quinta-feira, 28 de julho de 2011

Um bom prato e um prato cheio

Imagine uma situação...

 

Você vai diariamente almoçar em um restaurante Self Service perto de seu trabalho e devido as opções sempre parecidas e limitadas, já balanceou seu prato de forma a atender seu gosto e necessidade. De repente o restaurante decide se reestruturar e passa a oferecer mais opções de comidas, empolgado você faz uma mistura daquelas, junta strogonoff de frango junto com uns pedaços de alcatra, camarão na moranga junto com torresmo, etc e tal. O resultado é um prato pesado onde não há harmonia entre os sabores e você acaba detestando a comida. É a diferença entre um bom prato de comida e apenas um prato cheio dela.

Com o Palmeiras aconteceu exatamente isso. O time já tinha se adequado a algumas ausências e falta de peças e vinha tendo um desempenho razoável, mas agora com o retorno de Valdivia e a vinda de Maicon Leite e Gerley, me parece que o técnico tem tentado escalar todo mundo mas o time não está encaixando. Claro que o importante é a vitória, mas ontem mais uma vez, na minha opinião, o Palmeiras jogou mal e se tivesse perdido também não seria um resultado absurdo. Wellinton Paulista foi péssimo, só não foi pior pois pegou pouco na bola. Valdivia também não sei o que acontece, errando muitos passes e dribles, longe daquele jogador que a torcida aprendeu a gostar, se fosse só ele tudo bem, mas parece que Maicon Leite deu uma travada também, jogador habilidoso e rápido que é, parece que não está a vontade com essa formação. Outro que esteve aquém do que costuma ser foi Cicinho, arriscou poucas jogadas de linha de fundo ou de penetração. Não tenho certeza se o esquema não funcionou pelo declínio técnico de alguns atletas ou se esse declínio é em virtude do mal posicionamento do time em campo.

O destaque positivo na minha opinião foi João Vitor, que substituiu Valdivia e mostrou mais habilidade que os demais volantes do time. Creio que seja interessante até testá-lo no lugar de Marcos Assunção, que também não atravessa bom momento. Outra mancada do Felipão foi ter entrado com Chico no final do jogo no lugar de Maicon Leite. A intenção foi segurar o resultado mas o efeito foi o contrário, pois o Figueirense passou a dominar o jogo. Em outros jogos fora de casa foi a mesma coisa e o Palmeiras acabou tomando o gol de empate. Chico é ruim! Sabe pato, que não nada, nem voa e nem anda direito? O Chico é parecido. É estabanado na marcação, ruim com a bola nos pés e pior ainda nas finalizações.

De qualquer maneira foi importante esses 3 pontos que recolocou o Palmeiras no G4. Isso é bom para auto-estima do grupo e para o campeonato também, pois mantendo-se próximo aos primeiros colocados pode diminuir o peso da sul-americana. Agora esperamos que o técnico seja capaz de encontrar a formação ideal com todo mundo disponível e que alguns jogadores voltem a apresentar o futebol que costumam ter.

 

Feelings

 

Ontem a impressão é que todos rivais iriam golear e só o Palmeiras empataria. Toda hora aparecia um gol na tela sendo marcado pelo Santos ou pelos bambis. No final o Palmeiras marcou o seu, os bambis quase tomaram um empate histórico e o Santos tomou uma virada histórica. No frigir dos ovos até que nos saímos melhor. Só sinto pelo Santos, que apesar de torcer contra, torço mais contra ainda o Flamengo – A galinhada do RJ.

 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A era dos fanfarrões

Imaginem a repercussão da seguinte notícia:

 

Um diretor de marketing de time de futebol americano da NFL, declara que vai comprar um jogador brasileiro. Para defender sua estratégia o diretor alega que, apesar da falta de qualidade do brasileiro a idéia é transmitir os jogos do time aqui no país e vender camisas, ainda acrescenta "a brasileirada vai ficar empolgada ao saber que tem um deles jogando na nossa liga e imagine quantas camisas com nome Silva, Pereira, Lima, seriam vendidas naquele país'.

De imediato haveria protestos no Twitter e manifestações inúmeras, chamando o tal diretor de preconceituoso, imperialista, entre outros adjetivos, e com razão, afinal é grosseiro tratar um povo apenas como massa de consumo e achar que ainda somos primitivos a ponto de trocar um espelho por uma pepita de outro.

