quinta-feira, 20 de junho de 2013

Em tempo

Ontem embalados pelo clima de mudança, muitos passaram a detonar Ronaldo "Fenômeno" pelas suas declarações em relação a Copa do Mundo. A mim pouco me surpreende, como pouco me surpreendeu na época em que ele fez essas declarações. Quando indicaram Ronaldo para chefiar o Comitê Organizador conheciam seu caráter e sabiam que ele não teria escrúpulos em usar sua imagem para endossar todo tipo de esquema em troca de poder. Não o chamaram pela competência na organização de eventos, Ronaldo é apenas uma figura que blinda o COL do julgamento do torcedor que tem nele um grande ídolo do nosso futebol. 
Tomo proveito dessa ocasião para republicar um texto que escrevi dia 29 de novembro de 2011, justamente sobre a figura citada: http://migre.me/f6yZu


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Passito pra frente. Passito pra trás.

Certamente o futebol tem ficado em segundo plano perante ao número de acontecimentos que vem ocorrendo em São Paulo e no Brasil. Sinto-me aliviado em meio a tudo isso, pois do contrário de muita gente que protesta hoje contra a passagem de ônibus mas comemorou o aporte de grana pública em seu estádio, eu sempre me posicionei contra dinheiro público no futebol e me antecipo em dizer que um possível patrocínio da Caixa no Palmeiras me trará muita vergonha. Bom, até gostaria de entrar aqui no assunto política, mas melhor deixar para outra hora, manterei o foco do blog que é no Palmeiras.

Vivemos um período letárgico não só dentro de campo mas principalmente fora dele. Por enquanto apenas Mendieta chegou. Aguardávamos ansiosos por essa parada imaginando: agora sim a diretoria do Palmeiras ajustará o elenco. Mas não, tudo prossegue dramaticamente igual com exceção de alguns sobressaltos, como da possível manutenção de Kleber "O Matador". O Palmeiras vive de um passo a frente e outro atrás, quando não, dois atrás. Maikon Leite prossegue no Palmeiras, evidentemente o jogador não é idiota de abrir mão de um belo salário para ter de ralar em Goiás ou Portuguesa. O tal quinto "elemento" do Grêmio já deve estar no mesmo canto empoeirado do amistoso entre Palmeiras e Juventus da Itália na época da assinatura com a Fiat (alguém lembra disso?), inicialmente a conversa era de que a diretoria estava aguardando o fim de Libertadores, fato é que parece que esqueceram de combinar direito com o Grêmio que da o caso como encerrado. As inúmeras empresas que o Palmeiras estava conversando sobre patrocínio – segundo nosso diretor – parece também não ter entrado em acordo e seguimos com a linda camisa limpa e sem dinheiro, enquanto isso nosso Nobre presidente prossegue com o devaneio de ingressos caros para "estimular" a fórceps mais adesões ao Avanti. No demais as mesmas coisas de sempre... Valdivia pode voltar..... o Palmeiras ta sem dinheiro..... a hora que der quitaremos os salários em atraso.... lembranças de glórias do passado.... aquela velha rotina.

 

Adendo 1

 

Presidente.... é melhor parar com essa viagem de querer cobrar R$60 nos ingressos para forçar adesão ao Avanti. É muito provável que além de estádios vazios o senhor arrumará um problemão com a torcida do Palmeiras. Use a competência que dizem que o senhor tem para criar outros tipos de incentivo para o Avanti – comece talvez por um time melhor.

 

Adendo 2

 

Vergonha total de Marco Polo Del Nero, essa aberração que nasceu da política palmeirense, um bebê de Rosimery. Prefiro acreditar que nem palmeirense mais esse sujeito é. 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Éramos todos melhores!

