quarta-feira, 29 de maio de 2013
Oportuno
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Deixai toda esperança ó vós que entrais
Sábado o Palmeiras deu início a sua campanha na série B do Brasileiro. Creio que seja desnecessário descrever o quão ruim que estar de fora da competição principal para o Palmeirense, até então não tínhamos nos dado conta dessa realidade, mas agora quando vemos todos torcedores adversários fazendo a projeção de seus times no Campeonato Brasileiro, sentimos uma ausência tremenda. Para aprofundar essa sensação a atual diretoria do Palmeiras não tem dado mostras de que podemos sonhar com um time de ponta em curto prazo, parece que ao ingressarmos no inferno da série B nos deparamos com a famosa frase do Inferno Dante inscrita na porta do inferno – Deixai toda esperança ó vós que entrais. A demora nas contratações, as constantes reclamações de falta de dinheiro e agora essa atitude equivocada do aumento de ingresso, nos faz notar que ainda estamos muito distantes de um novo tempo de glórias.
O calvário de sábado começou na hora de assistir o jogo, alias, para quem não estava dentre os quase 5 mil que estiveram em Itú o jeito foi assinar o Paper View, procurar um link na intenet com a transmissão do jogo ou ouvir pelo rádio e pelo visto isso se repetirá por mais um tempo. O fomento ao Avanti promovido pela diretoria mostrou seu resultado, um estádio vazio com protestos do lado de fora – puta sacada heim Brunoro! Dentro de campo aquilo que já conhecemos, um time com disposição mas com uma deficiência enorme na criação e finalização de jogadas. Kleina insiste no tal de Kleber, nem as partidas horrorosas pela Libertadores foi suficiente a convencê-lo que o time piora com ele em campo, as vezes parece que ele quer mandar uma mensagem para diretoria: esse é o centroavante que vocês me arrumaram. O Atlético Goianiense é um time fraco que teve um bom momento em 2010 quando eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil, no demais não passa de um timeco que um dia brilhou contra o Palmeiras, como Santo André, Asa, Paulista, etc. O gol saiu no segundo tempo numa cabeçada de Thiago Real, depois disso o Palmeiras ainda quase leva o empate. No final do jogo Maikon Leite, sempre ele, perde duas chances claras de gol.
De positivo o resultado, que se não foi aquela coisa toda, ao menos somou três pontos. Não acontecendo nenhuma tragédia o Palmeiras deve subir mesmo com esse time medíocre, mas promete ser mais sofrido que em 2003 quando tínhamos pelo menos um ótimo centroavante. Gilson Kleina foi mal, teve tempo para treinar, quase uma intertemporada e não foi o suficiente para acertar o time, caso não repense o ataque com Kleber pode entrar para o Hall dos treinadores que morreram abraçados a uma convicção. Os problemas no DM também já começaram, dessa vez não da para culpar o excesso de jogos, não sei, me parece que ou o departamento de fisiologia deve alguma resposta.
Desculpem o tom insistentemente crítico do últimos tempos mas estou totalmente insatisfeito com o que tem ocorrido no Palmeiras. Esperava algo diferente no começo dessa gestão, uma maior sintonia entre time e torcida e soluções criativas na remodelagem do elenco, por enquanto vemos apenas uma repetição do início da era Tirone. Nem mesmo o prestígio junto a mídia foi recuperado, tendo em vista que jogos em TV aberta apenas depois da Copa das Confederações, que tira demais o time de evidência. Ainda espero por melhorias e farei questão de apontá-las aqui quando acontecer, do contrário prosseguirei criticando.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
O "benefício"
terça-feira, 21 de maio de 2013
Um pouquinho de Brasil laiá
O site Máquina do Esporte noticiou ontem que nosso glorioso ex-presidente deposto e atual senados do Estado de Alagoas anunciou o patrocínio da Caixa Econômica Federal para o ASA de Arapiraca (http://migre.me/eEdQ3). A matéria ainda diz que o negócio foi intermediado pelo próprio Fernando Collor de Melo e Renan Calheiros, ambos com uma reputação de causar inveja até em Al Capone. Apenas como adendo, Alagoas tem o pior IDH do Brasil equivalente a um país africano. A notícia passou batida, até porque a grande maioria das pessoas só se preocupam em compartilhar merda nas redes sociais, alem de que absurdos como este já fazem parte de nossa cultura, um país que com um pé avança ao futuro e com o outro se mantém no coronelismo puro.
Parece que a política nacional passa por uma fase de redescoberta da funcionalidade do futebol para manutenção do poder, esse flerte sempre existiu, mas de uns tempos pra cá o governo passou a financiar os times mais populares explicitamente através do patrocínio da Caixa Econômica Federal. Em primeiro lugar a CEF é um banco estatal detentora do monopólio de inúmeros serviços públicos, por exemplo o FGTS, basicamente todo brasileiro que contribui com o fundo de garantia tem uma aplicação da Caixa. Quando você abre uma conta em um banco privado está livre em optar por manter sua conta ou não dependendo das atitudes dessa instituição, por exemplo, se você é um ativista em prol da defesa de animais e o sua banco patrocina um rodeio, você tem toda a liberdade de encerrar sua conta e procurar outro lugar, já no caso da Caixa não, somos obrigados a financiar qualquer merda que o banco faz, inclusive esses patrocínios sem sentido através de lobbies políticos.
