segunda-feira, 21 de maio de 2012

O fim de um "mito"!

Creio eu que nenhum Palmeirense gostaria que fosse assim, pelo contrário, a expectativa quando foi anunciado que Luis Felipe Scolari seria o novo treinador do Palmeiras reascendeu a esperança, mesmo durante uma temporada ruim como foi a de 2010.

Talvez nós sejamos culpados. Mitificamos em demasia um treinador por uma conquista inesquecível, a imagem daquele Palmeiras não é como do time magnífico de 93/94, mas de um time raçudo, que eliminou numa só Libertadores, Corinthians, Vasco e River. Lógico que Luis Felipe Scolari tem esse mérito e a história recente não pode tirar, mas era uma situação diferente, com um elenco diferente em um período em que o Palmeiras havia acostumado com a vitória. Foi culpa nossa também não ter enxergado que os tempos são outros e uma só pessoa, por mais virtuosa que seja, não traria de volta o passado e que o preço pago por tudo isso era fora na realidade do Palmeiras e do futebol brasileiro.

O que vi sábado no Pacaembu foi um homem cansado a beira do gramado, sósia de si mesmo, que vive sobre o rótulo eterno de Penta Campeão, e uma torcida exausta de ano após ano ver o time fracassar. É certo que essa situação é difícil para ambos, torcida e treinador, pois ambos são apegados ás convicções de um passado vitorioso: Felipão ainda acha que aquela sua tática de marcar um gol e segurar o resultado ainda funciona e a torcida ainda acha que jogos contra times pequenos deveriam ser fáceis para o Palmeiras. É discrepante a realidade de um time com o técnico mais caro do Brasil e com um dos elencos mais pobres. Quem é o jogador do Palmeiras hoje que poderia render um bom dinheiro?

Parece-me que nós torcedores já caímos nessa realidade e o técnico também. Um já está fazendo mal ao outro. A imagem mítica de Felipão já foi para o espaço e o treinador conta os dias para terminar seu contrato e tentar reviver seu sucesso em outro clube ou seleção. O que impede que o vínculo se encerre agora é a esperança de ainda conseguir algo que traga um pequeno alívio para essa passagem péssima que está tendo Felipão pelo Palmeiras. Mas no fundo, no fundo, creio que ambos já não ostentam segurança que isso vá ocorrer. Para nós torcedores resta torcer, mesmo cientes que o ano de 2012 provavelmente será uma repetição de 2011. Para Felipão resta a última chance de ganhar um título e tentar se desvencilhar um pouco do fracasso que o Palmeiras impregna. E para o presidente Tirone resta comemorar o título do Chelsea que ele acompanhou in loco, custeado pela "parceira" rede Globo àqueles que seguem a risca sua cartilha de subserviência. 

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