Ontem o dia foi de muita emoção para nós palmeirenses, todas as mídias tradicionais e palestrinas relembraram a conquista do Campeonato Paulista de 1993. Logicamente que para um jovem de hoje um Campeonato Paulista não é nada pois de lá para cá uma fixação absurda pela Libertadores acabou tirando o peso das disputas regionais. Portanto nem perderei meu tempo tentando explicar a relevância dessa conquista, até porque há por aí gente muito mais capaz que eu em fazer esse tipo de coisa. O que me espanta sempre é poder ver a emoção e o saudosismo com que o assunto é abordado pelos jogadores que participaram daquilo, pois convenhamos, são atletas com carreiras consagradas que vestiram camisa de seleção e demais clubes mundo afora. Edmundo, meu grande ídolo, era o mais emotivo, mas o brilho no olhar era visível nos olhos de Evair, Zinho, Tonhão e até mesmo (quem diria) de Luxemburgo. Posso estar sendo audacioso demais de querer adivinhar o que passa na cabeça de cada um, mas imagino que ao relembrar dessa época todos os personagens – elenco e torcida – pensam: Éramos todos melhores!

Apenas para contextualizar o mundo e o futebol eram muito diferentes há 20 anos atrás. Não havia internet ainda, consequentemente se você quisesse se reunir com seus amigos isso era feito na rua e era lá também que se jogava futebol ou tirava sarro dos amigos quando o time dele perdia ou coisa do gênero, hoje quase tudo foi substituído pelo virtual, raramente se vê garotos jogando bola nas ruas e até as tirações de onda são compartilhadas via redes sociais e na maioria originadas de gente que ganha dinheiro produzindo esse tipo de conteúdo. Também não havia os tais pay per view, portanto se o jogo não fosse o da TV, restava o sujeito duas alternativas, procurar uma rádio que estava transmitindo ou ir no estádio, quando o jogo do time dividia atenção com algum outro jogo mais importante como um clássico por exemplo, nem mesmo as rádios transmitiam. Parece um excesso de saudosismo mas esses fatores faziam com que as pessoas tivessem mais amigos no mundo real (vamos assim dizer) e se mobilizassem para acompanhar seu time nos estádios e também buscar informações. Lembro que eu por exemplo ia a jogos com grupo de 10 amigos só do bairro. Os estádios também não tinham muita frescura, cabiam o tanto de gente que foram feitos para caber, incluindo bandeiras, instrumentos, etc. Os preços eram bem mais baixos também, incomparavelmente mais baixos e a arquibancada era o setor com a vista privilegiada para o campo, vamos dizer que o bônus era de quem queria ver o jogo e não de quem poderia pagar mais caro por isso. Nos clássicos o estádio era dividido independente do mando, quando o Palmeiras por exemplo tomava gol do Corinthians era bem nítido a explosão do outro lado, já na situação contrária, enquanto você extravasava conseguia avistar a outra metade do estádio calada. Já no futebol em si, além do advento da internet e das televisões pagas, a própria lei Pelé alterou totalmente a relação de forças dentro do negócio e do relacionamento do jogador com time e torcida. O direito do passe que antes era do clube, passou a ser gradativamente de empresários e de grupos financeiros, sendo assim mesmo com contrato vigente o clube é total refém dos anseios do atleta e de seu empresário que invariavelmente visam lucro a curto prazo. Times do interior tradicionalmente formadores de atletas foram praticamente a falência e hoje vivem de vitrine para empresários. Ídolos são raros, quando ganham alguma identificação com a torcida logo fazem merda forçando negociação e perdem todo prestígio. Indubitavelmente jogadores e empresários enriqueceram muito com essa evolução, mas e os clubes e o futebol?

