quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Adeus ano velho

Eu não iria escrever nada até o início de 2013, pois como eu imaginava, não iria acontecer muita coisa no Palmeiras além de especulações. Era previsível que essa gestão seria incapaz, principalmente em fim de mandato, de reformular o elenco ou mesmo de conduzir uma transição de modo digno, esse final de era Tirone que vem se arrastando tem sido tão infame quanto a própria figura, um eco, um vácuo, uma inércia, que as vezes só se rompe com alguma especulação absurda do tipo Riquelme. Para os palmeirenses não bastou 2012 ser um dos piores anos da história, ainda nos resta a falta de perspectiva para o ano seguinte. Nem ouso a nos comparar no momento aos times que estão anunciando grandes nomes e investimentos, até porque infelizmente a série B e o caos administrativo nos tirou do páreo na disputa por atletas cobiçados, mas o mínimo que os palmeirenses queriam era uma movimentação mais intensa no planejamento do ano que vem e não o ócio total. É fato que as eleições no Palmeiras ocorrem na pior época possível, principalmente tendo em conta que nesse caso não existe mais situação. O COF acabou de praticamente interditar o presidente Tirone, que acatou para não sofrer um processo de impeachment - caso isso ocorresse perderia sua vaga cativa no COF – mais uma vez um final de mandato no Palmeiras será tocado por uma espécie de "conselho gestor" tendo em vista que as decisões do presidente precisarão de um crivo, vale lembrar que ao término da gestão Belluzzo, devido ao afastamento do presidente por problemas cardíacos, Salvador Hugo Palaia assumiu e todos lembram no que deu, em pouco tempo ele fragmentou totalmente a então situação e deixou um terreno fértil para a eleição de Tirone: o pior presidente da história.
A única atitude digna que o atual presidente Tirone poderia ter tomado era a de ter renunciado em dezembro afim de convocar novas eleições, mas por trás daquele rosto boçal há um sujeito vaidoso que no fundo ainda almeja (ou almejava) alguma coisa.  O que me assusta é que a opinião de que é preciso mudar a data das eleições é unanime, mas passam-se os anos e a coisa segue igual. Aquela chama de mudança que irrompeu após o decreto da queda do Palmeiras parece estar fraquinha e tudo se encaminha para que as mesmas coisas se acomodem nos mesmos lugares, os engavetamentos, as procrastinações, as barganhas por cargos de segundo escalão, os sobrenomes, as rinchas, as mesquinhezas a perpetuação da desgraça.            
Independente de tudo isso rezo para o imponderável, que a mística da camisa e da história seja forte o bastante para resistir a tudo isso e nos dar um 2013 melhor, que os jogadores que entrarem em campo a despeito dos nomes, se multipliquem e superem essa sujeira que vem dos esgotos da Turiaçú.
Um feliz 2013 a nós palmeirenses. 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Mais do Mesmo!

Após o fatídico jogo contra o Flamengo, que decretou o rebaixamento do Palmeiras a imagem que marcou foi o banho de sol do Tirone no Leblon, com seu bermudão, bonezinho e óculos escuros. Esse retrato foi o símbolo maior dessa gestão, deixar o Palmeiras como um trabalho de segunda ordem, como se fosse um voluntariado filantrópico realizado nas horas vagas. O presidente Tirone jamais deixou de aproveitar sua vida de playboy mesmo em meio as crises no Palmeiras, pelo contrário, até usou seu cargo no clube para filar algumas viagenzinhas. Mas alguém pode se perguntar: por que esses sujeitos que já são ricos, tem seus negócios, não abrem mão do poder. A resposta é muito simples: vaidade. Sim, a coisa vai muito além da grana - mesmo sabendo que muitos enriqueceram as custas do clube – a questão é sentir-se importante, ter gente puxando seu saco te chamando de presidente pra lá e pra cá e a própria sequência da dinastia de sua família. Um time como o Palmeiras requer atenção exclusiva e total.
Como se seguisse uma cartilha o papo na semana seguinte ao rebaixamento foi cheio de falsas promessas e uma dissimulada abnegação. Foi definido que haveria uma extensa lista de dispensas e uma reformulação radical no elenco, além de uma rotina de tratativas com os principais candidatos presidenciais afim de alinhar o planejamento para 2013 independente da gestão. Mas não há mudança de atitude sem a mudança das pessoas, no fundo sabíamos (pelo menos os realistas) que por fim tudo daria em água e demorou pouco tempo para constatarmos isso.
Creio até que a intenção seria a de dispensar mais atletas, mas plagiando o grande Joelmir Betting, quem fala o que pensa muitas vezes não pensa no que fala, ou, na prática a teoria é outra, quando o Frizzo e o Sampaio saíram as compras notaram que tal reformulação não era tão simples de se fazer, até porque jogadores bons estão bem empregados e não é qualquer conversa de balcão de lanchonete que o convencerá mudar de time. Outra coisa é a questão jurídica da coisa, tocada pelo falastão-mor, não dá para você chegar em jogadores com contrato vigente e falar: passa no RH e pega suas coisas. Não estamos falando de sujeitos que ganham 2, 3, 5 ou 10 mil reais, jogadores como Luan, Maikon Leite e Valdivia, apesar de não merecerem, foram agraciados por contratos milionários com clausulas de proteção que os permitem estar numa paz tibetana neste momento. Pro final a misteriosa lista de dispensa tratou-se de uma grandessíssima falácia, recheada de atletas que já não vinham sendo utilizados e outros que estavam no fim de empréstimo. Nem seria necessário falar de sujeitos como: Fabinho Capixaba, Tadeu, Daniel Lovinho, Luis Felipe e Tinga por exemplo, tampouco João Vitor, Daniel Carvalho e Leandro Amaro. Pro final o Palmeiras deve iniciar o ano de 2013 com as mesmas figuras de 2012 e a desculpa já está pronta: com o time na segunda divisão fica difícil contratar.
Quanto as promissoras reuniões de presidenciáveis era questão de tempo para dar merda e olha que a rapidez foi recorde. Logicamente na hora que a água bateu no rabicó do Tironinho ele humildemente foi a favor de propostas de trégua, de união de paz e amor, mas isso foi até a fervura abaixar. A primeira reunião foi feita e todos que participaram foram unânimes nas declarações: as conversas foram positivas e devemos prosseguir com essa agenda. A segunda teve a data remarcada para ontem (quinta-feira) devido a compromissos do Tirone - talvez algum aniversário, competição de kart ou paintball – ontem os candidatos apareceram na hora marcada e surpresa, Tirone não havia chegado, devia estar retocando as madeixas douradas , enquanto Frizzo e Cezar Sampaio não os atenderam pois estavam em meio as tratativas da espetacular lista de dispensas. Pescarmona soltou os cachorros e disse que por ele não tem mais conversa pela falta de respeito, os outros candidatos não se pronunciaram mas não devem ter gostado de tomar porta na cara, ou seja, as promissoras reuniões, que seriam  um motivo de união e trégua, se tornaram um desastre e motivo de mais troca de farpas e polêmicas. Isso é uma total vergonha, um sujeito que não consegue sequer organizar uma agenda de transição jamais deveria nem ser político no Palmeiras, o Tirone é a coisa mais patética que apareceu no Palmeiras em toda sua história, parece uma piada de humor negro que nós palmeirenses temos de aguentar.

Barcos

Essa semana também rolou: o acho que vou e depois o fico do Barcos. Não há o que se questionar no argentino quanto ao seu profissionalismo e o resultado que ele rendeu em campo para o Palmeiras, tanto que isso lhe proporcionou visibilidade a ponto de ser convocado para seleção argentina pela primeira vez aos 28 anos. Será muito importante a permanência dele no Palmeiras em 2013, não há centroavantes bons dando sopa no mercado e o argentino pouco se machuca. Agora só faço uma ressalva aos meus amigos palmeirenses: não acredite que Barcos está ou ficou no Palmeiras por amor. Não estou dizendo aqui que o cara é mau caráter ou que não é digno de nosso total incentivo, mas ele é um jogador de futebol e como todos procurará sempre o que é melhor para ele e se ele ficou não é por abnegação e sim por compensação. Não é necessário muita sagacidade para entender o que aconteceu, Barcos ganhou muito destaque neste ano mas antes disso era apenas uma aposta, ninguém cravava que ele seria esse jogador todo quando ele veio da LDU, alguns golaços no youtube, alguns comentaristas dizendo que era um bom jogador, outros que era um cara de 28 anos que rodou o mundo e nunca teve grande destaque, muito provavelmente se ele fosse para o mundo árabe ele continuaria um desconhecido pois ninguém acompanha o Al Garrafa, Al Ali, Al Caralho a quatro. Com certeza o seu salário não é (ou era) dos maiores do elenco e o Palmeiras criou uma dependência enorme dos gols do Barcos, tanto que em pouco tempo se tornou ídolo. Foi convocado para seleção argentina pela primeira vez e ganhou respeito da imprensa que no início fazia piadinhas. O jogador e seu empresário sacou que cabia um aumento e nenhum argumento é tão convincente como a ameaça de ir embora e a pressão da torcida. Muito provavelmente nesse meio tempo deve ter vindo um novo contrato ou alguma promessa que o fez mudar de ideia. Há muitos times no futebol brasileiro e internacional em que Barcos caberia, mas são poucos os dispostos a investir alto num jogador de idade já avançada e que surgiu agora, o que torna sua negociação muito difícil. Ele ficar no Palmeiras, onde já tem o carinho da torcida, com um aumento substancial mesmo na segunda divisão é um ótimo negócio tanto para ele quanto para o time, pois nada da mais visibilidade para ser convocado para uma seleção quanto a idolatria da torcida do time que defende.      

Joelmir Betting

É normal termos mais afeição polos nossos irmãos de torcida, principalmente quando vivemos uma fase difícil que filtra os torcedores oportunistas e consolida ainda mais a paixão dos verdadeiros torcedores. A tendência é sempre simpatizar mais com personalidades palmeirenses. Talvez os mais jovens conheçam mais o Joelmir através do Mauro Betting, até porque hoje são poucos os jovens que fogem das páginas e programas esportivos para acompanhar noticiários de economia ou política. Para quem não conhece muito bem, Joelmir foi umas das principais referências jornalísticas principalmente no que tange a economia, quando o Brasil vivia um período onde era mais complicado entender a economia do que física quântica, Joelmir trouxe aos lares brasileiros as análises em um formato compreensível para os leigos, através de metáforas geniais e uma comunicação simpática. Foi protagonista por muito tempo na rede Globo, tornando-se nacionalmente conhecido e referência para outros que. Depois voltou a Bandeirantes onde trabalhava até hoje. Eu era fã dele antes mesmo de reconhecê-lo como palmeirense, pois suas analises era um show a parte, com tiradas engraçadíssimas e elegantes, herdadas pelo seu filho que faz isso hoje também com maestria. A parte mais conhecida por nós e que Joelmir nunca escondeu seu amor pelo Palmeiras, é autor de uma das frases mais célebres sobre o Palmeiras que já foi repetida exaustivamente durante esses dias e renunciou a carreira no jornalismo esportivo por acreditar que seu fanatismo pelo Palmeiras o impediria de ser um bom profissional – algo que muito dos que tão aí hoje deveria fazer. Conseguiu ser gênio sem se esquivar da sua paixão, jamais escondeu que era palmeirense seja na época de Ademir, Bizu ou Betinho. É referência para o jornalismo e para nós torcedores, pois mesmo com sua mente privilegiada e com os frutos que isso lhe rendeu, sempre colocou-se como um torcedor comum e doente de saúde manteve-se doente pelo Palmeiras, escrevendo um belo prefácio para o livro do São Marcos no hospital. Viveu e morreu feliz e orgulhoso por ser palmeirense, porque entendia que torcer não é apenas ver títulos e craques, mas ser capaz de amar incondicionalmente o time e isso por si só já basta. É uma perda irreparável mas um legado imortal.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Balanço final

