quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Lastimando e celebrando

Filho da Puta

Ontem o Palmeiras conseguiu um ótimo resultado fora de casa contra o Coritiba. Há quem diga que o jogo foi feio e que até os bambis venceram o Coxinha lá, mas temos de ponderar o seguinte:

- O Palmeiras joga feio mesmo e isso não vai mudar, mas é fato que esse time honra a camisa e vende caro cada lance. Se alguns jogadores não são brilhantes e por vezes cometem erros até bisonhos, em contrapartida jogam com muita raça. Um exemplo foi o Thiago Heleno que não pensou se daria a chance do Henrique tomar seu lugar ou se não jogaria a próxima partida, simplesmente se sacrificou para impedir um gol certo do Coritiba. Isso se chama comprometimento e abnegação;

- Vínhamos de um trauma, uma goleada histórica em uma noite esquecível a pouco tempo atrás. O Palmeiras começou perdendo e os jogadores até poderiam se abalar e complicar o jogo, mas pelo contrário, o time mostrou força em empatar e teria ganhado se não fosse o outro fator;

- O juiz roubou o Palmeiras ontem! Não foi falta de qualidade não, foi sacanagem mesmo – clara! O pilantra filho da puta conseguiu em poucos minutos amarelar os três atacantes do Palmeiras e por motivo banal, dando clara demonstração do que seria o jogo. Ele inverteu faltas, distribuiu cartões criteriosamente para um só lado, deixou de marcar um pênalti claríssimo em cima do Luan e ainda deu um impedimento inexistente, tudo isso em um só tempo. Tenho certeza que se não fosse o árbitro ontem o Palmeiras ganharia desse time de merda que é o Coritiba. Pior de tudo é que não acontece nada com um safado desses.

Santo

Há anos atrás, na época que o futebol não gerava tanto dinheiro e que torcedores não eram tratados como público alvo era comum as equipes terem seus ídolos. O ídolo não era necessariamente um craque, mas aquele jogador que era o torcedor dentro de campo, cada um ao seu estilo, uns mais fervorosos, outros mais elegantes, mas em comum estava o respeito a sua torcida e ao distintivo e a baixa freqüência com que os víamos falar em salário, luvas, direito de imagem, interesses de outros clubes, etc. Os palmeirenses antigos tiveram a honra de vivenciar grandes ídolos.

O tempo foi passando, o futebol se profissionalizando, o empresário de coadjuvante se tornando protagonista e até pop stars e o torcedor convivendo com termos novos como direito de arena, cotas de patrocínio, investidores, agenciamento de imagem, entre outros. A nova versão do ídolo é a do jogador de muitos clubes, muitos patrocínios e apresentações glamorosas, que com alguns anos de bom futebol, pode dar-se ao luxo de prosseguir sua carreira se arrastando em campo e ainda assim sendo um astro de campanhas publicitárias do vídeo game e faturando alto por isso. O exemplo master disso é o tal "Fenômeno", que mesmo durante 4 anos fazendo meia dúzia de partidas, grande parte dos brasileiros o veneram.

Eu mesmo vivenciei inúmeros candidatos a ídolo no Palmeiras, que beijavam o escudo na apresentação, dizia que seu tio avó era palmeirense, que queriam encerrar a carreira no clube e conquistar muitos títulos, que eram recebidos com pompas de herói e pouco tempo depois cagava 100 quilos para a torcida. Desses tantos posso dizer que uns 2 ou 3 realmente respeitaram a camisa e se não foram ídolos, foram jogadores marcantes. Mas ídolo eu só vi 1 e creio que seja o último que verei.

Não pretendo narrar toda a trajetória do Marcos nem mesmo sou capaz de escrever algo bacana, como escreveu mauro Betting ou outros palmeirenses talentosos, mas apenas gostaria de nesse aniversário do São Marcos dizer que ele é meu único ídolo no futebol e fará muita falta eu olhar para o campo e ali não ver nenhum palmeirense de verdade como vejo hoje.

Parabéns São Marcos. Você é espetacular!

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