sexta-feira, 22 de julho de 2011

As mentiras que as estatísticas contam

Ontem o time do Fluminense fez aniversário, a apresentação do tal Matinuccio foi o símbolo máximo da celebração de uma história de falcatruas e sujeira do pós de arroz do Rio, um time que chegou ao limbo da série C e se não fosse uma trama suja, daquelas típicas do nosso futebol, talvez hoje fizesse companhia a outros times menores e mais honrosos do Rio de Janeiro, como Boa Vista, Volta Redonda e America.  Mas apesar da data a ser celebrada, os mais de 3 milhões de torcedores fluminenses não foram capazes de colocar sua hashtag em primeiro lugar no Brasil, missão não tão hercúlea, tendo em vista que fatos de tão menor expressão já conseguiram.

É lógico que a torcida palmeirense é muito maior que a torcida desse timeco, mas hoje em poucos instantes a hachtag #PalmeirasCampeao51 já figurava no topo do Top Trends nacional, concorrendo com ações promocionais de grande impacto. Algo semelhante ocorreu há pouco em relação ao aniversário da conquista da Libertadores da América. Um internauta mais atento notará que tópicos relacionados ao palmeiras constantemente estão entre os mais comentados. E qual o porquê? Por que a torcida do Palmeiras é sem dúvida a mais fanática do Brasil. Arrisco a dizer que se essas estatísticas, que contabilizam opinião de qualquer Mané, daqueles que escolhem o time do momento como escolhem música, filmes e roupas, não retratam corretamente as torcidas no Brasil. Tenho certeza que se houvesse um meio de entrevistar apenas aqueles que de fato são torcedores, esse ranking mudaria de modo surpreendente.

O Palmeiras não é um time simpático à mídia, nem um time que uma candidata a miss ou político populista diria que torce para parecer popular, pelo contrário, o time vive sendo esculachado pela imprensa esportiva que distorce o já conturbado ambiente do time, mas mesmo assim basta você sair de casa em um fim de semana qualquer e constatar que o palmeirense ostenta sua camisa mais do que qualquer outro torcedor. Nasci em 1980 e peguei 13 dos 17 anos de fila, não comecei a torcer pelo Palmeiras por causa de nenhum grande time ou título e sim por amor passado de pai para filho, presenciei uma década gloriosa ao fim desse longo jejum, em contra partida também já vi jogadores grotescos ou de mau caráter desonrarem o manto sagrado e proporcionarem catástrofes vexatórias, mas em ambos os momentos mantive-me torcendo do mesmo jeito.Noto que a maioria dos palmeirenses são semelhantes a mim. Pode-se falar que somos bipolares, que oscilamos do inferno ao céu em poucos minutos, mas jamais vou aceitar a tal "tendência de queda" no número de torcedores que apontam essas pesquisas mequetrefes, porque o que oscila é nosso humor e não o nosso amor. Nossa torcida não tem desvios, nosso número de torcedores é e sempre será constante, não difundimos nossa paixão através dessas atrocidades de batizado, licenciamento de bichinhos de pelúcia, campanha de marketing com frases feitas ou lobby com meios de comunicação, passamos essa herança doutrinando nossos descendentes e esses se tornam tão ou mais fanáticos que nós mesmos.

Por isso meu amigos, mesmo sem argumentos quantitativos, desqualifico todas essas pesquisas do IBOPE ou Datafolha, só vou considerar quando fizerem uma pesquisa qualitativa que mensure quantidade de torcedores com qualidade, por enquanto, prefiro levar em conta as minhas próprias análises.

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