Acabou 2012 para nós Palmeirenses, um ano que parece ter sido escrito por um roteirista sádico, pois tudo o que foi possível dar errado deu. Até a Copa do Brasil que deveria ser uma alegria, foi ofuscada por uma campanha pavorosa no Campeonato Brasileiro.
Fogos e mais fogos após o empate entre Portuguesa e Grêmio. Está consumado o que já vinha se desenhando a pelo menos 4 meses, o Palmeiras caiu matematicamente para segunda divisão. Nas redes sociais piadinhas, daquelas sem graça que as pessoas compartilham sem discernimento, faz parte, desde que não venham com essa hipocrisia de "ANTI" quando é o contrário. A noite foi dura para os palmeirenses, em todos canais matérias a respeito da queda, comentaristas tentando explicar os "porquês", jornalistas assumidamente rivais fingindo-se comovidos com a queda e ostentando aquele discurso politicamente correto de que sempre é ruim quando um grande cai ao mesmo tempo que solta algum gracejo nas entrelinhas, coisas das quais já estamos acostumados. Eu por exemplo, sonhei a noite toda com o Palmeiras e não estou inventando isso para pautar meu texto. Nada mudará sabemos disso. Quem é palmeirense continuará sendo e sentindo orgulho dessa camisa do mesmo modo que sente quando o time é campeão, pois somos o Palmeiras e temos ciência de nossa importância principalmente em momentos como este.
O jogo contra o Flamengo teve um pouco do que foi todo esse campeonato brasileiro: gols perdidos cara a cara, roubo de arbitragem, gol de empate no último minuto por cagada da zaga, ex-jogador no papel de algoz, todas situações recorrentes durante todo campeonato. A sensação é de impotência ao ver um time doente. Todos tem culpa (menos a torcida, lógico), principalmente a diretoria que teoricamente é quem deveria ter controle sobre tudo. Mas com uma visão um pouco mais abrangente percebe-se que alguns problemas são sintomáticos e acometem o Palmeiras há muitos anos. A mudança na estrutura política já está atrasada há uns 10 anos e é vital que se faça em passos largos. Muito se comenta de uma união de chapas em torno de um projeto, tudo ficará mais claro quando se passar esse período de comoção, aí que veremos de fato se haverá essa abnegação ou cada um buscará o poder para os seus novamente.
Há alguns abacaxis difíceis a serem descascados que virão logo de cara. O que fazer com o Valdivia, maior salário do elenco? Como segurar o Barcos? Como se livrar desse monte de entulho? Quem aproveitar? Como competir com outros times na janela de contratação? Deve-se manter o técnico? Lembrando que não é tão simples vender atletas desvalorizados, principalmente quando o salário oferecido pelo outro time é inferior ao que o jogador recebe hoje, será que mais uma vez teremos de pagar salário de atletas que não defendem mais o time?
O importante agora é implantar a seguinte mentalidade, tanto na montagem do time quanto na reestruturação política:
- Parar de viver de passado. Chega de contratar ex-jogadores;
- Dar mais chance para jogadores da base;
- Analisar o comportamento extracampo de um jogador antes de contratá-lo;
- Não permitir que técnicos pautem 100% a montagem do elenco;
- Profissionalizar a diretoria de futebol, marketing e o departamento jurídico;
- Punir conselheiros que vazam informações a imprensa;
- Ser participativo na vida política das confederações;
- Se impor nas decisões a respeito de quotas de TV, regulamento de competição, sorteio de arbitragem, etc.
- Tomar posicionamentos claros na busca pelos direitos do time;
- Acabar com a eleição de conselheiros vitalícios;
- Eleições diretas;
- Criar mecanismos de responsabilidade fiscal, impedindo que gestões desastrosas afundem o time em dívidas.
Por enquanto tudo está no campo da utopia, mas nós torcedores temos o papel de cobrar dia-a-dia essas mudanças, pois se não for na pressão tudo continuará sempre igual. 

Agradeço aos amigos palmeirenses que durante este ano de 2012 leram meu blog, fizeram seus comentários, dividiram alegrias e também tristezas. Aproveito para ressaltar que mantenho esse espaço para dividir essa paixão em comum, sem a intenção de ser coerente em todo tempo, ponderado e muito menos ser referência de algo. Não possuo preferência política, não sou sócio do Palmeiras e não ganho nada com meu blog (inclusive esses anúncios são da marcenaria de meu pai..rs) e não creio escrever tão bem a ponto de ganhar. Sou mais um palmeirense anônimo como a maioria, que tem como vinculo exclusivo com o time o amor gratuito e incondicional, nisso nos sentimos ligados de alguma forma. Continuaremos juntos em 2013 sendo um ano pior, igual ou melhor e prosseguirei escrevendo e espero que tenhamos dias melhores.
Um grande abraço a todos. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Será que Rauzito tinha razão?


O genial Raul Seixas gravou a música "Aluga-se" em 1980. É um clássico do rock nacional principalmente por ser atemporal, pois os mesmos problemas que o Brasil enfrentava na década de 80 continua enfrentando hoje. Se alguma banda, dessas de agora, tivessem capacidade de compor tal música nos dias de hoje ela teria exatamente o mesmo sentido. Lógico que é uma alegoria, pois tem uns babacas que acusam o Raul Seixas de antipatriótico por "menosprezar" o Brasil. Eu penso exatamente o contrário, creio que a mensagem da música é de atentar que muitos gostariam de ter um país tão rico e belo para administrar, enquanto nós mesmos não somos capazes de transformá-lo num lugar bom.
As vezes eu fico pensando se todos envolvidos na política palmeirense, tanto situação quanto oposição, são capazes de recolocar o Palmeiras na grandeza que lhe pertence. A nota emitida pela Mancha Verde está perfeita e vai direto ao ponto,  o Palmeiras não consegue títulos por contra própria desde a década de 70. Tudo que conquistou nesse período foi com alguma parceria. A Parmalat lavou a égua no Palmeiras, souberam aproveitar a força da torcida e em pouco tempo o Palmeiras era a maior potência nacional. Em todos esses anos de parceria o Palmeiras não teve a capacidade de se estruturar para andar com as próprias pernas e foi a Parmalat sair que pronto, tudo voltou a estaca zero. Acreditávamos que o grande problema era o Mustafá, que o dia que ele saísse do comando voltaríamos aos tempos áureos e não foi assim. Hoje a política é um embaralhado que para quem está de fora é desesperador, você não é capaz de saber quem é aliado de quem ou inimigo de quem, lógico que devam ter pessoas bem intencionadas lá dentro, mas honestamente não sei se elas são capazes de colocar o Palmeiras nos trilhos da história novamente, pois não basta boa intenção, tem de haver competência, coragem e principalmente saber se cercar de gente leal e séria, algo escasso no Palmeiras. Não adianta esconder-se dos fatos por de traz de uma história imensa e empoeirada, hoje o futebol é muito mais que colocar 11 em campo e cobrar raça, o exemplo ta aí, em times rivais que fortaleceram seus departamentos de marketing dependendo cada vez menos de patrocínio em camisa, profissionalizaram seu jurídico com especialistas em legislação específica e colocaram gente especialista em gestão esportiva para gerenciar o departamento de futebol. Acabou o espaço para o amadorismo, gostando ou não temos de conviver com isso.    
Uma vez escrevi sobre essa tendência na Europa de magnatas comprando times de futebol para brincarem de manager e não duvido que isso um dia chegue ao Brasil. Se o Palmeiras, em pouco tempo, não mudar radicalmente sua gestão por conta própria, profissionalizando o futebol e não deixando que a política de clube afete o time, ou se tornará um time pequeno ou acabará sendo comprado.

César Sampaio

Respeito muito o Sampaio como atleta, mas como gerente de futebol não serve para o Palmeiras. Hoje ao se pronunciar pelo Barcos mostrou que absorveu muito bem o estilo Tirone de ser. Fraco, acenou com a possibilidade de o atleta sair dizendo que ele tem um preço, que fará tudo para segurar mas que chegarem no preço que o Palmeiras pede não pode fazer nada. Tem um preço é o caralho! Que postura de covarde! Será que venderão o Barcos como fizeram com o Vagner Love em 2003? O Palmeiras tem que marcar terreno, fincar o pé e dizer: daqui o jogador não sai! Atitudes como essa só abre a porta para as especulações. Fora Sampaio!  

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sofrimento, a gente se liga em você.

No início do Campeonato Brasileiro o palmeirense foi surpreendido com uma notícia no mínimo humilhante, a rede Globo, dona do futebol brasileiro, rebaixou o Palmeiras em suas transmissões garantindo apenas duas transmissões no primeiro turno. Na verdade tratou-se de uma manobra política do SPFC, que no ano anterior sofreu boicote parecido da Globo e percebeu que não adiantava lutar contra a poderosa de nosso futebol e tratou de mexer seus pauzinhos para mudar o cenário. A reaproximação SPFC e Globo deu-se início quando o pai do Caio Ribeiro (comentarista da Globo) assumiu o cargo de diretor de comunicações do São Paulo, houve a mediação de conversas entre as duas partes e por fim as rusgas foram deixadas de lado o São Paulo facilitou a venda dos direitos de transmissão para Globo que em troca cedeu mais espaço para o time em sua grade de programação. O Corinthians pela relação longínqua e pela audiência já tinha garantido seu espaço cativo. Sobrou para o Palmeiras, que nos bastidores é um time fraco, subserviente e que também possui um histórico recente de Campeonatos Brasileiros desastrosos. Nós torcedores palmeirenses ficamos revoltados, pois em nossa cabeça o Palmeiras jamais será digno de qualquer desprestígio, porem quando entendemos um pouco do futebol como um negócio gigante que envolve muito dinheiro e poder, constatamos que nos bastidores não existe afeição por um ou por outro, apenas um frio jogo de interesses que movimenta tudo conforme a conveniência de quem comanda e aí não basta montar grandes times e sim ter uma boa rede de influências e "o que" oferecer em troca. Apenas usando mais um exemplo prático, o atual presidente da Federação Paulista e forte candidato a presidente da CBF é o Marco Polo Del Nero, conselheiro do Palmeiras, filho de diretor do Palmeiras e pai de diretor do Palmeiras, nem mesmo isso é o suficiente para que o Palmeiras tenha alguma força de bastidor, pois no cargo que ele ocupa e que alcançou graças ao Palmeiras, o que mais lhe interessa é quem pode lhe dar mais poder e digo mais, se não fosse arrumar um cargo para o filho dele mamar no clube, era capaz até de ele jogar contra. Voltando ao fio da meada, na oportunidade em que foi divulgada a grade de programação do Brasileiro, nosso atual presidente revoltado e durão pronunciou: "A gente fica um pouco chateado com a Globo, mas temos de entender que ela também tem os interesses dela, eu tentarei falar com os diretores de lá para ver se conseguem aumentar, quem sabe, de repente, a participação do Palmeiras nas transmissões, mas claro, sem ofender e se indispor, pois a Globo sempre foi uma grande parceira."   Por vias de "protesto" nosso presidente não conseguiu, para dizer que não conseguiu nada a Globo deu mais um joguinho de lambuja para não aborrecer tanto o torcedor palmeirense, mas depois também tirou o jogo contra o Cruzeiro e mudou de horário (atendendo sua TV fechada) para transmitir o Corinthians. Porém Tirone conseguiu "mais espaço" para o Palmeiras na televisão por outros meios, montando um time fracassado que alcançou um número de derrotas inédito na história do Palmeiras. Sorrateiramente a rede Globo conseguiu espaço para o Palmeiras, preterindo Corinthians e São Paulo, transmitindo o drama do rebaixamento a autodestruição da história de um time, com torcedores desesperados, jogadores em pânico e adversários sapateando em cima de uma tragédia anunciada.