Pois tal atitude acaba de ser tomada por aquele imbecil do diretor de marketing do Corinthians – Luis Paulo Rosemberg. Graças a insignificância do Corinthians essas declarações não surtiram grande efeito, afinal, apesar da megalomania e do complexo de Napoleão que afetam os dirigentes corintianos, esse tipo de atitude acaba sendo encarada como mais uma fanfarronisse. Fala a verdade! Imaginar que os chineses passarão a acompanhar o Corinthians, comprar camisas, só porque o timeco da marginal fez um favor de botar um chinês para jogar é demais né? Só pode ser brincadeira um negócio desses.  

O pior é que esse babaca tem feito escola no futebol nacional, isso porque alguns acharam genial a sacada com o Ronaldo Fenômeno e agora tentam trazer também craques latas-velha da Europa para tentar angariar suas receitas de marketing. Veja que nenhum clube está preocupado em pagar suas dividas, é incrível o fato do Corinthians e Flamengo estarem devendo fortunas e mesmo assim contratarem, contratarem e contratarem. Há quem acredite que essa incrível engenharia financeira se deva apenas as estratégias expansionistas de marketing e as excêntricas idéias do fulano acima citado, quando na verdade a grande sacada foi no backstage, nos conchavos, nas alianças e na influência com as pessoas que comandam tudo por aqui.

Infelizmente a era dos fanfarrões chegou e pelo que parece continuará se expandindo pelo futebol brasileiro. Dezenas de cartolas bolando estratégias mirabolantes para dominar o mundo, aumentar receitas, repatriar mercenários, se esquecendo que a grande e única finalidade do futebol para o torcedor é o seu time honrar a camisa dentro de campo.  

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Naming Rights Itaquerão

Banho de água fria

Existem derrotas que doem, irritam ou nos deixam revoltados, mas há o tipo de derrota que simplesmente nos desanimam, e ontem foi uma delas. Eu até tinha escrito por aqui que o Palmeiras, mesmo perdendo, geralmente jogava melhor, mas no empate contra o Flamengo e na derrota de ontem contra o pífio Fluminense, o Palmeiras jogou mal - muito mal. Infelizmente nós palmeirenses já estamos nos acostumando com anos perdidos, cada um desses com a desculpa pronta: não houve tempo para entrosar o time, perdemos peças importantes, esse é um ano de reestruturação, entre outras. Rezo para que esteja errado, mas ontem o time do Palmeiras me passou uma sensação de que não é capaz de ganhar jogos que precisa ganhar. Era uma obrigação ganhar do Flamengo depois do episódio do Kleber, mas não ganhou; Era questão de honra acabar com o Fluminense depois de mais uma apunhalada, mas novamente o time não ganhou. Como podemos acreditar que um time desses, na hora de um jogo decisivo do Brasileiro ou Sulamericana vai corresponder?

O time que entrou ontem contra o Fluminense é o que temos de melhor, com exceção da zaga e da lateral esquerda, mas pelo que me parece Felipão ainda não conseguiu fazer uma boa omelete com esses ovos e o time não se encaixou. Na cabeça do técnico Kleber é o atacante centralizado, M. Leite cai pela direita, Luan pela esquerda e Valdivia distribui a jogada, mas na prática essa formação não funcionou em nenhum momento do jogo, digo isso porque as chances que o Palmeiras teve foram de jogadas fortuitas e não trabalhadas. Sei que essa formação que entrou em campo ontem nunca jogou junta e é normal o desentrosamento, mas o assustador foi o número de passes errados, chutões, tentativas bizarras de levar sozinho a bola até o gol, cruzamentos sem propósito e a baixa qualidade técnica de alguns jogadores. Até atletas que vinham mostrando um bom futebol ontem deixaram a desejar. Cicinho não acertou uma jogada de linha de fundo, Maicon Leite, com exceção de uma chance de gol, estava perdido em campo, Marcos Assunção fracassou em todas as bolas paradas e Valdivia errando muitos passes e dribles nem parecia o que vi jogar na seleção chilena dias atrás. O ataque parecia estar sempre bem marcado e não conseguia trocar uma seqüência de 4 passes certos. O Luan foi péssimo, talvez o pior (conseguiu superar o Rivaldo nesse quesito), além do gol feito que perdeu, corria como uma vaca louca em jogadas que resultavam em nada. Apesar da insistência do técnico o jogador não tem condição alguma de compor o lado esquerdo palmeirense, é muito esforçado, mas tecnicamente muito grosso, alias, o lado esquerdo do Palmeiras esteve assustador.  O Fluminense também não fez uma grande partida, mas principalmente no segundo tempo, jogou melhor que o Palmeiras, tanto que teve um gol legitimo anulado pouco antes de marcar o gol da vitória.