A fórmula simples de aumentar a sensação de bem estar do povo através de conquistas esportivas é batidíssima, o tal do "pão e circo" romano tem adaptações Latino-americanas aos montes, mesmo no século 21 com tanto acesso a informação as pessoas ignoram os dramas cotidianos quando seu time de futebol conquista títulos. Apenas no intervalo de um ano a Caixa Econômica Federal anunciou patrocínio ao Atlético Paranaense, Corinthians, Flamengo e Asa de Arapiraca, times populares em sua região e que no caso dos dois primeiros, ainda terão seus estádios como sede da Copa de 2014. No caso do Corinthians a CEF além do patrocínio na camisa, bancou o financiamento do estádio depois da pressão exercida por Andres Sanches no governo, quando nem o BNDES aceitava as garantias propostas. O Flamengo terá seu segundo patrocínio de estatal, alcançando um recorde infame de ser o time de maior torcida do Brasil e que mesmo assim depende de ajuda indireta do poder público.
Infelizmente os torcedores "beneficiados", mesmo quando providos de algum discernimento, acabam sucumbindo ao efeito sedutor do pseudo privilégio e defendem com unhas e dentes suas justificativas. Que fique claro aqui, principalmente aos alienados, que esse texto não é contra o PT ou contra o Corinthians, mas é contra um estilo populista de fazer política que pauta tudo aqui no país. E me adianto também em falar que se por ventura meu time, o Palmeiras, vier a ser patrocinado por Caixa Econômica Federal ou qualquer outra estatal, também me posicionarei contra e me negarei a comprar qualquer material esportivo que ostente esses logotipos.
domingo, 19 de maio de 2013
Marketing da piedade
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Merda na cueca
terça-feira, 14 de maio de 2013
Boataria Inc.
O último jogo do Palmeiras foi dia 30 de abril contra o Tijuana. Nesse mês de maio por exemplo o time ainda não entrou em campo e a imprensa não tem muito o que falar a não ser sobre os treinamentos, aí bate o desespero nos setoristas que tem de qualquer jeito arrumar alguma polêmica, alguma coisa para render audiência. Há pouco tempo era simples, o Palmeiras sempre rendeu muita polêmica de todo tipo e consequentemente audiência para portais de esporte, emissoras de TV e rádio. Como eu uma vez já escrevi aqui, fomos eleitos a Geni do futebol, virou clichê tacar pedra no Palmeiras, mas me parece que as fontes de polêmicas se esgotaram e essa gestão tem feito um grande trabalho para impedir o vazamento de fofocas. Não devemos comemorar isso como fato consumado pois já conhecemos bem os bastidores do Palmeiras para refutar que a qualquer hora não apareça algum político querendo jogar contra, vazando o que não se deve para a mídia urubu.
Nessa última semana, véspera de partida decisiva da Libertadores, surgiram dois boatos envolvendo o Palmeiras. O primeiro dava conta da saída de Henrique para Cruzeiro ou Grêmio e o outro de uma negociação de retorno de Kleber Judas, em ambos os casos um velho conhecido da torcida, o blogueiro Perrone do UOL, foi quem tentou jogar a faísca na pólvora. A assessoria de imprensa do Palmeiras dessa vez agiu com firmeza e publicou uma nota de esclarecimento repudiando a postura do jornalista e da empresa que ele representa (leia aqui), atitude que já deveria ter sido tomada há muito tempo. Eu já comentei mais do que devia sobre esse indivíduo aqui no blog, meu asco ao babaca não se deve ao fato de ele apenas publicar coisas negativas sobre o Palmeiras, até porque o dever de um jornalista é de difundir a verdade seja ela agradável ou não, mas nesse caso o grande problema do tal Perrone é que ele se pauta em fofocas, boatos muitas vezes absurdos ou até em suposições retratadas como informações. O que é questionável (que também foi questionado na nota do Palmeiras) é como um site como o UOL, que pertence ao grupo Folha, abriga esse tipo de jornalismo vulgar? A resposta é simples e está no conceito de venda de espaço publicitário na internet – pageviews. Mas será que a Folha se submeteria a isso? Sim! Por dinheiro sim!
A mídia tradicional em que a Folha reinou por muitos e muitos anos sofreu um forte impacto com a internet. A grana aos tubos que entrava com publicidade nos jornais impressos foram pulverizadas para outras alternativas mais modernas e dinâmicas. Mesmo tendo entrado com força e capital nesse novo meio as mídias tradicionais se depararam com novos concorrentes, com estruturas muito mais enxutas ou com aporte de grupos internacionais. Quem trabalha com marketing sabe que a luta por anunciantes se tornou muito mais voraz e inevitavelmente o valor de veiculação de anúncios caiu muito. Para se ter uma noção é só acompanhar alguns minutos de intervalo comercial de uma emissora qualquer, se há 20 anos atrás só empresas de grande porte apareciam, hoje é muito frequente filmes publicitários de empresas pequenas dos mais variados segmentos. Sendo assim os frágeis valores éticos que pelo menos na teoria norteavam a imprensa brasileira foram para o beleleu e hoje é um pega para capar danado que tornou comum esse vale-tudo por audiência. Outra peculiaridade é que na mídia impressa o que esta escrito não se apaga, sendo necessário, quando se erra, fazer a devida errata, já na internet a tal da errata foi exterminada, simplesmente se apaga o conteúdo e pronto! Ele não existe mais! Nem George Orwell imaginava que existiria algo assim!
Se o UOL mantêm e tal Blog do Perrone é que com certeza esse deve dar uma porrada de pageviews e muito lucro ao site, cada clique curioso e indignado de um palmeirense no link da notícia gera receita ao Uol e ao babaca blogueiro, isso só da força para que eles prossigam fazendo esse tipo de trabalho e enfraquece aqueles que tentam manter um pouco de dignidade nesse meio tão prostituído. Cabe a nós não os prestigiar com nosso valioso tempo.
Palmeiras x Tijuana
Ansiedade demais para comentar a respeito. Essa noite até sonhei que o Palmeiras estava na final da Libertadores.