Voltando ao título de 93 logicamente aqueles atletas também almejavam dinheiro e fama do mesmo jeito que os de hoje e do mesmo jeito que qualquer um faria, apenas os meios eram um pouco diferentes. No elenco palmeirense eram quase todos atletas jovens, no auge de sua carreira, que buscavam sucesso e o Palmeiras e aquele título era o melhor caminho para isso. Edmundo por exemplo acabara de vir do Vasco e ganhou grande destaque e idolatria no Palmeiras, jogou muita bola, depois disso foi para o Flamengo num projeto audacioso que acabou dando água, teve ótima passagem no Vasco, mas o excesso de polêmicas impediu que ele pudesse ser o jogador que ele podia ser. Evair também teve boas passagens por outros clubes depois a exemplo de Zinho e Cezar Sapaio, mas sem dúvida idolatria e o futebol que tiveram no Palmeiras não se repetiu, quem não se lembra dos apelidos O Matador, Monstro do Parque Antártica ou do canto Olê, Olê, Olê, Zinho, Zinho. Edilson que tinha vindo do Guaraní, graças ao Palmeiras deslanchou e acabou virando ídolo no Corinthians. Roberto Carlos ainda era aquele garoto do interior, com jeitão de caipira que tinha uma velocidade e chute incrível, muito diferente do sujeito blasé que se tornou hoje. E enfim Vanderlei Luxemburgo que ainda vestia suas camisas bregas e seu cabelo quase Black Power, era conhecido pela boa campanha com o Bragantino e de uma hora para outra virou O Estrategista, como diria Avalone na clássica Mesa Redonda. Talvez todos esses personagens quando veem as imagens de 1993, apesar de montados na grana que estão hoje em dia e do sucesso que foram suas carreiras, pensam: Essa época eu era o melhor! E nós torcedores quando vemos aquele Morumbi lotado cheio de bandeiras e faixas, dividido meio a maio com outra torcida, sendo representados em campo por jogadores brilhantes e ansiosos de no dia seguinte encontrar o amigo rival na rua para tirar um barato da cara dele, também pensamos: Éramos melhores!

Confesso que toda vez que vejo as imagens de 1993 sinto uma saudade imensa daquele dia, não apenas pelo título e pelo time, mas pelo modo que era curtir o futebol. Talvez realmente éramos todos melhores.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Time grande, time pequeno!

Ontem em Ceara Mirim, cidade próxima a Natal, o Palmeiras disputou sua última partida na série B antes da parada para a Copa das Confederações. De um lado o maior campeão de títulos nacionais, campeão do século XX, berço de craques inesquecíveis, com uma torcida imensa e nacionalizada e com um orçamento de R$70 milhões só em cotas de TV, contrastando com o adversário da noite, que recebe pouco menos de R$3 milhões de cota, um time que mais raramente figurou na primeira divisão que na segunda, que nesse campeonato fraco ainda não conseguiu uma só vitória e que abriga inúmeros jogadores renegados que vagam por times do Brasil em busca de espaço e sobrevivência. Porém na hora que o juiz apitou o que pode se ver foram dois times fracos tecnicamente que fizeram uma partida só digerível aos torcedores de seus próprios times. O Palmeiras seguiu o padrão do ano, jogando um futebol desorganizado, de correria, cheio de passes e jogadas precipitadas e se impondo mais no vigor físico e na força da camisa. Dessa vez não há desculpa de gramado, juiz ou esforço extra do adversário, pelo contrário, o América se mostrou entregue desde o início do jogo. São raros os momentos em que os jogadores alviverdes conseguem trocar uma sequência de passes certos e articulam uma jogada passando a bola pelo meio até se aproximar da área, na maioria das vezes são lançamentos em profundidade que culminam num erro de cruzamento, numa roubada de bola ou no máximo um escanteio. Quem só pegou o resultado final da partida não viu que o Palmeiras depois de marcar o primeiro gol correu riscos de tomar o empate num chute forte de um tal de Cascata e numa jogada truculenta dentro da área do Marcelo Oliveira em cima de um tal de Ebinho que podia ter ocasionado um pênalti. 

