segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Canindé nunca mais!


Sou adepto ao pensamento que a vida sempre lhe cobra uma hora ou outra de alguma coisa, como diz o ditado cristão: "o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória". O Palmeiras fez sua última partida oficial no Palestra Itália no dia 22 de maio de 2010 conquistando uma bela vitória sobre o Grêmio por 4 x 2, de lá para cá muitos imbróglios envolvendo documentos, licenças municipais, brigas políticas, ações judiciais e discussões banais fizeram com que as obras de fato engrenassem com 1 ano de atraso. Sem estádio a opção óbvia seria levar os jogos ao Pacaembu, afinal, além de mais próximo a casa oficial do Palmeiras também é um estádio acostumado a receber grandes clubes. Mas nossa atual gestão decidiu inovar e encontrar uma opção genérica. Cercada de argumentos supersticiosos encobrindo motivos puramente econômicos, foi então eleito o Canindé como casa provisória do Palmeiras criando uma amizade entre as diretorias do Palmeiras e Portuguesa. Lembrando que a Portuguesa não está na merda que está por acaso, o time do Canindé já jogou duro com o Palmeiras em diversas tentativas de negócios entre os clubes e sua diretoria sempre foi conhecida pelas trapalhadas. Essa "parceria" é como diz outro ditado, da galinha com o porco para fornecer ovos mexidos com bacon, a galinha dá os ovos e o porco o bacon. O Palmeiras nunca teve, não tem e não vira a ter algo a ganhar com a Portuguesa, mas os resultados iniciais do time no estádio do Canindé fizeram com que a diretoria se empolgasse ainda mais com a idéia. Segundo eles o Pacaembu dava azar, pois era casa do Corinthians, já no Canindé o time sentia-se em casa e tinha sorte.

Pois bem, o tempo passou e a breve curva de ascensão que o Palmeiras estava tendo mudou bruscamente de sentido, por motivos muito mais sérios que a própria escolha de estádio, mas originados do mesmo embrião. O time desandou, desanimou e se antes superava algumas limitações com a vontade, agora a falta dela escancaram as deficiências. Concordo que o futebol do time do Palmeiras de hoje caberia até na Javari, mas a torcida poderia estar sendo poupada de algumas humilhações se ao menos a diretoria tivesse a dignidade de mandar os jogos para um estádio mais digno da história do Palmeiras. Sábado a torcida lusitana empolgada com o acesso à primeira divisão teve a audácia de tirar uma onda dos palmeirenses que deixavam o Canindé e houve o inevitável quebra-pau. Vejam só a que nível nós fomos submetidos! Depois do ocorrido o gerente de futebol Sérgio Prado cogitou de não mandar mais jogos ao Canindé! Parece que a amizade ficou abalada.   

 Meu amigo! Não era nem para ter começado mandar jogos no Canindé! Vocês ainda vão estudar se não mandam mais jogos lá? Por favor, ao menos uma vez aja com culhão e nunca mais mande jogos do Palmeiras naquela budega.

Tem hora que é difícil viu!

O futebol

O Palmeiras de fato não tem um bom elenco, mas também não podemos dizer que tem um péssimo elenco. Quando o time estava focado, antes das polêmicas se acentuarem tanto, o Palmeiras conseguia um nível mediano no campeonato e chegou a ser um time dificílimo de ser batido. Claro que nunca houve de fato um futebol efetivo digno de um time campeão, mas confesso que cheguei até a ter esperança de título me baseando naquela coisa de união do grupo e abdicação nos jogos. Não da para afirmar em que ponto a coisa desandou, se foi quando o Kleber recebeu aquela proposta do Flamengo ou quando o Felipão começou a falar mal do time para imprensa, mas o fato é que a coisa desandou muito e alguns começam até temer o rebaixamento. Lógico que isso reflete uma série de coisa que nem conhecemos que extrapolam time e técnico, mas ao que aparenta o elenco não responde mais o comando do Felipão e não da para saber qual é a atitude que a diretoria irá tomar, principalmente sabendo-se que o presidente é um banana do caralho. Como eu disse há alguns posts atrás, grande parte desses jogadores atingiram o ponto máximo na carreira ao jogar no Palmeiras e já sentem que ano que vem devem voltar a defender algum time médio ou pequeno. A reformulação total já não é mais questão de aprimoramento de elenco, mas sim de ter um elenco. Já vejo alguns torcedores questionando se com Felipão a coisa não irá piorar. Também acho que o técnico tem sua parcela de culpa, mas nos últimos anos todos técnicos tiveram a validade curta no Palmeiras, parece que o processo de fritura ali é mais acelerado e creio que a demissão de Felipão só serviria de prêmio a esses vagabundos que tem feito corpo mole. Agora é ficar na torcida para que ao menos vença o Atlético Mineiro fora de casa e espante o fantasma do rebaixamento e ano que vem vamos ver o que irá acontecer.