Com isso o Palmeiras saiu do G4 e o pior, deparamos com uma realidade angustiante. O time é esse aí, não há mais grandes reforços para estrear ou retornar, nem um elenco com peças melhores a disposição. A opção quando o Kleber está machucado é o sosso Dinei ou o virtual W. Paulista; o Patrik ou o Tinga também não garantem muito mais qualidade que o Luan no meio campo; o Gerley ainda é uma incógnita; Henrique é um bom zagueiro, mas não será capaz de fazer muito mais que esses que aí estão; o Valdivia tem potencial, mas não se sabe até onde aguenta. Resta-nos a esperança na evolução técnica (e na saúde) dos poucos talentos que temos, num melhor entrosamento das peças e torcer para a sorte soprar a nosso favor em partidas decisivas.

O campo

Não vejo o campo como grande desculpa para uma atuação medíocre, até porque contra o Flamengo o jogo foi no Pacaembu e não foi muito diferente, mas é vergonhoso assistir dois times profissionais jogarem em um pasto daqueles. Ainda mais sendo em um campeonato de série A organizado por uma federação milionária. Deveria haver o mínimo de critério para a autorização de um mando de campo.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

As mentiras que as estatísticas contam

Ontem o time do Fluminense fez aniversário, a apresentação do tal Matinuccio foi o símbolo máximo da celebração de uma história de falcatruas e sujeira do pós de arroz do Rio, um time que chegou ao limbo da série C e se não fosse uma trama suja, daquelas típicas do nosso futebol, talvez hoje fizesse companhia a outros times menores e mais honrosos do Rio de Janeiro, como Boa Vista, Volta Redonda e America.  Mas apesar da data a ser celebrada, os mais de 3 milhões de torcedores fluminenses não foram capazes de colocar sua hashtag em primeiro lugar no Brasil, missão não tão hercúlea, tendo em vista que fatos de tão menor expressão já conseguiram.

É lógico que a torcida palmeirense é muito maior que a torcida desse timeco, mas hoje em poucos instantes a hachtag #PalmeirasCampeao51 já figurava no topo do Top Trends nacional, concorrendo com ações promocionais de grande impacto. Algo semelhante ocorreu há pouco em relação ao aniversário da conquista da Libertadores da América. Um internauta mais atento notará que tópicos relacionados ao palmeiras constantemente estão entre os mais comentados. E qual o porquê? Por que a torcida do Palmeiras é sem dúvida a mais fanática do Brasil. Arrisco a dizer que se essas estatísticas, que contabilizam opinião de qualquer Mané, daqueles que escolhem o time do momento como escolhem música, filmes e roupas, não retratam corretamente as torcidas no Brasil. Tenho certeza que se houvesse um meio de entrevistar apenas aqueles que de fato são torcedores, esse ranking mudaria de modo surpreendente.

O Palmeiras não é um time simpático à mídia, nem um time que uma candidata a miss ou político populista diria que torce para parecer popular, pelo contrário, o time vive sendo esculachado pela imprensa esportiva que distorce o já conturbado ambiente do time, mas mesmo assim basta você sair de casa em um fim de semana qualquer e constatar que o palmeirense ostenta sua camisa mais do que qualquer outro torcedor. Nasci em 1980 e peguei 13 dos 17 anos de fila, não comecei a torcer pelo Palmeiras por causa de nenhum grande time ou título e sim por amor passado de pai para filho, presenciei uma década gloriosa ao fim desse longo jejum, em contra partida também já vi jogadores grotescos ou de mau caráter desonrarem o manto sagrado e proporcionarem catástrofes vexatórias, mas em ambos os momentos mantive-me torcendo do mesmo jeito.Noto que a maioria dos palmeirenses são semelhantes a mim. Pode-se falar que somos bipolares, que oscilamos do inferno ao céu em poucos minutos, mas jamais vou aceitar a tal "tendência de queda" no número de torcedores que apontam essas pesquisas mequetrefes, porque o que oscila é nosso humor e não o nosso amor. Nossa torcida não tem desvios, nosso número de torcedores é e sempre será constante, não difundimos nossa paixão através dessas atrocidades de batizado, licenciamento de bichinhos de pelúcia, campanha de marketing com frases feitas ou lobby com meios de comunicação, passamos essa herança doutrinando nossos descendentes e esses se tornam tão ou mais fanáticos que nós mesmos.

