terça-feira, 27 de setembro de 2011

O time em Loop

Segunda-feira retrasada eu estava falando sobre o Palmeiras em um programa de rádio virtual, quando um palmeirense - menos amargo que eu - mandou um e-mail pro programa me criticando. Disse que eu não estava apoiando o time e enxergando as coisas positivas, que eu não conhecia de bastidores e que deveriam todos palmeirenses apoiar o time incondicionalmente. Admito que cheguei a refletir a respeito e me questionei se não estaria eu muito catastrófico e amargo, fiquei até um tempo sem falar nada do Palmeiras para não disseminar esse meu pessimismo, mas só não consegui deixar de assistir aos jogos. Veio a partida contra o Ceará e um magro 1 x 0; em seguida a partida de domingo e o bizonho empate, que de tão esdrúxulo e vergonhoso deu dó de mim, dó de meu pai que estava ao meu lado frustrado, dó de todos meus amigos palmeirenses e dó de todos aqueles que viajaram para Goiás e presenciaram 11 jogadores jogando mais uma pá de merda na história do Palmeiras.

Tornou-se irrelevante comentar sobre jogos do Palmeiras, porque a trama muda mais o final é previsível. Tentei então encontrar uma causa, ouvi de alguns que era uma trama da diretoria com alguns jogadores para derrubar o técnico, mas tive a impressão de ter escutado algo do gênero em 2010 na queda do Murici e em 2009 na queda do Luxemburgo. Então recorri a minha memória para tentar encontrar alguma explicação e notei que há 12 anos são os mesmos problemas, as mesmas tentativas de solução e os mesmos nomes que orbitam em torno disso tudo. Resumidamente lembrei:

1999 – O último grande ano do Palmeiras, após a perda do Mundial Interclubes a parceria com a Parmalat enfraqueceu, além dos desgastes com a diretoria da época a empresa começou enfrentar sérias dificuldades financeiras e parou de contratar jogadores. A torcida começou a pedir a saída da Parmalat e o então presidente do Palmeiras, Mustafa Contursi, dizia aos quatro cantos que o time já tinha um bom caixa e poderia andar com as próprias pernas. Em 2000 o time ainda conseguiu chegar a uma final de Libertadores.

 2001 – Terminava a "era Parmalat" e começava a "era do bom e barato". Os poucos jogadores que pertenciam à parceira começaram ser negociados e a diretoria começou apostar em jogadores de times pequenos. Na época o mesmo Mustafá se gabava, afirmando que essa seria a nova realidade do futebol brasileiro. Alguns até deram razão no começo, pois no primeiro semestre o Palmeiras chegou a uma semifinal contra o Boca e antes venceu o Corinthians nas quartas de finais, mas depois disso em 2002 pagamos o preço do "Bom e Barato" e o time caiu para segunda divisão.

2002 – O Palmeiras havia feito uma campanha medíocre no brasileiro de 2001 e a tal fato fez com que Mustafá trouxesse de volta Wanderley Luxemburgo – note que é recorrente na história recente do Palmeiras a tentativa de contratação de vitoriosos do passado e que quase sempre termina mal – logo de cara o técnico dispensou alguns atletas, alguns que vinha bem como o volante Magrão. O Palmeiras foi eliminado pelo Asa de Arapiraca na Copa do Brasil em pleno Palestra Itália. Logo no início do Campeonato Brasileiro o técnico deixou o Palmeiras e foi para o Cruzeiro. Tentaram remendar as coisas às pressas e contrataram o técnico Levi Culpi e uma série de jogadores, mas o time não engrenou e protagonizou o maior vexame da história do Palmeiras – o rebaixamento para série B. O lamentável foi que alguns jogadores de história no clube ficaram com essa mácula, como Arce, Zinho e Marcos.

2003/2004 – Mustafá prosseguiu no Palmeiras com a missão dada por si a si mesmo, de tirar o time de onde ele colocou. O Palmeiras montou um time com jovens para disputar a série B, dentre eles Alceu, Diego Souza (da base), Edmilson e Vagner Love, além da volta de Magrão e da contratação de Lúcio na lateral. O time cumpriu a obrigação na série B e conquistou com facilidade. Em 2004 o time sofreu uma eliminação vexatória (mais uma) para o Santo André na Copa do Brasil e o técnico da ascensão, Jair Picerni, foi mandado embora, no Brasileiro ia bem, quando Mustafá resolveu vender Vagner Love e Edmilson. Vagner Love vinha sendo o principal centroavante do Brasil naquela época e ainda muito jovem foi vendido por cerca de R$10 milhões para o CSKA, na primeira proposta que apareceu, esse valor não é nem ¼ do que valeria o Leandro Damião hoje. O time prosseguiu o Brasileiro de forma medíocre, apenas conquistando uma vaga na Libertadores de 2005.