 

Diretas no Palmeiras

Hoje é um dia muito importante para a vida política palmeirense, sentiremos se ainda há esperança de uma conciliação entre torcida e política do clube ou se haverá o rompimento total e aqueles que hoje estão no poder ignorarão o anseio de 100% dos que amam o Palmeiras.

Não sou sócio do Palmeiras e nem serei, moro longe das dependências do clube e seria impraticável. Sabemos que o Palmeiras tem um belo clube e muitos sócios não são palmeirenses ou nem amantes de futebol - pois isso também não deve ser uma obrigação - mas sei também que há uma quantidade muito grande de sócios que são ótimos palmeirenses e discordam do sistema político que rege atualmente o clube e as eleições diretas para presidente já seria um grande avanço ao ideal. É incabível que um time com uma torcida tão fanática em todo território brasileiro, tenha seu destino partilhado apenas a uma meia dúzia que se perpetuam e legislam pela perpetuação.

Espero que seja implementada eleições diretas no Palmeiras, refutado o conselho gestor e que criem mecanismos para que esse novo modelo não crie vícios e represente o torcedor palmeirense.    

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O que o Kadafi nos ensina

Hoje foi anunciada a morte de Muamar Kadafi. As fotos que circulam na internet mostram um corpo machucado, sujo e morto sem as pompas que outrora ostentou. Por mais de 40 governou a Líbia sob um estado totalitário e nesse período acumulou uma fortuna inimaginável, amigos poderosos e extravagâncias que beiravam a loucura. Parece que essa história é meio clichê quando falamos de ditadores. Recentemente tivemos o final de vida pouco glorioso de Saddan Hussein que se escondia num buraco e fora condenado ao enforcamento pelos crimes de sua ditadura. Final trágico também foi o de Benito Mussolini, que ostentava suas avantajadas bochechas, seu olhar sempre de cima, uma farda impecável negra e seus trejeitos pitorescos que fizeram escola, levou a Itália a uma guerra que não podia ao lado de um aliado tão ou mais megalomaníaco e foi responsável pela morte de milhões de civis, morreu pelas mãos do próprio povo que antes o aplaudira e seu corpo pendurado pelos pés em praça pública para execração. Relatos dizem que seu egocentrismo era tão grande que pediu para que atirassem em seu peito, para não deformarem sua figura.

Em todos os casos esses ditadores possuíam uma quantia tão grande de dinheiro que se quisessem poderiam no meio da história terem fugido e terminar em o resto de suas vidas usufruindo de conforto que a riqueza pode fornecer. Quantas chances Kadafi teve de renunciar quando a revolta ainda não tinha ganho apoio das nações poderosas? Todos sabem que ele era amigo pessoal de Berlusconi e não seria difícil ter conseguido exilo político na Itália e ter prosseguido sua vida praticando seus "Unga Bungas" livremente. Mas existe algo que tem muito mais poder de atração ao ser humano, sobrepondo fortuna, mulheres e conforto – o poder – e esses caras experimentaram o sabor deste poder em doses cavalares e preferiram morrer do que aceitar a perda dele. Nos filmes "Os bons companheiros" de Martin Scorsese têm uma cena que ilustra muito bem isso, quem assistiu sabe do que estou falando, num momento em que o narrado da história (que era gangster), chega com uma mulher em uma boate lotada e consegue entrar pela cozinha do local e o arrumam uma mesa em frente ao palco que haveria um concorrido show. Quando se tem um título de líder, de qualquer categoria, desde dono de boca até presidente dos EUA, há muitos bajuladores, mulheres, ofertas e poder e isso faz com que o sujeito comece acreditar que ele é realmente fodão, começam aí as excentricidades, o culto a si mesmo e a defesa a qualquer custa daquele posto.