Já que o Corinthians não busca mais nada nesse campeonato e que o São Paulo luta apenas por uma vaga na Libertadores, nada garante mais audiência do que a desgraça de um time que antes fora temido e hoje vive uma decadência sem fim. Todos querem ver nossas chagas, nosso pranto, nosso desespero, nessa transmissão de domingo tudo estava preparado para a glória do Fluminense e a desgraça do Palmeiras e o Galvão Bueno nem fez questão de disfarçar isso. O resultado da Portuguesa no sábado aborreceu a Globo, que tinha a intenção de em um só jogo mostrar o céu e o inferno, o êxtase e o desespero, tanto que as trinta e poucas câmeras estavam mais focadas nas manifestações de angustia da torcida do que no jogo em si. Repetia o narrador insistentemente como um bordão: olha o desespero do torcedor. O Palmeiras é hoje a novela mexicana da Globo, que garante a audiência dos muitos que se excitam com nossa desgraça e dos outros que tentam se agarrar a um fio de esperança. Enfim o Tirone conseguiu o que queria, transmissões seguidas do Palmeiras na Globo, uma vitória torta para essa administração desastrosa que transformou o Palmeiras num animal sendo abatido, como numa tourada, para deleite da plateia sádica que se entretém com o espetáculo de sangue e morte. Sofrimento, a gente se liga em você.    

 

Sobre o jogo

 

Nem tenho a comentar. É apenas o prolongamento de um sofrimento e a manutenção de uma sina. E olha que se ganhasse os resultados dessa vez colaborariam.  

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A barca do inferno


A nau já aportou no Palmeiras e aguarda o desfecho das rodadas para o embarque de seus passageiros. Candidatos é que não faltam e agora começa a fase das justificativas e dos artifícios para deixar o Palmeiras. Sou um cara extremamente cético ao se tratar de seres humanos, principalmente jogadores de futebol, não queria ser assim, preferia ser mais inocente e acreditar no que é explicito e ignorar o implícito, mas nos meus 32 anos já vi e ouvi muita coisa que faz com que eu desconfie, já vi enormes teatros com enredo e cenário bem montados, apenas para se chegar a um fim de uma forma mais digerível, brigas arranjadas, falsas inimizades ou amizades, discursos inflamados e emotivos totalmente simulados, entre outras tantas coisas. Nesse caso em específico das ameaças aos atletas do Palmeiras, não posso afirmar que seja uma "desculpa esfarrapada" de alguns atletas que já vislumbram outros ares, mas também, enquanto não aparecerem provas materiais tenho todo o direito de ficar com um pé atrás. O histórico pesa contra nós, infelizmente há no meio do futebol a má fama de nossa torcida, que é passional, violenta e que espanta bons jogadores. Exageros e invenções a parte, também acho que muitas vezes nossa torcida agiu de modo irracional mas não diferente das outras torcidas Brasil a fora. Essa má fama insistentemente repercutida atrapalha muito o Palmeiras em dois aspectos: cria uma rejeição para possíveis reforços e serve de artifício para qualquer jogador pedir sua saída do clube sem ter que pagar o valor integral da multa.
O caso Vagner Love contribuiu muito para os jogadores usar a justificativa da insegurança. Até hoje aquele caso mal esclarecido sobre a agressão sofrida pelo jogador na saída do banco volta a tona quando se discute esse tipo de coisa no Palmeiras, poucos se lembram que na verdade o Vagner Love saiu do Palmeiras não (ou não apenas) pela suposta agressão, mas porque ele queria ir para o Flamengo e o Palmeiras devia muitos meses de salário a ele. Recentemente quando Kleber também forçava sua saída, tentou-se criar a história de ameaça também, divulgando uma foto de meia dúzia de gato pingado protestando na frente da sua casa.
No caso de agora a coisa é um pouco diferente, a torcida está puta sim e nem seria diferente, mas principalmente com a diretoria. Todos times grandes que caíram houve manifestações de revolta da torcida, foi assim com o Corinthians, com o Grêmio e até com times menores como o Coritiba. Até acreditaria se jogadores como o Valdivia, Daniel Carvalho, Leandro Amaro e João Vitor estivessem sofrendo ameaças, mas o que me admira é que os supostos ameaçados são jogadores até certo ponto insossos à torcida. Nunca ouvi um palmeirense falando informalmente: Esse Thiago Heleno tinha que apanhar; O grande culpado por essa fase do Palmeiras é o Juninho. Realmente custo a crer que até mesmo a ala mais radical de nossa torcida teria ameaçado alguns jogadores citados. Até o Barcos, que os palmeirenses aclamam, ontem meio que dizendo e não dizendo, ameaçou deixar o Palmeiras por causa da violência. A impressão que me passa é que muitos ali já estão querendo caçar argumentos para procurar outro time saindo de graça. No caso do Barcos, creio que um aumento e uma boa conversa irá resolver o assunto, uma boa grana a mais trás "segurança" para qualquer um. O fato é que conforme a coisa aperta muitos já buscam seus acentos na Barca do Inferno rumo a outro time, como foi em 2002, deixando uma herança maldita ao palmeirense e de modo indigno alimentando a má fama do Palmeiras.  

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Recolhendo os cacos

Já há algum tempo que eu tinha dado como certo a queda do Palmeiras, não por falta de amor ou torcida, mas por perceber que o time já incorporou o estigma da derrota e que tudo conspira para queda do Palmeiras. Nós torcedores palmeirenses já estamos calejados, sabemos que um sopro no Palmeiras vira um furacão e que entrar e sair de uma má fase não é algo tão simples. Apesar de tudo, de o meu racional dizer que o time não sairia dessa situação, a cada véspera de jogo sempre surgia o lastro e esperança que talvez ainda desse, "se ganhar e o Bahia perder, o Sport perder, o Coritiba perder", mas a realidade nunca escondeu sua face e sempre impôs ao torcedor palmeirense explicitamente que não dava, qualquer sopro de esperança e logo vinha um balde de água fria. As cenas de Araraquara de ontem não poderiam ser mais representativa, a torcedora chorando a cada gol perdido do Palmeiras, como se ali em campo estivesse o destino se despindo mostrando que ele já estava escrito e que nada seria capaz de mudar. Não adianta culpar o Patrick Vieira ou Luan pelos gols perdidos, nem mesmo o Maurício Ramos pelas cagadas, isso foi só um reflexo do que foi todo esse campeonato Brasileiro para o Palmeiras, uma sequencia de desastres, infortúnios, incompetência e displicência que não poderiam resultar em outra coisa. Já até me cansei de tentar explicar todos os motivos que levaram a essa eminente queda, quem costuma ler meus textos já sabe minha opinião. A única coisa que tenho a acrescentar é uma só: não podemos desistir do Palmeiras, por mais complicado que seja temos que continuar exigindo que as coisas mudem. A hora que nós torcedores nos conformarmos com situações ridículas como essas é a hora que o Palmeiras deixará de ser grande.

Desculpem a falta de inspiração de hoje, mas está sendo um dia ruim para mim.

 

Elenco 2013

 

Creio que todo palmeirense hoje está se perguntando o que será do elenco o ano que vem, até porque o time disputará uma Libertadores e depois a série B. Já está difícil contratar pois hoje esse Palmeiras não é convidativo a carreira de ninguém e com certeza a série B dificultará ainda mais as coisas. Por mim e por muitos palmeirenses ficaria Barcos e Henrique e trocaria todo resto, mas sabemos que não é assim que funciona, não dá para vender um monte de bagulho e contratar um time novo inteiro, ainda mais que os melhores jogadores devem optar por times que ficaram na série A. É fato que muitos jogadores devem sair, de imediato Daniel Carvalho, João Vitor, Mazinho e Betinho não devem continuar. Outros que precisam procurar outros ares são: Valdivia, Marcio Araújo, Arthur e Maikon Leite. Apesar das cagadas de ontem (podem me matar) não creio que Maurício Ramos deva sair, até porque apesar de tudo, ele me parece um cara identificado com o Palmeiras, na mesma linha que ele tem o Luan, que acho um grosso, mas que não foge do pau. O Marcos Assunção deve se aposentar, é uma pena que nessa situação, pois ele não merecia sorte melhor, mas fazer o que. O Juninho me parece ter findado sua passagem pelo Palmeiras, nem parece aquele lateral promissor do Campeonato Paulista, creio que o Palmeiras deve emprestá-lo. O Wesley já disse que fica (se não mudar de ideia). O Henrique e o Barcos principalmente são duas incógnitas, eles tem mercado fora do Palmeiras e no caso do Argentino, muuuito mercado, e mira a seleção. É um paradigma pensar que ele chegou a seleção pelas suas atuações no Palmeiras e agora pode deixar o Palmeiras para jogar na seleção, mas é justo também o cara pensar no lado dele, sem hipocrisia. Creio que ele só fica por um aumento substancial e se o Palmeiras aceitar emprestá-lo no segundo bimestre - que não é uma má ideia – ao menos poderemos tê-lo na Libertadores e em 2014, mas aí também vai depender do traste que for eleito para presidente o ano que vem, se for o Tirone é capaz do Barcos sair de graça. Eu manteria o Gilson Kleina, acho que ele é o menos culpado de toda história e não vejo ninguém melhor para substituí-lo no momento. De resto o Palmeiras deve dar chance para garotada da base, talvez se o Felipão tivesse dado chances antes para o Denoni e o Patrick Vieira não estivéssemos em situação tão ruim.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Moral seletiva

De sábado para cá tenho tido a impressão que acordei em outro país, se não fosse o calor acharia que o território brasileiro havia se rompido da America e se juntado aos países nórdicos. O gol de mão do Barcos causou uma comoção sem tamanho, fazendo se levantar a voz da ética e da moral da nobre imprensa esportiva brasileira. Dizem eles: é uma vergonha o Palmeiras querer anular um jogo por causa de um gol de mão, não importa se teve interferência externa; o Barcos é um cara de pau antiético, pois deveria admitir que fez o gol de mão, como fez o Klose no campeonato italiano; os torcedores palmeirenses se apequenam de apoiar tal atitude.
Muito interessante essa histeria moralista, principalmente vindo de um país onde se tem orgulho do adjetivo "malandragem". E não me venha com esse discurso idiota do "bom malandro" qualquer imbecil sabe que malandragem é conseguir as coisas por vias mais fáceis e não lícitas, é tomar vantagem nas coisas, a famosa lei de Gerson, que veja só que coincidência, foi um jogador de futebol. O maior herói nacional, segundo opinião do povo, não foi Rui Barbosa por exemplo, foi Airton Senna, que para garantir um de seus campeonatos jogou o carro propositalmente em cima de Alain Prost – mas aí era só a gana de vencer não é mesmo. Em todos os jogos de futebol de todas divisões jogadores simulam faltas, pênaltis, contusões, mas até aí é normal, trata-se da malandragem do futebol moleque brasileiro.  O Jorge Henrique por exemplo, que provoca o jogo todo, simula tapas na cara e bate sem bola é condecorado com o título de "guerreiro". Agora o gol de mão do Barcos não, isso foi uma sacanagem sem precedentes e deve ser anulada nem que seja por meios que fogem a regra.
Um recado a vocês jornalistas. Não venham falar de ética ao torcedor palmeirense, não venham nos dar lição de moral, pois nesta porra de campeonato todo tipo de erro de arbitragem já aconteceu conosco e nunca uma  única voz se levantou defendendo o uso do recurso de imagem ou até a anulação do jogo. Já tivemos pênaltis não marcados a nosso favor, pênaltis erroneamente marcados contra nós, pênaltis fora da área, impedimentos grosseiros que geraram gols contra ou anulação quando a favor e o discurso sempre foi o de que são "coisas do futebol", "erros humanos que acontecem para todos os lados", ou o pior, "isso que da graça ao futebol". Na ocasião em que o Adriano, jogando pelo São Paulo, marcou aquele gol absurdo de mão contra o Palmeiras numa semifinal, não me lembro de uma só voz que defendia a anulação do gol o do jogo com recursos de TV e nem mesmo a punição do Adriano, foi visto apenas como uma esperteza do craque, mas o episódio que marcou aquele ano foi o suposto gás pimenta dentro do vestiário do São Paulo no Palestra Itália. O Palmeiras construiu seu estádio com recursos próprios e está reformando a duras penas que cairão sobre nós nos próximos 30 anos, já nossos coirmãos da capital receberam aportes milionários do governo e as vozes contra são escassas. Quando o Palmeiras, na oportunidade atual campeão da Libertadores, deu lugar ao Vasco da Gama naquele mundialito do caralho que os corintianos comemoram até hoje, os poucos que comentaram foram no estilo an passant, sem contar o campeonato Brasileiro de 2005, que se houvesse o mínimo de ética no futebol desse país, teria de ter sido anulado por tudo que ocorreu escancaradamente. Relembram até hoje do José Aparecido em 1993, sem se dar conta que a arbitragem foi justa, que sua única falha foi a não expulsão do Edmundo na prorrogação, onde o Palmeiras tinha a vantagem e o Corinthians com jogador a menos, ou seja, nada mudaria. O juiz nunca mais apitou. Acusam o Palmeiras de ter entregue o jogo ao Fluminense em 2010, sem lembrar que aquele jogo foi uma das melhor atuações do Deola (quem dera tivesse jogado assim contra o Guarani esse ano) e que o Palmeiras capengava no campeonato enquanto o Fluminense tinha um belo time. Depois do medíocre empate do Corinthians com o Bahia no Pacaembu ainda somos obrigado a ouvir aquele babaca do Jorge Henrique subindo ao palanque e falado de "ética".
Outro recado. Nós torcedores do palmeiras não estamos comprando discurso da diretoria, pelo contrário, nossa posição continua a mesma e é obrigação desses estúpidos correr atrás disso, pois se estão correndo já é tarde demais, por permitiram outros tantos desmandos o ano todo.     
Para mim esse história nem dará em nada, creio que não aceitarão os argumentos do Palmeiras e tudo voltará ao normal. Na verdade a justiça ideal não seria voltar esse jogo caso fosse provado o uso de recurso da TV e sim voltarem os jogos que o palmeiras foi claramente prejudicado.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Tirone e o delegado