2005 – Mustafá sai da presidência depois de 12 anos e elege Afonso Della Monica, que convoca Palaia como diretor de futebol. O Palmeiras nesse ano aposta em veteranos como Juninho Paulista, Baiano e Gamarra, além de jogadores almejados por outros clubes como Marcinho. Essa foi a época de Gioino também... lembram? Tinham também os eternos contundidos Munhoz e Pedrinho. O time começou empolgando e terminou desanimando. No mesmo ano o time seria eliminado pelo São Paulo na Libertadores da América e cairia o técnico Bonamigo e entrou Leão. No brasileiro mais sujo da história o Palmeiras terminou em 4º e foi para Libertadores novamente.

2006 – Mais um ano de merda para o Palmeiras. Começou voando e terminou rastejando. O técnico Emerson Leão foi mandado embora nas vésperas de mais um jogo contra o São Paulo na Libertadores e assumiu o interino, mais uma derrota que anunciara tempos mais difíceis. O Brasileirão foi terrível, quase o Palmeiras cai de novo. Mais uma vez o Palmeiras contratou um ex-ídolo Edmundo, que também acabou passando por momentos antagônicos aos que já tinha vivido. Nessa época também o Palaia contratou um tal chileno conhecido por lá como Mago, chegou discreto no Palmeiras e não foi aproveitado pelo técnico Leão. O time até melhorou quando assumiu o Tite, mas terminou o campeonato cambaleante e ainda por cima com uma briga pública entre o fanfarrão Palaia e o técnico Tite, que culminou com a saída do treinador. Esse foi o ano da auto-entrevista também, que está no hall das escrotice da história do futebol, que só já bastaria para Palaia jamais ter o nome citado no Palmeiras de novo – mas teve.

2007 – Com pouca grana o Palmeiras contrata o técnico Caio Junior, que havia feito boa campanha com o Paraná no ano anterior. Esse foi um ano muito comemorado pelos Palmeirenses a despeito de título, pois o Della Monica rompeu com o Mustafá e se aliou com a chapa Muda Palmeiras - esperança de tempos melhores e mais modernos no Palmeiras. As contratações não foram grande coisa, mas no meio do pacotão veio o Pierre e o técnico Caio Junior soube aproveitar o tal Chileno que estava encostado e Valdivia acabou se tornando o grande jogador daquela temporada. Edmundo ainda estava no time. Nesse elenco tinha ainda Florentin, Paulo Baier e figuras grotescas como o zagueiro Edmilson. Para variar mais um vexame na Copa do Brasil sendo eliminado pelo Ipatinga, mas o rompimento com Mustafá deu alguma tranqüilidade para o início do Brasileiro. Mais um campeonato de altos e baixos em que o Palmeiras terminou o Brasileiro em posição intermediária, perdendo a chance de ir para Libertadores com uma derrota por 3 x 1 contra o Atlético Mineiro no último jogo. Caio Junior saiu no final do ano.