Mas que porra isso tem haver com o Palmeiras?

Tem muita coisa, pois há muito cara lá dentro que já teve sua oportunidade de comandar, fracassou, mas não admite ser excluído das decisões. Quando nós torcedores pedimos união e abdicação dos anseios pessoais, para o bem do time, não temos idéia de o quão isso é impossível na mente desses doentes. É evidente que a instituição Palmeiras está agonizando, clamando por renovação, por trégua, por abdicação, mesmo os dirigentes em seu lado racional reconhecem que as coisas passaram do limite e que algo tem que mudar, mas qualquer movimento no sentido em tirar ou distribuir o poder é refutado com veemência. Vejam que coisa mais patética que é essa história de conselheiro vitalício, o que leva um senhor de mais de 80 anos ainda querer dar ordens no futebol? O Mustafá talvez seja o ícone maior dessa doença, ele já foi presidente por mais de 10 anos, não conseguiu nada que presta, é odiado pela torcida, tem dinheiro para viver de outra coisa, mas insiste em tomar o poder para si novamente. Tudo em suas devidas proporções e algo que aconteceu em um país não pode ser comparado com exatidão ao que aconteceria em uma clube, mas está na hora desses caras pegarem o exemplo do Kadafi e cai na real que a paixão extrema pelo poder jamais acaba bem, nesse caso para o torcedor, para o Palmeiras e talvez para os próprios políticos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Figurantes


Nada tenho a acrescentar a essa derrota para o Fluminense do que já foi dito. Já é redundante falar da incompetência da administração, da covardia de nosso presidente, da nojeira que é nossa política, da falta de comprometimento dos jogadores, da falta de qualidade do elenco, da distância entre time e torcida, das contratações erradas, das demissões erradas também, ou seja, tudo que estamos passando em outubro deste ano já passamos em vários outubros passados.

Solução existe o duro é que não enxergamos capacidade de encontrá-las por parte de nosso presidente. É patético o modo como Tirone se expressa, não pelo mau português, mas pela fraqueza de suas afirmações e das constantes mudanças de lado em um curto período. Lembro-me bem do dia em que ele foi eleito Presidente, em sua primeira entrevista a rádio Bandeirantes ele disse: Sou um católico fervoroso e acredito que Deus me ajudará nessa missão.  Honestamente, estava na cara por essa declaração que ele não tinha idéia do que faria como Presidente, tanto que por uns 3 meses a desculpa mais usada por ele nas entrevistas era que ainda não estava a par da situação real do Palmeiras, que só após uma auditoria nas finanças ele se pronunciaria. Nunca ficamos sabendo se ele era a favor ou contra a Arena, se era ou não a favor de Felipão, qual a opinião dele sobre as quotas dos direitos de transmissão de televisão, qual posição dele sobre a possível venda de Kleber, ou seja, Tirone jamais desceu do muro nem para cagar. Respeitaria até mesmo se ele tivesse posições que eu discordasse, mas ele não tem posição para discordar, apenas acompanha a tendência. Olha só no caso das quotas de TV. O São Paulo se posicionou contra a rede Globo, já o Corinthians a favor, o Palmeiras se absteve de opinar. Na hora do vamos ver a Globo ganhou e o Corinthians conseqüentemente conseguiu a maior fatia do bolo, o São Paulo que se posicionou contra foi boicotado nas transmissões, mas posteriormente negociou valor semelhante ao do Palmeiras - alguns dizem que até maior - já o Palmeiras se conformou com uma quantia menor que o Corinthians e Flamengo (mesmo tendo mais jogos televisionados que o Flamengo) e ainda saiu no papel de coadjuvante e freqüentemente é desrespeitado pela rede Globo. Caralho! Somos o maior campeão nacional, não cabe a nós papel secundário muito menos figuração, mas a isso que fomos rebaixados e esse foi o pior dos rebaixamentos.

