terça-feira, 14 de agosto de 2012

Empurrão que precisava

Depois de acertados os valores com a Portuguesa e a imprensa dar quase como certa a contratação de Guilherme pelo Palmeiras, na última hora o Corinthians igualou a quantia e o jogador, que nunca escondeu o que queria, optou pelo Corinthians.

Eu já tinha escrito aqui logo quando surgiu essa notícia do Guilherme o que eu pensava. Não que eu seja fodão por causa disso, mas ainda me causava estranheza um jogador declaradamente corintiano, que estava se oferecendo feito uma biscate ao Corinthians, assinar com o Palmeiras. Meu receio era justamente esse, o jogador vir ao Palmeiras por conveniência, para sair da Portuguesa, mas continuar mirando o Corinthians. Não chegamos a esse ponto – melhor – pois a movimentação que a notícia deu na imprensa fez com que o Corinthians avançasse antes desviando a rota do jogador.

Vale lembrar que nas outras tentativas do Corinthians nunca houve um valor que se aproximasse do que a Portuguesa pedia, que impedia a realização do sonho do jogador. O que Guilherme vinha fazendo com a Lusa era semelhante ao que o Kleber fez com o Palmeiras, no entanto parece-me que os dirigentes portugueses têm um pouco mais de tenacidade e não abriam mão de um valor que achavam justo. Eis que o golpe de mestre foi dado.

Um grupo de empresários, sujeito oculto muito usado no futebol brasileiro, afirmou que tiraria Guilherme da Portuguesa e ofereceria ao Palmeiras, não por acaso, arquirrival do Corinthians. O Palmeiras precisando de volante se animou com a história e preferiu negociar diretamente com a Portuguesa. O valor foi acertado e divulgado aos quatro cantos. O Corinthians que até então tinha congelado as negociações, sentiu-se ameaçado em perder o negócio para o rival, pois vai que da certo e o jogador engrena e depois os dirigentes gambás são acusados de omissos. Sabendo do valor fechado e da vontade do jogador, bastou igualar a proposta a Lusa e dar uma piscadela ao Guilherme. Pronto! O Palmeiras deu o empurrão que todos precisavam. Para o jogador, baita negócio, saiu da Portuguesa e foi para o time que sempre quis ganhando luvas maiores que ganharia antes. Para Portuguesa não houve um bom negócio desde que seus patrícios descobriram ouro no Brasil, o jogador forçava a barra e hora ou outra seria inevitável perdê-lo, as propostas até então não alcançavam o patamar que pretendiam e coube ao Palmeiras dar esse estímulo. Para o Corinthians um negócio mais caro do que pagariam, mas ainda assim trarão o jogador, que por ventura pode se dar bem e ainda gerar uma graninha para os gambazinhos. O único da história que saiu como idiota, mais uma vez, foi o Palmeiras que além da derrota na negociação serviu de cupido entre o jogador e o time de seu coração. Podem dizer que o Palmeiras foi inocente nessa, que agiu como deveria agir e não tem culpa que o jogador preferiu o Corinthians, mas antecipar algumas jogadas é o mérito de um bom negociante, algo que parece não existir atualmente dentro da diretoria.

4 comentários:

  1. Ou eles são mto inocentes, e quem manda jogo após jogo em Barueri por motivos "diversos" eu não imagino que seja, ou mto astutos e conseguiram umas migalhas a mais de desconto no canindé pros próximos jogos, o q mostra a pequenez de pensamento desses bostas...

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    1. Verdade Rodrigo. Bem lembrado. Essa aproximação com a Portuguesa serviu também para colocar o Canindé de volta no circuito. Como os caras brincam com a grandeza do Palmeiras né.

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