2008 – O ano da esperança palmeirense. Tudo parecia conspirar para uma nova grande Era. Uma nova parceria era feita e uma série de revelações do Campeonato Brasileiro começaram ser contratadas, dentre elas, Cleiton Xavier (Figueirense), Diego Souza (Grêmio), Henrique (Coritiba), além da repatriação de Kleber, que estava escondido na Ucrânia e a contratação de Alex Mineiro (o tal camisa 9). Para arrematar o candidato a presidência Beluzzo conseguiu a contratação de Wanderley Luxemburgo, fascinado pelo projeto Traffic. Logo em seguida todos palmeirenses acompanharam com expectativa a eleição que culminaria com a vitória tão esperada de Luis Gonzaga Beluzzo. Eu mesmo no dia seguinte amanheci convicto que o Palmeiras enfim voltaria às glorias, com um palmeirense brilhante no comando, economista renomado e progressista. O Campeonato Paulista daquele ano parecia ser apenas um aperitivo para muito mais que viria. Mas esse time e esse técnico custavam realmente caro. Mais uma vez o Palmeiras decepcionou na Copa do Brasil sendo eliminado pelo Sport Recife de forma patética, mas logo em seguida veio a conquista do Paulista para compensar. Após esta conquista a diretoria resolveu vender Valdivia para o mundo Árabe por cerca de R$ 8 milhões, Henrique também saiu precipitadamente, sendo o jogador da Traffic o Palmeiras nada recebeu – aí começou a desconfiança com a tal parceira. No campeonato brasileiro o time não conseguiu superar a ausência de Valdivia e o rendimento caiu drasticamente, Alex Mineiro que cansou de fazer gols no Paulista, ficou inúmeras partidas sem marcar. O time terminou a campanha sem brilho, perdendo do Botafogo e conseguindo apenas uma vaga para Pré-Libertadores, graças ao tropeço do Flamengo. Nesse ano já começou surgir boatos de atrasos de salários e problemas financeiros.

2009 – Acabando o contrato de empréstimo de Kleber com o Palmeiras, o Cruzeiro se acertou com o Dinamo e comprou o jogador. Alex Mineiro também deixou o time, mas a Traffic trouxe ao Palmeiras a então revelação nacional: Keirrison do Coritiba. O time passou da pré-libertadores (pelo menos esse vexame não passamos..rs) e iniciou a disputa do Paulista com o tal Keirrison marcando muitos gols, parecia ser o centroavante que o palmeiras tanto buscava desde Vagner Love. Mas as coisas na Libertadores não iam muito bem, por coincidência o Sport de Recife – algoz do ano anterior – caiu no grupo do Palmeiras. Keirrison já começava se demonstrar pipoqueiro nos jogos mais importantes e totalmente sem empatia com a torcida. A classificação veio de forma heróica contra o Colo Colo no Chile, com o golaço de Cleiton Xavier aos 44 do segundo tempo. Parecia que agora ia! Na seqüência o Palmeiras enfrentou o Sport nas oitavas de final - venceu o confronto e tirou a zica. Porém nas quartas o time caiu diante do Nacional de forma melancólica. Nessa altura Keirrison já ganhara o apelido de pipokeirrison. A coisa estava quente no ambiente do Palmeiras para variar e o time também foi desclassificado na semi-final do Paulistão, depois te ter terminado em primeiro na classificação. A casa caiu mais uma vez e Beluzzo fez criticas publicas a Keirrison. Começou o Brasileiro e a tensão entre diretoria e Luxemburgo também estava alta.  O técnico custava caro e trouxe um monte de lixo para o time, inflacionando demais a folha de pagamento. O Palmeiras oscilava no Brasileiro e a lavação de roupa suja via imprensa estava pegando fogo, até que veio o episódio Keirrison. O atacante já estava negociando com o Bracelona e sem dar satisfação ao técnico e ao elenco ele simplesmente viajou e sumiu dos treinos. Luxemburgo ficou puto e disse que com ele no comando o atacante não jogaria mais, mesmo fracassando a negociação. Beluzzo e a diretoria composta por Cipullo e CIA, não gostaram da "ingerência" de Luxemburgo, uma vez que segundo eles, quem teria de decidir sobre o afastamento ou não do atleta era a diretoria – na verdade a Palmeiras não tinha o que fazer sendo o jogador da Traffic. Keirrison saiu sem sequer despedir-se do elenco e pouco tempo depois foi a vez de Luxemburgo ser demitido. Coincidência ou não a partir da saída de ambos, Jorginho que era da base subiu para comandar o time e o Palmeiras deslanchou no Campeonato, com atuações exuberantes de Diego Souza e Pierre o time tornou-se líder e distanciou-se dos concorrentes, parecia que nada impediria dessa vez o título. Murici acabara de ser demitido do São Paulo e Beluzzo nunca escondeu o sonho de contratar o técnico tri-campeão brasileiro na época, para diretoria do Palmeiras Jorginho não ia segurar a bronca e queriam um técnico de peso. O "boca murcha" fez cú doce, disse que queria férias e pediu uma fortuna, mas o Palmeiras aceitou e o contratou. Nessa altura atrasos de salários eram freqüentes. Diego Souza, Pierre e Cleiton Xavier receberam propostas de fora, mas Beluzzo não só segurou como pediu para Traffic não vender e comprou parte do passe de alguns atletas pertencentes à investidora, ele não queria desmontar o time nem que fosse para cortar da própria carne. Logo em seguida conseguiu repatriar Vagner Love por empréstimo (notem - mais uma volta). Mas o que parecia impossível aconteceu: depois que Jorginho deixou o comando e Murici assumiu e que Vagner Love reassumiu a camisa 9 do Palmeiras, o time decaiu. O Palmeiras foi acumulando maus resultados, mas dava sorte de seus concorrentes não o passarem, na época até se falava que ninguém queria ganhar o campeonato. Mas uma hora a sorte acabou e o Palmeiras foi passado e chegou à última rodada brigando apenas por uma vaga na pré-libertadores - que não veio. A decepção era tão grande que ninguém conseguia explicar o que havia acontecido. Cogitaram-se problemas de vaidade do elenco, atrasos de bichos e racha dos jogadores com o técnico e de Diego Souza com Vagner Love.