O que poderia ser uma rodada renovador acabou sendo mais um preço em nosso caixão. O Palmeiras foi a Porto Alegre e parecia um trator no primeiro tempo, criando inúmeras oportunidades claras de gol em contra-ataques fulminantes. Infelizmente o time pecou demais na hora de concluir, tanto Patrick Vieira, que diga-se de passagem fez ótima partida, quanto Barcos perderam gols impressionantes. Mas não tardou para que Luan abrisse o placar e acendesse as esperanças alviverdes. O Inter estava mal, dominado pelo Palmeiras que dentro do Beira-Rio mandava no jogo. Parecia um sonho, que a fuga do rebaixamento estava ali, palpável, a poucos passos de nós. Em Recife estava claro que o Sport sucumbiria e o Bahia não conseguia vencer o Grêmio em Salvador. Terminando assim o Palmeiras passaria o Sport e ficaria a só uma vitória do Bahia e com uma moral elevada.  
Agora aqui farei uma pausa
Adendo: Durante a semana, após a derrota para o Milionários, dois fatos marcaram a semana nos bastidores do Palmeiras. O primeiro foi aquela reunião patética entre os representantes dos grandes de São Paulo e o então candidato do PT Fernando Haddad, obviamente que esse "encontro" foi mediado pelo Andrés Sanches, petista, que quer garantir que os "benefícios" já concedidos ao futuro estádio do Corinthians sejam honrados. Os outros representantes também tinham seus interesses, Juvenal muito esperto, acende uma vela para Deus e outra para o Diabo, tem na câmara o Marco Aurélio Cunha aliado ao prefeito Kassab e fez uma média com o favorito nas pesquisas, os dirigentes são-paulinos são mestres nisso, ganharam um estádio no passado e conseguiram o alvará para reforma do Morumbi em tempo recorde. E lá no meio das cobras criadas aparecia aquela figura pusilânime, feito um vaso de canto de sala com flores de plástico, com aquele sorriso idiota, patente aos covardes, fazendo uma figuração de gala na tal reunião. Andrés desenvolto como um anfitrião bonachão, Juvenal soltando aquelas gargalhadas de uma aristocracia suja e abraçando efusivamente seu antigo inimigo como se toda troca de farpas tivesse sido apenas um teatro e Tirone ali, deslocado, com aquela feição submissa, representando um time que hoje é sua imagem e semelhança. Poucos dias depois mais uma amostra de desapego aos interesses do clube, não foi enviado representante do Palmeiras a reunião sobre o campeonato Paulista, nem mesmo um ASPONE qualquer, daqueles que estufam o peito ao adentrar as catracas dos estádios de futebol com suas carteirinhas manchadas de amarelo. Ninguém! A cadeira vazia de um clube que foi responsável pela força do futebol paulista. A justificativa!? Ninguém viu o convite, estive em outro compromisso.. coisas do gênero. Pouco importa para esses caras a fórmula do campeonato Paulista, a chave da Libertadores ou se o time tinha um jogo vital para tentar manter-se na série A. O que é o Palmeiras para eles além de um clube que eles jogam tênis ou bocha e deixam seus netos na piscina? As vezes eu acho que o Tirone tem algum tipo de deficiência mental, apesar de rico que é. Como o Palmeiras será respeitado se não é representado?
Agora pressiono o play
Depois do gol o Palmeiras teve chance de ampliar, mas o time foi acometido, mais uma vez, pela síndrome da derrota e permitiu ao Inter reagir. Kleina demorou a entender que o Inter estava entrando facilmente pela direita da zaga e depois do gol de empate a correção defensiva já não podia ser feita, pois o Palmeiras precisava ganhar. O Inter criava várias chances e desperdiçava, até que enfim o Palmeiras teve o que temia, o gol da virada. Automaticamente o time gaúcho se retraiu e o Palmeiras foi para cima na base do bumba meu boi: entra Maikon Leite, Obina e Juninho.
O lance polêmico
Cruzamento na área e gol! Ninguém entendeu ao certo que aconteceu, os jogadores do Palmeiras saíram comemorando e os do Inter reclamando, mas o juiz claramente apontava o gol. Até o replay da TV não ouve manifestação dos auxiliares no sentido de anulação do gol, coincidentemente depois da câmera lenta na Globo veio a ordem do quarto árbitro e o gol foi anulado. A desculpa do fdp que fica na linha de fundo foi: a comunicação não foi imediata pois tenho de apertar um "botãozinho" para chamar o juiz e como ele estava cercado de jogadores resolvi aguardar. O delegado da partida, feito um dirigente colorado, decretou que o gol tinha de ser anulado e o juiz então virou um mero marionete da equipe que estava em torno dele. O tal delegado foi mais além, pediu a expulsão de Barcos. Ficou claro que o gol foi de mão, isso ninguém questiona, o que se questiona é que houveram dezenas de lances polêmicos contra o Palmeiras nesse campeonato e jamais houve interferência de imagens externas. Sou totalmente a favor da tecnologia na arbitragem, se possível fosse, nem existiria juiz, pois onde há humano há corrupção, não sou daqueles que acham que tiraria a graça do futebol, pois roubo só é engraçado para o favorecido e no caso do Palmeiras, nunca o time é favorecido. Mas se é para ter tecnologia, que se tenha em todos os jogos e não de modo seletivo. Aqui entramos no adendo, imagine a figura daquele delegado de partida, imperativo, gesticulando e garantindo a anulação do gol e agora imagine ao lado a figura do Tirone, boçal, amistoso, submisso... é exatamente isso que passamos! O Palmeiras é tão fraco quanto uma Portuguesa ou um Atlético GO nos bastidores, quem tem que segurar a onde é o técnico. Agora.. alguém acredita em anulação da partida? É mais fácil palestinos e israelenses se darem as mãos e saírem pelas ruas cantando Imagine. Nada será feito, como não foi feito das outras vezes, apenas o comunicativo Piraci, tuitará coisas do gênero: já estamos buscando provas; o Palmeiras garantirá seus direitos.
O Palmeiras caiu! E não foi contra o Curitiba ou contra o Inter. Caiu nas inúmeras viradas que tomou, nos inúmeros jogos em que foi roubado, na ociosidade da diretoria na janela de contratações, na covardia de seu presidente e vice e na movimentação política que se intensificou principalmente após a Copa do Brasil. Desculpe aos otimistas, continuarei torcendo, mas para mim já foi!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Os "sem futuro"

Nesses meus 32 anos de palmeirense já vi todo tipo de jogador passar pelo Palmeiras. Tiveram os craques da década de 90 que formariam fácil umas três belas seleções brasileiras e tiveram os jogadores bisonhos, estes de todos os tipos e em todas as épocas. Podemos lembrar daqueles que chegaram com status de promessa e não vingaram, casos como do Tinga, Marquinhos, Leny, Pedro Carmona, Maikon Leite, Claudecir, entre outros; ou daquelas aberrações que até hoje não entendemos o porquê foram contratados: Rivaldo, Junior Tuchê, Ricardo Boiadeiro, Misso, Max, Ricardo Bueno, Tadeu, entre muitos; tiveram também os que vieram da base com fama de talento: Chocolate, Daniel Lovinho, entre outros; e por fim jogadores que um dia tiveram sucesso e no fim de carreira foram parar no Palmeiras: Edmilson, Denilson, Lincoln, Ewerton, Eliventon, Juninho Paulista, etc.
O time que entrou ontem em campo contra o Milionários é na minha opinião um dos piores times que já vi vestindo a camisa do Palmeiras, mesmo considerando todos esses que citei acima. Trata-se de um elenco de time pequeno que por uma série de fatores convergentes vestem a camisa de um time tradicionalíssimo. Seria como dar um uniforme da Scotland Yard para um vigia noturno de uma rua qualquer. Não que já não tivemos jogadores tão ruins quanto (ou até piores), mas o que estou considerando é a somatória do conjunto e ambição destes atletas. Com exceção do Barcos, todos que estavam em campo tem no Palmeiras sua parada final, não serão mais nada no futebol e jamais conseguirão o mesmo salário que ganham atualmente. Posso estar sendo pretensioso demais de querer vislumbrar o futuro mas me respondam, quem no time de ontem vocês imaginam defendendo algum outro grande clube ou mesmo um time de fora? Mesmo aquele elenco infame de 2002 que nos derrubou à segunda divisão tinha jogadores que posteriormente fizeram sucesso em outros clubes, casos como Leonardo Moura, Neném, Dodô e Paulo Assunção, mas nesse Palmeiras atual, principalmente o de ontem, podemos contar nos dedos quem teria espaço em outro time grande. Vejam só... Leandro Amaro, Arthur, Luan, Betinho, Mazinho, Marcio Araujo, Patrick, Daniel Carvalho, onde esses caras estariam jogando se não fosse no Palmeiras? Vocês imaginam qualquer jogador desses citados saindo amanhã e indo para um Grêmio, Inter, São Paulo, Corinthians, Santos, Cruzeiro, Atlético MG ou Fluminense por exemplo? O Daniel Carvalho não deveria nem vestir mais a camisa do Palmeiras, nem em treino. O Leandro Amaro tomaria olé até nos campos de várzea na periferia de São Paulo. Que palmeirense não se desespera quando o time precisa ganhar e vê se aquecendo o Betinho, o Obina, o Patrick, Vinicius....  
Quero deixar claro aqui que não estou puto pela eliminação de ontem, pelo contrário, na situação patética que o time se encontra no Campeonato Brasileiro o Palmeiras deveria nem ter mandado time para Colômbia, mas já que mandou, o mínimo era não passar a vergonha que passou, pois não foi vontade de perder, foi ruindade mesmo, incapacidade, incompetência, as mesmas apresentadas em uma porção de jogos que tinha que ganhar. Infelizmente o Palmeiras hoje depende da bola parada do marcos Assunção e da genialidade do Barcos.
Amigos, estou torcendo demais pela permanência do Palmeiras na série A, mesmo tendo a noção de que isso lavraria a cara dessa gestão desgraçada que estamos tendo. Vejo também que o time melhorou com a entrada do Denoni , Patrick Vieira e Wesley e com a vontade do Henrique para zaga, seria maravilhoso se o Palmeiras conseguisse manter a série de vitórias e não ser rebaixado. De qualquer modo quero deixar aqui meu desabafo:

TIRONE COVARDE, VOCÊ NÃO DEVERIA NEM ESTAR PENSANDO EM REELEIÇÃO, VOCÊ MONTOU UM TIME BISONHO E TROUXE PARA GESTÃO FIGURAS COMO FRIZZO E PIRACI. O BEM DO PALMEIRAS DEPENDE DA SUA SAÍDA JUNTO DESSES TRASTES VITALÍCIOS E DE TODA SUA LAIA. SEU ÚNICO FEITO FOI TER EM DOIS ANOS DIMINUÍDO A IMPORTÂNCIA DO PALMEIRAS NO CENÁRIO NACIONAL. TENHA DIGNIDADE E PROSSIGA ADMINISTRANDO SUA LANCHONETE E TORCENDO PARA O CHELSEA.

