segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meus pesares

Um campeonato que teve o fim que a maioria queria. O Corinthians campeão é rentável para emissora que detêm os direitos de transmissão, para políticos populistas e para empresários e mafiosos do futebol. Saiu tudo dentro do script para eles, o teatro armado para legitimizar a doação de dinheiro do Estado para construção de um estádio; a abertura da Copa alinhada muito antes do anunciado; a cota diferenciada de transmissão de televisão; a imbecilização total de sua torcida, estimulada por campanhas de marketing a repetir frases feitas, dignas de livros baratos de auto-ajuda; as valiosas ajudas da arbitragem em seus jogos durante o campeonato, que na dúvida sempre foram pró-corinthians; e por fim a conquista de um campeonato modorrento, que nivela ao mesmo peso um clássico ou um jogo contra o Avaí. Porem a tentativa da CBF de dar mais emoção ao campeonato - que desde que mudou de fórmula fatalmente perdeu espaço para competições mata-mata – colocando clássicos tradicionais na última rodada, deu um ar meio amarelo a esse conquista, pois ficou claro que apesar de todos os artifícios, o Corinthians seria incapaz de vencer um jogo que realmente exige alma. Até as tradicionais brincadeirinhas ficaram no vácuo, pois o Corinthians não ganhou o título do Palmeiras, ele apenas conseguiu não perder para o Palmeiras, que é muito pequeno para um time campeão. O time do Palmeiras está longe do que o seu padrão histórico exige, mesmo assim arrisco a dizer que nem se houvesse dez jogos contra esse Palmeiras o Corinthians não ganharia um, nem mesmo com a vantagem numérica de jogadores que os juízes sempre lhes proporcionam. O que se viu ontem foi uma reprise do que aconteceu no campeonato Paulista, o Corinthians foi covarde e se beneficiou do regulamento e da predisposição da arbitragem.

Não tenho muito a dizer hoje, não vou ficar com esse discurso hipócrita e polido de parabenizar o vencedor, de que venceu o melhor, e coisa e tal. Se Para mim venceu o pior, o mais sujo, o mais nefasto ao futebol brasileiro.

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