2010 – O reflexo de 2009 comprometeu 2010. O ano começou quente com as constantes notícias na imprensa de atrasos de salário, dívidas, negociações mal sucedidas, escândalos envolvendo Cippulo e outros diretores, além de problemas com a Arena (ainda teve essa). Iniciou-se a campanha "taca pedra na Geni" e Beluzzo que era tratado como professor pela imprensa começou ser achincalhado e chamado de fraco, incompetente e destemperado. O Palmeiras foi exposto até suas entranhas, jornalistas tinham acesso a conteúdos inimagináveis – verídicos ou não. Foram tantas polêmicas logo no 1º semestre que superaram os anos anteriores. Houve um rompimento frio com a Traffic, que rendeu dívidas e atritos. De cara a torcida protestou contra Vagner Love e Diego Souza. O primeiro saiu, mesmo estando emprestado pelo CSKA (olha só as coisas que acontecem no Palmeiras), e foi para o Flamengo, alegando ter sido agredido por torcedores na porta de uma agência bancária. Diego Souza deixou o Palmeiras pouco tempo depois, num episódio onde vaiado mostrou o dedo para torcida, foi afastado e saiu do time (hoje brilha no Vasco). Murici também se desentendeu com a diretoria durante o Campeonato Paulista e depois de uma derrota para o São Caetano acabou sendo demitido – o Palmeiras ainda pagava salários de Luxemburgo e agora o de Murici - assumiu Antonio Carlos e foi lastimável, durou pouco tempo. O Palmeiras foi eliminado nos pênaltis pelo Atlético de Goiás, numa disputa onde os palmeirenses erraram TODAS as cobranças. Beluzzo rompeu de forma antiética com a patrocinadora Master, Samsung, e assinou voltou a FIAT. Com a grana do novo patrocínio o então presidente arriscou suas últimas cartadas - um All In sem grana - comprou Kleber do Cruzeiro por EU$3 milhões (50% do passe), trouxe de volta o técnico dos sonhos da torcida Luis Felipe Scolari e fez uma composição financeira para repatriar Valdivia, por praticamente o mesmo preço que tinha vendido em 2008. Veio a Copa do Mundo e depois do torneio parecia que tudo seria diferente. Mas as coisas não aconteceram como previsto, Valdivia voltou com problemas físicos e demorou a estrear. Apesar de Kleber o elenco era fraco e oscilava muito, mas estava conseguindo bons resultados na Sulamericana, que no ano em questão daria vaga à Copa Libertadores da America. Beluzzo teve um problema cardíaco e precisou se afastar, membros da situação deram um golpe liderado por Palaia (o mesmo da auto-entrevista) e formaram um Conselho gestor, tirando Cipullo, Genaro e Savério da diretoria de futebol, que passou a ser encabeçada por Percarmona. Valdivia voltou a campo, mas logo se contundiu novamente. Sem chances no Brasileiro o time focou da Sulamericana e chegou na semi-final contra o Goiás, já rebaixado no Brasileiro. O Palmeiras ganhou a primeira partida fora por 1x0 e só precisa de um empate em casa. Com o Pacaembu lotado o time conseguiu perder por 2 x1 – uma tragédia que nem o mais pessimista imaginaria. Mais uma ano que terminaria triste para o palmeirense e dessa vez as conseqüências eram ainda piores, era o fim decadente de uma gestão que todo torcedor apostou, mas que deixou dívidas imensas e um time estigmatizado pelo fracasso.

