segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Retomando

Este Blog passou por um grande "hiato" de publicações, não porque eu estava em férias (muito pelo contrário) ou porque parei de acompanhar o Palmeiras, mas simplesmente estava sem saber o que falar sem sair do trivial. Óbvio que nesse meio tempo tivemos uma grande conquista que foi "o grande passo para as Diretas", mas dentro de campo o que vem acontecendo ainda é aquele sobes e desce de comportamento dentro de campo que faz com que qualquer um que fale de Palmeiras torne-se incoerente da noite para o dia. Vou fatiar esse texto em temas que mesmo que requentados, trata-se da minha opinião:

 

Diretas

 

Tal qual no que diz respeito a política nacional, há aqueles que se interessam pelo assunto (minoria); aqueles que não gostam mas sabem que é importante e tentam se informar um pouco; e ainda aqueles que sabem que existe, detestam, não se interessam, ainda reclamam de ter de votar e por ter o justo direito o exercem tomando por base fatores superficiais do tipo: esse fulano gosta de cachorros como eu, ele é da mesma igreja que eu, ele é engraçado ou ele pode me arrumar uma boquinha em algum lugar. No âmbito de um clube de futebol, soma-se tudo isso ao fato que o universo de quem pode decidir (os sócios do clube) pode não necessariamente ter os mesmos anseios da torcida do time. No caso do Palmeiras a situação é ainda mais complicada, pois além de ser uma "democracia" representativa, ou seja, seus anseios são manifestados por intermediários (conselheiros), existe uma pancada de conselheiros vitalícios, eleitos pelo próprio conselho, que deixam de passar por esse crivo democrático,  isso torna a política palmeirense uma quase dinastia comandada por famílias que remontam a fundação do clube. Creio eu que todos esses "filtros" foram idealizados afim de manter o clube as suas origens, ao comando dos que o criaram, mas tal qual outras dinastias os ideais que pautam as primeiras gerações não se perpetuam às próximas e tudo acaba virando uma mera luta pelo poder e orgulho. A ruptura com esse sistema não é só importante, é vital, e as Diretas aos sócios é apenas um primeiro passo, pois depois desse saberemos se estes novos detentores do "direito" saberão multiplica-lo com os milhões que ainda não o terão – creio que sim. A democracia direta depende demais da qualidade de quem vota, portanto o Palmeiras daqui há alguns anos será reflexo dos detentores do direito, isso imputa ao sócio do clube a qualidade de representante de uma torcida, não será mais possível pensar na temperatura da piscina ou da sauna, aquele que vota é milhões de palmeirenses de todos cantos do Brasil.

Sou 100% a favor das diretas, mesmo não tendo direito a voto. Acredito que só pelo fato de um presidente dever satisfação aos sócios e não aos conselheiros, mudará radicalmente a forma de fazer política no Palmeiras. Mas deixo aqui minha observação: se as mudanças pararem só aí não teremos saído do zero. O Palmeiras tem que se abrir a sua torcida, tem de sair da encruzilhada clube x time de futebol, tem que dar direito, nem que seja numa menor proporcionalidade, ao sócio-torcedor votar, tem que expurgar todos conselheiros vitalícios independente de sua história no clube.

 

Eleições

 

Essas eleições enfim deram uma boa lição naqueles que acreditam que fazer "média" com torcida garante voto. Com o advento do "Isentão" e essa febre populista que cerca o Corinthians, muitos foram na onda para tentar uma boquinha: Tomaram no cu. Principalmente o Marcelinho Carioca que convocou o galinheiro inteiro como cabo eleitoral. A única figura que restou foi o Marco Aurélio Cunha, infelizmente!

 

São Paulo x Palmeiras

 

Foram poucos que naquela "simulação" de pontos contaram com uma vitória do Palmeiras contra o São Paulo no Morumbi, esperança todo torcedor tem, mas sabíamos que seria difícil encerrar um tabu vexatório justo em um ano com o time tão instável. O que irritou foi a forma com que perdeu. O técnico apostou errado, talvez tenha sido uma falha que ensine ao Kleina  uma lição: alguns jogadores que estavam encostados no Palmeiras, tinham motivo de estar. Ele escalou Daniel Carvalho junto com Valdivia, graças a uma boa partida contra o Milionário no meio da semana. O Palmeiras sofreu com isso e ficou muito exposto aos três atacantes do São Paulo. Uma outra cultura idiota dos técnicos brasileiros colaborou com isso, a de não fazer alterações no primeiro tempo, estava evidente que o time estava acuado e Kleina resolveu esperar o intervalo, caso o São Paulo não tivesse feito gol, ele poderia até dar um jeito no vestiário, mas o São Paulo fez dois. Como azar pouco é bobagem, Kleina voltou com duas alterações, logo em seguida Juninho sentiu dores e pediu para ser trocado, ou seja, logo no início do segundo tempo, perdendo de 2 x 0, o técnico teria de queimar todas suas substituições. Daí em diante foi só drama, expulsão do Arthur, contusão do Valdivia, dois a menos em campo, São Paulo tocando bola fácil e tomou o terceiro e poderia ter tomado o quarto e o quinto. Creio que não é motivo de desandar a carruagem, agora o treinador terá de ter jogo de cintura para não deixar o elenco perder a confiança das três vitórias e de suprir a ausência do Valdivia até o fim do ano. São três jogos filhos da puta que o Palmeiras terá e esses sim não pode pensar em outro resultado que não a vitória. A torcida não pode deixar de apoiar o técnico, que errou sim, mas pode ter tirado uma lição importante.  

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