A despeito de contratações, mudança do elenco e limitações técnicas eu acredito que o Palmeiras poderia estar jogando um futebol melhor e mais seguro. O Gilson Kleina teve um tempo enorme para entrosar o time e até agora a sensação é que não há evolução! Não há troca de passes, virada de jogo, jogadas ensaiadas, nada! O Palmeiras não exerce superioridade mesmo diante de times fraquíssimos, apenas avança sem coordenação tentando um gol a todo custo no método tentativa e erro. Logicamente que isso é o suficiente para estar entre os quatro e me desculpem, para mim só de não estar em primeiro já é um absurdo. Hoje esse time do Palmeiras não é mais um time grande disputando a segunda divisão, joga de igual para igual com times sem expressão, sofrendo para conseguir uma vitória e comemorando por figurar entre os quatro antes da tal "parada da Copa das Confederações".

Para mim o time está ume merda! Comemorar terceiro lugar numa série B é um discurso que não dá para engolir. O Gilson Kleina não é técnico para o Palmeiras. O cara vir me dizer que o Palmeiras ganhou porque foi inteligente é sacanagem. Não vou aqui ficar me fazendo de contente, respeito os que tem mais paciência que eu e pode ser que vocês estão certo, mas não tenho essa virtude. Dessa vez não vou culpar a diretoria porque ta na hora de alguém botar esse time para jogar futebol, não é possível que um time que tem jogadores com bons contratos não consiga se impor diante de um outro com coitados que peregrinam Brasil afora em busca do sonho de jogar futebol.

 

1993

 

Já disse aqui no Blog que para mim o título mais emocionante foi o Paulista de 1993. Entendo quem qualifica a Libertadores de 99 como mais importante, mas para quem viveu os anos 80 entende a valia daquele 4 x 0 diante do Corinthians no Morumbi.

Sou daqueles que nunca tinham visto o time ser campeão até então. Nasci em 1980 e desde que me entendo como palmeirense o time vivia de esperança e frustração. Lembro que na escola ao dizer que time eu torcia a pergunta jocosa era recorrente: você já viu seu time ser campeão? Aquilo incomodava muito.

O Paulista de 1993 não foi só um título como foi o de 2008 por exemplo, foi o nascimento de um esquadrão, foi a vingança contra um estúpido que imitou porco e contra aqueles que diziam que o palmeirense nem sabia mais comemorar título. Eu estava lá no Morumbi naquele dia. Presenciei aquele massacre, aquela aula de futebol e pude pela primeira vez na minha vida sentir o gosto de gritar "É campeão" de uma arquibancada. Uma pena que junto com a cogestão da Parmalat também foi embora a competência em administrar o futebol e o Palmeiras voltou a era das trevas. Torço e rezo para que os jovens palmeirenses de hoje tenham também o seu 93 e possam acompanhar mais uma ressurgimento do gigante.

    

domingo, 9 de junho de 2013

Pausa oportuna

Sem muito que falar sobre o jogo de ontem. Em meio a condições péssimas, com o gramado encharcado onde um lance fortuito ou um erro de arbitragem poderia definir o jogo, foi isso que aconteceu. Pois é, mais uma vez o Palmeiras foi prejudicado pela arbitragem. O Palmeiras agora tem de usar todos os meios para que esse árbitro seja punido, não pode deixar para lá mais uma vez e adotar o discurso de boa vizinhança.

Quanto ao time fica difícil de avaliar pelas condições já citadas, porem já era tempo de Gilson Kleina ter mudado o time que já não havia se apresentado bem contra o Avaí. De positivo apenas que Marcio Araújo não poderá jogar na próxima partida, que forçará o técnico a tentar outra formação no meio-campo.

Essa pausa da Copa das Confederações será a última oportunidade de o Palmeiras fazer melhorias no elenco, com o futebol apresentado até então o Palmeiras terá dificuldades de ser campeão da série B e pode até mesmo sofrer para classificar. Em 2003 o time teve apenas duas derrotas durante toda competição, sendo uma delas exatamente para o Sport. Já nesse ano o time em 5 rodadas já tem duas derrotas. Ganhar do América RN na próxima terça é essencial para classificação e para a moral do time. Gilson Kleina já merece cobrança e tem de aproveitar melhor as peças que estão chegando. Do contrário ele pode fazer parte da leva de mudanças na pausa da competição. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Vacilo!

