloto já não tem comando sobre os instrumentos. A queda de rendimento do time foi clara, principalmente após o episódio Kleber e João Vitor. Até o jogo contra o Flamengo no primeiro turno o Palmeiras apesar de burocrático, vinha sendo um time extremamente regular e praticamente imbatível dentro de casa, após a primeira confusão envolvendo a transferência de Kleber o time iniciou uma seqüência grande de empates que minaram as chances de título e Libertadores - até aí ninguém ainda poderia imaginar risco de rebaixamento – foi então que veio a briga entre João Vitor e torcedores, que culminou no afastamento de Kleber e uma tentativa de motim do elenco. Desde então o que vimos é um time sem rumo, desorganizado, desesperado, tomando gols absurdos, totalmente nulo na parte ofensiva e que hoje perderia para qualquer time do campeonato em casa ou fora dela. A torcida acompanha sem ter o que fazer a agonia de um time com uma história grandiosa, um presente patético e um futuro obscuro. Não sabemos qual reação ter, se xingamos ou nos calamos e esperamos. Qual teria hoje a pior conseqüência?   

É impossível até para um torcedor que acompanha todos os dias os noticiários sobre seu time, saber exatamente o que acontece dentro de um elenco. Até é possível relacionar, como fiz acima, a queda de rendimento a episódios específicos, mas com certeza, antes mesmo de tudo isso, muitas coisas deviam estar rolando. Apesar da brilhante história e de eu pessoalmente achá-lo mais vitima que vilão, começo acreditar que hoje a melhor alternativa para o Palmeiras seria a saída de Felipão. Sei que muitos palmeirenses a despeito dos péssimos resultados ainda gostam do técnico, principalmente por sua aparente retidão de caráter e respeito pelo clube, mas está evidente que o elenco não suporta mais o cara. Muitas coisas mudaram no futebol em pouco tempo e os jogadores de hoje são diferentes dos de 10 anos atrás. Nenhum técnico linha dura funciona mais, pois os jogadores se comportam como se seus anseios estivessem acima dos do clube e não aceitam imposições nem cobranças públicas. Parece-me que infelizmente isso é irreversível no futebol é aí que esbarra o Felipão, principalmente no Palmeiras onde a diretoria não assume a tarefa de defender a instituição. Se Felipão ficar, como dizem que ficará, será necessário uma troca total do elenco e a diretoria já se mostrou fraca para contratar e negociar, com o agravo de que o Palmeiras já não é tão atrativo como antes. Teoricamente não era para o Palmeiras ter de começar do ZERO o ano de 2012, pois ao menos uma base já deveria ter, fora que os jogadores que ainda jogam esse campeonato ficam mais desinteressados ainda, sabendo que ano que vem provavelmente estarão em outro time e pouco importa se o Palmeiras será rebaixado, disputará sul-americana ou sei lá o que. Portanto lamentavelmente o melhor para o Palmeiras agora (ou menos pior), na minha opinião, seria a saída de Felipão.

Cezar Sampaio

Não acho uma má idéia um novo gerente de futebol, mas tenho minhas dúvidas se um ex-jogador de sucesso no clube não cairá naquele mesmo círculo de retornos desastrosos. Todos regressos recentes foram trágicos – Kleber, Valdivia, Felipão, Vagner Love, Luxemburgo, Henrique – em todos casos o passado glorioso foi manchado por fracassos. Desconheço o trabalho do Cezar Sampaio como dirigente e também pode ser que nessa função específica a coisa seja menos traumática quanto nos casos anteriores, mas é um risco que se corre, vejam o caso do Zico no Flamengo por exemplo. Espero de verdade que o Cezar Sampaio consiga contribuir com uma melhora no futebol do Palmeiras e seja poupado da áurea de incompetência que cerca nossos dirigentes, mas para isso terá de ser blindado da corja de conselheiros e ter condições de exercer seu trabalho. Sou contra regresso,  mas tento manter a esperança que uma hora dê certo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Vale à pena gostar de futebol?

Antes das redes sociais eu acreditava conhecer (pessoalmente) uma meia dúzia de idiotas e reconhecer na mídia mais umas duas dúzias de babacas, depois das redes sociais descobri que conheço muitos babacas e na imprensa então esse número é absurdo. Infelizmente grande parte do pacote de merda que esse pessoal fala todo dia está relacionada ao futebol e isso está criando em mim certa aversão. É lógico que as redes sociais não são a doença, mas apenas um diagnóstico, toda essa cretinice sempre existiu porem não tinha como atingir tanta gente. É nas redes sociais que os babacas resolvem sair do armário.

Lembro que antigamente eram limitadas as figuras no futebol. Havia os clubes, os dirigentes e os jogadores, com o advento da Lei Pelé entrou no circuito os empresários também e posteriormente os detentores de direitos federativos. Toda baboseira dita por esse pessoal chegava à imprensa e a partir daí recebia o filtro geográfico, ou seja, dependendo da merda que era não repercutia além de uma cidade ou região. Com o avanço da internet essas babozeiras passaram a ter mais abrangência, e o pior, esse pessoal começou a se manifestar diretamente via páginas pessoais ou perfis. Agora mesmo um empresário chamado Marcelo Goldfarb, que agencia o jogador Douglas, virou notícia após menosprezar a história do Palmeiras. Lógico que em seguida soltou uma nota desculpando-se, afinal, mais do que gostar do Corinthians o cara gosta do dinheiro e sabe que fechar as portas de um clube como o Palmeiras é mau negócio. Em outros tempos, nem teríamos o desprazer de ouvir um desaforo desses ou sequer tomar conhecimento da existência deste cara, agora vira notícia em todos portais. O grande problema é que este é só um exemplo, pois declarações infelizes como está tem sido freqüentes e não só por empresários, como por diretores, jogadores, parentes de jogadores, torcedores famosos, jornalistas, entre outros, via Facebook ou Twitter. Tivemos recentemente o caso Kleber que nos escancarou a qualidade moral das pessoas envolvidas no futebol. Para completar temos os fanfarrões virais, como Andrés Sanches, Rosemberg ou Marco Aurélio Cunha, que sempre soltam alguma polêmica ou frase feita que toma conta das redes sociais com rapidez impressionante. Isto tudo só me faz perceber quantos idiotas o futebol financia. Imaginem se por acaso desse certo a vinda de Douglas para o Palmeiras, este Marcelo Goldfarb ganharia um bom dinheiro e o jogador – que já assumiu publicamente que é corintiano – também. Provavelmente depois de um tempo começaria dar problema, arrumaria confusão com a torcida e diretoria e sairia pelas portas do fundo com a consciência tranqüila.

Honestamente as vezes me questiono se não valeria a pena eu deixar de lado o futebol e parar de ajudar a financiar esse monte de merda.