2011 – Arnaldo Tirone foi eleito com ampla maioria dos votos, com os apoios de Mustafá e Della Mônica (que tinha rompido com Mustafá – vai entender). Roberto Frizzo assumiu como Vice de Futebol e todas as outras áreas foram divididas para aqueles que apoiaram Tirone na eleição, na maioria políticos ligados a Mustafá. Começou então o trabalho de desconstrução da gestão anterior, jogando-se sal na terra, tal qual Roma fez a Cartago. Simultaneamente deu início ao processo de desprofissionalização da gestão, parecido com que acontece nos comandos das estatais brasileiras, cargos começaram a ser distribuídos a filho de fulano, neto de cicrano amiguinho de beltrano, mas essa desprofissionalização estava muito lenta para o gosto de Mustafá e ele começou pressionar por mudanças drásticas, principalmente no comando do futebol e tem usado todo seu arsenal de mídia para divulgar fofocas de bastidores. A união da então situação durou pouco, hoje as coisas estão tão confusas que já não da mais para saber quem está do lado de quem ou contra quem, nesse cenário temos de conviver com a aparição de figuras nojentas como Gito Avalone, Piraci Oliveira, Mustafá, Pepe Diogardi (empresário e especulador de Kleber), entre outros. Tirone que parece até ser um cara do bem, é covarde feito aquele leão do Mágico de Oz, se esconde e tenta colocar panos quentes em tudo. Dentro de campo o time começou bem, mas fracassou na Copa do Brasil após um vexame em Coritiba, no Paulista diante do Corinthians, na Sulamericana para o Vasco e começa cambalear no Brasileiro. Valdivia e Kleber contratados a peso de craque vivem arrumando confusão com a diretoria e expondo problemas na mídia – conseguiram destruir toda imagem construída em 2008. Felipão já se mostra cansado e abatido em um ambiente onde tentam fritá-lo vivo. Fora isso a tão divulgada reestruturação financeira parece não ter saído do papel, pois o time continua acumulando déficit – e o pior – se apequenando no cenário do futebol, sendo desrespeitado pela imprensa, federações, arbitragem e torcedores rivais.

Sei que escrevi demais e não tenho habilidade para conduzir um texto grande com muita harmonia, mas é mais um desabafo de um palmeirense que ama o time e não consegue mais vislumbrar uma saída para isso tudo. Podemos perceber nessa breve história recente de fracassos, que algumas coisas são recorrentes e quase sempre acabam mal. Não dá certo esse negócio de trazer de volta jogadores que tiveram boa passagem pelo time. O Palmeiras negocia mal e depois quer trazer o cara de volta. Vejam os exemplos de Vagner Love, Kleber, Valdivia, Henrique, Zinho, Roque Junior e Edmundo, todos tiveram desempenho abaixo do esperado em seu retorno e no caso de Vagner Love, Valdivia e Kleber ainda mancharam sua história. Outra coisa, com técnico funciona a mesma coisa, não que Luxemburgo e Felipão desaprenderam, mas em suas épocas de glória pegaram bons elencos. Da para notar também que o Palmeiras vira e mexe começa bem e termina rastejando, isso é reflexo do ambiente péssimo que vai contagiando o cara, parece que o clima é degradante e afeta elenco e torcida. Além disso tudo, são sempre os mesmos personagens, as mesmas atitudes impulsivas tanto para venda ou compra de jogadores, as mesmas pressões em jogos decisivos e os mesmo artifícios de expor o time na imprensa para se alcançar objetivos políticos. Enquanto vivermos nesse ciclo a coisa realmente não mudará.

Nem sei mais se terei condições de escrever mais algo sobre o Palmeiras, estou de saco cheio de todas essas coisas e minha única vontade era que tudo fosse destruído para se começar um Palmeiras do zero, pois hoje o que temos é um rompimento total do time com a torcida. Esse Palmeiras já não representa mais sua torcida e a culpa é dessa cambada de filhos da puta que seguem por lá anos a fio.

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