Pode ser excesso de chatice mas olhem essa foto:


















Mas custava o marketing palmeirense trazer umas camisas novas para os executivos da Allianz? Porra, além de se deselegante pracas dar uma camisa desatualizada, sai na foto oficial os logotipos de duas empresas que não dão mais 1 centavo para o Palmeiras. Sei lá, passava lá na loja oficial e mandava botar três camisas novas na conta da presidência, estampava o nome dos sujeitos e pronto.
É um detalhe bobo, eu sei, mas chega de dar visibilidade a empresas que não apostam mais no Palmeiras.

Chegadas e Partidas

Me parece que enfim o Palmeira começa se movimentar pensando numa pequena reformulação do elenco para o segundo semestre. Ainda não há nada de concreto e os nomes que surgem também não são suficientes, mas no mínimo oferece ao treinador a opção de encostar  peças com tempo de validade esgotado. Farei aqui uma analise pessoal por tópicos do que acho das especulações, do que o Palmeiras precisa e de alguns problemas atuais.

Chegadas:

Mendieta

Não possuo muitas referências a não ser os dois jogos contra o Palmeiras. Confesso que do Libertad os jogadores que mais me agradaram, tanto na partida no Paraguai quanto aqui, foram Nunes e o Samúdio, mas talvez eu não tenha prestado mais atenção no meia-esquerda do time. Pouquíssimos são os que acompanham o futebol paraguaio e então prefiro confiar na análise técnica da diretoria do Palmeiras. De fato há a necessidade de um meia-esquerda competente pois não dá para contar com o Valdivia, mas o novo jogador precisa também contar com bons companheiros no ataque e nas laterais. Creio que vale a aposta, principalmente num momento que o país vive uma crise na meia-esquerda, hoje nem a seleção brasileira tem um 10 que tenha convencido. Torçamos para que Mendieta se adapte ao futebol brasileiro e contribua com a melhora na criação do time do Palmeiras.

Luis Ricardo

Gostei muito do jogador nos jogos que assisti (tudo bem que gostava muito do Vitor do Goiás também..rs). A lateral direita é outra posição muito carente no futebol nacional. Infelizmente o Airton não foi um cara que deu muito certo no Palmeiras, nem as cobranças de falta ele tem acertado, mas creio que a principal vantagem da vinda do Luis Ricardo é a ida do Maikon Leite e Mauricio Ramos por empréstimo. Creio que ambos podem fazer boas campanhas na Portuguesa e render um certo dinheiro para o Palmeiras posteriormente, no Palmeiras esses jogadores já estão marcados.

Ananias

Posso estar enganado, mas para mim Ananias é mais do mesmo. Não vejo grande diferenças entre ele e outros caras que já passaram pelo Palmeiras, tipo  Mazinho, etc. Creio que a sua chegada se deva mais as opções que o Cruzeiro ofereceu do que uma necessidade do Palmeiras de fato. Vamos esperar.

Saídas:

Maikon Leite

Esse me parece que não joga mais pelo Palmeiras mesmo! Lembro que na época que o Palmeiras brigava pelo Maikon Leite ele veio com status de ótimo jogador. Na época em que Kleber Judas deu o famoso "Migué Flamengo", Maikon Leite marcou gol em três jogos consecutivos. Porém algo aconteceu que o jogador caiu muito de rendimento. Ele teve de amargar reserva de Luan e Mazinho. Reconheço que ele é um jogador extremamente burro, que corre de cabeça baixa e perde gols incríveis, mas creio que muito da queda dele se deu por conta de falta de confiança e desgaste com o clube. Tive muitas vezes a impressão que ele nunca queria ter deixado o Santos. Provavelmente o Palmeiras não irá vendê-lo, ninguém pagaria o quanto precisaria ser pago, nesse momento o mais plausível é emprestá-lo e ter a esperança que ele volte a pelo menos a mostrar alguns lampejos que permitam que algum time se interesse em comprá-lo.