NÃO HÁ MUDANÇAS SEM O PODER DE VOTO AO SÓCIO TORCEDOR E O FIM DOS CONSELHEIROS VITALÍCIOS

EI VALDIVIA, ARRUMA UM TIME PARA IR EMBORA, QUALQUER UM, PODE SER DA ARÁBIA, CHILE, CHINA E ATÉ MESMO DAQUI. SUMA DO PALMEIRAS! 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O tamanho do buraco

Quando assumiu o Palmeiras, Arnaldo Tirone dizia aos quatro cantos que sua função principal era tapar os buracos financeiros do clube para depois pensar na montagem de um elenco poderoso. Pois bem, sua administração pífia no primeiro ano de mandato era sempre justificada pela falta de dinheiro e pela estrapolação da administração anterior. Porém no ano seguinte o discurso mudou um bocado, vislumbrando a candidatura para reeleição a história é que o Palmeiras tinha sanado suas dividas e tinha recursos para fazer "boas contratações", os tais camarões. Estranhamente esses "recursos" não pareceram tão sedutores aos atletas e o Palmeiras perdeu uma pancada de divididas com rivais, sobraram algumas apostas de times do interior ou refugos encostados em outros times.  A janela de inicio do ano se encerrou e os tais "camarões" não chegaram e pior, até nas apostas mais ousadas como foi o Wesley e toda a palhaçada que envolveu sua compra, o Palmeiras teve o azar do jogador se contundir seriamente. Apesar dos pesares o time vinha fazendo uma boa campanha no Paulista e avançando na Copa do Brasil, algumas apostas pareciam ter dado certo e aí surgiu o conceito do: Por que não? Ao invés de contratar um meia-esquerda caro e entrar na dividida com outros clubes, por que não trazer o Daniel Carvalho cedendo o Pierre em definitivo? Afinal, ele já foi um grande jogador antes dessa pança toda. Por que não contratar um lateral pouco badalado como o Arthur do São Caetano para substituir o Cicinho? Quem sabe ele não da certo. Para que contratar mais um bom volante, por que não manter o Henrique, já que deu certo em alguns jogos. Por que não confiar no Valdivia? Ele pode mudar, parar de se contundir e se dedicar ao time... quem sabe?

E a administração foi nessa do "por que não" durante todo primeiro semestre. O conceito teria tudo para dar errado, inclusive o time já havia sido desclassificado no Paulista pelo poderoso Guarani, mas ainda restava a Copa do Brasil que poderia transformar merda em ouro, poderia resgatar um trabalho do limbo ao olimpo. Não era difícil para um entendedor medíocre de futebol enxergar que aquele Palmeiras tinha deficiências graves, que hora ou outra apareceriam, mesmo com o time avançando na tal Copa. Como um presente divino essa diretoria foi agraciada por um título ganho mais na raça que na bola. A torcida carente por conquistas emocionou-se ao ver um time com tantos problemas conseguir aquele feito, com um gol saído dos pés de um "por que não" do tamanho da Lua. Foi o apogeu de Tirone, Frizzo, Piraci e Cia, batiam no peito regozijando e diziam: essa é uma administração vitoriosa? Tanto que jamais houve uma comemoração tão grande e tão extensa por uma diretoria do Palmeiras quanto essa. O feito era um palanque que ouro que Tirone desfrutaria para engatilhar mais um mandato. E o Campeonato Brasileiro? Foda-se o Brasileiro! "Por que não" tocar com esse time mesmo até o final, só para se manter ali numa zona confortável. Passou a janela do meio do ano e mais uma vez nada de contratação.

Mas o "por que não" veio cobrar seu preço com estilo, não deixando espaço para saídas de última hora, veio lento, pesado e sufocante, como um muro de concreto que se fecha numa velocidade suficiente para dar tempo de refletir a cagada e tentar consertá-la desesperadamente. O "por que não" Daniel Carvalho prossegue gordo e sem vontade e o outro, Valdivia, prossegue se machucando e arrumando problema como sempre. O time não tem criação, é apenas um bloco tentando correr com a bola para a área adversária, as apostas das laterais estão jogando com o calção pesado e quando podem cruzar mal conseguem fazer a bola sair do chão. O técnico, sem ter o que fazer, tem que colocar um monte de "por que não" para tentar reverter a situação do time durante os jogos, aí entram Vinicius, Betinho, Mazinho, etc.

Agora meus amigos, nós constataremos qual será o tamanho do buraco que vai nos causar a nova queda a série B, porque infelizmente eu não acredito mais que esse time é capaz de reverter essas situação. O Tirone que ostentou a bandeira do saneamento financeiro está levando o time a uma situação muito mais crítica da qual ele assumiu. Além dos prejuízos morais que nós torcedores temos de pagar, aguentando urubus da imprensa tripudiando sobre nós, que o Palmeiras fará com esse monte de encostado filho da puta, que ganha uma fortuna por mês e que duvido ter a hombridade de encarar uma série B? Que o Palmeiras fará com Valdivia, Maikon Leite, Mazinho, Betinho, Luan, Arthur, Márcio Araujo, Obina, fora o monte de tranqueira que ainda recebe salário e joga por outro time? Que barca vai levar essa gente e que jogadores virão no lugar? Ou alguém inda acha que o Alex toparia "por amor" vir ao Palmeiras e jogar a série B? Como será essa Libertadores com todo mundo se preparando e o Palmeiras tendo de se remendar? O buraco é imenso e o próximo presidente, que nessa altura já nem da para imaginar quem será, terá uma missão 30 vezes mais difícil que a que o boçal do Tirone pegou. Não temos ainda a dimensão correta desse rombo, certo é que é mais uma mancha na história, que traduz o quão infame tem sido nosso história recente.

  

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Retomando

Este Blog passou por um grande "hiato" de publicações, não porque eu estava em férias (muito pelo contrário) ou porque parei de acompanhar o Palmeiras, mas simplesmente estava sem saber o que falar sem sair do trivial. Óbvio que nesse meio tempo tivemos uma grande conquista que foi "o grande passo para as Diretas", mas dentro de campo o que vem acontecendo ainda é aquele sobes e desce de comportamento dentro de campo que faz com que qualquer um que fale de Palmeiras torne-se incoerente da noite para o dia. Vou fatiar esse texto em temas que mesmo que requentados, trata-se da minha opinião:

 

Diretas

 

Tal qual no que diz respeito a política nacional, há aqueles que se interessam pelo assunto (minoria); aqueles que não gostam mas sabem que é importante e tentam se informar um pouco; e ainda aqueles que sabem que existe, detestam, não se interessam, ainda reclamam de ter de votar e por ter o justo direito o exercem tomando por base fatores superficiais do tipo: esse fulano gosta de cachorros como eu, ele é da mesma igreja que eu, ele é engraçado ou ele pode me arrumar uma boquinha em algum lugar. No âmbito de um clube de futebol, soma-se tudo isso ao fato que o universo de quem pode decidir (os sócios do clube) pode não necessariamente ter os mesmos anseios da torcida do time. No caso do Palmeiras a situação é ainda mais complicada, pois além de ser uma "democracia" representativa, ou seja, seus anseios são manifestados por intermediários (conselheiros), existe uma pancada de conselheiros vitalícios, eleitos pelo próprio conselho, que deixam de passar por esse crivo democrático,  isso torna a política palmeirense uma quase dinastia comandada por famílias que remontam a fundação do clube. Creio eu que todos esses "filtros" foram idealizados afim de manter o clube as suas origens, ao comando dos que o criaram, mas tal qual outras dinastias os ideais que pautam as primeiras gerações não se perpetuam às próximas e tudo acaba virando uma mera luta pelo poder e orgulho. A ruptura com esse sistema não é só importante, é vital, e as Diretas aos sócios é apenas um primeiro passo, pois depois desse saberemos se estes novos detentores do "direito" saberão multiplica-lo com os milhões que ainda não o terão – creio que sim. A democracia direta depende demais da qualidade de quem vota, portanto o Palmeiras daqui há alguns anos será reflexo dos detentores do direito, isso imputa ao sócio do clube a qualidade de representante de uma torcida, não será mais possível pensar na temperatura da piscina ou da sauna, aquele que vota é milhões de palmeirenses de todos cantos do Brasil.

Sou 100% a favor das diretas, mesmo não tendo direito a voto. Acredito que só pelo fato de um presidente dever satisfação aos sócios e não aos conselheiros, mudará radicalmente a forma de fazer política no Palmeiras. Mas deixo aqui minha observação: se as mudanças pararem só aí não teremos saído do zero. O Palmeiras tem que se abrir a sua torcida, tem de sair da encruzilhada clube x time de futebol, tem que dar direito, nem que seja numa menor proporcionalidade, ao sócio-torcedor votar, tem que expurgar todos conselheiros vitalícios independente de sua história no clube.

 

Eleições

 

Essas eleições enfim deram uma boa lição naqueles que acreditam que fazer "média" com torcida garante voto. Com o advento do "Isentão" e essa febre populista que cerca o Corinthians, muitos foram na onda para tentar uma boquinha: Tomaram no cu. Principalmente o Marcelinho Carioca que convocou o galinheiro inteiro como cabo eleitoral. A única figura que restou foi o Marco Aurélio Cunha, infelizmente!

 

São Paulo x Palmeiras

 

Foram poucos que naquela "simulação" de pontos contaram com uma vitória do Palmeiras contra o São Paulo no Morumbi, esperança todo torcedor tem, mas sabíamos que seria difícil encerrar um tabu vexatório justo em um ano com o time tão instável. O que irritou foi a forma com que perdeu. O técnico apostou errado, talvez tenha sido uma falha que ensine ao Kleina  uma lição: alguns jogadores que estavam encostados no Palmeiras, tinham motivo de estar. Ele escalou Daniel Carvalho junto com Valdivia, graças a uma boa partida contra o Milionário no meio da semana. O Palmeiras sofreu com isso e ficou muito exposto aos três atacantes do São Paulo. Uma outra cultura idiota dos técnicos brasileiros colaborou com isso, a de não fazer alterações no primeiro tempo, estava evidente que o time estava acuado e Kleina resolveu esperar o intervalo, caso o São Paulo não tivesse feito gol, ele poderia até dar um jeito no vestiário, mas o São Paulo fez dois. Como azar pouco é bobagem, Kleina voltou com duas alterações, logo em seguida Juninho sentiu dores e pediu para ser trocado, ou seja, logo no início do segundo tempo, perdendo de 2 x 0, o técnico teria de queimar todas suas substituições. Daí em diante foi só drama, expulsão do Arthur, contusão do Valdivia, dois a menos em campo, São Paulo tocando bola fácil e tomou o terceiro e poderia ter tomado o quarto e o quinto. Creio que não é motivo de desandar a carruagem, agora o treinador terá de ter jogo de cintura para não deixar o elenco perder a confiança das três vitórias e de suprir a ausência do Valdivia até o fim do ano. São três jogos filhos da puta que o Palmeiras terá e esses sim não pode pensar em outro resultado que não a vitória. A torcida não pode deixar de apoiar o técnico, que errou sim, mas pode ter tirado uma lição importante.  

