quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Será que Rauzito tinha razão?


O genial Raul Seixas gravou a música "Aluga-se" em 1980. É um clássico do rock nacional principalmente por ser atemporal, pois os mesmos problemas que o Brasil enfrentava na década de 80 continua enfrentando hoje. Se alguma banda, dessas de agora, tivessem capacidade de compor tal música nos dias de hoje ela teria exatamente o mesmo sentido. Lógico que é uma alegoria, pois tem uns babacas que acusam o Raul Seixas de antipatriótico por "menosprezar" o Brasil. Eu penso exatamente o contrário, creio que a mensagem da música é de atentar que muitos gostariam de ter um país tão rico e belo para administrar, enquanto nós mesmos não somos capazes de transformá-lo num lugar bom.
As vezes eu fico pensando se todos envolvidos na política palmeirense, tanto situação quanto oposição, são capazes de recolocar o Palmeiras na grandeza que lhe pertence. A nota emitida pela Mancha Verde está perfeita e vai direto ao ponto,  o Palmeiras não consegue títulos por contra própria desde a década de 70. Tudo que conquistou nesse período foi com alguma parceria. A Parmalat lavou a égua no Palmeiras, souberam aproveitar a força da torcida e em pouco tempo o Palmeiras era a maior potência nacional. Em todos esses anos de parceria o Palmeiras não teve a capacidade de se estruturar para andar com as próprias pernas e foi a Parmalat sair que pronto, tudo voltou a estaca zero. Acreditávamos que o grande problema era o Mustafá, que o dia que ele saísse do comando voltaríamos aos tempos áureos e não foi assim. Hoje a política é um embaralhado que para quem está de fora é desesperador, você não é capaz de saber quem é aliado de quem ou inimigo de quem, lógico que devam ter pessoas bem intencionadas lá dentro, mas honestamente não sei se elas são capazes de colocar o Palmeiras nos trilhos da história novamente, pois não basta boa intenção, tem de haver competência, coragem e principalmente saber se cercar de gente leal e séria, algo escasso no Palmeiras. Não adianta esconder-se dos fatos por de traz de uma história imensa e empoeirada, hoje o futebol é muito mais que colocar 11 em campo e cobrar raça, o exemplo ta aí, em times rivais que fortaleceram seus departamentos de marketing dependendo cada vez menos de patrocínio em camisa, profissionalizaram seu jurídico com especialistas em legislação específica e colocaram gente especialista em gestão esportiva para gerenciar o departamento de futebol. Acabou o espaço para o amadorismo, gostando ou não temos de conviver com isso.    
Uma vez escrevi sobre essa tendência na Europa de magnatas comprando times de futebol para brincarem de manager e não duvido que isso um dia chegue ao Brasil. Se o Palmeiras, em pouco tempo, não mudar radicalmente sua gestão por conta própria, profissionalizando o futebol e não deixando que a política de clube afete o time, ou se tornará um time pequeno ou acabará sendo comprado.

César Sampaio

Respeito muito o Sampaio como atleta, mas como gerente de futebol não serve para o Palmeiras. Hoje ao se pronunciar pelo Barcos mostrou que absorveu muito bem o estilo Tirone de ser. Fraco, acenou com a possibilidade de o atleta sair dizendo que ele tem um preço, que fará tudo para segurar mas que chegarem no preço que o Palmeiras pede não pode fazer nada. Tem um preço é o caralho! Que postura de covarde! Será que venderão o Barcos como fizeram com o Vagner Love em 2003? O Palmeiras tem que marcar terreno, fincar o pé e dizer: daqui o jogador não sai! Atitudes como essa só abre a porta para as especulações. Fora Sampaio!  

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