Maurício Ramos

Maurício Ramos está no Palmeiras desde 2009. Lembro que nesse mesmo ano houve uma oferta para que ele saísse do clube e Belluzzo fez questão de o segurar, como posteriormente faria com Pierre e Cleiton Xavier. É inegável a liderança natural dele no grupo, além disso me parece ser um sujeito gente boa, que veste a camisa com amor e que respeita as hierarquias do clube. Porem Maurício Ramos comete muitos erros e erros graves, como aconteceu nos jogos finais do Brasileirão de 2012 que nos rebaixou. Já vi inúmeros zagueiros piores vestir a camisa do Palmeiras, gente assombrosa mesmo, mas Maurício Ramos vive o mesmo dilema dos outros rebaixados, carrega com ele o ranço da derrota. Para piorar a situação parte da torcida se nega a culpar Henrique pelos erros que também tem cometido e Mauríco Ramos é sempre culpado em dobro quando a zaga erra. Novos ares será bom para ele e para o Palmeiras.   

Airton

Dizem que esse seria um dos envolvidos na troca por Luis Ricardo. Airton foi a única e última contratação de Tirone depois do primeiro semestre de 2012. Seguindo a tradição dos cardeais alviverdes, foi trazido depois de marcar um belo gol contra o Palmeiras quando estava no Coritiba. Na época foi tratado como boa contratação. Não tem feito jogos ruins pelo Palmeiras, demonstra boa vontade mas falha muito na cobertura e raramente acerta um cruzamento. Paga também pela inoperância do meio- campo e a falta de qualidade dos centroavantes. Não teve a oportunidade de mostrar futebol num time mais equilibrado.

Eternos

Marcio Araújo

Chegou ao Palmeiras em 2010 e conquistou o coração e a mente de Luis Felipe Scolari. Se houve uma família Scolari no Palmeiras essa foi entre Felipão, Luan e Marcio Araujo. O treinador preteriu Pierre, que foi o maior ladrão de bola do Brasileirão 2009, para manter Márcio Araújo no time, tanto que posteriormente deu aval para umas das trocas mais pífias que o Palmeiras já fez: Pierre por Ricardo Bueno. Hoje Pierre é titular no galo e Ricardo Bueno...... nem sei onde foi parar. Isso explica um pouco da série B. Márcio Araujo é do tipo de jogador que corre o jogo todo, se machuca pouco, puxa a reza no vestiário mas é um bosta. É franzino, marca mal, comete faltas bestas, segura a bola na hora que não tem que segurar, passa mal e não tem estatura para ganhar bolas de cabeça. Grande parte dos problemas defensivos do Palmeiras é do meio-campo que deixa a zaga exposta e esse meio-campo desde 2010 tem dono. Marcio Araujo só tem uma qualidade, um poder sedutor absurdo com os treinadores, tanto que me parece que Kleina está tão apaixonado por ele como Felipão foi. A questão não é nem o famoso "é o que temos", me parece que apostam nele, tanto que nem se comenta sobre o interesse em volantes e o técnico barrou o envolvimento dele na troca com Luis Ricardo da Portuguesa. Para mim Marcio Araujo é a marca maior das campanhas pífias do Palmeiras desde 2010. No único título desse período – Copa do Brasil – ele foi sacado para dar lugar a um zagueiro na sua função. Não preciso falar mais nada né.

