quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Adeus ano velho
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Mais do Mesmo!
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Balanço final
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Será que Rauzito tinha razão?
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Sofrimento, a gente se liga em você.
No início do Campeonato Brasileiro o palmeirense foi surpreendido com uma notícia no mínimo humilhante, a rede Globo, dona do futebol brasileiro, rebaixou o Palmeiras em suas transmissões garantindo apenas duas transmissões no primeiro turno. Na verdade tratou-se de uma manobra política do SPFC, que no ano anterior sofreu boicote parecido da Globo e percebeu que não adiantava lutar contra a poderosa de nosso futebol e tratou de mexer seus pauzinhos para mudar o cenário. A reaproximação SPFC e Globo deu-se início quando o pai do Caio Ribeiro (comentarista da Globo) assumiu o cargo de diretor de comunicações do São Paulo, houve a mediação de conversas entre as duas partes e por fim as rusgas foram deixadas de lado o São Paulo facilitou a venda dos direitos de transmissão para Globo que em troca cedeu mais espaço para o time em sua grade de programação. O Corinthians pela relação longínqua e pela audiência já tinha garantido seu espaço cativo. Sobrou para o Palmeiras, que nos bastidores é um time fraco, subserviente e que também possui um histórico recente de Campeonatos Brasileiros desastrosos. Nós torcedores palmeirenses ficamos revoltados, pois em nossa cabeça o Palmeiras jamais será digno de qualquer desprestígio, porem quando entendemos um pouco do futebol como um negócio gigante que envolve muito dinheiro e poder, constatamos que nos bastidores não existe afeição por um ou por outro, apenas um frio jogo de interesses que movimenta tudo conforme a conveniência de quem comanda e aí não basta montar grandes times e sim ter uma boa rede de influências e "o que" oferecer em troca. Apenas usando mais um exemplo prático, o atual presidente da Federação Paulista e forte candidato a presidente da CBF é o Marco Polo Del Nero, conselheiro do Palmeiras, filho de diretor do Palmeiras e pai de diretor do Palmeiras, nem mesmo isso é o suficiente para que o Palmeiras tenha alguma força de bastidor, pois no cargo que ele ocupa e que alcançou graças ao Palmeiras, o que mais lhe interessa é quem pode lhe dar mais poder e digo mais, se não fosse arrumar um cargo para o filho dele mamar no clube, era capaz até de ele jogar contra. Voltando ao fio da meada, na oportunidade em que foi divulgada a grade de programação do Brasileiro, nosso atual presidente revoltado e durão pronunciou: "A gente fica um pouco chateado com a Globo, mas temos de entender que ela também tem os interesses dela, eu tentarei falar com os diretores de lá para ver se conseguem aumentar, quem sabe, de repente, a participação do Palmeiras nas transmissões, mas claro, sem ofender e se indispor, pois a Globo sempre foi uma grande parceira." Por vias de "protesto" nosso presidente não conseguiu, para dizer que não conseguiu nada a Globo deu mais um joguinho de lambuja para não aborrecer tanto o torcedor palmeirense, mas depois também tirou o jogo contra o Cruzeiro e mudou de horário (atendendo sua TV fechada) para transmitir o Corinthians. Porém Tirone conseguiu "mais espaço" para o Palmeiras na televisão por outros meios, montando um time fracassado que alcançou um número de derrotas inédito na história do Palmeiras. Sorrateiramente a rede Globo conseguiu espaço para o Palmeiras, preterindo Corinthians e São Paulo, transmitindo o drama do rebaixamento a autodestruição da história de um time, com torcedores desesperados, jogadores em pânico e adversários sapateando em cima de uma tragédia anunciada.
Já que o Corinthians não busca mais nada nesse campeonato e que o São Paulo luta apenas por uma vaga na Libertadores, nada garante mais audiência do que a desgraça de um time que antes fora temido e hoje vive uma decadência sem fim. Todos querem ver nossas chagas, nosso pranto, nosso desespero, nessa transmissão de domingo tudo estava preparado para a glória do Fluminense e a desgraça do Palmeiras e o Galvão Bueno nem fez questão de disfarçar isso. O resultado da Portuguesa no sábado aborreceu a Globo, que tinha a intenção de em um só jogo mostrar o céu e o inferno, o êxtase e o desespero, tanto que as trinta e poucas câmeras estavam mais focadas nas manifestações de angustia da torcida do que no jogo em si. Repetia o narrador insistentemente como um bordão: olha o desespero do torcedor. O Palmeiras é hoje a novela mexicana da Globo, que garante a audiência dos muitos que se excitam com nossa desgraça e dos outros que tentam se agarrar a um fio de esperança. Enfim o Tirone conseguiu o que queria, transmissões seguidas do Palmeiras na Globo, uma vitória torta para essa administração desastrosa que transformou o Palmeiras num animal sendo abatido, como numa tourada, para deleite da plateia sádica que se entretém com o espetáculo de sangue e morte. Sofrimento, a gente se liga em você.
