segunda-feira, 15 de agosto de 2011

TCD - Transtorno do Cagaço Decisivo

Esse post poderia ser muito bem a continuação do interior, pois em menos de uma semana o Palmeiras foi do Purgatório ao Inferno, sendo em abas oportunidades com o fraco time do Vasco da Gama, isso mesmo, fraco, pois não podemos considerar um time com Eder Luis no ataque e Jumar no meio-campo um grande elenco, diria até que os elencos de Palmeiras e Vasco se equivalem, com a diferença que o time carioca ganhou um título importante esse ano e isso em si já faz toda a diferença.

O retrospecto de Palmeiras e Vasco é um absurdo, quem analisa a história de ambos, até mesmo recente, apostaria no Palmeiras de olhos fechados. A superioridade do Palmeiras contra o Vasco em números é tão grande, que nem parece confronto de duas equipes de tradição. Tenho certeza absoluta que se esses jogos não valessem nada o Palmeiras ganharia, mas aí que vem o porém – se não valesse nada – pois o Palmeiras adquiriu uma patologia psiquiátrica sem precedentes que do alto de minha total ignorância sobre o tema, nomearei de TCD – Transtorno do Cagaço Decisivo.  

Notem meus amigos Palmeirenses que nos últimos 10 anos, qualquer que seja o jogo decisivo, independente do time, técnico e até mesmo presidente, o Palmeiras se borra muito, como nenhum outro time grande no Brasil, quiçá no mundo. Lógico que as desculpas sempre variam, ora o elenco se dividiu por um jogador que chegou ganhando mais (2009), ora a diretoria vendeu um jogador importante (2004), ora o time estava com salário atrasado (2010) e ora mais não sei que porra de desculpa. Só sei que é só chegar um momento decisivo que o time desestabiliza, surge um monte de boatos na imprensa e nós torcedores temos de ficar com cara de cu no dia seguinte.

Lembro do campeonato brasileiro de 2009, onde com o Jorginho dirigindo o time o Palmeiras disparou e abriu uma vantagem enorme para os outros concorrentes. Aquele talvez tenha sido o campeonato brasileiro mais ganho perdido na história, porque mesmo o Palmeiras cambaleando os outros times não o alcançava, mas o empenho em perder foi tão grande que nem vaga na Libertadores o time pegou. Depois da decepção vieram as teorias de que o time estava dividido depois da chegada o Vagner Love, que o grupo não fechou com o Muricy ou que o bicho oferecido não estava agradando o elenco. No ano seguinte em 2010 o time foi medíocre no Brasileiro, mas chegou a semifinal da sul-americana contra o Goais (que já estava rebaixado nessa altura). Mais um vexame! Com plena vantagem o time perdeu no Pacaembu lotado por 2 x 1 e foi desclassificado. Novamente os boatos, dessa vez que o salário estava atrasado, que o enfraquecimento político do Beluzzo afetou o time, etc. Chegamos a 2011 e nesse ano já foram 3 decisões perdidas, contra o Corinthians no paulista, Coritiba na Copa do Brasil (essa vexatória) e agora provavelmente contra o Vasco na sul-americana – a não ser que o time surpreenda positivamente e jogue o que não vem jogando em todo esse ano.

Resta agora o Brasileiro que ainda está na metade. O time desde o início mantinha-se entre os 4 primeiros, nesta rodada já fomos para 6º e se terminasse hoje, nem vaga para Libertadores teríamos. Para piorar a situação, ainda tem São Paulo e Corinthians pela frente e em clássicos o tal TCD (Transtorno do Cagaço Decisivo) costuma aparecer. Nossa esperança é que alguém ou alguma coisa cure o Palmeiras desse transtorno, um título de expressão com certeza seria um baita remédio, mas a doença em si impede a cura. Quem sabe pessoas novas na política do clube, com mais abnegação de favorecimentos pessoais, fariam um ambiente novo que automaticamente resgatasse o espírito de vitória que tivemos um dia.

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