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O que pede esse momento?

Torcíamos pelo improvável mas aconteceu mesmo o mais óbvio. Seria muito difícil o Palmeiras sem técnico, com jogadores abalados e com o fator arbitragem conseguir vencer o Corinthians. Nos restava a esperança que em um clássico tudo pode ocorrer ou que de repente o Assunção acertasse uma falta, mas esse resultado já vinha se desenhando desde a derrota para o Atlético Mineiro em Minas, ali já foi possível flagrar o momento de alguns jogadores, depois veio o Vasco  e o acumulo dos resultados desfavoráveis que colaboraram com a entrada de vez no estado de desespero e na demissão do Felipão.

O jogo em não foi uma vitória incontestável do Corinthians, mas eles souberam aproveitar o momento do Palmeiras e numa falha amadora do Juninho, talvez o jogador que mais caiu de produção, Romarinho abriu o placar. Futebol tem dessas coisas, as vezes propicia a um babaca o momento de glória e o Romarinho aproveitou o dele, foi tirar uma com nossa torcida. Luan foi tirar satisfações, com isso já ficou marcado pelo juiz que estava louco para dar aquele empurrãozinho que faltava – só para justificar seu bicho. Na próxima jogada de Luan pronto, tomou o segundo amarelo sem ter merecido sequer o primeiro, a partir dali o Palmeiras estaria (de novo) com um jogador a menos contra o Corinthians e com o placar desfavorável.

Creio que não dá para falar que o time não tentou, mesmo com um a menos foi para cima e criou algumas chances a mais clara dela numa cabeçada de Valdivia cara a cara com o goleiro. João Vitor, que está no time dos que deveriam jogar com calção marrom, cometeu mais uma falha que deu origem ao segundo gol do Corinthians.

Nas arquibancadas tensão e o reflexo do que é o Palmeiras hoje, até a torcida está dividida e desorientada sobre o que fazer. Provavelmente o Palmeiras perderá alguns mandos de campo pelo que o árbitro relatou na súmula e não imagino que a diretoria fará esforço para reverter isso, pelo contrário, é possível que eles até prefiram mandar jogos no interior. Nesse momento é muito difícil dar uma opinião, porque cada um tem um modo de reagir, mas para mim jogar a merda no ventilador vai acabar com qualquer chance que o Palmeiras tenha de reverter a situação. Seria digno se o elenco se manifestasse através de um vídeo, pedindo a torcida uma trégua até o fim do campeonato, reassumindo seu compromisso e traçando uma meta. Não sei, pode ser inócuo, mas ainda são 13 jogos restantes e não se pode jogar no lixo a mínima chance que tiver de salvar o ano.   

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Pessimismo

Até ontem às 22:29h eu estava otimista quanto ao Palmeiras se livrar do rebaixamento, depois disso me bateu um desanimo e uma impressão que não vai dar. Não digo isso apenas pelo resultado, que diga-se de passagem foi péssimo, mas pela postura do time e algumas situações que nas entrelinhas soa estranho. Começamos pela escalação, estranhamente Felipão barrou Maikon Leite e Mazinho para optar pelo Vinicius e também manteve Roman no banco o configurando como o último reserva, pode ser uma opção meramente técnica do treinador, mas é engraçado notar que Mazinho por exemplo era titular até pouco tempo atrás, enquanto Vinicius chegou até ser rebaixado ao time de base. Mesmo com uma escalação fora do hipotético ideal o Palmeiras saiu na frente graças a um lance de sorte, pois Luan, que vestia a camisa 100 em homenagem ao 100º vestindo nosso manto, fez uma partida desastrosa que beirou muitas vezes ao ridículo. Em um time emocionalmente estável a tendência é que após sair na frente passe a controlar o jogo e sair em contrataques, mas no Palmeiras de hoje, um gol na frente é como se fosse uma batata quente a segurar. O time desorganizado, cometendo erros grosseiros de passes e posicionamento, permitiu que o Vasco rapidamente empatasse e vale ressaltar que o time vascaíno jogava mal demais. Depois disso o time até teve algumas jogadas perigosas, mas logo tomou a virada e a casa caiu. O que se tornou o jogo depois disso foi um festival de horrores para o palmeirense, erros esdrúxulos, substituições sem sentido, rostos num misto de desespero com desânimo e a certeza que sair do buraco é uma missão muito mais difícil que qualquer um imaginava.

Como chegamos a esse ponto? É a pergunta de todo palmeirense hoje. Ninguém imaginou uma campanha espetacular, mas não passava na cabeça a possibilidade de rebaixamento.

A tendência natural é especularmos hipóteses, como a de que o elenco está rachado com o técnico ou que o time se desgastou demais na Copa do Brasil. Eu creio que o título Copa do Brasil ludibriou a todos, fazendo crer que o elenco era mais forte do que realmente é, que a diretoria havia acertado em algumas apostas e que a partir daquela conquista o time ganharia moral e só isso bastaria para motivar o resto do ano. Erro fatal! Me incluo nessa, o êxtase da vitória nos entorpeceu a ponto de esquecermos que alguns erros de hoje já ocorriam, alguns jogadores que aí estão já não funcionavam e o time jogava mal. Temos também nossa parcela de culpa por supervalorizar uma conquista que para um time de tradição como o nosso deveria ser mais comum. Nem tenho mais ânimo de criticar a diretoria mais do que já critiquei, alias, o Tirone nem está aqui para criticá-lo, tirou férias em meio a fase mais crítica do ano. Também nem tenho mais preferência política no Palmeiras, política é nojenta em todas esferas, como diz o ditado Russo: "Quando o czar te da o ovo, lhe toma a galinha".  Nos tomaram a "galinha" faz tempo e fulanizaram a política palmeirense, qualquer um que estiver ali, só será mais um sem autonomia de nada, refém de suas alianças políticas e das dívidas estratosféricas. Depois da era Parmalat o Palmeiras já caiu uma vez e já esteve com risco de queda em mais uma porção de oportunidades, isso na gestão Mustafá, Della Monica, Beluzzo e agora Tirone.

Quanto ao futuro do Felipão é outra incógnita. Gosto muito do Felipão e para mim nada apagará a honra com que ele defendeu o Palmeiras, mas não sei se hoje ficar é interessante para ele e para o próprio Palmeiras, não sei se ele terá condições de reerguer esse time, até porque ele também tem sua parcela de culpa. Por outro lado quando ouço alguns nomes que a imprensa cogita chega me dar desespero.

Hoje é um dia péssimo para o palmeirense. Estou pessimista.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O direito de não ser parte

Hoje pela manhã um amigo do serviço me perguntou super entusiasmado se eu tinha visto o jogo da seleção. Demorei um pouco para responder, talvez pelo horário da manhã meu cérebro ainda não estava conectando muito bem as informações de memória, foi então que me deparei com uma condição paradoxal, sei de tudo que está acontecendo no futebol nacional mas ignoro totalmente o que acontece com a seleção do país. Antes que venha algum pachequinho acusar-me de antipatriota, esse desinteresse não é aversão ao país, mas à seleção brasileira. Há quem chegue até torcer contra, que não é meu caso, pois minha indiferença é tão grande que pouco me afeta se ganha de dez da Antuérpia, se empata com o Guiné Equatorial ou se perde do Laos, sou tão submerso ao tema que na maioria das vezes nem sei se jogou e quando está passando na TV prefiro assistir algum documentário, campeonato da série C e até programa eleitoral se tiver passando.

Eu tenho uma teoria de que em Estados (ou entre torcidas) onde há mais rivalidade entre os clubes, menos se gosta da seleção. Eu por exemplo assumo tranquilamente minha intransigência, mas não sou capaz de torcer por jogadores ou figuras relacionadas a times que eu não gosto, só isso já bastaria para justificar o porquê de muita coisa, mas aliado a isso em minha mente eu relaciono a seleção a um pacotão populista que mistura futebol, mídia, política e corrupção. Porque eu torceria por uma imagem de nação da qual eu não compartilho? Não tenho o poder de contestar ou mudar e até sou obrigado a financiar indiretamente algumas coisas, mas me reservo o direito de não fazer parte, de não me sentir parte, ou melhor, querer que se foda tudo que envolve seleção brasileira, amistosos caça-níqueis, convocações com influencia de empresário, etc e tal. Por isso não assisti e nem li a respeito do jogo contra a África do Sul, contra a China e muito menos parei para ler a lista de convocados, me interesso tanto quanto pela seleção de badminton do Sri Lanca. Alias, já dediquei linhas demais a esse assunto.

Quero mesmo é saber do Palmeiras e de sair logo dessa zona incomoda.

 

Sul-americana

 

Sou contra abrir mão da Sul-americana, tal qual eu era contra abrir mão do Brasileiro quando o foco era a Copa do Brasil. Creio que o sucesso do Palmeiras na competição trará mais benefícios que prejuízos, uma vez que pode servir para manter a boa autoestima do grupo. Lógico que a prioridade é sair do rebaixamento, mas nada impede de que o time que entre em campo pela outra competição, entre para ganhar.

 

Paciência e perseverança

 

Hoje fiz mais um simulado dos jogos do Palmeiras. Creio que ainda levará algumas rodadas para sairmos da zona de rebaixamento, não se mudam as coisas do dia para noite. Lógico que seria legal em três rodadas já estarmos fora, mas temos de considerar a hipótese de o time ainda sofrer reveses e os adversários diretos terem sucesso. Portanto o processo será longo e cabe a nós e aos jogadores não nos afobarmos, nem deixar que o bombardeio de notícias depreciativas nos abalem. O Sampaio ta certo, não tem que ter clima de série B, o clima é de recuperação no campeonato Brasileiro.  

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Façamos nossa parte e discutimos depois.

Ao término do jogo de ontem fiquei puto, muito provavelmente se fosse escrever esta opinião seria um festival de xingamento a jogadores e diretoria. Mas de ontem para hoje deu tempo de maturar uma opinião e chegar a conclusão que não dava para cobrar uma vitória deste jogo em específico.

O torcedor sempre acredita, mesmo quando há mais razões para o contrário, na mente de muito palmeirense com um eventual placar favorável fora de casa contra o Atlético Mineiro e as derrotas de Coritiba e Bahia hoje estaríamos fora do G4, no entanto se pegássemos os jogos da tabela poucos contariam com esses pontos em Minas. O que assusta é que outros times que beiram a zona da desgraça conseguiram placares contundentes e no caso do Bahia, fora de casa, contra um time que briga no G4 de cima. O vento realmente não está soprando a nosso favor, como não esteve soprando desde o início do ano e o time sente isso. Ontem por exemplo o Palmeiras jogou bem, mas em bolas decisivas pesou tudo que envolvia o jogo e nessas falhas que se desenhou esse placar. A situação desgraçada não nasceu ontem com esses 3 x 0, é fruto da displicência do início do campeonato, da euforia desmedida do elenco e da diretoria com o título da Copa do Brasil, da omissão em repor peças essenciais na janela do meio do ano e da campanha desastrosa contra times menores. Tudo isso vale ser lembrado mas não vem ao caso esse momento, pois o mais importante é tentar reverter a situação.

Com os placares desse fim de semana ficou claro que não basta ganhar dos pequenos, ou apenas fazer resultados em casa, o Palmeiras tem que ganhar o que for possível, sem pensar em contas ou percentual de chances de se salvar. Contra o Vasco no RJ por exemplo o Palmeiras tem que trazer três pontos, pois depois o jogo em casa é contra o Corinthians e aí qualquer placar é possível.  