Sobre o jogo
Nem tenho a comentar. É apenas o prolongamento de um sofrimento e a manutenção de uma sina. E olha que se ganhasse os resultados dessa vez colaborariam.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
A barca do inferno
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Recolhendo os cacos
Já há algum tempo que eu tinha dado como certo a queda do Palmeiras, não por falta de amor ou torcida, mas por perceber que o time já incorporou o estigma da derrota e que tudo conspira para queda do Palmeiras. Nós torcedores palmeirenses já estamos calejados, sabemos que um sopro no Palmeiras vira um furacão e que entrar e sair de uma má fase não é algo tão simples. Apesar de tudo, de o meu racional dizer que o time não sairia dessa situação, a cada véspera de jogo sempre surgia o lastro e esperança que talvez ainda desse, "se ganhar e o Bahia perder, o Sport perder, o Coritiba perder", mas a realidade nunca escondeu sua face e sempre impôs ao torcedor palmeirense explicitamente que não dava, qualquer sopro de esperança e logo vinha um balde de água fria. As cenas de Araraquara de ontem não poderiam ser mais representativa, a torcedora chorando a cada gol perdido do Palmeiras, como se ali em campo estivesse o destino se despindo mostrando que ele já estava escrito e que nada seria capaz de mudar. Não adianta culpar o Patrick Vieira ou Luan pelos gols perdidos, nem mesmo o Maurício Ramos pelas cagadas, isso foi só um reflexo do que foi todo esse campeonato Brasileiro para o Palmeiras, uma sequencia de desastres, infortúnios, incompetência e displicência que não poderiam resultar em outra coisa. Já até me cansei de tentar explicar todos os motivos que levaram a essa eminente queda, quem costuma ler meus textos já sabe minha opinião. A única coisa que tenho a acrescentar é uma só: não podemos desistir do Palmeiras, por mais complicado que seja temos que continuar exigindo que as coisas mudem. A hora que nós torcedores nos conformarmos com situações ridículas como essas é a hora que o Palmeiras deixará de ser grande.
Desculpem a falta de inspiração de hoje, mas está sendo um dia ruim para mim.
Elenco 2013
Creio que todo palmeirense hoje está se perguntando o que será do elenco o ano que vem, até porque o time disputará uma Libertadores e depois a série B. Já está difícil contratar pois hoje esse Palmeiras não é convidativo a carreira de ninguém e com certeza a série B dificultará ainda mais as coisas. Por mim e por muitos palmeirenses ficaria Barcos e Henrique e trocaria todo resto, mas sabemos que não é assim que funciona, não dá para vender um monte de bagulho e contratar um time novo inteiro, ainda mais que os melhores jogadores devem optar por times que ficaram na série A. É fato que muitos jogadores devem sair, de imediato Daniel Carvalho, João Vitor, Mazinho e Betinho não devem continuar. Outros que precisam procurar outros ares são: Valdivia, Marcio Araújo, Arthur e Maikon Leite. Apesar das cagadas de ontem (podem me matar) não creio que Maurício Ramos deva sair, até porque apesar de tudo, ele me parece um cara identificado com o Palmeiras, na mesma linha que ele tem o Luan, que acho um grosso, mas que não foge do pau. O Marcos Assunção deve se aposentar, é uma pena que nessa situação, pois ele não merecia sorte melhor, mas fazer o que. O Juninho me parece ter findado sua passagem pelo Palmeiras, nem parece aquele lateral promissor do Campeonato Paulista, creio que o Palmeiras deve emprestá-lo. O Wesley já disse que fica (se não mudar de ideia). O Henrique e o Barcos principalmente são duas incógnitas, eles tem mercado fora do Palmeiras e no caso do Argentino, muuuito mercado, e mira a seleção. É um paradigma pensar que ele chegou a seleção pelas suas atuações no Palmeiras e agora pode deixar o Palmeiras para jogar na seleção, mas é justo também o cara pensar no lado dele, sem hipocrisia. Creio que ele só fica por um aumento substancial e se o Palmeiras aceitar emprestá-lo no segundo bimestre - que não é uma má ideia – ao menos poderemos tê-lo na Libertadores e em 2014, mas aí também vai depender do traste que for eleito para presidente o ano que vem, se for o Tirone é capaz do Barcos sair de graça. Eu manteria o Gilson Kleina, acho que ele é o menos culpado de toda história e não vejo ninguém melhor para substituí-lo no momento. De resto o Palmeiras deve dar chance para garotada da base, talvez se o Felipão tivesse dado chances antes para o Denoni e o Patrick Vieira não estivéssemos em situação tão ruim.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Moral seletiva
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Tirone e o delegado
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Os "sem futuro"
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
O tamanho do buraco
Quando assumiu o Palmeiras, Arnaldo Tirone dizia aos quatro cantos que sua função principal era tapar os buracos financeiros do clube para depois pensar na montagem de um elenco poderoso. Pois bem, sua administração pífia no primeiro ano de mandato era sempre justificada pela falta de dinheiro e pela estrapolação da administração anterior. Porém no ano seguinte o discurso mudou um bocado, vislumbrando a candidatura para reeleição a história é que o Palmeiras tinha sanado suas dividas e tinha recursos para fazer "boas contratações", os tais camarões. Estranhamente esses "recursos" não pareceram tão sedutores aos atletas e o Palmeiras perdeu uma pancada de divididas com rivais, sobraram algumas apostas de times do interior ou refugos encostados em outros times. A janela de inicio do ano se encerrou e os tais "camarões" não chegaram e pior, até nas apostas mais ousadas como foi o Wesley e toda a palhaçada que envolveu sua compra, o Palmeiras teve o azar do jogador se contundir seriamente. Apesar dos pesares o time vinha fazendo uma boa campanha no Paulista e avançando na Copa do Brasil, algumas apostas pareciam ter dado certo e aí surgiu o conceito do: Por que não? Ao invés de contratar um meia-esquerda caro e entrar na dividida com outros clubes, por que não trazer o Daniel Carvalho cedendo o Pierre em definitivo? Afinal, ele já foi um grande jogador antes dessa pança toda. Por que não contratar um lateral pouco badalado como o Arthur do São Caetano para substituir o Cicinho? Quem sabe ele não da certo. Para que contratar mais um bom volante, por que não manter o Henrique, já que deu certo em alguns jogos. Por que não confiar no Valdivia? Ele pode mudar, parar de se contundir e se dedicar ao time... quem sabe?
