quarta-feira, 15 de maio de 2013

Merda na cueca

Apesar de reconhecermos as terríveis limitações do time e de termos plena noção de que as poucas vitórias na Libertadores foram mais em função da vontade do que superioridade em si, acreditamos, essa é nossa condição como torcedor. Sei lá, de repente a mística da camisa entraria em campo e conseguiria resultados impossíveis ou nós das arquibancadas contagiaríamos os jogadores a ponto de torná-los capazes de subjugar adversários mais bem preparados para competição, mas de fato o peso da realidade é muito grande e o time nem mesmo esperou um adversário de qualidade para refugar, fez isso diante de um estreante na competição com um time fraquíssimo.
Em nenhum momento a diretoria palmeirense demonstrou esforço para tentar algo na Libertadores, mesmo na janela de contratações depois de uma  final de fase de grupos onde o Palmeiras fez uma partida horrorosa contra o Sporting Cristal, não se mobilizou para reforçar o time em posições carentes, apenas tentou criar o mantra do "sangue na veia". É compreensível que um gestor pragmático diante da situação atual do Palmeiras agisse desse modo, afinal, estamos na eminência de uma série B, sem patrocínio de camisa e com uma caralhada de divida de curto prazo a pagar, mas há uma diferença fundamental entre o pragmatismo empresarial e a administração de um time de futebol, isso porque ninguém é apaixonado por uma empresa e tem ela como parte de sua vida. Espero honestamente que a atual gestão enxergue que subir de divisão é obrigação e a torcida quer ver em campo um time que honre as tradições da camisa e que seja capaz de vencer adversários fracos como serão os da série B e como na teoria era o Tijuana. O bom e barato já foi testado antes e não deu certo.
Quanto ao jogo o time entrou nervoso e jogando mal, pessoalmente não gosto dessa formação com Thiago Real e Kleber, essa é uma teimosia do Kleina que nunca deu certo. Kleber é péssimo jogador do nível de Ricardo Bueno. O time não se encontrava, tentando insistir em jogadas individuais que eram prontamente rechaçadas pela zaga mexicana. O lance crucial foi o frango do Bruno, inadmissível para qualquer goleiro profissional, isso acabou com os nervos do time e se já estava difícil encaixar um gol, imagine dois. A falha do Bruno foi patética, imperdoável, não existe mais condições de o goleiro atuar no gol palmeirense. Depois disso o time prosseguiu jogando mal, errando passes e pipocando literalmente, o tal sangue na veia virou merda na cueca. Wesley em noite infeliz errou todas que tentou. O Palmeiras não mereceu passar, não jogou pra passar, amarelou para os mexicanos e dessa vez nem mesmo os 36 mil torcedores foram capazes de incendiar o time. Fim de Libertadores para nós e volta para realidade que infelizmente temos de viver.

Reformulação

O Palmeiras deve passar por uma pequena reformulação e pelo que pudemos sentir a diretoria optará por atletas de baixo salário. Acredito que Wesley, Valdivia e Maikon Leite tenham grandes chances de serem negociados (se aparecer interessados). Kleber deve voltar para o esgoto de onde saiu. Sem dúvida Henrique é do elenco o que tem mais mercado e não tenho certeza se o Palmeiras fará esforço em segurá-lo. Nesse momento é difícil cravar qual será o elenco para as competições do segundo semestre. Mas volto a repetir: o Palmeiras tem a obrigação de subir com facilidade para série A e de montar um elenco mais qualificado que os demais adversários! Brunoro e Paulo Nobre que se cocem, pois sentar na cadeira e falar de profissionalismo e reclamar das dividas é fácil, isso qualquer um faria, tem é que buscar alternativas e criar novas receitas. Vai pra puta que o pariu o sangue na veia, queremos é time bom em campo. 

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