Espero que Tirone prossiga rezando, mas reze muito, quem sabe um dia desses Deus o escute e mande ao comando do Palmeiras um líder de verdade, que se posicione, que imponha respeito, pois ai talvez voltemos ao papel principal do futebol nacional, do qual jamais deveríamos ter saído.  

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Separando o joio do trigo

Sobre o jogo de ontem não tem muito a se dizer, se não fosse o 14º empate do Palmeiras no campeonato e não tivéssemos vindo de uma seqüência tão ruim, poderíamos considerar que foi um bom resultado. Mas o jogo em si ficou em 12º plano mais uma vez devido ao salseiro criado na semana.

João Vitor

O padrão da imprensa é julgar o torcedor como acéfalo e violento e o jogador como uma vítima sempre inocente em qualquer ocasião, principalmente se tratando de Palmeiras. Temos de entender que a relação de um torcedor com o time é diferente do jogador, jornalista ou diretor, pois os últimos ganham dinheiro com isso, já o torcedor não, ele ama o time e o financia. O jogador só pode andar com sua X5 branca porque o torcedor compra camisa e produtos, vai a jogos, entre outras coisas, portanto é normal também que esse torcedor cobre o jogador quando o time está mal – é o único ônus da profissão. Não adianta o jogador querer se considerar apenas um profissional, pois a força motriz do futebol não é uma relação de empresa x consumidor, graças a essa peculiaridade que um sujeito medíocre, que não acresce porra alguma a sociedade tenha um salário astronômico, não conheço, por exemplo, um profissional que ganhe R$300 mil por mês. Claro que a cobrança não inclui agressão física, pois a partir daí se torna algo ilegal e um ônus muito pesado para qualquer um arcar, mas do mesmo jeito que há a idolatria quando o time está bem o contrário também ocorre quando o time vai mal.

Até agora ninguém sabe o que aconteceu no caso João Vitor, nem mesmo o jogador se pronunciou, a versão que temos é da imprensa carniceira e de oportunistas de plantão, além de palpiteiros famosos, que se acham aptos a julgar qualquer coisa, como Ronaldo, Alex, etc. Mesmo Felipão, que já peitou a torcida para defender o Luan e o Marcos Assunção ficou reticente a defender o jogador, lidando com a possibilidade de ele ter começado a confusão. O fato é que independente de quem foi o culpado, já há o julgamento e para variar o Palmeiras saiu como vilão até para seus próprios torcedores (o que é lamentável) e os jogadores como mocinhos inocentes, vitimas indefesas de tudo. A diretoria foi sentenciada por omissão, pelo "absurdo" de preferir que os fatos sejam apurados para depois se pronunciar e por querer que os jogadores se mantivessem concentrados para o jogo e entrassem em campo. Felipão também já teve o veredicto, CULPADO por querer entrar em campo contra o Flamengo e não perder por W.O, afinal, o campeonato é de menos não é mesmo? Também recebeu a culpa pela violência da torcida, pois teve a ousadia de dizer que o elenco precisava de reforços. Agora o papel de herói da história também já foi dado pela imprensa – Kleber – ele mesmo, mas desse falarei a seguir.

Essa história toda me lembrou da final da Copa São Paulo de juniores de 2003. Eu estava no Pacaembu nesse dia. O Palmeiras tinha acabado de ser rebaixado e chegou à final da Copa contra o Santo André. Depois de sair ganhando o time cedeu o empate e o jogo foi para os pênaltis. O Santo André venceu e os jogadores na comemoração foram imitar porco na frente da torcida do Palmeiras. Não deu outra, todo mundo já estava de cabeça quente e aqueles putos ficaram tirando onda, na hora a galera foi querer derrubar o alambrado para pegar os caras. Foi uma confusão do cassete graças aqueles FILHOS DA PUTA que foram provocar. Depois a imprensa saiu condenando mais uma vez a uniformizada, organização do Pacaembu, Federação, os únicos que saíram imunes foram os jogadores do Santo André, que começaram tudo.