E a administração foi nessa do "por que não" durante todo primeiro semestre. O conceito teria tudo para dar errado, inclusive o time já havia sido desclassificado no Paulista pelo poderoso Guarani, mas ainda restava a Copa do Brasil que poderia transformar merda em ouro, poderia resgatar um trabalho do limbo ao olimpo. Não era difícil para um entendedor medíocre de futebol enxergar que aquele Palmeiras tinha deficiências graves, que hora ou outra apareceriam, mesmo com o time avançando na tal Copa. Como um presente divino essa diretoria foi agraciada por um título ganho mais na raça que na bola. A torcida carente por conquistas emocionou-se ao ver um time com tantos problemas conseguir aquele feito, com um gol saído dos pés de um "por que não" do tamanho da Lua. Foi o apogeu de Tirone, Frizzo, Piraci e Cia, batiam no peito regozijando e diziam: essa é uma administração vitoriosa? Tanto que jamais houve uma comemoração tão grande e tão extensa por uma diretoria do Palmeiras quanto essa. O feito era um palanque que ouro que Tirone desfrutaria para engatilhar mais um mandato. E o Campeonato Brasileiro? Foda-se o Brasileiro! "Por que não" tocar com esse time mesmo até o final, só para se manter ali numa zona confortável. Passou a janela do meio do ano e mais uma vez nada de contratação.
Mas o "por que não" veio cobrar seu preço com estilo, não deixando espaço para saídas de última hora, veio lento, pesado e sufocante, como um muro de concreto que se fecha numa velocidade suficiente para dar tempo de refletir a cagada e tentar consertá-la desesperadamente. O "por que não" Daniel Carvalho prossegue gordo e sem vontade e o outro, Valdivia, prossegue se machucando e arrumando problema como sempre. O time não tem criação, é apenas um bloco tentando correr com a bola para a área adversária, as apostas das laterais estão jogando com o calção pesado e quando podem cruzar mal conseguem fazer a bola sair do chão. O técnico, sem ter o que fazer, tem que colocar um monte de "por que não" para tentar reverter a situação do time durante os jogos, aí entram Vinicius, Betinho, Mazinho, etc.
Agora meus amigos, nós constataremos qual será o tamanho do buraco que vai nos causar a nova queda a série B, porque infelizmente eu não acredito mais que esse time é capaz de reverter essas situação. O Tirone que ostentou a bandeira do saneamento financeiro está levando o time a uma situação muito mais crítica da qual ele assumiu. Além dos prejuízos morais que nós torcedores temos de pagar, aguentando urubus da imprensa tripudiando sobre nós, que o Palmeiras fará com esse monte de encostado filho da puta, que ganha uma fortuna por mês e que duvido ter a hombridade de encarar uma série B? Que o Palmeiras fará com Valdivia, Maikon Leite, Mazinho, Betinho, Luan, Arthur, Márcio Araujo, Obina, fora o monte de tranqueira que ainda recebe salário e joga por outro time? Que barca vai levar essa gente e que jogadores virão no lugar? Ou alguém inda acha que o Alex toparia "por amor" vir ao Palmeiras e jogar a série B? Como será essa Libertadores com todo mundo se preparando e o Palmeiras tendo de se remendar? O buraco é imenso e o próximo presidente, que nessa altura já nem da para imaginar quem será, terá uma missão 30 vezes mais difícil que a que o boçal do Tirone pegou. Não temos ainda a dimensão correta desse rombo, certo é que é mais uma mancha na história, que traduz o quão infame tem sido nosso história recente.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Retomando
Este Blog passou por um grande "hiato" de publicações, não porque eu estava em férias (muito pelo contrário) ou porque parei de acompanhar o Palmeiras, mas simplesmente estava sem saber o que falar sem sair do trivial. Óbvio que nesse meio tempo tivemos uma grande conquista que foi "o grande passo para as Diretas", mas dentro de campo o que vem acontecendo ainda é aquele sobes e desce de comportamento dentro de campo que faz com que qualquer um que fale de Palmeiras torne-se incoerente da noite para o dia. Vou fatiar esse texto em temas que mesmo que requentados, trata-se da minha opinião:
Diretas
Tal qual no que diz respeito a política nacional, há aqueles que se interessam pelo assunto (minoria); aqueles que não gostam mas sabem que é importante e tentam se informar um pouco; e ainda aqueles que sabem que existe, detestam, não se interessam, ainda reclamam de ter de votar e por ter o justo direito o exercem tomando por base fatores superficiais do tipo: esse fulano gosta de cachorros como eu, ele é da mesma igreja que eu, ele é engraçado ou ele pode me arrumar uma boquinha em algum lugar. No âmbito de um clube de futebol, soma-se tudo isso ao fato que o universo de quem pode decidir (os sócios do clube) pode não necessariamente ter os mesmos anseios da torcida do time. No caso do Palmeiras a situação é ainda mais complicada, pois além de ser uma "democracia" representativa, ou seja, seus anseios são manifestados por intermediários (conselheiros), existe uma pancada de conselheiros vitalícios, eleitos pelo próprio conselho, que deixam de passar por esse crivo democrático, isso torna a política palmeirense uma quase dinastia comandada por famílias que remontam a fundação do clube. Creio eu que todos esses "filtros" foram idealizados afim de manter o clube as suas origens, ao comando dos que o criaram, mas tal qual outras dinastias os ideais que pautam as primeiras gerações não se perpetuam às próximas e tudo acaba virando uma mera luta pelo poder e orgulho. A ruptura com esse sistema não é só importante, é vital, e as Diretas aos sócios é apenas um primeiro passo, pois depois desse saberemos se estes novos detentores do "direito" saberão multiplica-lo com os milhões que ainda não o terão – creio que sim. A democracia direta depende demais da qualidade de quem vota, portanto o Palmeiras daqui há alguns anos será reflexo dos detentores do direito, isso imputa ao sócio do clube a qualidade de representante de uma torcida, não será mais possível pensar na temperatura da piscina ou da sauna, aquele que vota é milhões de palmeirenses de todos cantos do Brasil.