Valdivia

Chegou também em 2010 depois da Copa, praticamente junto com Luis Felipe Scolari e um pouco depois que Kleber. O Palmeiras vinha fazendo uma campanha desgraçada no Brasileiro até então e a chegada desses nomes encheu o palmeirense de esperança. O tempo veio mostrar da pior forma que todos estávamos errados. Hoje se um time da primeira divisão do Brasileirão, qualquer um inclusive rivais, pedisse o Valdivia emprestado se propondo a pagar somente os salários dele, em outubro viríamos Paulo Nobre e Brunoro caminhando na Dutra rumo a Aparecida do Norte com Belluzzo atrás andando de joelhos e se autoflagelando. Valdivia tem contrato até 2015, com um salário absurdo e uma recisão equivalente, para piorar existe uma clausula que encarece o negócio caso esse seja feito com algum clube árabe que não seja o Al Ali. Desde a criação da OPEP os árabes não tinham feito tão bom negócio. O chileno não se mostra nem um pouco afim a abrir mão do que ganha para jogar em outro time, enquanto isso segue se encostando no DM ou quando não arrumando alguma confusão. Essa semana colocou-se disponível para os jogos no Nordeste, se foi só para fazer fita eu não sei, mas a comissão técnica barrou por algum motivo que talvez desconheçamos. A situação atual do jogador é muito mal explicada ou bem escondida, existe alguma coisa nessa última contusão que nós meros palmeirenses não sabemos.

Necessidades

São muitas as posições carentes no Palmeiras na minha visão, vamos então imaginar que essas negociações em andamento deem certo, o Palmeiras então precisaria de pelo menos mais um zagueiro, um centroavante, um volante e talvez um lateral esquerdo. No caso da zaga com a saída do Mauricio Ramos sobram Vilson, Henrique, Thiago Alves, Luis Gustavo e Marcelo Oliveira que pode fazer as vezes , quando joga Henrique e Vilson até que serve bem, do contrário é uma incógnita. Volante para mim é fundamental, precisamos de um cara forte, alto e com qualidade no passe para o lugar do Marcio Araújo, do contrário iremos patinar de novo. Lateral esquerdo eu não confio no Juninho e o Marcelo Oliveira só quebra um galho, portanto... Já centroavante é eminente a necessidade, essa posição será difícil de encontrar mas terminar o ano só com Caio Mancha será de lascar.

  

Quanto ao jogo contra o Avaí não tenho nada a comentar, foi pavoroso e só se salvou o resultado. O Palmeiras pegará uma pedreira no Nordeste e precisa trazer pelo menos 4 pontos.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O bonde da história

Do pouco espaço que o Palmeiras tem tido na mídia ultimamente um vídeo onde Neymar assume ter sido palmeirense em sua infância rendeu muitos comentários. Não assisti, mas dizem que foi no Fantástico e hoje nas mídias sociais a declaração pipocou. Na verdade isso não muda em nada nossa vida, é normal que jogadores de futebol e até mesmo ídolos de alguns clubes tenham torcido para times rivais na sua infância, isso só serve como algum tipo de alento para o torcedor palmeirense, como foi quando Hulk e Marcelo admitiram a paixão deles de infância pelo Palmeiras. O que é interessante da tal entrevista do Neymar é que num determinado momento ele diz o porquê de ser palmeirense: "eu peguei a época que o Palmeiras sempre foi campeão, de Evair e Rivaldo."

