segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Palmeiras: um time de ciclos intermináveis!


Faz algum tempo que não escrevo nada no blog, aliás, decidi não escrever mais porque por um bom período eu não tinha nada a acrescentar, os rumos do Palmeiras seguiam um ciclo incrível de histórias repetidas.
Passamos um ano de centenário terrível! Um roteiro que poderia ter sido escrito por qualquer roteirista de terror trash. Esse ano não dá para negar que as coisas melhoraram um pouco. Lógico que não estamos nem próximos de um time que honre nossas tradições, porém tivemos alguns bons momentos neste ano.
Se retrocedêssemos a dezembro/2014 e você perguntasse a um palmeirense o que ele esperava de 2015, provavelmente a resposta seria: um ano de reformulação. Mas não é bem assim que o bonde anda. Primeiro que o palmeirense está meio de saco cheio de “anos de reformulação”, segundo que o bom início de ano, somado as boas vitórias em clássicos (algumas épicas) gerou um expectativa positiva a nós torcedores, que por consequência demos ao Palmeiras a liderança de faturamento com bilheteria – mesmo com o ingresso mais caro do Brasil – e até pouco tempo, a liderança no crescimento de sócios-torcedores, só sendo ultrapassados agora pelo Corinthians, que convenhamos, com o time à beira de ser campeão, uma torcida maior e planos mais baratos - até que demorou para conseguir.
O grande problema é que o Palmeiras vive alguns ciclos, algumas repetições de dramas, que irrita e leva a crer que ou o problema é estrutural ou uma espécie de maus fluídos, sei lá.. a famoso zica endêmica.
Vejam só. Vou chutar um dado aqui, mas acho que há grande probabilidade de eu estar certo. Dos times que disputam títulos ou o G4, nenhum perdeu tanto jogador titular por contusão como o Palmeiras e por tanto tempo.
O Santos que tem o Ricardo Oliveira, que já passou por muitas contusões, neste ano no Santos tem deixado de jogar poucos jogos. O time teve algumas contusões durante o ano, mas chegou na reta final com os titulares disponíveis e em alto rendimento.
O Corinthians tem jogadores no estaleiro como Bruno Henrique e Fagner, mas sua espinha dorsal está disponível: Gil, Ralf, Elias, Jadosn e Renato Augusto.
O São Paulo talvez seja o time, que junto do Palmeiras mais teve problemas de contusão e perda de jogadores, mas pelo menos agora na reta final está todo mundo a disposição.
Já o Palmeiras, a exemplo dos outros anos, foi se esfacelando com o passar da temporada. Começou o ano já praticamente sem os Argentinos Mouche e Allione, que só agora retornaram. Já no brasileiro o Gabriel por todo ano, depois disso veio Cleiton Xavier que foi contratado, ficou um tempão ganhando condicionamento, não jogou nada e já ocupou o lugar do Valdívia....no DM. Recentemente foi Arouca e Robinho: titulares absolutos. Kelvin também se contundiu, sem sequer jogar. Barrios alega estar fora de forma, tal qual Felype Gabriel que nem sequer jogou. Lógico que mesmo com tudo isso, esperávamos ser capazes de ao menos ganhar de Ponte Preta e Sport em casa e não passar o vexame que passou em Chapecó, mas somado a tudo isso o emocional do time parece ter ido para o vinagre nesses últimos tempos.
Esse filme nós já vimos inúmeras vezes! No momento mais decisivo do ano o palmeiras não ter seus principais jogadores. O que explica essas lesões tão recorrentes? O que explica essa demora para jogadores contratados entrarem em forma? Será que o Valdivia não tinha certa razão quando criticava o DM do Palmeiras?  
Uma bala para um tigre

Como diria a ex-ministra Zélia Cardoso, na época do atrapalhado plano Collor para controlar a inflação: O Palmeiras tem uma bala para matar um tigre. No caso do Brasil “da frase original” a bala era calibre 22 e passou longe do tigre. No caso do Palmeiras não acredito que o desafio seja tão absurdo, mas a espingarda está nas mãos do Marcelo Oliveira: Se o Palmeiras ganhar do Fluminense e passar de fase, o time ganha uma sobrevida e renova as esperanças de um título e uma vaga na Libertadores. Se for desclassificado o ano praticamente acabou! Restaria a missão medíocre de tentar o quinto lugar no Brasileiro e torcer para o Santos ser campeão da Copa do Brasil, isso com um time sem moral e com o técnico desprestigiado. Portanto quarta-feira é dia da maior decisão do ano! E espero que o Marcelo Oliveira esteja com a mira boa!  

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