Sou 100% a favor das diretas, mesmo não tendo direito a voto. Acredito que só pelo fato de um presidente dever satisfação aos sócios e não aos conselheiros, mudará radicalmente a forma de fazer política no Palmeiras. Mas deixo aqui minha observação: se as mudanças pararem só aí não teremos saído do zero. O Palmeiras tem que se abrir a sua torcida, tem de sair da encruzilhada clube x time de futebol, tem que dar direito, nem que seja numa menor proporcionalidade, ao sócio-torcedor votar, tem que expurgar todos conselheiros vitalícios independente de sua história no clube.
Eleições
Essas eleições enfim deram uma boa lição naqueles que acreditam que fazer "média" com torcida garante voto. Com o advento do "Isentão" e essa febre populista que cerca o Corinthians, muitos foram na onda para tentar uma boquinha: Tomaram no cu. Principalmente o Marcelinho Carioca que convocou o galinheiro inteiro como cabo eleitoral. A única figura que restou foi o Marco Aurélio Cunha, infelizmente!
São Paulo x Palmeiras
Foram poucos que naquela "simulação" de pontos contaram com uma vitória do Palmeiras contra o São Paulo no Morumbi, esperança todo torcedor tem, mas sabíamos que seria difícil encerrar um tabu vexatório justo em um ano com o time tão instável. O que irritou foi a forma com que perdeu. O técnico apostou errado, talvez tenha sido uma falha que ensine ao Kleina uma lição: alguns jogadores que estavam encostados no Palmeiras, tinham motivo de estar. Ele escalou Daniel Carvalho junto com Valdivia, graças a uma boa partida contra o Milionário no meio da semana. O Palmeiras sofreu com isso e ficou muito exposto aos três atacantes do São Paulo. Uma outra cultura idiota dos técnicos brasileiros colaborou com isso, a de não fazer alterações no primeiro tempo, estava evidente que o time estava acuado e Kleina resolveu esperar o intervalo, caso o São Paulo não tivesse feito gol, ele poderia até dar um jeito no vestiário, mas o São Paulo fez dois. Como azar pouco é bobagem, Kleina voltou com duas alterações, logo em seguida Juninho sentiu dores e pediu para ser trocado, ou seja, logo no início do segundo tempo, perdendo de 2 x 0, o técnico teria de queimar todas suas substituições. Daí em diante foi só drama, expulsão do Arthur, contusão do Valdivia, dois a menos em campo, São Paulo tocando bola fácil e tomou o terceiro e poderia ter tomado o quarto e o quinto. Creio que não é motivo de desandar a carruagem, agora o treinador terá de ter jogo de cintura para não deixar o elenco perder a confiança das três vitórias e de suprir a ausência do Valdivia até o fim do ano. São três jogos filhos da puta que o Palmeiras terá e esses sim não pode pensar em outro resultado que não a vitória. A torcida não pode deixar de apoiar o técnico, que errou sim, mas pode ter tirado uma lição importante.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
O que pede esse momento?
Torcíamos pelo improvável mas aconteceu mesmo o mais óbvio. Seria muito difícil o Palmeiras sem técnico, com jogadores abalados e com o fator arbitragem conseguir vencer o Corinthians. Nos restava a esperança que em um clássico tudo pode ocorrer ou que de repente o Assunção acertasse uma falta, mas esse resultado já vinha se desenhando desde a derrota para o Atlético Mineiro em Minas, ali já foi possível flagrar o momento de alguns jogadores, depois veio o Vasco e o acumulo dos resultados desfavoráveis que colaboraram com a entrada de vez no estado de desespero e na demissão do Felipão.
O jogo em não foi uma vitória incontestável do Corinthians, mas eles souberam aproveitar o momento do Palmeiras e numa falha amadora do Juninho, talvez o jogador que mais caiu de produção, Romarinho abriu o placar. Futebol tem dessas coisas, as vezes propicia a um babaca o momento de glória e o Romarinho aproveitou o dele, foi tirar uma com nossa torcida. Luan foi tirar satisfações, com isso já ficou marcado pelo juiz que estava louco para dar aquele empurrãozinho que faltava – só para justificar seu bicho. Na próxima jogada de Luan pronto, tomou o segundo amarelo sem ter merecido sequer o primeiro, a partir dali o Palmeiras estaria (de novo) com um jogador a menos contra o Corinthians e com o placar desfavorável.
Creio que não dá para falar que o time não tentou, mesmo com um a menos foi para cima e criou algumas chances a mais clara dela numa cabeçada de Valdivia cara a cara com o goleiro. João Vitor, que está no time dos que deveriam jogar com calção marrom, cometeu mais uma falha que deu origem ao segundo gol do Corinthians.
Nas arquibancadas tensão e o reflexo do que é o Palmeiras hoje, até a torcida está dividida e desorientada sobre o que fazer. Provavelmente o Palmeiras perderá alguns mandos de campo pelo que o árbitro relatou na súmula e não imagino que a diretoria fará esforço para reverter isso, pelo contrário, é possível que eles até prefiram mandar jogos no interior. Nesse momento é muito difícil dar uma opinião, porque cada um tem um modo de reagir, mas para mim jogar a merda no ventilador vai acabar com qualquer chance que o Palmeiras tenha de reverter a situação. Seria digno se o elenco se manifestasse através de um vídeo, pedindo a torcida uma trégua até o fim do campeonato, reassumindo seu compromisso e traçando uma meta. Não sei, pode ser inócuo, mas ainda são 13 jogos restantes e não se pode jogar no lixo a mínima chance que tiver de salvar o ano.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Pessimismo
Até ontem às 22:29h eu estava otimista quanto ao Palmeiras se livrar do rebaixamento, depois disso me bateu um desanimo e uma impressão que não vai dar. Não digo isso apenas pelo resultado, que diga-se de passagem foi péssimo, mas pela postura do time e algumas situações que nas entrelinhas soa estranho. Começamos pela escalação, estranhamente Felipão barrou Maikon Leite e Mazinho para optar pelo Vinicius e também manteve Roman no banco o configurando como o último reserva, pode ser uma opção meramente técnica do treinador, mas é engraçado notar que Mazinho por exemplo era titular até pouco tempo atrás, enquanto Vinicius chegou até ser rebaixado ao time de base. Mesmo com uma escalação fora do hipotético ideal o Palmeiras saiu na frente graças a um lance de sorte, pois Luan, que vestia a camisa 100 em homenagem ao 100º vestindo nosso manto, fez uma partida desastrosa que beirou muitas vezes ao ridículo. Em um time emocionalmente estável a tendência é que após sair na frente passe a controlar o jogo e sair em contrataques, mas no Palmeiras de hoje, um gol na frente é como se fosse uma batata quente a segurar. O time desorganizado, cometendo erros grosseiros de passes e posicionamento, permitiu que o Vasco rapidamente empatasse e vale ressaltar que o time vascaíno jogava mal demais. Depois disso o time até teve algumas jogadas perigosas, mas logo tomou a virada e a casa caiu. O que se tornou o jogo depois disso foi um festival de horrores para o palmeirense, erros esdrúxulos, substituições sem sentido, rostos num misto de desespero com desânimo e a certeza que sair do buraco é uma missão muito mais difícil que qualquer um imaginava.