Por isso meu amigos, mesmo sem argumentos quantitativos, desqualifico todas essas pesquisas do IBOPE ou Datafolha, só vou considerar quando fizerem uma pesquisa qualitativa que mensure quantidade de torcedores com qualidade, por enquanto, prefiro levar em conta as minhas próprias análises.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Fair play é o catzo


Já tinha escrito aqui mesmo a respeito de um jogo entre Inter e Palmeiras, em que o jogador Oscar do Inter ignorou o zagueiro machucado do Palmeiras, seguiu com a bola e deu seqüência a jogada que originou em gol. Na oportunidade alguns jogadores do Palmeiras também reclamaram, mas não vi todo esse clamor dos guardiões sagrados da ética no futebol, lógico que quando a coisa é contra o Flamengo o senso de ética destes fica ligeiramente mais aguçado.  A Ética é subjetiva, principalmente dentro de um esporte de competição, portanto não há espaço para bom senso, cada qual defenderá seu lado e apresentará seus álibis. É ético, por exemplo, usar o fairplay como artifício para fazer cera? Portanto meus amigos, acabem logo com essa merda figurativa de Fairplay.

Obs: Notem no vídeo, no replay do gol, o jogador do Palmeiras caído.
  

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Está na hora de escolher seu lado

Não tenho absolutamente nada contra o Presidente Arnaldo Tirone, nem mesmo pelo fato de sua candidatura ter sido apoiada pela figura mais nefasta da história do Palmeiras, pelo contrário, ele até me parece um sujeito bacana, bonzinho e altruísta, mas definitivamente esse não é o perfil do presidente de um clube como Palmeiras. Tirone não tem positividade nas suas afirmações, não tem aquela traço de loucura característico nos grandes líderes, que causa desconforto naqueles que tentam confrontá-lo, pelo contrário, o presidente palmeirense demonstra aquela passividade, diria até que uma sensação de covardia. Não foram raras as oportunidades em que ao ser questionado sobre um tema polêmico, Tirone ficou em cima do muro, tentando se esquivar para não ficar mal com ninguém, chegando ao grau patético de dizer que como bom católico confiava que Deus cuidaria de tudo e realmente deve ser ele um bom cristão, pois quando alguém lhe bate em uma face, logo ele serve a outra.
O futebol e nunca foi lugar de homens santos, mas com a anabolização dos empresários e com a supervalorização de jogadores medíocres, o meio se tornou inóspito para fracos ou ingênuos. Vejamos os exemplos recentes, com toda essa palhaçada envolvendo Kleber, Pepinho e Flamengo, até agora não se há uma conclusão se o jogador quer ir ao Flamengo, se quer aumento ou se o time carioca apenas está armando tudo isso por retaliação; ou no caso Martinuccio, onde o Luan com grife argentina assinou com o palmeiras e agora está prestes a assinar com o Fluminense e causar um imbróglio jurídico. Em ambos os casos o presidente sempre tratou adversários sujos como times de respeito e quem trata cobra como totô é sempre picado. Tirone tem que se posicionar de modo firme e até ofensivo quando for necessário, não da para ficar bem com todo mundo.
Certa vez, em uma entrevista ao JT, Tirone fez a analogia do Palmeiras com o filme Poderoso Chefão, que você almoçava com o cara amistosamente e ao se levantar levava um tiro nas costas, pois então presidente, use essa analogia para si e lembre do personagem do Michael Corleone, que no início não queria se envolver nos negócios da família, mas que vendo que a família corria perigo, posicionou-se com firmeza, eliminou seus inimigos e tornou-se o novo Capo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Entre mortos e feridos

 Ontem tivemos um desfecho patético a uma guerra nonsense. Através de seu site oficial o Flamengo desistiu da contratação de Kleber e logo em seguida anunciou que pode entrar na briga por Tevez, parece que esse novo contrato com a TV deixou alguns dirigentes de clube mais melomaníacos e populistas que o comum. Agora resta contabilizar os mortos e feridos e ver o que restou em um terreno devastado por declarações ridiculas feitas, por um empresário inconseqüente e um jogador que a torcida precipitadamente qualificou como ídolo.