Kleber

Para quem busca motivos até o dos outros serve. Não é de hoje que o Kleber busca algo para justificar sua saída, qualquer coisa ta valendo, uma declaração do técnico, de dirigente, torcida, qualquer coisa. Acontece que até então a diretoria do Palmeiras fugia do confronto direto sabendo dos reais motivos do jogador. Quando ficou sabendo do que aconteceu com João Vitor foi a oportunidade de azedar de vez a relação com técnico, diretoria e torcida, criando um ambiente insustentável a ponto de ser liberado para negociação.

A tropa de Kleber já começou a trabalhar a seu favor, afinal, sair como vitima é muito melhor financeiramente do que como vilão. O ex-jogador Neto, que hoje, sabe lá Deus como, é onipresente na programação esportiva da Bandeirantes é o principal defensor de Kleber. Chegou a dizer que o jogador foi o único homem da história e que o técnico Luis Felipe Scolari é o culpado de tudo. É certeza que dessa cumbuca ainda sairá muita coisa, falta ainda Kleber se pronunciar e pela "grandeza de caráter" do cara vocês já imaginam o "alto nível" que chegará. Ainda tem o fator Valdivia, que ficou meio alheio da história, mas todos sabem da proximidade dele com Kleber e Pepinho.

A proposta de não entrar em campo contra o Flamengo era totalmente absurda, mesmo considerando João Vitor vítima disso tudo. Os jogadores defendem o Palmeiras e recebem bem por isso e pelo que me consta dentro do clube nada aconteceu que serviria como justificativa para prejudicar o time. Com exceção de 2 ou 3, o Palmeiras é o ponto máximo que esse jogadores vão chegar, ou alguém imagina o Ricardo Bueno jogando no Milan? Quando o Kleber sugeriu isso, apesar de tudo, ele ainda tem mercado, mas e os outros que o seguiram, será que conseguiriam algum time de expressão para jogar?    

 Em minha opinião a diretoria agiu certo de não entrar na pilha dos jogadores e tem mesmo que afastar quem estiver causando intriga no elenco.

Felipão

Pode falar o que quiser do cara, tem seus defeitos, erra como todo técnico erra, mas que ele defende o Palmeiras ele defende. Luis Felipe Scolari é um cara de caráter e honra quem paga seu salário, ele podia muito bem dar uma de sabonete e sair do foco nessa ocasião, como muitos fazem, porem assumiu as dores do Palmeiras e peitou os revoltadinhos. Óbvio que a imprensa o malhará, mas sabemos que ele não se importa tanto com isso.

Elenco

Fica evidente a má vontade de alguns jogadores com o técnico, porem isso tende a acabar a partir do momento que a diretoria der força a Felipão. Grande parte do elenco do Palmeiras é composta por jogadores medianos que estão tendo chance em um time grande agora. Mesmo Kleber e Valdivia, foram valorizados graças ao Palmeiras, mas não possuem carreiras brilhantes. Li na imprensa que teriam alguns jogadores tomado o lado de Kleber, mas duvido que sem a influência do mais famoso manterão o topete, afinal, ou agarram a oportunidade ou ano que vem defenderão Sport Recife, Gremio Barueri, Figueirense, entre outros. Alias... alguém tem ouvido falar de Lincoln ou Wellington Paulista?