Como chegamos a esse ponto? É a pergunta de todo palmeirense hoje. Ninguém imaginou uma campanha espetacular, mas não passava na cabeça a possibilidade de rebaixamento.
A tendência natural é especularmos hipóteses, como a de que o elenco está rachado com o técnico ou que o time se desgastou demais na Copa do Brasil. Eu creio que o título Copa do Brasil ludibriou a todos, fazendo crer que o elenco era mais forte do que realmente é, que a diretoria havia acertado em algumas apostas e que a partir daquela conquista o time ganharia moral e só isso bastaria para motivar o resto do ano. Erro fatal! Me incluo nessa, o êxtase da vitória nos entorpeceu a ponto de esquecermos que alguns erros de hoje já ocorriam, alguns jogadores que aí estão já não funcionavam e o time jogava mal. Temos também nossa parcela de culpa por supervalorizar uma conquista que para um time de tradição como o nosso deveria ser mais comum. Nem tenho mais ânimo de criticar a diretoria mais do que já critiquei, alias, o Tirone nem está aqui para criticá-lo, tirou férias em meio a fase mais crítica do ano. Também nem tenho mais preferência política no Palmeiras, política é nojenta em todas esferas, como diz o ditado Russo: "Quando o czar te da o ovo, lhe toma a galinha". Nos tomaram a "galinha" faz tempo e fulanizaram a política palmeirense, qualquer um que estiver ali, só será mais um sem autonomia de nada, refém de suas alianças políticas e das dívidas estratosféricas. Depois da era Parmalat o Palmeiras já caiu uma vez e já esteve com risco de queda em mais uma porção de oportunidades, isso na gestão Mustafá, Della Monica, Beluzzo e agora Tirone.
Quanto ao futuro do Felipão é outra incógnita. Gosto muito do Felipão e para mim nada apagará a honra com que ele defendeu o Palmeiras, mas não sei se hoje ficar é interessante para ele e para o próprio Palmeiras, não sei se ele terá condições de reerguer esse time, até porque ele também tem sua parcela de culpa. Por outro lado quando ouço alguns nomes que a imprensa cogita chega me dar desespero.
Hoje é um dia péssimo para o palmeirense. Estou pessimista.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
O direito de não ser parte
Hoje pela manhã um amigo do serviço me perguntou super entusiasmado se eu tinha visto o jogo da seleção. Demorei um pouco para responder, talvez pelo horário da manhã meu cérebro ainda não estava conectando muito bem as informações de memória, foi então que me deparei com uma condição paradoxal, sei de tudo que está acontecendo no futebol nacional mas ignoro totalmente o que acontece com a seleção do país. Antes que venha algum pachequinho acusar-me de antipatriota, esse desinteresse não é aversão ao país, mas à seleção brasileira. Há quem chegue até torcer contra, que não é meu caso, pois minha indiferença é tão grande que pouco me afeta se ganha de dez da Antuérpia, se empata com o Guiné Equatorial ou se perde do Laos, sou tão submerso ao tema que na maioria das vezes nem sei se jogou e quando está passando na TV prefiro assistir algum documentário, campeonato da série C e até programa eleitoral se tiver passando.
Eu tenho uma teoria de que em Estados (ou entre torcidas) onde há mais rivalidade entre os clubes, menos se gosta da seleção. Eu por exemplo assumo tranquilamente minha intransigência, mas não sou capaz de torcer por jogadores ou figuras relacionadas a times que eu não gosto, só isso já bastaria para justificar o porquê de muita coisa, mas aliado a isso em minha mente eu relaciono a seleção a um pacotão populista que mistura futebol, mídia, política e corrupção. Porque eu torceria por uma imagem de nação da qual eu não compartilho? Não tenho o poder de contestar ou mudar e até sou obrigado a financiar indiretamente algumas coisas, mas me reservo o direito de não fazer parte, de não me sentir parte, ou melhor, querer que se foda tudo que envolve seleção brasileira, amistosos caça-níqueis, convocações com influencia de empresário, etc e tal. Por isso não assisti e nem li a respeito do jogo contra a África do Sul, contra a China e muito menos parei para ler a lista de convocados, me interesso tanto quanto pela seleção de badminton do Sri Lanca. Alias, já dediquei linhas demais a esse assunto.
Quero mesmo é saber do Palmeiras e de sair logo dessa zona incomoda.
Sul-americana
Sou contra abrir mão da Sul-americana, tal qual eu era contra abrir mão do Brasileiro quando o foco era a Copa do Brasil. Creio que o sucesso do Palmeiras na competição trará mais benefícios que prejuízos, uma vez que pode servir para manter a boa autoestima do grupo. Lógico que a prioridade é sair do rebaixamento, mas nada impede de que o time que entre em campo pela outra competição, entre para ganhar.