A barganha por melhores salários é uma constante nas janelas de transferência. Até um ídolo como Rogério Ceni já barganhou um aumento ao São Paulo com uma pseudo-proposta do Arsenal em mãos, mas na maioria dos casos a situação é resolvida sem grandes traumas. É óbvio que houve muita falha de comunicação nessa história, e as partes envolvidas, principalmente o jogador e seu empresário, trilharam o caminho da discórdia e não do acordo. Parece-me que o jogador foi oferecido ao Flamengo por uma multa recisória (errônea) relativamente baixa para os padrões de um jogador de ponta e o time se empolgou e foi para cima, porem, ao saber da real multa que envolvia a rescisão do jogador não restou oura alternativa ao Flamengo a não ser pedir via imprensa que o jogador forçasse sua saída sem ônus ao rubro-negro. Nesse meio tempo inúmeros jornalistas cravavam que Kleber já era do Flamengo e que a multa não era a anunciada pelo Palmeiras. Por sua vez o empresário de Kleber, nessa altura já ciente da inviabilidade do negócio, ao invés de poupar seu cliente das críticas da torcida e tentar um reajuste por outros meios, resolveu em conjunto com o atleta se negar a fazer a 7ª partida. Veja bem, se o Kleber jogasse contra o Santos e manifestasse que a intenção dele nunca foi a de deixar o Palmeiras, mas que esperava ser valorizado, pois mesmo machucado estava entrando em campo... tenho certeza... a torcida iria ficar ainda mais de seu lado. Mas o caminho foi o contrário, e muito contrário.  Depois que Kleber saiu da concentração para realização de um exame particular para tentar atestar sua ausência no clássico, o que se viu foi uma repulsa por grande parte dos palmeirenses, que passaram a o julgar como um comum - mais um jogadorzinho daqueles que beija qualquer escudo por um $ a mais. No dia seguinte, sentindo que naquele momento qualquer atitude de retaliação por parte da diretoria seria bem acatada pela torcida, começou o plano B de Kleber e Pepinho – demonizar o diretor de futebol Roberto Frizzo – e de forma grosseira, vulgar e agressiva. Kleber chamou o diretor de Palmeiras de covarde, sem caráter, medroso, ofensas que jamais deveriam ser deferidas a um senhor, que por mais que discordemos de algumas posições, até que provem ao contrário é uma pessoa distinta e elegante. Agora já ciente que não será negociado, Kleber segue querendo provar sua versão e mantêm alegando dores nas coxas e treinando em separado. Após o Tsunami de declarações do fim de semana o que teremos é uma Guerra Fria entre o jogador e a diretoria, cada lado com sua verdade e sua mágoa. Infelizmente parte da torcida instintivamente quer acreditar no seu ídolo e acaba o apoiando nessa atitude de indisciplina que pode acarretar na perca de comando da direção alviverde, alias, vale lembrar que Kleber entre suas metralhadas, acabou citando Valdivia e Lincoln, como injustiçados também.   

Na minha opinião a torcida deve ficar a favor de Roberto Frizzo, independente de convicções políticas. Não vejo erro do dirigente, Kleber está sob contrato e não se pode aumentar o salário de um jogador em quase 100% de uma hora para outra, fora que isso abre precedente para qualquer jogador alegar o mesmo e pedir aumento. Temos a obrigação de evitar esse linchamento público sofrido pelo vice-presidente, até porque não sabemos a real intenção por trás disso.

Agora vamos aguardar para saber as próximas cenas. É uma realmente uma pena tudo que tem acontecido, pois nós palmeirenses deveríamos estar apenas felizes com os bom desempenho que o time vem tendo no campeonato brasileiro.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Palmeiras x Santos

O anti-climax do clássico

 

Não havia clima pior para jogar um clássico e isso graças ao outrora ídolo - Kleber. O jogador que tem a 7ª partida não realizada como barganha para pleitear um melhor salário ou uma transferência para o Flamengo, tomou uma atitude ridícula no sábado pré-jogo. Liberado pelo departamento médico para o clássico o jogador resolveu deixar a concentração e realizar exames particulares para tentar justificar o injustificável. O jogador e seu empresário estão conduzindo muito mal essa negociação e praticando o anti-marketing pessoal,  pois infelizmente ele ficará marcado por esse episódio como "jogador problema". Como diria a frase: "Amizade é como café, uma vez que esfria, mesmo se depois reaquecida, jamais terá o mesmo sabor." Creio que Kleber, mesmo que fique no Palmeiras, jamais alcançará o mesmo status novamente. Agora resta saber quais serão as conseqüências desse ato e o desenrolar dessa história, creio que a diretoria palmeirense tem de ser racional nessa hora, afinal o jogador foi um alto investimento. Se for o caso dê um aumento progressivo para mantê-lo no time, mas se a vontade do atleta seja mesmo de ir para o Flamengo, exija o pagamento da multa ou de um valor que compense e denuncie a ação de assédio do time da Gávea à FIFA.