Entendo que muitos de nós palmeirenses forjados na década de 80 estamos acostumados a torcer independente de títulos e as vezes exigimos essa mesma tenacidade dos jovens, mas a realidade é que títulos e ídolos formam sim novos torcedores como formou Neymar na década de 90 e como muito provavelmente formou o pai dele na época da academia. Os pais de crianças palmeirenses na atualidade devem sentir a dificuldade de convencer o filho a seguir a mesma paixão quando o time acumula tantas derrotas e fracassos. Imaginem o tanto de jovens que no início dos anos 2000 não sonhavam em vestir a camisa do Palmeiras, em terem uma chance naquele time que abasteceu a seleção nacional com tantos craques, mas o Palmeiras não soube tirar proveito e enquanto deixou sua categoria de base as moscas outros times souberam aproveitar e hoje faturam milhões com a venda de jogadores. Para se ter uma base do que estou falando, no ranking divulgado dos 10 jogadores mais valiosos do Brasil, nenhum deles veste a camisa do Palmeiras e o único que vestia – o Barcos – foi vendido a preço de bananas. Só no ano passado o São Paulo faturou alto vendendo Lucas e até o tal de Bruno Uvini, o Santos encheu os cofres nos últimos tempos com Wesley, Danilo, Ganso e agora com a milionária transação do Neymar, enquanto isso o Corinthians vendeu muito bem Juciley, Elias, Douglas, Leandro Castan, Marquinho e agora deve faturar alto com Paulinho e Ralf, já o Palmeiras não conseguiu nem recuperar o dinheiro das contratações caríssimas que fez e o Souza, revelado nas categorias de base, foi para o Cruzeiro quase de graça. Isso ajuda a explicar porque o time está tão sem dinheiro, pois não há retorno em cima do dinheiro investido e há quase uma década o clube esgota seu patrimônio e seu crédito. A base do Palmeiras é um mistério, um time de tanta tradição não é capaz de revelar um só jogador com potencial. Dizem que as categorias de base do futebol brasileiro é uma coisa nojenta, com assédio para todo lado, lobby de empresários, corrupção, etc, talvez o grande problema é que o Palmeiras nunca soube se articular em meio a isso tudo.  

Infelizmente o que passou, passou e pelo menos na teoria vivemos uma fase de profissionalização do clube. Os novos gestores precisam compreender que um time como o Palmeiras não pode rebaixar a qualidade do elenco a times pequenos, mesmo que o time tenha sido rebaixado de divisão. Compreendo que contratação de bons jogadores envolve muito dinheiro, mas rechear o time com jogadores já testados a refugados de outros clubes não trará benefícios algum a longo prazo. Além de resultados pífios em campo esse atletas não trarão retorno e tomarão lugar de possíveis jovens promessas. A diretoria tem o dever de buscar reforços com potencial de crescimento e exigir que o treinador encaixe esses atletas no time. O Palmeiras não pode mais ficar fora do bonde da história pois o envelhecimento da torcida é um fato e esse sim é o maior patrimônio do clube.

 

O jogo de sábado

 

A derrota para o América/MG mostrou o que muitos de nós já desconfiávamos, esse time do Palmeiras deve subir mas vai ser sofrido. As deficiências demonstradas em praticamente todos setores do campo já tinham sido vistas em outros jogos desse ano e do ano passado, já que muitas figuras são repetidas. Não é que existam times melhores que do Palmeiras na série B, mas tem o fator psicológico rançoso oriundo do ano passado que joga contra. Isso ficou bem claro no jogo de sábado, o time não conseguia fazer o gol, cometeu uma falha grotesca de marcação numa lateral e o goleiro acabou também engolindo uma bola defensável. Depois disso foi aquele desespero em tentar marcar e as apostas que já conhecemos – Maikon Leite, Caio Mancha, etc.

Deixei bem clara minha opinião nesse blog sobre o elenco no começo do ano. Para mim manter jogadores que caíram com o Palmeiras o ano passado é um erro grave, esses caras carregam o estigma da derrota e transmitem insegurança para torcida.  A diretoria TEM QUE CONTRATAR para não correr o risco de ver nessa série B um calvário maior do que já ta sendo. Acabou a desculpa! Outra coisa, já acabou também a tolerância com o Gilson Kleina, compreendemos a derrota no Paulista, na Libertadores, mas já ta mais do que na hora desses time entrosar e parar de correr riscos contra times fracos. Porra! Teve quase duas semanas sem jogos onde poderia ter treinado novas formações, jogadores da base e o cara me vem com a mesma merda!? Perder para o América em casa não tem cabimento.