Paciência e perseverança
Hoje fiz mais um simulado dos jogos do Palmeiras. Creio que ainda levará algumas rodadas para sairmos da zona de rebaixamento, não se mudam as coisas do dia para noite. Lógico que seria legal em três rodadas já estarmos fora, mas temos de considerar a hipótese de o time ainda sofrer reveses e os adversários diretos terem sucesso. Portanto o processo será longo e cabe a nós e aos jogadores não nos afobarmos, nem deixar que o bombardeio de notícias depreciativas nos abalem. O Sampaio ta certo, não tem que ter clima de série B, o clima é de recuperação no campeonato Brasileiro.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Façamos nossa parte e discutimos depois.
Ao término do jogo de ontem fiquei puto, muito provavelmente se fosse escrever esta opinião seria um festival de xingamento a jogadores e diretoria. Mas de ontem para hoje deu tempo de maturar uma opinião e chegar a conclusão que não dava para cobrar uma vitória deste jogo em específico.
O torcedor sempre acredita, mesmo quando há mais razões para o contrário, na mente de muito palmeirense com um eventual placar favorável fora de casa contra o Atlético Mineiro e as derrotas de Coritiba e Bahia hoje estaríamos fora do G4, no entanto se pegássemos os jogos da tabela poucos contariam com esses pontos em Minas. O que assusta é que outros times que beiram a zona da desgraça conseguiram placares contundentes e no caso do Bahia, fora de casa, contra um time que briga no G4 de cima. O vento realmente não está soprando a nosso favor, como não esteve soprando desde o início do ano e o time sente isso. Ontem por exemplo o Palmeiras jogou bem, mas em bolas decisivas pesou tudo que envolvia o jogo e nessas falhas que se desenhou esse placar. A situação desgraçada não nasceu ontem com esses 3 x 0, é fruto da displicência do início do campeonato, da euforia desmedida do elenco e da diretoria com o título da Copa do Brasil, da omissão em repor peças essenciais na janela do meio do ano e da campanha desastrosa contra times menores. Tudo isso vale ser lembrado mas não vem ao caso esse momento, pois o mais importante é tentar reverter a situação.
Com os placares desse fim de semana ficou claro que não basta ganhar dos pequenos, ou apenas fazer resultados em casa, o Palmeiras tem que ganhar o que for possível, sem pensar em contas ou percentual de chances de se salvar. Contra o Vasco no RJ por exemplo o Palmeiras tem que trazer três pontos, pois depois o jogo em casa é contra o Corinthians e aí qualquer placar é possível.
Ao torcedor palmeirense resta apoiar e passar confiança aos jogadores, pois a tendência é que um jogador, principalmente limitado, se abata mais quando vaiado. É difícil para mim e creio ser difícil para todos conter a indignação de ver o Palmeiras nessa situação, mas essa é a realidade atual e o que não tem remédio remediado está, façamos nossa parte e discutimos depois.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Assim que as coisas são
No sábado contra o Grêmio mais uma vez o Palmeiras mandou no jogo, pressionou insistentemente, mas o nervosismo e a ziquizira impediu que as chances criadas fossem concluídas. De certo modo é compreensível que o peso do rebaixamento interfira na hora de fazer um último passe ou de finalizar, infelizmente o Palmeiras chegou a uma situação dramática em que uma só vitória não basta para dar alívio, é preciso ao menos de umas 3 vitórias consecutivas para que esse peso alivie um pouco. Quinta-feira contra o Sport é um jogo chave para tentar mudar essa maré. Sabemos que agora é hora de apoio incondicional pois em nada ajudará perder a confiança e nos deixar influenciar por menosprezos ou previsões negativas, creio também que esse elenco não é compatível com a posição na tabela. Imagino que por si só essa posição inglória deve mexer com o brio dos jogadores, afinal, independente de gostar ou não do time uma queda é uma mácula na carreira de qualquer um. É nesse ponto que discordo de algo que vem sendo comentado, que em minha opinião trata-se de um absurdo.
Comenta-se por aí que o Palmeiras turbinou o bicho dos jogadores para tentar reverter a situação que se encontra. Sei que no mundo real é assim que as coisas são, não tem jeito, o futebol virou essa coisa podre em que tudo gira em torno do dinheiro, quer dizer, além de bônus por conquista temos também o bônus por não vexame, um fulano que ganha salário de time grande, permite que o time chegar no limbo para depois ganhar um dinherinho adicional para tirar o time dessa situação. Volto a dizer, sei que nesse momento vale qualquer cartada e é assim que o futebol funciona, mas é lamentável para um torcedor imaginar que é preciso pagar a mais para um sujeito se motivar a tirar o time em que joga da zona de rebaixamento. Seria digno se o grupo se manifestasse no sentido a recusar uma proposta de bicho para esse fim, pois se trata de uma premiação amarga, um prêmio por sair de uma situação que eles se colocaram. É uma questão de orgulho.
Mas esse é o futebol "profissional", que transformou amor a camisa apenas em um slogam e indexou o comprometimento à quantidade de casas decimais que se pode ganhar. O que nos resta é o amor ao nosso time independente das peças que estão vestindo nossa camisa, fica mais fácil lidar com as coisas desse jeito e não se passar como idiota, defendendo um fulano que nos microfones diz amar o Palmeiras, mas que numa mesa de negociação está sempre pronto para meter a faca no pescoço dos dirigentes.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Inanição
A derrota de ontem para Portuguesa foi desastrosa, principalmente porque o Bahia, primeiro time fora do rebaixamento, abriu quatro pontos para o Palmeiras. A situação é séria, para aliviar um pouco o Palmeiras teria de engrenar umas 3 vitórias seguidas. Não há o que comentar do jogo de ontem, o time foi mal escalado, entrou em campo nervoso e o setor defensivo cometeu erros absurdos. A emenda ficou pior que o soneto, depois da entrada de Maikon Leite com a intenção de deixar o time mais agressivo, ocorreu o contrário, mal no jogo o jogador não criou uma jogada que preste e deixou o Palmeiras ainda mais exposto ao ataque da Portuguesa. Talvez se Felipão não inventasse e entrasse com cada jogador da sua posição, tipo Arthur na lateral, Betinho no banco, as coisas não seriam tão ruins.