 

Patricia Amorim

 

O time é o espelho de seus dirigentes. O Flamengo é como uma legião de mercenários que encontraram seu espaço sobre a batuta de uma presidente e um técnico de histórico atribulado. Os jogadores mais malas do futebol brasileiro se reúnem hoje sobre a camisa rubro-negra: Felipe (ex-corinthians), Deivid (ex-palmeiras), Thiago Neves (ex-fluminense), Ronaldinho Gaucho (símbolo mor do fracasso de 2006) e Wanderley Luxemburgo. E é esse time que agora pretende agregar Kleber ao seu plantel. As declarações da presidente Patricia Amorim na ultima entrevista dada ao site da Globo foram nojentas, capciosas e um desserviço ao futebol brasileiro, por essas e outras que entendemos por que certos problemas aqui são recorrentes e inevitáveis. No momento que a tal senhora diz: "Uma coisa eu aprendi no futebol. Quando o jogador quer ele sai, derruba técnico, etc. A vinda ao Flamengo agora só depende do Kleber." Para um bom entendedor isso significa: "O Flamengo não tem o dinheiro para pagar a rescisão total, mas se o jogador forçar a barra, o time pode ser obrigado a negociar." Essa é uma atitude passiva de punição pela FIFA, pois times da Europa, inclusive o Chelsea, já foi punido por assédio de jogador sob-contrato. Mas é lógico que nesse caso nada vai acontecer, afinal, estamos no Brasil e o time é o Flamengo. Tem cara na imprensa cravando que a multa é de apenas 6 milhões de euros, dentre eles o "imparcial" Benjamin Back. Oras, se o Flamengo já tem o dinheiro para multa e o jogador quer ir para o Flamengo, por que até agora a negociação não foi concluída? É evidente que a multa é maior. Outra declaração polêmica da "sensata" presidente foi a de que no Flamengo o jogador teria mais exposição. Bom.. sejamos lógicos, de fato o Flamengo possui a maior torcida do Brasil, mas é fato também que o Palmeiras têm mais jogos televisionados pela Globo no primeiro turno. E por que será? Por que será que até agora o Flamengo não conseguiu os patrocínios esperados pelo Ronaldinho Gaúcho, mesmo tendo toda essa exposição? E por que o Flamengo, essa imponente vitrine, não consegue vender jogadores a grandes times europeus e nem sequer fornece jogadores para seleção? Por que mesmo sendo o Flamengo a maior torcida do Brasil, tem suas receitas de patrocínio menores que do Palmeiras que é apenas a 4ª maior torcida do Brasil?

 

Lincoln

 

Finalmente este deve estar dando "adeus" no Palmeiras. Financeiramente deve ter sido uma das piores contratações da história palmeirenses. O jogador custou alto e com juros, devido a divida que o time assumiu com o próprio jogador, que pagou do seu bolso a transferência para depois ser reembolsado. Seu salário era um dos mais altos do elenco, superando até o de Kleber. Apesar de sua boa qualidade técnica o jogador sempre esteve aquém das condições físicas ideais para um jogador profissional de futebol e nas poucas partidas que atuou, teve participações apagadas com alguns lampejos de bom jogador. Na maior parte do tempo esteve machucado ou foi preterido. Lincoln é um sujeito aparentemente inteligente, de boa conduta que também muitas vezes foi injustiçado pela diretoria alviverde, afinal, ele não teve culpa do mau negócio.  

 

 

Finalmente Palmeiras x Santos. Massacre!

 

A despeito das atenções voltadas ao caso Kleber o Palmeiras entrou em campo muito bem e desde o início foi muito superior ao time santista. Muitos atribuem aos desfalques do outro lado, mas o Palmeiras também vem jogando com desfalques importantes, além de que, se as previsões se confirmarem, Neymar, Ganso, Danilo e Alexandro devem deixar o peixe, ou seja, o time será basicamente este para o resto do brasileiro. A superioridade em campo logo resultou em gol, jogada pelo meio, Luan encontro Maicon Leite entrando livre na área, que driblou o goleiro e marcou o primeiro gol contra seu ex-time. O Palmeiras prosseguiu mandando no jogo, Marcos Assunção cobrou escanteio, Maurício Ramos subiu e marcou o segundo do verdão. Quando a coisa ta boa até Luan da passe de trivela, dessa vez encontrou Patrick pela esquerda, que errou na primeira tentativa, a bola voltou para ele que dessa vez acertou um chute incrível para marcar um golaço. Ainda no primeiro tempo Luan quase marca mais um em uma jogada de linha de fundo de Gabriel Silva. No segundo tempo o palmeiras parecia satisfeito com o resultado e passou a atacar menos. O Santos melhorou com algumas substituições, mas ainda muito fraco para esboçar uma reação. No final do jogo mais uma vitória do Palmeiras sobre o Santos, e dessa vez de forma imponente e incontestável, que serviu para o time manter-se no bloco dos 4 melhores do campeonato.