 

Desabafo
 
Motim de cu é rola!. Ganha dinheiro pra caralho, joga em um time grande que tem jogos televisionados quase todo fim de semana, come e bebe do melhor, tem toda estrutura pra treinar, erram passe de 2 metros, perdem gol, saem na balada e enchem a boca para falar que é jogador do Palmeiras e vem querer fazer rebeliãozinha. Vai pra puta que o pariu! Joga bola nessa porra e honra a camisa! Muitas ali se não fosse o Palmeiras estariam rodando pelos timinhos do interior do Brasil. Motim de perna de pau não da né.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Fair Play é o Catzo – Os Trapalhões

O jogo de ontem nem merece comentário. O time do Palmeiras está tão desanimador que contagiou sua torcida com apatia; a reação a um gol sofrido, uma derrota ou mais um empate é a mesma, não há mais o que falar ou o que xingar. Valdivia jogou muito – pela seleção chilena.  

O que mais me admira nesse time do Palmeiras é que além da extrema falta de criatividade e qualidade os jogadores são inocentes, burros e sem audácia e isso é imperdoável. Eu já comentei aqui qual minha opinião sobre Fair Play, essa prática inútil que vem sendo usada, principalmente no Brasil, para parar o ataque adversário ou esfriar o jogo. Ontem foram duas jogadas que os otários vestidos com a camisa do Palmeiras pararam o jogo para atender o fingimento dos santistas. A primeira vez foi uma bola na intermediária do ataque, que o Palmeiras chutou para lateral para o atendimento de Ibson, que simulou um tapa na cara depois de uma tentativa de rolinho mal sucedida.  Na devolução o Santos mandou a bola lá para o goleiro Deola. A segunda e fatal, Danilo caiu numa disputa na linha de fundo e a bola sobrou com Leo, o lateral deu a entender que pararia o jogo para o atendimento, mas seguiu com a bola, cruzou e Borges cabeceou sozinho. O sistema defensivo do Palmeiras ao invés de tirar a bola para depois pensar no atendimento, se distraiu e tomou mais um gol de bola aérea. Parecia aquelas brincadeiras babacas do Didi dos Trapalhões, que balança o pé, diz para o sujeito olhar e depois da um tapa na cara. No caso o bobo, ou o escada, era o Palmeiras e Leo o Didi Mocó.

Se o Palmeiras já não é capaz de mercar gols mesmo quando sai na frente, imagina após tomar um gol na etapa final de jogo. Creio que nem Felipão acreditava em uma reação, principalmente ao olhar para o banco e ver Patrik, Tinga, Vinicius, etc. Na teoria o Palmeiras tinha chances de se classificar para Libertadores, mas na prática, se não fosse a pontuação adquirida no primeiro turno, esse time está com mais cara de quem luta para não cair. Não sei o que tem que mudar e se essas mudanças são plausíveis de acontecer, mas ao que parece isso não será rápido. Torço apenas, de verdade, que os palmeirenses da nova geração tenham a oportunidade de se orgulhar de sua diretoria; que vivenciem uma nova fase de gente comprometida, competente e que pensa no clube acima de tudo; que sejam os gozadores da vez e comemorem um título atrás de outro; que se preocupem com grandes projetos e não com picuinhas de clube, do tipo onde instalarão a sauna ou sobre vagas exclusivas de estacionamento para diretores; e acima de tudo que consigam ver em campo grandes jogadores vestindo nossa camisa e não escadas de uma comédia sem graça.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Atitude inteligente