Ao torcedor palmeirense resta apoiar e passar confiança aos jogadores, pois a tendência é que um jogador, principalmente limitado, se abata mais quando vaiado. É difícil para mim e creio ser difícil para todos conter a indignação de ver o Palmeiras nessa situação, mas essa é a realidade atual e o que não tem remédio remediado está, façamos nossa parte e discutimos depois.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Assim que as coisas são

No sábado contra o Grêmio mais uma vez o Palmeiras mandou no jogo, pressionou insistentemente, mas o nervosismo e a ziquizira impediu que as chances criadas fossem concluídas. De certo modo é compreensível que o peso do rebaixamento interfira na hora de fazer um último passe ou de finalizar, infelizmente o Palmeiras chegou a uma situação dramática em que uma só vitória não basta para dar alívio, é preciso ao menos de umas 3 vitórias consecutivas para que esse peso alivie um pouco. Quinta-feira contra o Sport é um jogo chave para tentar mudar essa maré. Sabemos que agora é hora de apoio incondicional pois em nada ajudará perder a confiança e nos deixar influenciar por menosprezos ou previsões negativas, creio também que esse elenco não é compatível com a posição na tabela. Imagino que por si só essa posição inglória deve mexer com o brio dos jogadores, afinal, independente de gostar ou não do time uma queda é uma mácula na carreira de qualquer um. É nesse ponto que discordo de algo que vem sendo comentado, que em minha opinião trata-se de um absurdo.

Comenta-se por aí que o Palmeiras turbinou o bicho dos jogadores para tentar reverter a situação que se encontra. Sei que no mundo real é assim que as coisas são, não tem jeito, o futebol virou essa coisa podre em que tudo gira em torno do dinheiro, quer dizer, além de bônus por conquista temos também o bônus por não vexame, um fulano que ganha salário de time grande, permite que o time chegar no limbo para depois ganhar um dinherinho adicional para tirar o time dessa situação. Volto a dizer, sei que nesse momento vale qualquer cartada e é assim que o futebol funciona, mas é lamentável para um torcedor imaginar que é preciso pagar a mais para um sujeito se motivar a tirar o time em que joga da zona de rebaixamento. Seria digno se o grupo se manifestasse no sentido a recusar uma proposta de bicho para esse fim, pois se trata de uma premiação amarga, um prêmio por sair de uma situação que eles se colocaram. É uma questão de orgulho.

Mas esse é o futebol "profissional", que transformou amor a camisa apenas em um slogam e indexou o comprometimento à quantidade de casas decimais que se pode ganhar. O que nos resta é o amor ao nosso time independente das peças que estão vestindo nossa camisa, fica mais fácil lidar com as coisas desse jeito e não se passar como idiota, defendendo um fulano que nos microfones diz amar o Palmeiras, mas que numa mesa de negociação está sempre pronto para meter a faca no pescoço dos dirigentes. 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Inanição

A derrota de ontem para Portuguesa foi desastrosa, principalmente porque o Bahia, primeiro time fora do rebaixamento, abriu quatro pontos para o Palmeiras. A situação é séria, para aliviar um pouco o Palmeiras teria de engrenar umas 3 vitórias seguidas. Não há o que comentar do jogo de ontem, o time foi mal escalado, entrou em campo nervoso e o setor defensivo cometeu erros absurdos. A emenda ficou pior que o soneto, depois da entrada de Maikon Leite com a intenção de deixar o time mais agressivo, ocorreu o contrário, mal no jogo o jogador não criou uma jogada que preste e deixou o Palmeiras ainda mais exposto ao ataque da Portuguesa. Talvez se Felipão não inventasse e entrasse com cada jogador da sua posição, tipo Arthur na lateral, Betinho no banco, as coisas não seriam tão ruins.

Veja só que lamentável, já estamos nós novamente discutindo migalhas, fazendo contas para sair do rebaixamento, discutindo o revés contra a Portuguesa. É isso que virou esse time que completou 98 anos no domingo? Pois bem, podem ficar putos comigo, mas é isso que viramos, é essa a realidade do Palmeiras atual, um time fraco, que vive de passado, coadjuvante nos campeonatos nacionais e que a cada ano se encolhe mais. A Copa do Brasil foi um título que comemoramos demais e nos trouxe esperança de dias melhores, mas voltamos a melancólica realidade do Palmeiras dos últimos anos, brigando com times médios e pequenos como se fossem rivais históricos. Exigimos respeito da imprensa, nos indignamos quando somos ignorados nas transmissões de televisão ou quando algum jornalista não coloca o Palmeiras como favorito, mas dentro e fora de campo o time nos tira a razão. Nem sei mais o que será feito, se irão dobrar o bicho por tirar o time do rebaixamento, se irão contratar mais algum atleta da série B ou se começarão plantar notícias sobre as maravilhas que será o ano que vem, com altos investimentos e atletas de ponta. Comemoramos a participação da Libertadores do ano que vem, mas com que time? Com Betinho, Marcio Araújo, Leandro Amaro, Maikon Leite? Ontem o Palmeiras tomou um vareio da Portuguesa, com o Geninho no comando. Num campeonato de pontos corridos como o Brasileiro as limitações ficam expostas pois não da para fazer todo jogo motivado com capitão do BOPE. Faz dois anos que ouvimos que o Palmeiras tem patrocínios milionários, mas na hora de investir em atletas a conversa sempre é a mesma e fica nessa de fim de feira, pagando caro por quem ninguém mais quis.

As mudanças radicais que o Palmeiras precisa são eminentes, não podem mais esperar. Não da mais para um time viver com uma base improdutiva, que não rende nem em atletas nem em dinheiro. Não dá mais para pensar pequeno, com elencos limitados que terminam o ano em frangalhos, brigando para não cair. Não da mais vendermos jogadores por pouco e contratarmos bostas por muito. As mudanças tem que ser pra já, pois estamos perdendo o bonde da história e em breve até os patrocínios minguarão.   

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O medo de “queimar” os meninos

Ontem perdi 1:30h assistindo Atlético Paranaense e Joinville. A intenção era ver jogar o tal do Thiago Real, contratado a toque de caixa pelo Palmeiras para suprir as recorrentes ausências de Valdivia e Daniel Carvalho, alias, essa contratação demonstra que Daniel Carvalho está com o prestígio meio baixo com o Felipão. As histórias no Palmeiras se repetem muito, no ano passado nessa mesma época o Palmeiras também tinha perdido a janela de contratações e o Valdivia vivia contundido, a solução foi olhar para série B, para um time de Santa Catarina e para um meia-esquerda muito habilidoso segundo a imprensa. Perdo Carmona veio e foi, jogou pouco, quando jogou não acrescentou nada e hoje defende o São Caetano. O que será de Thiago Real no Palmeiras não dá para saber, fato é que o roteiro é bem semelhante, mas a diretoria apostou forte: contrato de 4 anos e R$2 milhões por 50% do passe. Só como parâmetro, foi quase o que o Palmeiras recebeu pela venda do Cicinho.

O jogo de ontem também foi interessante por um aspecto, do lado do Atlético Paranaense estava jogando o Felipe como titular - sim o Felipe - aquele meia revelado pelo Palmeiras, que se destacou no Mogi Mirim, voltou ao Palmeiras e não agradou, sendo cedido gratuitamente de forma "cordial" ao Atlético Paranaense. Pois bem, pode ser que o atleta tenha tirado o pé por causa da proposta do Palmeiras, mas o tal de Thiago Real não jogou nada e ainda saiu contundido, diria até que o Felipe jogou melhor pelo Atlético Paranaense. Me veio a pergunta na cabeça: Se é para apostar, por que não apostar em alguém da base do Palmeiras? Será possível que não há ninguém na base com a qualidade similar ou superior a um Thiago Real ou Pedro Carmona, se não, fecha aquela porra e terceiriza as categorias de base. Pode ser que eu queime minha língua e amanhã esse jogador seja um cara bom e tal, mas minha primeira impressão junto ao histórico desse tipo de contratação me faz crer que será mais um tiro n'água.

O João Denoni por exemplo não é nenhum César Sampaio, mas quando entrou jogou melhor que o Marcio Araújo por exemplo, mas a justificativa para pouco aproveitá-lo é: Não queremos queimar o menino. Queimar com que porra! Quantos e quantos meninos não foram aproveitados pelo Palmeiras, foram vendidos e estouraram em outro time sem ao menos serem testados, por que? Por medo de queimar os meninos! Quando serão aproveitados? No time B, naquela bosta inútil que até hoje não acrescentou em nada. Tem ali disponível o Bruno Dybal, Patrick Vieira, Diegou Souza e os caras vão buscar jogador em Santa Catarina? Talvez meu julgamento seja com pouco conhecimento de bastidores, pois nem tudo no futebol aparece na superfície, mas já to com saco cheio de Carmonas, Saconis e agora Reais, se é para apostar, que aposte na base.

 

Portuguesa x Palmeiras

 

Indignação a parte, hoje tem Palmeiras e hoje tem o começo de um novo turno. Torcemos e confiemos que este seja mais digno que o anterior e que o Palmeiras possa a partir de novembro, já pensar com mais tranquilidade na time do ano que vem.

 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Aprender ganhar

Tenho enorme dificuldade de comentar jogos, sou pouco detalhista e muito passional. Apesar disso nessa nova era Felipão pude notar que o Palmeiras oscila frequentemente entre duas situações: Domina o jogo, começa ganhando e acaba cedendo; Joga mal, é dominado, mas consegue em um lance fortuito marcar um gol e matar o jogo. Lógico que nem sempre é isso, mas não foram poucos os jogos nessas condições e o jogo de sábado contra o Santos mais uma vez foi a repetição da primeira situação, alias, em clássicos isso é recorrente. Conta o Corinthians por duas vezes o time começou ganhando, jogando bem e cedeu, contra o São Paulo no Paulista o Palmeiras esteve na frente por três vezes e deixou o jogo empatar e agora contra o Santos, onde jogou muito melhor, saiu na frente e tomou a virada. Lógico que cada jogo é uma história, nesse último a diferença foi o Neymar que acertou dois chutes de fora da área (uma falta) e nosso goleiro não foi bem, mas onde quero chegar é que o Palmeiras não sabe ganhar quando entra melhor no jogo. Não sei, as vezes a impressão que dá é que o time se assusta com a própria superioridade, não acreditando ser capaz de vencer com certa facilidade e acaba dando a oportunidade de o adversário crescer. Se eu fosse psicólogo eu diria ser um problema de autoimagem, que o time acredita na ladainha da imprensa que fulano ou cicrano é superior e que o Palmeiras tem um time limitado. Contra o Fluminense, onde também entrou sem favoritismo, o Palmeiras matou o time carioca o jogo todo, mas mais uma vez a falta de confiança impediu que o melhor volume de jogo se traduzisse em vitória.

Creio que o Felipão e sua equipe técnica tinham de dar atenção maior a esse problema do Palmeiras, convencer os jogadores que quando encaixado taticamente o Palmeiras é mais forte e capaz de vencer de qualquer um, e tem que manter a confiança durante os 90 minutos de jogo.

 

Virando a página

 

Quarta-feira se inicia o novo turno no Canindé contra a Portuguesa. Aos poucos os contundidos estão voltando e o time se fortalecendo. O Palmeiras tem de adquirir a consciência que é grande é não pode deixar escapar pontos contra times mais fracos. Minha expectativa é que em 5 rodadas o Palmeiras já esteja afastada da zona de rebaixamento.