Obs: Valdivia voltou muito bem pela seleção chilena, se voltar nesse gás, dará um grande upgrade no time.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

América/MG x Palmeiras

Pouca coisa a falar do jogo de ontem. Palmeiras mais uma vez jogou mal fora de casa e empatou com o fraco América de Minas. Tenho certeza que muitos times grandes perderão pontos assim, mas o que chateia o palmeirense são as indefinições quanto a quem vai, quem fica e quem vem. Domingo o Palmeiras pega o Santos com a zaga desfalcada, sem peças para reposição fica preocupante a situação. Creio que hoje não é dia muito favorável à previsões, pois o jogo de ontem realmente me desanimou. Espero que no mínimo o time se fortaleça e tente a conquista da Sulamericana, pois com o elenco reduzido e com essas constantes crises, o Brasileiro fica difícil.

Lincoln

Não da mais! O Lincoln não tem mais condições físicas e técnicas para jogar futebol em equipes de ponta. Ele não merece o que ganha, o que custou e o que causa. Essa foi uma herança realmente maldita, pois hoje além de peso morto, serve como referência salarial para todos que pedem aumento.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Martinuccio, Maicon Leite, Kleber e Mustafá.

Faz um tempo que não escrevo por aqui, na verdade desde a derrota do Palmeiras para o Ceará, portanto há coisas pra caramba que tentarei resumir.
Martinuccio – Foi confirmado um pré-contrato entre o jogador e o Palmeiras. Apesar de muitos já terem confirmado a notícia, o primeiro jornalista que bancou foi o Alex Muller da Rádio Bandeirantes, jornalista esse extremamente bem informado sobre Palmeiras. Recomendo na todos palmeirenses ler seu blog. Acho que não podemos bancar que o cara é bom ou ruim ainda, acompanhei poucos jogos dele e até pelas circunstâncias dos jogos não deu para tirar conclusões. Quem assistiu os jogos do Ganso na Libertadores também não tiraria grandes conclusões a respeito. Portanto é aguardar. Ele é canhoto e joga pelas pontas, deve ser substituto do Luan.
Maicon Leite – Ótima estréia! Veloz e tem boa finalização, lembra muito o Euller, porem pouco menos velocista e mais habilidoso, mas também precisamos aguardar. Parece ter um bom caráter, até pela forma limpa como deixou o Santos, mas essa besteira de não comemorar o gol contra ex-time é foda. A comemoração não é menosprezo ao time rival e sim um momento de felicidade por ter conseguido alcançar o maior objetivo do jogo. Mas isso virou moda entre os jogadores também né.
Kleber – Ao que me parece ficará no Palmeiras, todo esse rebuliço serviu para o jogador pedir um bom aumento de salário e o Flamengo, pra variar, colaborou com isso. Notem que o Flamengo tem em seu elenco inúmeros jogadores fanfarrões: Felipe, David (zagueiro), Thiago Neves, Ronaldinho Gaúcho, Luxemburgo, etc. Segundo nosso Julian Assange (Perrone), Kleber pode ganhar um aumento de R$100 a R$150 mil. A despeito de ele merecer ou não, a forma como isso tem sido conduzida é desastrosa e arranhou a imagem do jogador junto à torcida. Hoje mesmo o empresário Pepinho postou no Twitter uma congratulação ao Inter por ter renovado com Leandro Damião, independente do contrato estar no fim ou haver alguma proposta, uma indireta clara a diretoria palmeirense que logo em seguida foi desmentida, ao melhor estilo "morde e assopra". O próprio se tocou que é uma analogia sem cabimento, sendo o Leandro Damião um jogador recém saído da base e com rendimentos bem menores que do Kleber. Uma renovação do Leandro Damião agora serve também para proteção, aumentando a multa rescisória.
Mustafá – O ex-ditador palmeirense, em entrevista a diversos meios de comunicação, afirmou que está rompido com o presidente Tirone. Por favor, não interpretem como uma piada, mas o Kadafi alviverde soltou essa: A atual gestão é menos democrática que a anterior, não escutam ninguém. Paradoxal não? Não se animem muito palmeirenses, apesar da grande chance do nosso presidente romper de vez com esse cancro, me parece que há um movimento de reconciliação. Talvez o gordo apenas tenha feito um draminha para chamar a atenção do presidente, que sabe também que Mustafá ainda tem muitos capachos seguidores.