Veja só que lamentável, já estamos nós novamente discutindo migalhas, fazendo contas para sair do rebaixamento, discutindo o revés contra a Portuguesa. É isso que virou esse time que completou 98 anos no domingo? Pois bem, podem ficar putos comigo, mas é isso que viramos, é essa a realidade do Palmeiras atual, um time fraco, que vive de passado, coadjuvante nos campeonatos nacionais e que a cada ano se encolhe mais. A Copa do Brasil foi um título que comemoramos demais e nos trouxe esperança de dias melhores, mas voltamos a melancólica realidade do Palmeiras dos últimos anos, brigando com times médios e pequenos como se fossem rivais históricos. Exigimos respeito da imprensa, nos indignamos quando somos ignorados nas transmissões de televisão ou quando algum jornalista não coloca o Palmeiras como favorito, mas dentro e fora de campo o time nos tira a razão. Nem sei mais o que será feito, se irão dobrar o bicho por tirar o time do rebaixamento, se irão contratar mais algum atleta da série B ou se começarão plantar notícias sobre as maravilhas que será o ano que vem, com altos investimentos e atletas de ponta. Comemoramos a participação da Libertadores do ano que vem, mas com que time? Com Betinho, Marcio Araújo, Leandro Amaro, Maikon Leite? Ontem o Palmeiras tomou um vareio da Portuguesa, com o Geninho no comando. Num campeonato de pontos corridos como o Brasileiro as limitações ficam expostas pois não da para fazer todo jogo motivado com capitão do BOPE. Faz dois anos que ouvimos que o Palmeiras tem patrocínios milionários, mas na hora de investir em atletas a conversa sempre é a mesma e fica nessa de fim de feira, pagando caro por quem ninguém mais quis.
As mudanças radicais que o Palmeiras precisa são eminentes, não podem mais esperar. Não da mais para um time viver com uma base improdutiva, que não rende nem em atletas nem em dinheiro. Não dá mais para pensar pequeno, com elencos limitados que terminam o ano em frangalhos, brigando para não cair. Não da mais vendermos jogadores por pouco e contratarmos bostas por muito. As mudanças tem que ser pra já, pois estamos perdendo o bonde da história e em breve até os patrocínios minguarão.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
O medo de “queimar” os meninos
Ontem perdi 1:30h assistindo Atlético Paranaense e Joinville. A intenção era ver jogar o tal do Thiago Real, contratado a toque de caixa pelo Palmeiras para suprir as recorrentes ausências de Valdivia e Daniel Carvalho, alias, essa contratação demonstra que Daniel Carvalho está com o prestígio meio baixo com o Felipão. As histórias no Palmeiras se repetem muito, no ano passado nessa mesma época o Palmeiras também tinha perdido a janela de contratações e o Valdivia vivia contundido, a solução foi olhar para série B, para um time de Santa Catarina e para um meia-esquerda muito habilidoso segundo a imprensa. Perdo Carmona veio e foi, jogou pouco, quando jogou não acrescentou nada e hoje defende o São Caetano. O que será de Thiago Real no Palmeiras não dá para saber, fato é que o roteiro é bem semelhante, mas a diretoria apostou forte: contrato de 4 anos e R$2 milhões por 50% do passe. Só como parâmetro, foi quase o que o Palmeiras recebeu pela venda do Cicinho.
O jogo de ontem também foi interessante por um aspecto, do lado do Atlético Paranaense estava jogando o Felipe como titular - sim o Felipe - aquele meia revelado pelo Palmeiras, que se destacou no Mogi Mirim, voltou ao Palmeiras e não agradou, sendo cedido gratuitamente de forma "cordial" ao Atlético Paranaense. Pois bem, pode ser que o atleta tenha tirado o pé por causa da proposta do Palmeiras, mas o tal de Thiago Real não jogou nada e ainda saiu contundido, diria até que o Felipe jogou melhor pelo Atlético Paranaense. Me veio a pergunta na cabeça: Se é para apostar, por que não apostar em alguém da base do Palmeiras? Será possível que não há ninguém na base com a qualidade similar ou superior a um Thiago Real ou Pedro Carmona, se não, fecha aquela porra e terceiriza as categorias de base. Pode ser que eu queime minha língua e amanhã esse jogador seja um cara bom e tal, mas minha primeira impressão junto ao histórico desse tipo de contratação me faz crer que será mais um tiro n'água.
O João Denoni por exemplo não é nenhum César Sampaio, mas quando entrou jogou melhor que o Marcio Araújo por exemplo, mas a justificativa para pouco aproveitá-lo é: Não queremos queimar o menino. Queimar com que porra! Quantos e quantos meninos não foram aproveitados pelo Palmeiras, foram vendidos e estouraram em outro time sem ao menos serem testados, por que? Por medo de queimar os meninos! Quando serão aproveitados? No time B, naquela bosta inútil que até hoje não acrescentou em nada. Tem ali disponível o Bruno Dybal, Patrick Vieira, Diegou Souza e os caras vão buscar jogador em Santa Catarina? Talvez meu julgamento seja com pouco conhecimento de bastidores, pois nem tudo no futebol aparece na superfície, mas já to com saco cheio de Carmonas, Saconis e agora Reais, se é para apostar, que aposte na base.