A mídia tem divulgado que torcedores do Palmeiras fizeram uma manifestação em frente ao condomínio onde Kleber mora em Osasco. A Mancha Verde já se pronunciou afirmando que não tem relação alguma com tais protestos – o que é inteligente. Também até agora não se sabe se estes protestos de fato existem ou se estão sendo armados, pois o que vimos até agora foram fotos de muros pichados, algo que qualquer um com uma lata de spray consegue fazer. No caso do suposto protesto em frente ao condomínio não há sequer uma foto dessa manifestação, algo que nos dias de hoje em que qualquer celular de R$100,00 tira foto, este é um caso raríssimo.
Acreditar em imprensa livre, principalmente no meio futebolístico, é tão ou mais fantasioso que crer em Coelho da Páscoa, Fada do Dente ou algo do gênero. Principalmente nós palmeirenses sabemos que existem inúmeros comentaristas e até mesmo meios de comunicação que trabalham a serviço de um empresário ou político de clube, também é de nosso conhecimento que o caso Vagner Love abriu um precedente complicado onde um jogador pode exigir uma rescisão de contrato na justiça alegando falta de segurança para exercer seu trabalho. E tal empresário de Kleber, é um cara muito bem relacionado com figuras do meio esportivo e também já se mostrou disposto a muitas artimanhas para beneficiar seu cliente. Aquela entrevista à Globo, na época do caso Flamengo, onde Kleber descascou a lenha em cima do Frizzo não pareceu algo tão espontâneo assim, tanto o jogador quanto seu empresário sempre souberam que o contrato com o Palmeiras não tem brecha e dificilmente um time pagaria a multa rescisória que nele reza, restando apenas a opção de negociar com a diretoria e é sempre melhor negociar com uma "faca na garganta do outro".
Sendo assim nós palmeirenses podemos esperar que Kleber e seu empresário intensifiquem a busca por um "mal estar" com a diretoria e torcida, para tentarem assim coagir o Palmeiras a negociá-lo por um valor baixo ou até de graça. Cabe a nós palmeirenses não entrarmos nesse jogo. A atitude mais inteligente no momento é não protestar, principalmente de maneira ostensiva, isso só prejudicará o Palmeiras numa futura negociação. Sei que tem muitos decepcionados, sentindo-se traídos, mas absorva isso como aprendizado e aja de modo recíproco, com frieza e inteligência.

Mãe Dinah do jornalismo

Todo fim de ano temos as previsões feitas por adivinhos para o ano seguinte. É sempre a mesma coisa: um famoso jovem irá morrer num grave acidente, time tal será campeão um grande prédio pegará fogo, etc. Quem erra simplesmente é ignorado e no ano seguinte tentará a sorte novamente, já quem acerta reivindica o mérito do acerto, o tal do: eu disse! Nessa onda ficou muito famosa a Mão Dinah, uma senhora que erra em 90% de suas previsões, mas deu a sorte de acertar (ou dar a entender) que os Mamonas Assassinas morreriam. É como um tiro de calibre 12 em um mosquito, muitos chumbos passarão longe, mas um provavelmente acertará.
Para quem acha que essa artimanha é usada só por esotéricos, está muito enganado, nossa imprensa está cheia de adivinhadores especulando a cada momento. Quando erram, logo as pessoas esquecem, mas quando acertam repetem como papagaio: eu antecipei, eu antecipei! Geralmente esses "adivinhões" possuem fontes com sujeito oculto: disseram-me, ouvi dizer, dizem que ele tem um pré-contrato... Há também o uso do sujeito indeterminado: Uma pessoa de dentro do clube me garantiu, um conselheiro muito influente me adiantou... No caso do Palmeiras há milhões de sujeitos ocultos, indeterminados e também ratazanas. Todo dia surge um tiro novo esperando acertar o alvo.
Ontem o motorista aqui da empresa veio falar para mim: O Felipão saiu fora heim! Já acertou com o time da Rússia em que joga o Roberto Carlos por $6 milhões por ano (não se falou em que moeda). Fiquei espantado! Acompanho o todo dia os noticiários e não tinha lido isso. Corri logo para internet para ver se achava algo em sites ou no Twitter. Nada! Nada de Anzhi, nada de Russia e nada de o Felipão sair. O motorista jurou-me de pé junto que ouviu na rádio - logo imaginei em que rádio - mas nem perguntei.  Hoje surgiu a do Felipão no São Paulo, dada pela colunista Monica Racy do Estadão. Inclusive ela bancou até um pré-contrato já para 2012, mesmo tendo o atual contrato do treinador com o Palmeiras validade até o final de 2012. A linha foi à mesma: representantes de X reunidos com representantes de Y. Se no ano que vem Felipão seguir no Palmeiras ou for para outro clube que não o São Paulo, esquecerão a notícia, mas se por um acaso ela der a sorte de acertar, teremos mais uma Mãe Dinah. Lembrando que anos atrás Juca Kfouri Bancou Valdivia no São Paulo.