Seleção
Admito ter uma grande dificuldade em torcer pela seleção brasileira, geralmente tento ser indiferente, pois sou tentado a torcer contra. E por favor, não venham os guardiões do sentimento patriótico com aqueles clichês galvaobuênicos batidos, detesto essa gente que aflora seu amor a pátria em dias de jogos e nem sabe que se passa em épocas de eleições. Minha repulsa a seleção não é pela falta de “amor a pátria” e sim pelo clima patético que a rodeia, criado principalmente pela emissora que a promove – a Rede Globo. O tratamento dado ao futebol em dia de jogos da seleção parece de uma Micareta – é futebol empacotado para quem não gosta de futebol – artistas globais comentando e mostrando seu entusiasmo, torcida com faixa “me filma Galvão”, reportagem sobre a “baguncinha” do Robinho com os companheiros, sobre o penteado do Neymar e aquelas frases feitas do tipo: o jeito moleque de jogar futebol; país do futebol arte; a ginga do brasileiro; etc. Isso tudo me enoja muito e creio que contagia os jogadores e a torcida da seleção.
Notem que quando o Brasil pega adversários considerados “fracos”, geralmente joga muito mal, e por um simples motivo, sentem-se na obrigação de dar show. Quando joga contra Alemanha, Itália ou Argentina, por exemplo, não há essa cobrança e a seleção acaba de fato dominando o jogo. Tenho certeza que se o Brasil abrisse o placar contra a Venezuela começaria aquele festival de toquinho de calcanhar, passada de pé em cima da bola, tudo para o papagaio mor da nação narrar: Olha o Neymar aprontando das suas; Olha que esse menino Ganso joga de bola; Vai Robinho, pedala pra cima deles. Sério, isso é asqueroso! Aí a torcida presente, os mesmos que passam o carnaval em Salvador, vai ao show do U2, Rodeio de Barretos e jogos da seleção, perde a paciência ao assistir um jogo difícil e começa a vaiar.
A Venezuela endureceu para o Brasil, como irá endurecer para qualquer outro adversário, se não entrar em campo com objetividade e seriedade, não vai ganhar. Isso serve para Perú, Bolívia e Equador, esses times não são mais aquele saco de pancadas de antigamente e o Brasil não é o Dream Team mundial.
Ranking
Ontem os santistas ficaram orgulhosos ao ver que seu time foi listado entre os 10 melhores do mundo pelo tal IFFHS. O que é motivo de orgulho para os sardinhas, para mim é motivo de descrédito, não por achar que o Santos não está entre os 9, pelo contrário, acho até digno que esteja entre os 5, mas a posição dos outros times brasileiros que estão em posições absurdas. Por exemplo, o Palmeiras ocupa a posição de 53º, São Paulo 121º e Corinthians 140º. Cara, reflita: Será possível que existam no mundo 139 times melhores que o Corinthians por exemplo? Façamos uma reflexão rápida, na pior das hipóteses vamos colocar na frente dos times nacionais 6 times ingleses (M. United, M. Citty, Chelsea, Liverpool, Arsenal e Totehan), 3 times espanhóis (Barcelona, Real Madrid e Villa Real), 4 italianos (Milan, Inter de Milão, Juventus e Roma) e 2 alemães (Bayern de Munich e mais um outro), quem mais estaria na frente dos times brasileiros? Quais são os outros? Da Ucrânia, Turquia, Rússia, Japão, Argentina, onde há um futebol mais forte que o nosso? Sinceramente até entendo que a uma metodologia para esse calculo, mas não posso concordar que uma vitória do Fenerbach sobre um time qualquer da Turquia possa valer mais do que uma vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro. Eles devem utilizar um peso ínfimo para os campeonatos sul americanos e superestimar qualquer campeonato europeu, até o torneio da UEFA, que acabou credenciando o Porto como melhor que o Santos que acabou de conquistar uma Libertadores da America.