Portuguesa x Palmeiras
Indignação a parte, hoje tem Palmeiras e hoje tem o começo de um novo turno. Torcemos e confiemos que este seja mais digno que o anterior e que o Palmeiras possa a partir de novembro, já pensar com mais tranquilidade na time do ano que vem.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Aprender ganhar
Tenho enorme dificuldade de comentar jogos, sou pouco detalhista e muito passional. Apesar disso nessa nova era Felipão pude notar que o Palmeiras oscila frequentemente entre duas situações: Domina o jogo, começa ganhando e acaba cedendo; Joga mal, é dominado, mas consegue em um lance fortuito marcar um gol e matar o jogo. Lógico que nem sempre é isso, mas não foram poucos os jogos nessas condições e o jogo de sábado contra o Santos mais uma vez foi a repetição da primeira situação, alias, em clássicos isso é recorrente. Conta o Corinthians por duas vezes o time começou ganhando, jogando bem e cedeu, contra o São Paulo no Paulista o Palmeiras esteve na frente por três vezes e deixou o jogo empatar e agora contra o Santos, onde jogou muito melhor, saiu na frente e tomou a virada. Lógico que cada jogo é uma história, nesse último a diferença foi o Neymar que acertou dois chutes de fora da área (uma falta) e nosso goleiro não foi bem, mas onde quero chegar é que o Palmeiras não sabe ganhar quando entra melhor no jogo. Não sei, as vezes a impressão que dá é que o time se assusta com a própria superioridade, não acreditando ser capaz de vencer com certa facilidade e acaba dando a oportunidade de o adversário crescer. Se eu fosse psicólogo eu diria ser um problema de autoimagem, que o time acredita na ladainha da imprensa que fulano ou cicrano é superior e que o Palmeiras tem um time limitado. Contra o Fluminense, onde também entrou sem favoritismo, o Palmeiras matou o time carioca o jogo todo, mas mais uma vez a falta de confiança impediu que o melhor volume de jogo se traduzisse em vitória.
Creio que o Felipão e sua equipe técnica tinham de dar atenção maior a esse problema do Palmeiras, convencer os jogadores que quando encaixado taticamente o Palmeiras é mais forte e capaz de vencer de qualquer um, e tem que manter a confiança durante os 90 minutos de jogo.
Virando a página
Quarta-feira se inicia o novo turno no Canindé contra a Portuguesa. Aos poucos os contundidos estão voltando e o time se fortalecendo. O Palmeiras tem de adquirir a consciência que é grande é não pode deixar escapar pontos contra times mais fracos. Minha expectativa é que em 5 rodadas o Palmeiras já esteja afastada da zona de rebaixamento.
Como previsto
Como previsto o time do "povo" e o seu estádio já estão sendo usados para alavancar a campanhas políticas.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
No fio da navalha
terça-feira, 21 de agosto de 2012
O paraíso dos vagabundos
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Saldo positivo da turnê carioca.
Um vitória importante sobre o Flamengo, que mais do que ter saído da zona de rebaixamento, mostrou que o Palmeiras não cabe nessa posição. O jogo não foi complicado, o Palmeiras dominou o jogo, principalmente depois da expulsão do Ibson que acabou com o meio campo flamenguista. Não há como negar que quando Valdivia joga o time se porta melhor. A televisão ficou insistindo no impedimento no gol de Barcos, algo que nem os flamenguistas reclamaram. É de se estranhar que já sofremos lances piores que esses e não houve tanta reprise e comentário. Parecia que era um tipo de: o Palmeiras reclamou tanto e agora foi ajudado. Mas tudo bem.
A única coisa que me irritou ontem foi o excesso de erros de passes no segundo tempo, principalmente do Arthur. O Palmeiras mandava no jogo e um segundo gol teria matado qualquer chances do Flamengo. O preciosismo em algumas jogadas e a falta de atenção poderiam ter custado caro caso levássemos um gol no final. Mas não levamos e essa turnê carioca foi positiva para nós. Apesar do tropeço ante o Fluminense, 6 pontos em três jogos foi uma boa média. É óbvio, mas seria pior se ao invés de perder, o Palmeiras tivesse empatado os dois jogos fora e ganho dentro.
Correa
Parece uma doença, uma síndrome de perseguição, mas mais uma vez a imprensa carrega na tinta ao falar do Palmeiras. Depois da perda de Guilherme a contratação de Correa pareceu uma humilhação para alguns, os jornais procuraram destacar apenas pontos negativos disso tudo. Creio que se há um pecado nisso tudo é o Palmeiras não ter se reforçado quando podia, antes da maioria dos jogadores completarem a sétima partida ou ter fechado as principais janelas, com isso só sobrou opções nas divisões inferiores, sem contrato ou pouco usados no campeonato. Por outro lado existe uma série de times nessas condições. O São Paulo trouxe o Paulo Assunção, que é meia boca pra caramba e não li tanta crítica por isso. O Correa está longe de ser um craque, mas vamos aguardar, temos sérias dificuldades no meio, ainda mais agora com esse lance do João Vitor. O pior seria ter pago uma fortuna, como a paga pelo São Paulo ao Jadson e o jogador refugar.
Nunca fui santo
Acabei de ler o livro do Marcão. Na verdade é um livro bem curto que da para ler em um só dia e não conta muito mais do que nós já sabemos, mas ler sobre o Marcos nunca é demais. Como da orgulho saber que um sujeito como esse é nosso ídolo e vestiu nossa camisa por mais de 500 jogos. Acima das defesas importantes está o caráter e a simplicidade do São Marcos, que é transpassadas com fidelidade pelas mãos do Mauro Betting. É uma pena que a cada dia menos existem jogadores capazes de sentir a alegria de um torcedor com uma vitória do seu time ou a dor por uma derrota. A história de Marcos é mesmo incrível e vale ser contada muitas e muitas vezes. Além disso há passagens muito interessantes dos bastidores do Palmeiras nesses últimos 10 anos envolvendo outros jogadores que já passaram pelo clube. Recomendo a leitura.
Pacaembu
O Palmeiras enfim transferiu seu mando contra o Santos para o Pacaembu. Creio que todo palmeirense que já foi a jogos em Barueri agradece muito a escolha. Agora também é hora de fazer nossa parte enchendo o Pacaembu.