 

Como previsto

 

Como previsto o time do "povo" e o seu estádio já estão sendo usados para alavancar a campanhas políticas.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

No fio da navalha

Imagine a cena. Um pelotão está num front de batalha, numa base improvisada com bala e bomba pipocando em todo lado. O comandante chama o atirador de elite para matar um sujeito que dispara sem parar com uma metralhadora de chão. Aí ele descobre que o atirador mais competente sofreu um ferimento com estilhaços no rosto e está sem visão, sendo assim chama o substituto imediato, mas esse teve uma crise de pânico e está tremendo mais que vara verde. Sem opções ele chama um recruta inexperiente, cujo a especialização é desarmar bombas para ficar no lugar do atirador. Mas não é só isso, sobrou pouquíssima munição e aquele recruta sem experiência tem nas suas costas o peso de não poder errar. A tropa está toda ferida, os soldados mais experientes, estão exaustos, com sede e com fome. A água é racionada, pois a pouca que resta tem de matar a sede e ocasionalmente limpar algum ferimento. O imediato tenta desesperadamente chamar reforços e suprimentos, mas todos acessos estão bloqueados, o que revolta o comandante, pois antes do bloqueio já havia alertado para a eminência dessa necessidade e o quartel ignorou acreditando que aqueles soldados ali seriam capazes de dar conta, afinal, já tinham vencido uma outra batalha difícil com o mesmo contingente.  
Dentro de suas devidas proporções o que o Palmeiras vem passando é isso e ontem chegou-se ao absurdo de nem ter banco para escalar. Nos meus anos de torcedor já vi times terríveis, que mesmo se entrasse em campo os 11 titulares mais os 7 reservas não daria um time, mas não me lembro de uma situação em que não havia nem jogadores para formar um banco. No primeiro tempo o Palmeiras suportou bem e se não fosse mais uma vez ROUBADO teria chances até de sair vencendo, mas o que dava para ver era só esforço e mais esforço, o time totalmente desfigurado e desentrosado não era capaz de trocar três passes certos. O placar final, de 3 x 1 para o Botafogo, foi no fio da navalha, tenho certeza que um time menos desfigurado do Palmeiras teria ganho esse jogo lá no RJ, mas pelas condições acabou sendo heroica essa classificação.
Camarão que dorme a onda leva e a diretoria dormiu na boa maré da Copa do Brasil. Um sujeito pouca coisa inteligente já notaria, mesmo com a vitória, que o elenco do Palmeiras precisava de peças com urgência. Não dava para contar com a recuperação antecipada do Wesley, nem com a boa vontade do Valdivia e menos ainda com a ascensão de jogadores que já vinham jogando mal.  Mas não, apenas trabalharam para anabolizar suas posições políticas com os louros da vitória. O excesso de contusões é reflexo do limite que estão esses jogadores (os que jogam), tendo de cobrir funções e jogar todos os jogos como decisões. Nem me lembro da última vez que o Palmeiras pode repetir a escalação dois jogos seguidos com todos jogadores dentro de suas funções. Aliado a isso ainda temos os fatores externos como sucessivos ROUBOS que minam o emocional de qualquer atleta. Para o Palmeiras uma pausa no campeonato seria uma glória, pois esse time está no limite.
Hoje só tenho a parabenizar ao atletas que mesmo com suas limitações técnicas se esforçam no jogo, nas suas recuperações físicas e demonstram interesse e respeito pelo Palmeiras. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O paraíso dos vagabundos

Infelizmente nem toda foto de time campeão há jogadores que merecem aparecer. Com o Palmeiras não foi o contrário, ganhamos a Copa do Brasil de forma digna, mas alguns dos que estavam ali apenas usufruíram do esforço de outros. Ainda está fresco na cabeça do palmeirense a comemoração de todos os jogadores, alguns tão empolgados que pareciam mais competentes em fazer festa do que em jogar bola. Do mesmo modo que esse elenco proporcionou um título tão necessário ao Palmeiras, tiveram alguns em contrapartida a oportunidade de voltar a despontar no futebol nacional através de uma camisa de tradição e de um time grande. Há jogadores que mesmo com suas limitações demonstram vontade e gratidão à oportunidade, outros, não sei o porquê, parecem ter tirado férias e o pior, creditam a si próprios mais relevância do que tem.
Li esses dias que o Daniel Carvalho pediu em tom de brincadeira uma vaguinha no time do Inter, que treinava na academia. Oras, o sujeito já vem enganando faz tempo, esta com uma contundido (ou diz que está), fora de forma e ainda tem a cara de pau de pedir dentro da academia uma vaga em outro time? Infelizmente o Inter não deve querer o Daniel Carvalho nem de graça, o sujeito é um afortunado de ainda ter chance de jogar em um time grande com o futebol que vem jogando. No Estadão sugerem que ele esteja insatisfeito no Palmeiras e finge uma contusão. Se for verdade é mais um que o Spa Palmeiras tem de aguentar.
Na mesma matéria citam que o Maicon Leite vive situação semelhante, logo ele que adora uma festa e uma brincadeirinha. Esse foi um que nunca escondeu seu carinho pelo Santos e seu arrependimento por ter saído. Talvez na mente dele hoje estivesse formando uma duplinha com o Neymar no ataque titular. Será que o Luis Alvaro ainda se interessa por ele?
O Valdivia é o rei. Na última partida contra o Atlético GO jogou mal e saiu reclamando de dor na coxa. No aeroporto alegou um edema e deu a entender que preferia ser poupado contra o Botafogo na Sulamericana.  Um edema é o famoso roxo. Isso não impede ninguém de jogar, mas para o Valdivia qualquer arranhão vira coisa grave. Imagina você ter uma banda e o vocalista só cantar quando quiser? Ele chegar e dizer: Olha, no show em Goiás eu não vou ta bom? Minha voz ta cansada. Bota o backing vocal no meu lugar e eu volto no show de São Paulo. A situação atual é parecida com essa.
O Palmeiras tem ridículos 16 pontos em 54 disputados, um aproveitamento de menos de 30%. Considerando uma pontuação de 47 pontos para se livrar do rebaixamento o Palmeiras precisa de 31 pontos em 60 a disputar, ou seja, precisa aumentar seu aproveitamento para aproximadamente 52% para terminar o campeonato de maneira medíocre e segura. Numa situação dessas quem tem vergonha na cara tem que se colocar a disposição, se está machucado com gravidade tudo bem, mas quem tem condições de entrar em campo tem que ir para o pau. O Palmeiras não pode servir de abrigo para vagabundo. Infelizmente o planejamento foi mal feito e não temos elenco, mas ta na hora de tomar alguma providencia radical.

A ditadura da maioria



Tento não entrar em discussões políticas, até porque não é espaço para isso, mas não tem como esconder o fato que a democracia é uma ditadura das maiorias, por motivos evidentes, pois o próprio nome reza que a maioria quem decide. Quanto mais o sistema se estabiliza, mais a classe política, os meios de comunicação e as empresas focam suas ações nas massas. Ainda assim é em disparado o melhor dos regimes, principalmente quando existe um sistema de justiça que garante direitos iguais a todas as camadas sociais. Mas essa é uma equação complicada, como exercer direitos iguais sendo que quem faz o direito quer poder e quem dá o poder é a maioria?
Onde eu quero chegar.
O bandeirinha que validou o gol ilegal do Santos contra o Corinthians está sendo execrado e provavelmente terá sua carreira encerrada como aconteceu com o José Aparecido em 1993. Ele poderia ter errado contra qualquer time da série A que tudo seria visto como apenas mais um erro, mas ele cometeu o tal erro contra o time da massa, do ex-presidente aclamado, da emissora mais poderosa e com transmissão ao vivo. O lance repercutiu mais do que o voto de Joaquim Barbosa, que a CPI do Cachoeira, que as eleições, que a Carminha, Gustavo Lima ou sei lá mais que inferno. O Willian Bonner e a Patricia Poeta noticiaram com semblante sério.
Automaticamente a CBF já tomou providencias e afastou o sujeito da série A do Brasileiro, se bobear a B e se o Andres ou o Maro Gobi bater o pé ele só irá bandeirar em jogos da Copa Kaiser.  
Por que com os árbitros que roubaram o Palmeiras não aconteceu praticamente nada? Será que só por força política na CBF? Não! É muito mais que isso, é pela força da massa, do interesse de gente em fazer a média com a maioria. Os sujeitos que dirigem hoje a CBF sabem que só conseguirão virar novos Ricardos Teixeiras com o apoio da Globo e a emissora já escolheu seu parceiro no futebol, como escolhera o Collor na política em 89, etc e tal.
No ideal de justiça o tal bandeira seria sim punido, mas através do mesmo critério que seriam os que erraram contra Palmeiras. Mas não tem jeito, aqui a coisa não funciona assim e ri quem são os da maioria, declamando suas frases feitas e vez ou outra defendendo sua ética de conveniência.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Saldo positivo da turnê carioca.

Um vitória importante sobre o Flamengo, que mais do que ter saído da zona de rebaixamento, mostrou que o Palmeiras não cabe nessa posição. O jogo não foi complicado, o Palmeiras dominou o jogo, principalmente depois da expulsão do Ibson que acabou com o meio campo flamenguista. Não há como negar que quando Valdivia joga o time se porta melhor. A televisão ficou insistindo no impedimento no gol de Barcos, algo que nem os flamenguistas reclamaram. É de se estranhar que já sofremos lances piores que esses e não houve tanta reprise e comentário. Parecia que era um tipo de: o Palmeiras reclamou tanto e agora foi ajudado. Mas tudo bem.

A única coisa que me irritou ontem foi o excesso de erros de passes no segundo tempo, principalmente do Arthur. O Palmeiras mandava no jogo e um segundo gol teria matado qualquer chances do Flamengo. O preciosismo em algumas jogadas e a falta de atenção poderiam ter custado caro caso levássemos um gol no final. Mas não levamos e essa turnê carioca foi positiva para nós. Apesar do tropeço ante o Fluminense, 6 pontos em três jogos foi uma boa média. É óbvio, mas seria pior se ao invés de perder, o Palmeiras tivesse empatado os dois jogos fora e ganho dentro.

 

Correa

 

Parece uma doença, uma síndrome de perseguição, mas mais uma vez a imprensa carrega na tinta ao falar do Palmeiras. Depois da perda de Guilherme a contratação de Correa pareceu uma humilhação para alguns, os jornais procuraram destacar apenas pontos negativos disso tudo. Creio que se há um pecado nisso tudo é o Palmeiras não ter se reforçado quando podia, antes da maioria dos jogadores completarem a sétima partida ou ter fechado as principais janelas, com isso só sobrou opções nas divisões inferiores, sem contrato ou pouco usados no campeonato. Por outro lado existe uma série de times nessas condições. O São Paulo trouxe o Paulo Assunção, que é meia boca pra caramba e não li tanta crítica por isso. O Correa está longe de ser um craque, mas vamos aguardar, temos sérias dificuldades no meio, ainda mais agora com esse lance do João Vitor. O pior seria ter pago uma fortuna, como a paga pelo São Paulo ao Jadson e o jogador refugar.

 

Nunca fui santo

 

Acabei de ler o livro do Marcão. Na verdade é um livro bem curto que da para ler em um só dia e não conta muito mais do que nós já sabemos, mas ler sobre o Marcos nunca é demais. Como da orgulho saber que um sujeito como esse é nosso ídolo e vestiu nossa camisa por mais de 500 jogos. Acima das defesas importantes está o caráter e a simplicidade do São Marcos, que é transpassadas com fidelidade pelas mãos do Mauro Betting. É uma pena que a cada dia menos existem jogadores capazes de sentir a alegria de um torcedor com uma vitória do seu time ou a dor por uma derrota. A história de Marcos é mesmo incrível e vale ser contada muitas e muitas vezes. Além disso há passagens muito interessantes dos bastidores do Palmeiras nesses últimos 10 anos envolvendo outros jogadores que já passaram pelo clube. Recomendo a leitura.


Pacaembu


O Palmeiras enfim transferiu seu mando contra o Santos para o Pacaembu. Creio que todo palmeirense que já foi a jogos em Barueri agradece muito a escolha. Agora também é hora de fazer nossa parte enchendo o Pacaembu.