Maktub! Estava escrito!

Quarta-feira, 11 de julho de 2012. Essa data ficará marcada na mente de cada palmeirense como a maior superação de todas, como o ressurgimento de um time que nasceu para ser campeão e quando calamos a boca de um monte de filho da puta que menosprezou o Palmeiras. Os bares estavam lotados, por todos os lugares nas ruas de São Paulo havia palmeirenses ostentando suas camisas que jamais escondem, mesmo em tempos difíceis. Em Santo André os bares estavam lotados, com palmeirenses ansiosos se preparando para a data histórica. Há aqueles que cegos por seu fanatismo clubista, rotulam o Palmeiras como time de colônia, o time nasceu sim de uma colônia, mas adotou e foi adotado por muitas outras raças. Japoneses, árabes, negros, alemães, russos, gente de todos estados brasileiros, paranaenses, nordestinos, capixabas, perto de minha casa tem uma casa do norte que desde ontem já tinha um bandeirão exposto na porta. O adversário é um candidato a time grande que merece respeito, pois tem uma torcida fanática, um belo estádio e uma cor bacana, mas tal qual o Sport de 2008, possui uma diretoria arrogante, jogadores que acreditam ser muito mais que realmente são e tiveram a empáfia de considerarem-se favoritos perante o Palmeiras, como se o grande da história fossem eles, já começaram perdendo por aí. Compraram uma ideia tomando por base um placar atípico, e que talvez nunca mais se repita e de uma imprensa que direciona suas opiniões sempre contra o Palmeiras, por razões que já tratei aqui.   

Os dramas da semana passada voltaram se repetir. Henrique, que foi um monstro em campo, teve febre e jogou sob efeito de antitérmico; Thiago Heleno saiu contundido logo no primeiro tempo; Luan jogou boa parte do segundo tempo puxando a perna. Mas não adiantou e não adiantaria, poderia quebrar o time todo, acontecer qualquer desgraça, estava escrito: O Palmeiras seria campeão!

Confesso que chorei que nem criança em frente à televisão, extasiado, sem conseguir nem ter coerência nas frases, as imagens de jogadores em prantos, comemorando com a torcida palmeirense que esteve em Coritiba foram emocionantes demais. Sou crítico ao time do Palmeiras, pego no pé de alguns jogadores, mas ontem mesmo esses mais limitados, mostraram uma alma que outras figuras bem mais consagradas que vestiram a camisa do Palmeiras não demonstraram. São dignos de entrar na história do clube, mesmo sendo esse time um dos mais fracos dentre os esquadrões clássicos que tivemos. O Luan, que eu não me conformava em vê-lo como titular, jogou no sacrifício, nem sequer fez cera e deu o sangue em campo. O Marcos Assunção foi o responsável pelas bolas mais decisivas desse campeonato e mesmo tendo chegado ao Palmeiras como um santista assumido, tenho certeza que hoje é palmeirense e dos bons e pela sua postura já se tornou um ídolo para mim. O Bruno jogou muito essa decisão e ama o Palmeiras, chorou copiosamente antes mesmo de o juiz apitar o final do jogo. Maurício Ramos não errou uma e vibrava a cada bola tirada. Henrique foi um gigante, refez o meio campo do Palmeiras. Juninho jogou muita bola. Thiago Heleno deu o sangue. Betinho, que é limitadíssimo, teve estrela e raça. Mazinho marcou gols importantíssimos.  O Barcos, que não sei de que jeito, mas parece que nasceu palmeirense, vibrou como se tivesse nascido nas categorias de base do clube. Até o Valdivia que eu ainda tenho minhas ressalvas, pareceu ter mudado de ideia e quer ficar no Palmeiras e se botar a cabeça no lugar, pode ser o meia que precisamos. O Felipão, que critiquei inúmeras vezes aqui, calou minha boca (graças a Deus) e se consolidou como maior técnico da história do Palmeiras.

Sei lá! Tudo que eu comentar hoje será sob a influência de uma felicidade imensa. Desculpem-me os erros de português, a pouca coerência a bipolaridade, mas é campeão caralho, vai tomar no cu Juca Kfouri, André Rizek, Flavio Prado, Milton Neves, Neto, Casagrande, fodam-se vocês que ignoraram a grandeza dessa instituição, não adianta vir pagar pau agora, escrever coisas positivas, elogiar o Felipão, a torcida do Palmeiras, vão tudo pra casa do caralho! Se o Palmeiras não tivesse uma política tão sórdida e autodestrutiva, seria de longe, mas de muito longe o time com mais títulos aqui no país.

Apesar de você!

Esse título não pode apagar as cagadas que essa diretoria fez, nem o fato de que esse elenco precisa de muitas peças e muito menos servir de palanque político. Essa é uma vitória dos jogadores, técnico e torcida!